Crítica: ‘O Clube dos Anjos’, inspirado em livro de Verissimo, ri do pecado da gula


Filme chega aos cinemas nesta quinta, 3, e é adaptação do livro homônimo do escritor gaúcho

Por Matheus Mans
'O Clube dos Anjos' tem a mesa como ambiente de união e desavença dos personagens Foto: Vitrine Filmes

Daniel (Otávio Müller), durante sua adolescência, descobriu que comer bem era uma arte. Um prazer, uma alegria. Ao lado de amigos da época, fundou um clube com um propósito único: se reunir para comer um saboroso picadinho. O tempo passa, o que cozinhava morre e os amigos se afastam. Até que encontram Lucídio (Matheus Nachtergaele), cozinheiro de mão cheia, que faz um jantar especial que é encerrado com a morte repentina de um deles.

Essa é a trama de O Clube dos Anjos, filme que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 3, e que é inspirado em um livro de Luís Fernando Verissimo. O autor, conhecido por suas crônicas, escreveu esse livro na década de 1990 como parte de uma série que falava sobre os sete pecados capitais. O gaúcho ficou com a gula e, como bem sabe fazer, foi para além do óbvio: criou personagens fincados no real para além das piadas sobre gula.

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Na telona, o diretor estreante em longas Angelo Defanti conta com um elenco de peso em suas mãos: além de Müller e Nachtergaele, nomes como Angelo Antônio, Augusto Madeira, Marco Ricca e Paulo Miklos. Obviamente, esse elenco todo não é só para falar sobre amigos que se encontram ocasionalmente para comer picadinho. Há, aqui, uma trama de mistério, envolvendo o prato e o cozinheiro misterioso, mas acima de tudo: um olhar social.

Comida é o principal ponto de atenção dos personagens de 'O Clube dos Anjos' Foto: Vitrine Filmes

Verissimo, em seu livro, investiga a natureza humana nessa mistura de gula, frustrações, mistério e por aí vai. No filme, O Clube dos Anjos vai ainda mais fundo nisso: mistura gula com personagens que simplesmente não se acertam. Em discussões sobre vida, morte e política, refletimos sobre a falência da masculinidade e sobre a forma que a sociedade se abateu sobre esses homens, ligados meramente no prazer mundano (será?) de comer bem.

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O Clube dos Anjos é uma adaptação cinematográfica razoável e divertida, com bons momentos -- ainda que a falta de humor, tão bem colocada nas páginas do livro de Verissimo, fiquem de lado sem motivo aparente. Ainda assim, há espaço de sobra para refletirmos sobre como a comida nos une e, acima de tudo, como pode ajudar na reflexão sobre quem somos e como nos ligamos. Afinal, o que um prato de comida diz sobre nós?

'O Clube dos Anjos' tem a mesa como ambiente de união e desavença dos personagens Foto: Vitrine Filmes

Daniel (Otávio Müller), durante sua adolescência, descobriu que comer bem era uma arte. Um prazer, uma alegria. Ao lado de amigos da época, fundou um clube com um propósito único: se reunir para comer um saboroso picadinho. O tempo passa, o que cozinhava morre e os amigos se afastam. Até que encontram Lucídio (Matheus Nachtergaele), cozinheiro de mão cheia, que faz um jantar especial que é encerrado com a morte repentina de um deles.

Essa é a trama de O Clube dos Anjos, filme que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 3, e que é inspirado em um livro de Luís Fernando Verissimo. O autor, conhecido por suas crônicas, escreveu esse livro na década de 1990 como parte de uma série que falava sobre os sete pecados capitais. O gaúcho ficou com a gula e, como bem sabe fazer, foi para além do óbvio: criou personagens fincados no real para além das piadas sobre gula.

Na telona, o diretor estreante em longas Angelo Defanti conta com um elenco de peso em suas mãos: além de Müller e Nachtergaele, nomes como Angelo Antônio, Augusto Madeira, Marco Ricca e Paulo Miklos. Obviamente, esse elenco todo não é só para falar sobre amigos que se encontram ocasionalmente para comer picadinho. Há, aqui, uma trama de mistério, envolvendo o prato e o cozinheiro misterioso, mas acima de tudo: um olhar social.

Comida é o principal ponto de atenção dos personagens de 'O Clube dos Anjos' Foto: Vitrine Filmes

Verissimo, em seu livro, investiga a natureza humana nessa mistura de gula, frustrações, mistério e por aí vai. No filme, O Clube dos Anjos vai ainda mais fundo nisso: mistura gula com personagens que simplesmente não se acertam. Em discussões sobre vida, morte e política, refletimos sobre a falência da masculinidade e sobre a forma que a sociedade se abateu sobre esses homens, ligados meramente no prazer mundano (será?) de comer bem.

O Clube dos Anjos é uma adaptação cinematográfica razoável e divertida, com bons momentos -- ainda que a falta de humor, tão bem colocada nas páginas do livro de Verissimo, fiquem de lado sem motivo aparente. Ainda assim, há espaço de sobra para refletirmos sobre como a comida nos une e, acima de tudo, como pode ajudar na reflexão sobre quem somos e como nos ligamos. Afinal, o que um prato de comida diz sobre nós?

'O Clube dos Anjos' tem a mesa como ambiente de união e desavença dos personagens Foto: Vitrine Filmes

Daniel (Otávio Müller), durante sua adolescência, descobriu que comer bem era uma arte. Um prazer, uma alegria. Ao lado de amigos da época, fundou um clube com um propósito único: se reunir para comer um saboroso picadinho. O tempo passa, o que cozinhava morre e os amigos se afastam. Até que encontram Lucídio (Matheus Nachtergaele), cozinheiro de mão cheia, que faz um jantar especial que é encerrado com a morte repentina de um deles.

Essa é a trama de O Clube dos Anjos, filme que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 3, e que é inspirado em um livro de Luís Fernando Verissimo. O autor, conhecido por suas crônicas, escreveu esse livro na década de 1990 como parte de uma série que falava sobre os sete pecados capitais. O gaúcho ficou com a gula e, como bem sabe fazer, foi para além do óbvio: criou personagens fincados no real para além das piadas sobre gula.

Na telona, o diretor estreante em longas Angelo Defanti conta com um elenco de peso em suas mãos: além de Müller e Nachtergaele, nomes como Angelo Antônio, Augusto Madeira, Marco Ricca e Paulo Miklos. Obviamente, esse elenco todo não é só para falar sobre amigos que se encontram ocasionalmente para comer picadinho. Há, aqui, uma trama de mistério, envolvendo o prato e o cozinheiro misterioso, mas acima de tudo: um olhar social.

Comida é o principal ponto de atenção dos personagens de 'O Clube dos Anjos' Foto: Vitrine Filmes

Verissimo, em seu livro, investiga a natureza humana nessa mistura de gula, frustrações, mistério e por aí vai. No filme, O Clube dos Anjos vai ainda mais fundo nisso: mistura gula com personagens que simplesmente não se acertam. Em discussões sobre vida, morte e política, refletimos sobre a falência da masculinidade e sobre a forma que a sociedade se abateu sobre esses homens, ligados meramente no prazer mundano (será?) de comer bem.

O Clube dos Anjos é uma adaptação cinematográfica razoável e divertida, com bons momentos -- ainda que a falta de humor, tão bem colocada nas páginas do livro de Verissimo, fiquem de lado sem motivo aparente. Ainda assim, há espaço de sobra para refletirmos sobre como a comida nos une e, acima de tudo, como pode ajudar na reflexão sobre quem somos e como nos ligamos. Afinal, o que um prato de comida diz sobre nós?

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