Indiana Jones do chocolate


Cesar De Mendes é engenheiro químico, mas, depois de um coma por estresse, mudou de área e foi pesquisar cacau nativo no meio da floresta amazônica

Por Ana Paula Boni

Cesar de Mendes, 52 anos, é 50% judeu, 25% índio e 25% negro ribeirinho. Por isso rejeita o nome Cesar, que acha romano demais. Prefere apenas De Mendes.

Engenheiro químico, ele fazia mestrado em engenharia de alimentos na Unicamp, nos anos 1990, quando um piripaque o fez desmaiar e ficar sete dias em coma. Era estafa mental, os médicos disseram.

Àquela época, então professor da Universidade Federal do Pará, tinha o sonho de ir para Cambridge. Mas, se mantivesse aquele ritmo de estudos, o corpo poderia pifar de novo. Decidiu pegar mais leve e abriu em Belém uma consultoria na área de engenharia de alimentos. Manteve a empresa por nove anos.

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 Foto:

FOTO: Kin Dias/Divulgação

Em 2005, depois que conheceu uma cooperativa que fazia seu próprio chocolate em Medicilândia (PA), resolveu abrir a sua empresa, a Amazônia Cacau. Instalou a fábrica em Belém, na turística Estação das Docas, fazia e vendia barras e bombons. “Mas fazíamos igual a todo mundo, e os turistas queriam algo exótico.”

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Em 2013, ele vendeu a empresa, voltou-se para a cidade de Santa Bárbara do Pará e abriu a Chocolate De Mendes. “Eu só pensava no exótico, não saía da cabeça. Se o vinho pode ser Merlot, Cabernet, Malbec, por que não posso fazer isso com chocolate?”

LEIA MAIS + Amazônia tem milhares de espécies de cacau selvagemO ciclo do cacau amazônico

Foi assim que o Indiana Jones do cacau retomou os contatos com comunidades extrativistas que conheceu na época em que dava consultoria e percorria a Amazônia. A partir desses contatos, chegou a seis chocolates “varietais”, cada um feito com uma única variedade de cacau – em geral, os chocolates podem misturar algumas ou inúmeras variedades dos três grandes grupos (forasteiro, criolo e trinitário). Não são varietais.

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“Cada chocolate é diferente do outro. Há vários biomas dentro da Amazônia: cerrado, floresta densa, várzea alta e baixa, solos diferentes. O homem ainda não a conhece totalmente.”

Prove o novo cacau selvagem e ajude a dar um nome para ele Quer provar os chocolates que De Mendes produz com o cacau da Amazônia? Não perca a aula que o chocolateiro vai dar no Paladar Cozinha do Brasil junto com o ambientalista e colunista do Paladar, Roberto Smeraldi. Na aula marcada para o sábado, dia 26, às 10h, eles vão apresentar também a nova variedade de cacau e destacar as particularidades de aroma e sabor do fruto. Os participantes serão convidados também a ajudar a batizar o novo cacau: as sugestões de nomes serão votadas e o cacau será nomeado ali mesmo.

SERVIÇO 26/9, às 10hIngressos no Foodpass – CLIQUE AQUI 

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>>Veja a íntegra da edição do Paladar de 10/9/2015

Cesar de Mendes, 52 anos, é 50% judeu, 25% índio e 25% negro ribeirinho. Por isso rejeita o nome Cesar, que acha romano demais. Prefere apenas De Mendes.

Engenheiro químico, ele fazia mestrado em engenharia de alimentos na Unicamp, nos anos 1990, quando um piripaque o fez desmaiar e ficar sete dias em coma. Era estafa mental, os médicos disseram.

Àquela época, então professor da Universidade Federal do Pará, tinha o sonho de ir para Cambridge. Mas, se mantivesse aquele ritmo de estudos, o corpo poderia pifar de novo. Decidiu pegar mais leve e abriu em Belém uma consultoria na área de engenharia de alimentos. Manteve a empresa por nove anos.

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FOTO: Kin Dias/Divulgação

Em 2005, depois que conheceu uma cooperativa que fazia seu próprio chocolate em Medicilândia (PA), resolveu abrir a sua empresa, a Amazônia Cacau. Instalou a fábrica em Belém, na turística Estação das Docas, fazia e vendia barras e bombons. “Mas fazíamos igual a todo mundo, e os turistas queriam algo exótico.”

Em 2013, ele vendeu a empresa, voltou-se para a cidade de Santa Bárbara do Pará e abriu a Chocolate De Mendes. “Eu só pensava no exótico, não saía da cabeça. Se o vinho pode ser Merlot, Cabernet, Malbec, por que não posso fazer isso com chocolate?”

LEIA MAIS + Amazônia tem milhares de espécies de cacau selvagemO ciclo do cacau amazônico

Foi assim que o Indiana Jones do cacau retomou os contatos com comunidades extrativistas que conheceu na época em que dava consultoria e percorria a Amazônia. A partir desses contatos, chegou a seis chocolates “varietais”, cada um feito com uma única variedade de cacau – em geral, os chocolates podem misturar algumas ou inúmeras variedades dos três grandes grupos (forasteiro, criolo e trinitário). Não são varietais.

“Cada chocolate é diferente do outro. Há vários biomas dentro da Amazônia: cerrado, floresta densa, várzea alta e baixa, solos diferentes. O homem ainda não a conhece totalmente.”

Prove o novo cacau selvagem e ajude a dar um nome para ele Quer provar os chocolates que De Mendes produz com o cacau da Amazônia? Não perca a aula que o chocolateiro vai dar no Paladar Cozinha do Brasil junto com o ambientalista e colunista do Paladar, Roberto Smeraldi. Na aula marcada para o sábado, dia 26, às 10h, eles vão apresentar também a nova variedade de cacau e destacar as particularidades de aroma e sabor do fruto. Os participantes serão convidados também a ajudar a batizar o novo cacau: as sugestões de nomes serão votadas e o cacau será nomeado ali mesmo.

SERVIÇO 26/9, às 10hIngressos no Foodpass – CLIQUE AQUI 

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Cesar de Mendes, 52 anos, é 50% judeu, 25% índio e 25% negro ribeirinho. Por isso rejeita o nome Cesar, que acha romano demais. Prefere apenas De Mendes.

Engenheiro químico, ele fazia mestrado em engenharia de alimentos na Unicamp, nos anos 1990, quando um piripaque o fez desmaiar e ficar sete dias em coma. Era estafa mental, os médicos disseram.

Àquela época, então professor da Universidade Federal do Pará, tinha o sonho de ir para Cambridge. Mas, se mantivesse aquele ritmo de estudos, o corpo poderia pifar de novo. Decidiu pegar mais leve e abriu em Belém uma consultoria na área de engenharia de alimentos. Manteve a empresa por nove anos.

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FOTO: Kin Dias/Divulgação

Em 2005, depois que conheceu uma cooperativa que fazia seu próprio chocolate em Medicilândia (PA), resolveu abrir a sua empresa, a Amazônia Cacau. Instalou a fábrica em Belém, na turística Estação das Docas, fazia e vendia barras e bombons. “Mas fazíamos igual a todo mundo, e os turistas queriam algo exótico.”

Em 2013, ele vendeu a empresa, voltou-se para a cidade de Santa Bárbara do Pará e abriu a Chocolate De Mendes. “Eu só pensava no exótico, não saía da cabeça. Se o vinho pode ser Merlot, Cabernet, Malbec, por que não posso fazer isso com chocolate?”

LEIA MAIS + Amazônia tem milhares de espécies de cacau selvagemO ciclo do cacau amazônico

Foi assim que o Indiana Jones do cacau retomou os contatos com comunidades extrativistas que conheceu na época em que dava consultoria e percorria a Amazônia. A partir desses contatos, chegou a seis chocolates “varietais”, cada um feito com uma única variedade de cacau – em geral, os chocolates podem misturar algumas ou inúmeras variedades dos três grandes grupos (forasteiro, criolo e trinitário). Não são varietais.

“Cada chocolate é diferente do outro. Há vários biomas dentro da Amazônia: cerrado, floresta densa, várzea alta e baixa, solos diferentes. O homem ainda não a conhece totalmente.”

Prove o novo cacau selvagem e ajude a dar um nome para ele Quer provar os chocolates que De Mendes produz com o cacau da Amazônia? Não perca a aula que o chocolateiro vai dar no Paladar Cozinha do Brasil junto com o ambientalista e colunista do Paladar, Roberto Smeraldi. Na aula marcada para o sábado, dia 26, às 10h, eles vão apresentar também a nova variedade de cacau e destacar as particularidades de aroma e sabor do fruto. Os participantes serão convidados também a ajudar a batizar o novo cacau: as sugestões de nomes serão votadas e o cacau será nomeado ali mesmo.

SERVIÇO 26/9, às 10hIngressos no Foodpass – CLIQUE AQUI 

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