Se fôssemos resumir em poucas palavras o que é ‘brunch’, poderíamos dizer que é uma coisa meio café da manhã, meio almoço. Uma refeição perfeita para aqueles dias de fim de semana ou feriado em que acordamos tarde demais para o café da manhã, mas sem vontade de comer uma refeição completa e tradicional de almoço.
O termo brunch vem da junção de breakfast (café da manhã, em inglês) e lunch (almoço), e teria aparecido pela primeira vez em 1895 em uma coluna do britânico Guy Beringer para o jornal Hunter’s Weekly.
O texto faz menção ao termo como uma solução para poder prolongar e curtir adequadamente as noites de sábado, com uma refeição que permita acordar mais tarde no domingo (o que, para o autor, seria não apenas desnecessário, mas ridículo), quando, em suas palavras, “o mundo já estivesse quente, ou pelo menos não tão frio.”
Beringer defende que o brunch deveria, essencialmente, combinar aspectos do café da manhã, como chá e café, com ingredientes e pratos clássicos dos almoços. Cerveja e uísque poderiam entrar como alternativas às bebidas quentes, em um momento divertido e perfeito para exercitar a sociabilidade, algo reprimido pelo café da manhã, segundo o jornalista.
Desde essa primeira variação, a cara do brunch foi evoluindo e se adaptando, mas muitas das questões levantadas por Beringer seguem vivas.
O que não pode faltar em um brunch?
O ar descontraído do brunch se manteve no cerne do conceito. Segundo Kelly Lobos, que há mais de oito anos organiza o festival Brunch Weekend, o segredo de um bom brunch está em oferecer uma refeição despretensiosa, mas sempre muito completa.
“Não é preciso seguir um menu de tempos como estamos acostumados, com entrada, prato principal e sobremesa”, explica. Entre os endereços que servem brunches no Brasil e no mundo, é comum encontrar menus com itens variados, que equilibram doces e salgados, e uns têm mais cara de café da manhã, outros de almoço.
A maneira de servir o brunch também muda bastante, podendo ser oferecido como buffets, onde se desfruta de pratos e itens selecionados pelos estabelecimentos, ou à la carte, com itens vendidos separadamente, para você montar e equilibrar a experiência da sua maneira.
Café, frutas, sanduíches, tortas, quiches, saladas, pães e massas são figuras quase garantidas em um brunch. E Lobos lembra ainda dos ovos, que também são essenciais para um brunch, sendo os ovos beneditinos e poché algumas das variações mais servidas.
“Costumo dizer que o brunch é um almoço sem horário com itens de café da manhã.”
O que se bebe no brunch?
As bebidas alcoólicas nos brunches também se mantiveram firmes, aparecendo mais como drinques e bebidas leves e refrescantes, em contraste à cerveja e uísque propostos por Beringer.
Kelly Lobos listou algumas das bebidas e drinques que combinam bem com a ocasião:
Clicando aqui você pode conferir também uma seleção de drinques fáceis perfeitos para incluir em um brunch caseiro.
Por que o brunch é tão popular hoje?
“O brunch vem se tornando cada vez mais conhecido justamente por sua versatilidade. O fato de ser uma refeição mais “informal " e sem pretensão, faz com que sirva muito como momentos de confraternização e socialização com os amigos.”
Lobos também atribui o sucesso do brunch no Brasil ao contato com a cultura estrangeira, seja por imigrantes que tinham o hábito e que vieram ao país, às redes sociais e a estabelecimentos e eventos, como o Brunch Weekend, que promovem a prática.
Onde comer brunch em SP?
Para quem curte brunch montamos um roteiro com boas opções de brunch em São Paulo, de diferentes perfis, regiões e estilos.
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