Pancs são tema de eventos em várias cidades


Belém reúne em abril chefs e pesquisadores, como Alex Atala e Valdely Kinupp, para falar das plantas alimentícias não convencionais; Brasília e Manaus recebem eventos distintos sobre o assunto até junho, um deles com a participação da colunista Neide Rigo

Por Ana Paula Boni

Parece que, quanto mais a indústria não dá bola para um ingrediente ou um sistema de produção, mais chefs e pesquisadores resolvem mergulhar no assunto e reverberá-lo. Assim tem sido com as pancs, as chamadas plantas alimentícias não convencionais.

Até junho, coincidentemente elas serão o foco de eventos distintos em Belém, Manaus, Brasília e até na Guiana Francesa, com a participação da colunista do Paladar Neide Rigo.

Apesar da difusão do assunto, muitos ainda se perguntam por que comer pancs. Segundo o pesquisador Valdely Kinupp, a variedade de plantas minimiza a monotonia alimentar a que o brasileiro está acostumado e o insere num novo mundo de nutrientes. “Nossa salada do dia a dia tem sempre as mesmas plantas, o repertório muda muito pouco”, diz o autor do livro Plantas Alimentícias Não Convencionais do Brasil (Instituto Plantarum, R$ 100).

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Para Neide Rigo, o consumo de pancs exercita também o olhar para a biodiversidade e outras fontes de alimento, estimulando o trabalho de pequenos produtores. “Passamos a consumir só o que a grande indústria e os supermercados nos oferecem, que em geral vem de monocultura com o uso de agrotóxicos.”

Pariparoba Foto: Roberto Seba|Estadão

Tópicos como esses deverão ser abordados no festival É Panc!, que vai juntar em Belém num fim de semana (dias 8 e 9 de abril) chefs, pesquisadores e mateiros para falar de pancs da Amazônia. Não há programação por horário nem divisão por salas - o interessado paga R$ 260 para ter acesso ao auditório da Estação Gasômetro nos dois dias a qualquer hora.

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Ali dentro, os convidados se revezarão num palco montado com equipamentos de cozinha e sofás, onde falarão das pancs, de suas experiências e farão demonstrações nas panelas. Tudo será transmitido ao vivo, como num reality show. 

“É um encontro não convencional sobre plantas não convencionais. Mas muita coisa não é convencional mesmo para o público urbano de cidades amazônicas, que não conhece as pancs como os mateiros. Por isso, o subtítulo A Amazônia Descobre a Amazônia”, diz Roberto Smeraldi, colunista do Paladar e um dos realizadores do evento por meio do Instituto Atá.

Cogumelos. O raphanica, que brota em regiões amazônicas Foto: Felipe Schaedler|Divulgação
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Além dele, participarão do É Panc! os chefs Alex Atala e Felipe Schaedler (de Manaus), a índia baré e cozinheira Dona Brazi, o chocolateiro Cesar De Mendes, a pesquisadora Noemia Ishikawa, o professor Valdely Kinupp e mateiros tradicionais da região amazônica, como seu Xiba (Manoel do Carmo, de Barcarena, no Pará).

Para De Mendes, que conhece muitos mateiros por conta de seu trabalho em torno do cacau selvagem, o momento é oportuno para falar da atividade, já que o conhecimento de muitos mateiros corre o risco de ser perdido. “Eles não estão formando sucessores, e nós estamos perdendo um conhecimento fantástico. Existe um êxodo natural dos filhos dos mateiros irem para a cidade estudar.”

Ainda deverá estar presente no evento o naturalista e escritor Charles Brewer-Carias, venezuelano descendente de ingleses considerado um dos maiores exploradores de florestas e ambientes naturais do mundo aos seus quase 80 anos.

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Todo mundo vai levar um pouco de panc e lá deverão estar reunidos ingredientes como a vitória régia, planta ornamental famosa, mas cujo uso na cozinha de sua flor, sua semente e seu rizoma é pouco conhecido. Também o cogumelo raphanica, típico da Amazônia e que foi domesticado pela primeira vez em projeto que envolveu Felipe Schaedler e Noemia Ishikawa, em Manaus. Ainda há os cogumelos ianomâmis, que são comercializados em São Paulo pelo Instituto Atá no Mercado de Pinheiros.

Prato do chef Felipe Schaedler com cogumelos raphanica Foto: Felipe Schaedler|Divulgação

Outros eventos

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No fim deste mês, Manaus também sedia evento com foco nas pancs, de 29 de março a 2 de abril. É o Festival Ecológico, em que aulas com diversos cozinheiros vão envolver essas plantas. Haverá também incursões pelas ruas e por sítios para reconhecer pancs, conta o pesquisador Valdely Kinupp, que participa deste evento.

Já nos dias 1º e 2 de junho é a vez de Brasília sediar o 1º HortPanc (Encontro Nacional de Hortaliças Não Convencionais), realizado pela Embrapa. Lá, um dia será dedicado a seminários e palestras e outro a pesquisa de campo. A colunista do Paladar Neide Rigo participa do evento na mesa redonda “Hortaliças não convencionais e gastronomia”.

Investigadora de pancs, tema que é recorrente em suas colunas no Paladar, Neide também mantém uma horta urbana no bairro City Lapa. É lá que ela realiza o seu Panc na City, um passeio guiado com identificação de plantas, colheita e depois preparo na cozinha para os participantes (o próximo será no dia 29 de abril).

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Por conta de sua expertise, Neide também foi convidada para participar, entre 28 de março e 12 de abril, de dois eventos na Guiana Francesa que vão abordar as pancs. A nutricionista e pesquisadora vai mostrar possibilidades de uso na cozinha de plantas coincidentes aqui e lá, como jambu, vinagreira, moringa, munguba, beldroega e jaca verde.

Conheça as pancs - plantas alimentícias não convencionais

1 | 15

Pancs - plantas alimentícias não convencionais

Foto: Neide Rigo/Estadão
2 | 15

Peixinho

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
3 | 15

Feijão guandu

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
4 | 15

Capuchinha

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
5 | 15

Murici

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
6 | 15

Espinafre malabar

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
7 | 15

Maracujá-do-mato

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
8 | 15

Beldroega

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
9 | 15

Ora-pro-nóbis

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
10 | 15

Azedinha vermelha

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
11 | 15

Trevo

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
12 | 15

Cará-espinho

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
13 | 15

Caruru

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
14 | 15

Serralha

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
15 | 15

Moringa

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão

A jaca verde, assim como a banana verde, entra no rol porque, explica Neide, as pancs envolvem também legumes e frutas consumidos em estágio não convencional (verdes). “Sempre digo: você tem de ter diversidade na alimentação. E, se temos isso à disposição na nossa flora, por que não diversificar e estimular a produção?”

SERVIÇO

É Panc! - Encontro Sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais da Amazônia Dias 8 e 9 de abril, R$ 260 para os dois dias Estação Gasômetro, Belém (PA) Ingressos em amazoniapanc.com 

Festival Ecológico De 29 de março a 2 de abril Manaus (AM)comidaecologica.com.br/bemvindo/festival-ecologico-oficial/ 

1º HortPanc - Encontro Nacional de Hortaliças Não Convencionais Dias 1º e 2 de junho Brasília (DF)

Panc na City Reconhecimento de pancs em ruas do City Lapa, colheita e preparo na cozinha Dia 29/4, das 9h às 15h (R$ 150, com almoço) Inscrições pelo e-mail neide.rigo@gmail.com  Mais informações: pancnacity.blogspot.com.br/ 

Parece que, quanto mais a indústria não dá bola para um ingrediente ou um sistema de produção, mais chefs e pesquisadores resolvem mergulhar no assunto e reverberá-lo. Assim tem sido com as pancs, as chamadas plantas alimentícias não convencionais.

Até junho, coincidentemente elas serão o foco de eventos distintos em Belém, Manaus, Brasília e até na Guiana Francesa, com a participação da colunista do Paladar Neide Rigo.

Apesar da difusão do assunto, muitos ainda se perguntam por que comer pancs. Segundo o pesquisador Valdely Kinupp, a variedade de plantas minimiza a monotonia alimentar a que o brasileiro está acostumado e o insere num novo mundo de nutrientes. “Nossa salada do dia a dia tem sempre as mesmas plantas, o repertório muda muito pouco”, diz o autor do livro Plantas Alimentícias Não Convencionais do Brasil (Instituto Plantarum, R$ 100).

Para Neide Rigo, o consumo de pancs exercita também o olhar para a biodiversidade e outras fontes de alimento, estimulando o trabalho de pequenos produtores. “Passamos a consumir só o que a grande indústria e os supermercados nos oferecem, que em geral vem de monocultura com o uso de agrotóxicos.”

Pariparoba Foto: Roberto Seba|Estadão

Tópicos como esses deverão ser abordados no festival É Panc!, que vai juntar em Belém num fim de semana (dias 8 e 9 de abril) chefs, pesquisadores e mateiros para falar de pancs da Amazônia. Não há programação por horário nem divisão por salas - o interessado paga R$ 260 para ter acesso ao auditório da Estação Gasômetro nos dois dias a qualquer hora.

Ali dentro, os convidados se revezarão num palco montado com equipamentos de cozinha e sofás, onde falarão das pancs, de suas experiências e farão demonstrações nas panelas. Tudo será transmitido ao vivo, como num reality show. 

“É um encontro não convencional sobre plantas não convencionais. Mas muita coisa não é convencional mesmo para o público urbano de cidades amazônicas, que não conhece as pancs como os mateiros. Por isso, o subtítulo A Amazônia Descobre a Amazônia”, diz Roberto Smeraldi, colunista do Paladar e um dos realizadores do evento por meio do Instituto Atá.

Cogumelos. O raphanica, que brota em regiões amazônicas Foto: Felipe Schaedler|Divulgação

Além dele, participarão do É Panc! os chefs Alex Atala e Felipe Schaedler (de Manaus), a índia baré e cozinheira Dona Brazi, o chocolateiro Cesar De Mendes, a pesquisadora Noemia Ishikawa, o professor Valdely Kinupp e mateiros tradicionais da região amazônica, como seu Xiba (Manoel do Carmo, de Barcarena, no Pará).

Para De Mendes, que conhece muitos mateiros por conta de seu trabalho em torno do cacau selvagem, o momento é oportuno para falar da atividade, já que o conhecimento de muitos mateiros corre o risco de ser perdido. “Eles não estão formando sucessores, e nós estamos perdendo um conhecimento fantástico. Existe um êxodo natural dos filhos dos mateiros irem para a cidade estudar.”

Ainda deverá estar presente no evento o naturalista e escritor Charles Brewer-Carias, venezuelano descendente de ingleses considerado um dos maiores exploradores de florestas e ambientes naturais do mundo aos seus quase 80 anos.

Todo mundo vai levar um pouco de panc e lá deverão estar reunidos ingredientes como a vitória régia, planta ornamental famosa, mas cujo uso na cozinha de sua flor, sua semente e seu rizoma é pouco conhecido. Também o cogumelo raphanica, típico da Amazônia e que foi domesticado pela primeira vez em projeto que envolveu Felipe Schaedler e Noemia Ishikawa, em Manaus. Ainda há os cogumelos ianomâmis, que são comercializados em São Paulo pelo Instituto Atá no Mercado de Pinheiros.

Prato do chef Felipe Schaedler com cogumelos raphanica Foto: Felipe Schaedler|Divulgação

Outros eventos

No fim deste mês, Manaus também sedia evento com foco nas pancs, de 29 de março a 2 de abril. É o Festival Ecológico, em que aulas com diversos cozinheiros vão envolver essas plantas. Haverá também incursões pelas ruas e por sítios para reconhecer pancs, conta o pesquisador Valdely Kinupp, que participa deste evento.

Já nos dias 1º e 2 de junho é a vez de Brasília sediar o 1º HortPanc (Encontro Nacional de Hortaliças Não Convencionais), realizado pela Embrapa. Lá, um dia será dedicado a seminários e palestras e outro a pesquisa de campo. A colunista do Paladar Neide Rigo participa do evento na mesa redonda “Hortaliças não convencionais e gastronomia”.

Investigadora de pancs, tema que é recorrente em suas colunas no Paladar, Neide também mantém uma horta urbana no bairro City Lapa. É lá que ela realiza o seu Panc na City, um passeio guiado com identificação de plantas, colheita e depois preparo na cozinha para os participantes (o próximo será no dia 29 de abril).

Por conta de sua expertise, Neide também foi convidada para participar, entre 28 de março e 12 de abril, de dois eventos na Guiana Francesa que vão abordar as pancs. A nutricionista e pesquisadora vai mostrar possibilidades de uso na cozinha de plantas coincidentes aqui e lá, como jambu, vinagreira, moringa, munguba, beldroega e jaca verde.

Conheça as pancs - plantas alimentícias não convencionais

1 | 15

Pancs - plantas alimentícias não convencionais

Foto: Neide Rigo/Estadão
2 | 15

Peixinho

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
3 | 15

Feijão guandu

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
4 | 15

Capuchinha

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
5 | 15

Murici

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
6 | 15

Espinafre malabar

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
7 | 15

Maracujá-do-mato

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
8 | 15

Beldroega

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
9 | 15

Ora-pro-nóbis

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
10 | 15

Azedinha vermelha

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
11 | 15

Trevo

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
12 | 15

Cará-espinho

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
13 | 15

Caruru

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
14 | 15

Serralha

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
15 | 15

Moringa

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão

A jaca verde, assim como a banana verde, entra no rol porque, explica Neide, as pancs envolvem também legumes e frutas consumidos em estágio não convencional (verdes). “Sempre digo: você tem de ter diversidade na alimentação. E, se temos isso à disposição na nossa flora, por que não diversificar e estimular a produção?”

SERVIÇO

É Panc! - Encontro Sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais da Amazônia Dias 8 e 9 de abril, R$ 260 para os dois dias Estação Gasômetro, Belém (PA) Ingressos em amazoniapanc.com 

Festival Ecológico De 29 de março a 2 de abril Manaus (AM)comidaecologica.com.br/bemvindo/festival-ecologico-oficial/ 

1º HortPanc - Encontro Nacional de Hortaliças Não Convencionais Dias 1º e 2 de junho Brasília (DF)

Panc na City Reconhecimento de pancs em ruas do City Lapa, colheita e preparo na cozinha Dia 29/4, das 9h às 15h (R$ 150, com almoço) Inscrições pelo e-mail neide.rigo@gmail.com  Mais informações: pancnacity.blogspot.com.br/ 

Parece que, quanto mais a indústria não dá bola para um ingrediente ou um sistema de produção, mais chefs e pesquisadores resolvem mergulhar no assunto e reverberá-lo. Assim tem sido com as pancs, as chamadas plantas alimentícias não convencionais.

Até junho, coincidentemente elas serão o foco de eventos distintos em Belém, Manaus, Brasília e até na Guiana Francesa, com a participação da colunista do Paladar Neide Rigo.

Apesar da difusão do assunto, muitos ainda se perguntam por que comer pancs. Segundo o pesquisador Valdely Kinupp, a variedade de plantas minimiza a monotonia alimentar a que o brasileiro está acostumado e o insere num novo mundo de nutrientes. “Nossa salada do dia a dia tem sempre as mesmas plantas, o repertório muda muito pouco”, diz o autor do livro Plantas Alimentícias Não Convencionais do Brasil (Instituto Plantarum, R$ 100).

Para Neide Rigo, o consumo de pancs exercita também o olhar para a biodiversidade e outras fontes de alimento, estimulando o trabalho de pequenos produtores. “Passamos a consumir só o que a grande indústria e os supermercados nos oferecem, que em geral vem de monocultura com o uso de agrotóxicos.”

Pariparoba Foto: Roberto Seba|Estadão

Tópicos como esses deverão ser abordados no festival É Panc!, que vai juntar em Belém num fim de semana (dias 8 e 9 de abril) chefs, pesquisadores e mateiros para falar de pancs da Amazônia. Não há programação por horário nem divisão por salas - o interessado paga R$ 260 para ter acesso ao auditório da Estação Gasômetro nos dois dias a qualquer hora.

Ali dentro, os convidados se revezarão num palco montado com equipamentos de cozinha e sofás, onde falarão das pancs, de suas experiências e farão demonstrações nas panelas. Tudo será transmitido ao vivo, como num reality show. 

“É um encontro não convencional sobre plantas não convencionais. Mas muita coisa não é convencional mesmo para o público urbano de cidades amazônicas, que não conhece as pancs como os mateiros. Por isso, o subtítulo A Amazônia Descobre a Amazônia”, diz Roberto Smeraldi, colunista do Paladar e um dos realizadores do evento por meio do Instituto Atá.

Cogumelos. O raphanica, que brota em regiões amazônicas Foto: Felipe Schaedler|Divulgação

Além dele, participarão do É Panc! os chefs Alex Atala e Felipe Schaedler (de Manaus), a índia baré e cozinheira Dona Brazi, o chocolateiro Cesar De Mendes, a pesquisadora Noemia Ishikawa, o professor Valdely Kinupp e mateiros tradicionais da região amazônica, como seu Xiba (Manoel do Carmo, de Barcarena, no Pará).

Para De Mendes, que conhece muitos mateiros por conta de seu trabalho em torno do cacau selvagem, o momento é oportuno para falar da atividade, já que o conhecimento de muitos mateiros corre o risco de ser perdido. “Eles não estão formando sucessores, e nós estamos perdendo um conhecimento fantástico. Existe um êxodo natural dos filhos dos mateiros irem para a cidade estudar.”

Ainda deverá estar presente no evento o naturalista e escritor Charles Brewer-Carias, venezuelano descendente de ingleses considerado um dos maiores exploradores de florestas e ambientes naturais do mundo aos seus quase 80 anos.

Todo mundo vai levar um pouco de panc e lá deverão estar reunidos ingredientes como a vitória régia, planta ornamental famosa, mas cujo uso na cozinha de sua flor, sua semente e seu rizoma é pouco conhecido. Também o cogumelo raphanica, típico da Amazônia e que foi domesticado pela primeira vez em projeto que envolveu Felipe Schaedler e Noemia Ishikawa, em Manaus. Ainda há os cogumelos ianomâmis, que são comercializados em São Paulo pelo Instituto Atá no Mercado de Pinheiros.

Prato do chef Felipe Schaedler com cogumelos raphanica Foto: Felipe Schaedler|Divulgação

Outros eventos

No fim deste mês, Manaus também sedia evento com foco nas pancs, de 29 de março a 2 de abril. É o Festival Ecológico, em que aulas com diversos cozinheiros vão envolver essas plantas. Haverá também incursões pelas ruas e por sítios para reconhecer pancs, conta o pesquisador Valdely Kinupp, que participa deste evento.

Já nos dias 1º e 2 de junho é a vez de Brasília sediar o 1º HortPanc (Encontro Nacional de Hortaliças Não Convencionais), realizado pela Embrapa. Lá, um dia será dedicado a seminários e palestras e outro a pesquisa de campo. A colunista do Paladar Neide Rigo participa do evento na mesa redonda “Hortaliças não convencionais e gastronomia”.

Investigadora de pancs, tema que é recorrente em suas colunas no Paladar, Neide também mantém uma horta urbana no bairro City Lapa. É lá que ela realiza o seu Panc na City, um passeio guiado com identificação de plantas, colheita e depois preparo na cozinha para os participantes (o próximo será no dia 29 de abril).

Por conta de sua expertise, Neide também foi convidada para participar, entre 28 de março e 12 de abril, de dois eventos na Guiana Francesa que vão abordar as pancs. A nutricionista e pesquisadora vai mostrar possibilidades de uso na cozinha de plantas coincidentes aqui e lá, como jambu, vinagreira, moringa, munguba, beldroega e jaca verde.

Conheça as pancs - plantas alimentícias não convencionais

1 | 15

Pancs - plantas alimentícias não convencionais

Foto: Neide Rigo/Estadão
2 | 15

Peixinho

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
3 | 15

Feijão guandu

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
4 | 15

Capuchinha

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
5 | 15

Murici

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
6 | 15

Espinafre malabar

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
7 | 15

Maracujá-do-mato

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
8 | 15

Beldroega

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
9 | 15

Ora-pro-nóbis

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
10 | 15

Azedinha vermelha

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
11 | 15

Trevo

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
12 | 15

Cará-espinho

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
13 | 15

Caruru

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
14 | 15

Serralha

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
15 | 15

Moringa

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão

A jaca verde, assim como a banana verde, entra no rol porque, explica Neide, as pancs envolvem também legumes e frutas consumidos em estágio não convencional (verdes). “Sempre digo: você tem de ter diversidade na alimentação. E, se temos isso à disposição na nossa flora, por que não diversificar e estimular a produção?”

SERVIÇO

É Panc! - Encontro Sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais da Amazônia Dias 8 e 9 de abril, R$ 260 para os dois dias Estação Gasômetro, Belém (PA) Ingressos em amazoniapanc.com 

Festival Ecológico De 29 de março a 2 de abril Manaus (AM)comidaecologica.com.br/bemvindo/festival-ecologico-oficial/ 

1º HortPanc - Encontro Nacional de Hortaliças Não Convencionais Dias 1º e 2 de junho Brasília (DF)

Panc na City Reconhecimento de pancs em ruas do City Lapa, colheita e preparo na cozinha Dia 29/4, das 9h às 15h (R$ 150, com almoço) Inscrições pelo e-mail neide.rigo@gmail.com  Mais informações: pancnacity.blogspot.com.br/ 

Parece que, quanto mais a indústria não dá bola para um ingrediente ou um sistema de produção, mais chefs e pesquisadores resolvem mergulhar no assunto e reverberá-lo. Assim tem sido com as pancs, as chamadas plantas alimentícias não convencionais.

Até junho, coincidentemente elas serão o foco de eventos distintos em Belém, Manaus, Brasília e até na Guiana Francesa, com a participação da colunista do Paladar Neide Rigo.

Apesar da difusão do assunto, muitos ainda se perguntam por que comer pancs. Segundo o pesquisador Valdely Kinupp, a variedade de plantas minimiza a monotonia alimentar a que o brasileiro está acostumado e o insere num novo mundo de nutrientes. “Nossa salada do dia a dia tem sempre as mesmas plantas, o repertório muda muito pouco”, diz o autor do livro Plantas Alimentícias Não Convencionais do Brasil (Instituto Plantarum, R$ 100).

Para Neide Rigo, o consumo de pancs exercita também o olhar para a biodiversidade e outras fontes de alimento, estimulando o trabalho de pequenos produtores. “Passamos a consumir só o que a grande indústria e os supermercados nos oferecem, que em geral vem de monocultura com o uso de agrotóxicos.”

Pariparoba Foto: Roberto Seba|Estadão

Tópicos como esses deverão ser abordados no festival É Panc!, que vai juntar em Belém num fim de semana (dias 8 e 9 de abril) chefs, pesquisadores e mateiros para falar de pancs da Amazônia. Não há programação por horário nem divisão por salas - o interessado paga R$ 260 para ter acesso ao auditório da Estação Gasômetro nos dois dias a qualquer hora.

Ali dentro, os convidados se revezarão num palco montado com equipamentos de cozinha e sofás, onde falarão das pancs, de suas experiências e farão demonstrações nas panelas. Tudo será transmitido ao vivo, como num reality show. 

“É um encontro não convencional sobre plantas não convencionais. Mas muita coisa não é convencional mesmo para o público urbano de cidades amazônicas, que não conhece as pancs como os mateiros. Por isso, o subtítulo A Amazônia Descobre a Amazônia”, diz Roberto Smeraldi, colunista do Paladar e um dos realizadores do evento por meio do Instituto Atá.

Cogumelos. O raphanica, que brota em regiões amazônicas Foto: Felipe Schaedler|Divulgação

Além dele, participarão do É Panc! os chefs Alex Atala e Felipe Schaedler (de Manaus), a índia baré e cozinheira Dona Brazi, o chocolateiro Cesar De Mendes, a pesquisadora Noemia Ishikawa, o professor Valdely Kinupp e mateiros tradicionais da região amazônica, como seu Xiba (Manoel do Carmo, de Barcarena, no Pará).

Para De Mendes, que conhece muitos mateiros por conta de seu trabalho em torno do cacau selvagem, o momento é oportuno para falar da atividade, já que o conhecimento de muitos mateiros corre o risco de ser perdido. “Eles não estão formando sucessores, e nós estamos perdendo um conhecimento fantástico. Existe um êxodo natural dos filhos dos mateiros irem para a cidade estudar.”

Ainda deverá estar presente no evento o naturalista e escritor Charles Brewer-Carias, venezuelano descendente de ingleses considerado um dos maiores exploradores de florestas e ambientes naturais do mundo aos seus quase 80 anos.

Todo mundo vai levar um pouco de panc e lá deverão estar reunidos ingredientes como a vitória régia, planta ornamental famosa, mas cujo uso na cozinha de sua flor, sua semente e seu rizoma é pouco conhecido. Também o cogumelo raphanica, típico da Amazônia e que foi domesticado pela primeira vez em projeto que envolveu Felipe Schaedler e Noemia Ishikawa, em Manaus. Ainda há os cogumelos ianomâmis, que são comercializados em São Paulo pelo Instituto Atá no Mercado de Pinheiros.

Prato do chef Felipe Schaedler com cogumelos raphanica Foto: Felipe Schaedler|Divulgação

Outros eventos

No fim deste mês, Manaus também sedia evento com foco nas pancs, de 29 de março a 2 de abril. É o Festival Ecológico, em que aulas com diversos cozinheiros vão envolver essas plantas. Haverá também incursões pelas ruas e por sítios para reconhecer pancs, conta o pesquisador Valdely Kinupp, que participa deste evento.

Já nos dias 1º e 2 de junho é a vez de Brasília sediar o 1º HortPanc (Encontro Nacional de Hortaliças Não Convencionais), realizado pela Embrapa. Lá, um dia será dedicado a seminários e palestras e outro a pesquisa de campo. A colunista do Paladar Neide Rigo participa do evento na mesa redonda “Hortaliças não convencionais e gastronomia”.

Investigadora de pancs, tema que é recorrente em suas colunas no Paladar, Neide também mantém uma horta urbana no bairro City Lapa. É lá que ela realiza o seu Panc na City, um passeio guiado com identificação de plantas, colheita e depois preparo na cozinha para os participantes (o próximo será no dia 29 de abril).

Por conta de sua expertise, Neide também foi convidada para participar, entre 28 de março e 12 de abril, de dois eventos na Guiana Francesa que vão abordar as pancs. A nutricionista e pesquisadora vai mostrar possibilidades de uso na cozinha de plantas coincidentes aqui e lá, como jambu, vinagreira, moringa, munguba, beldroega e jaca verde.

Conheça as pancs - plantas alimentícias não convencionais

1 | 15

Pancs - plantas alimentícias não convencionais

Foto: Neide Rigo/Estadão
2 | 15

Peixinho

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
3 | 15

Feijão guandu

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
4 | 15

Capuchinha

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
5 | 15

Murici

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
6 | 15

Espinafre malabar

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
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Maracujá-do-mato

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8 | 15

Beldroega

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
9 | 15

Ora-pro-nóbis

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
10 | 15

Azedinha vermelha

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
11 | 15

Trevo

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
12 | 15

Cará-espinho

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
13 | 15

Caruru

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
14 | 15

Serralha

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
15 | 15

Moringa

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão

A jaca verde, assim como a banana verde, entra no rol porque, explica Neide, as pancs envolvem também legumes e frutas consumidos em estágio não convencional (verdes). “Sempre digo: você tem de ter diversidade na alimentação. E, se temos isso à disposição na nossa flora, por que não diversificar e estimular a produção?”

SERVIÇO

É Panc! - Encontro Sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais da Amazônia Dias 8 e 9 de abril, R$ 260 para os dois dias Estação Gasômetro, Belém (PA) Ingressos em amazoniapanc.com 

Festival Ecológico De 29 de março a 2 de abril Manaus (AM)comidaecologica.com.br/bemvindo/festival-ecologico-oficial/ 

1º HortPanc - Encontro Nacional de Hortaliças Não Convencionais Dias 1º e 2 de junho Brasília (DF)

Panc na City Reconhecimento de pancs em ruas do City Lapa, colheita e preparo na cozinha Dia 29/4, das 9h às 15h (R$ 150, com almoço) Inscrições pelo e-mail neide.rigo@gmail.com  Mais informações: pancnacity.blogspot.com.br/ 

Parece que, quanto mais a indústria não dá bola para um ingrediente ou um sistema de produção, mais chefs e pesquisadores resolvem mergulhar no assunto e reverberá-lo. Assim tem sido com as pancs, as chamadas plantas alimentícias não convencionais.

Até junho, coincidentemente elas serão o foco de eventos distintos em Belém, Manaus, Brasília e até na Guiana Francesa, com a participação da colunista do Paladar Neide Rigo.

Apesar da difusão do assunto, muitos ainda se perguntam por que comer pancs. Segundo o pesquisador Valdely Kinupp, a variedade de plantas minimiza a monotonia alimentar a que o brasileiro está acostumado e o insere num novo mundo de nutrientes. “Nossa salada do dia a dia tem sempre as mesmas plantas, o repertório muda muito pouco”, diz o autor do livro Plantas Alimentícias Não Convencionais do Brasil (Instituto Plantarum, R$ 100).

Para Neide Rigo, o consumo de pancs exercita também o olhar para a biodiversidade e outras fontes de alimento, estimulando o trabalho de pequenos produtores. “Passamos a consumir só o que a grande indústria e os supermercados nos oferecem, que em geral vem de monocultura com o uso de agrotóxicos.”

Pariparoba Foto: Roberto Seba|Estadão

Tópicos como esses deverão ser abordados no festival É Panc!, que vai juntar em Belém num fim de semana (dias 8 e 9 de abril) chefs, pesquisadores e mateiros para falar de pancs da Amazônia. Não há programação por horário nem divisão por salas - o interessado paga R$ 260 para ter acesso ao auditório da Estação Gasômetro nos dois dias a qualquer hora.

Ali dentro, os convidados se revezarão num palco montado com equipamentos de cozinha e sofás, onde falarão das pancs, de suas experiências e farão demonstrações nas panelas. Tudo será transmitido ao vivo, como num reality show. 

“É um encontro não convencional sobre plantas não convencionais. Mas muita coisa não é convencional mesmo para o público urbano de cidades amazônicas, que não conhece as pancs como os mateiros. Por isso, o subtítulo A Amazônia Descobre a Amazônia”, diz Roberto Smeraldi, colunista do Paladar e um dos realizadores do evento por meio do Instituto Atá.

Cogumelos. O raphanica, que brota em regiões amazônicas Foto: Felipe Schaedler|Divulgação

Além dele, participarão do É Panc! os chefs Alex Atala e Felipe Schaedler (de Manaus), a índia baré e cozinheira Dona Brazi, o chocolateiro Cesar De Mendes, a pesquisadora Noemia Ishikawa, o professor Valdely Kinupp e mateiros tradicionais da região amazônica, como seu Xiba (Manoel do Carmo, de Barcarena, no Pará).

Para De Mendes, que conhece muitos mateiros por conta de seu trabalho em torno do cacau selvagem, o momento é oportuno para falar da atividade, já que o conhecimento de muitos mateiros corre o risco de ser perdido. “Eles não estão formando sucessores, e nós estamos perdendo um conhecimento fantástico. Existe um êxodo natural dos filhos dos mateiros irem para a cidade estudar.”

Ainda deverá estar presente no evento o naturalista e escritor Charles Brewer-Carias, venezuelano descendente de ingleses considerado um dos maiores exploradores de florestas e ambientes naturais do mundo aos seus quase 80 anos.

Todo mundo vai levar um pouco de panc e lá deverão estar reunidos ingredientes como a vitória régia, planta ornamental famosa, mas cujo uso na cozinha de sua flor, sua semente e seu rizoma é pouco conhecido. Também o cogumelo raphanica, típico da Amazônia e que foi domesticado pela primeira vez em projeto que envolveu Felipe Schaedler e Noemia Ishikawa, em Manaus. Ainda há os cogumelos ianomâmis, que são comercializados em São Paulo pelo Instituto Atá no Mercado de Pinheiros.

Prato do chef Felipe Schaedler com cogumelos raphanica Foto: Felipe Schaedler|Divulgação

Outros eventos

No fim deste mês, Manaus também sedia evento com foco nas pancs, de 29 de março a 2 de abril. É o Festival Ecológico, em que aulas com diversos cozinheiros vão envolver essas plantas. Haverá também incursões pelas ruas e por sítios para reconhecer pancs, conta o pesquisador Valdely Kinupp, que participa deste evento.

Já nos dias 1º e 2 de junho é a vez de Brasília sediar o 1º HortPanc (Encontro Nacional de Hortaliças Não Convencionais), realizado pela Embrapa. Lá, um dia será dedicado a seminários e palestras e outro a pesquisa de campo. A colunista do Paladar Neide Rigo participa do evento na mesa redonda “Hortaliças não convencionais e gastronomia”.

Investigadora de pancs, tema que é recorrente em suas colunas no Paladar, Neide também mantém uma horta urbana no bairro City Lapa. É lá que ela realiza o seu Panc na City, um passeio guiado com identificação de plantas, colheita e depois preparo na cozinha para os participantes (o próximo será no dia 29 de abril).

Por conta de sua expertise, Neide também foi convidada para participar, entre 28 de março e 12 de abril, de dois eventos na Guiana Francesa que vão abordar as pancs. A nutricionista e pesquisadora vai mostrar possibilidades de uso na cozinha de plantas coincidentes aqui e lá, como jambu, vinagreira, moringa, munguba, beldroega e jaca verde.

Conheça as pancs - plantas alimentícias não convencionais

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Pancs - plantas alimentícias não convencionais

Foto: Neide Rigo/Estadão
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Peixinho

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
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Feijão guandu

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
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Capuchinha

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
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Murici

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
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Espinafre malabar

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
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Maracujá-do-mato

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
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Beldroega

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
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Ora-pro-nóbis

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
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Azedinha vermelha

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
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Trevo

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
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Cará-espinho

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
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Caruru

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
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Serralha

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão
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Moringa

Foto: Tadeu Brunelli/Estadão

A jaca verde, assim como a banana verde, entra no rol porque, explica Neide, as pancs envolvem também legumes e frutas consumidos em estágio não convencional (verdes). “Sempre digo: você tem de ter diversidade na alimentação. E, se temos isso à disposição na nossa flora, por que não diversificar e estimular a produção?”

SERVIÇO

É Panc! - Encontro Sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais da Amazônia Dias 8 e 9 de abril, R$ 260 para os dois dias Estação Gasômetro, Belém (PA) Ingressos em amazoniapanc.com 

Festival Ecológico De 29 de março a 2 de abril Manaus (AM)comidaecologica.com.br/bemvindo/festival-ecologico-oficial/ 

1º HortPanc - Encontro Nacional de Hortaliças Não Convencionais Dias 1º e 2 de junho Brasília (DF)

Panc na City Reconhecimento de pancs em ruas do City Lapa, colheita e preparo na cozinha Dia 29/4, das 9h às 15h (R$ 150, com almoço) Inscrições pelo e-mail neide.rigo@gmail.com  Mais informações: pancnacity.blogspot.com.br/ 

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