Qual é o melhor carvão vegetal?


Time de especialistas avaliou dez marcas encontradas em mercados, açougues e lojas de conveniência; confira o ranking

Por Danielle Nagase
Atualização:

Se você é o famoso churrasqueiro de fim de semana, daqueles que não perdem uma oportunidade de assar uma carninha nos dias de folga, muito provavelmente, você tem de cor as suas marcas prediletas de queijo de coalho, pão de alho, linguiça toscana, bife ancho… Mas e o carvão? Você presta atenção no produto que está comprando ou dá de ombros e acaba levando a opção que está à mão ali no açougue?

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Afinal de contas, carvão é tudo igual ou a marca faz diferença? Encafifados com essa questão, fomos atrás de quem entende do assunto para tirar a dúvida. “Faz toda a diferença”, devolveu a chef assadora Ligia Karazawa.

Júri observa qualidade e durabilidade do braseiro para avaliar as dez marcas de carvão Foto: Tiago Queiroz

Não no quesito sensorial – isso é muito mais questão de talento do assador do que da qualidade do carvão. Em termos de eficiência, porém, o resultado pode mudar bastante de uma marca para outra. O tipo de madeira utilizada (que vai de eucalipto plantado a restos de demolição), tamanho, densidade e umidade das toras têm influência direta no desempenho do carvão num churrasco.

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Sendo assim, por que não fazer um teste de carvão vegetal para descobrir qual o melhor do mercado? Convidamos o pitmaster Bruno Panhoca, do Rac-Coon Smoke House, e o chef assador Lierson Mattenhauer Jr, do Xepa, para se juntar à Ligia e à repórter gastronômica que vos fala para formar o júri.

Como foi realizado o teste?

Em todas as provas realizadas por Paladar, a reportagem faz um levantamento das marcas disponíveis no mercado. E, nos dias anteriores ao teste, as amostras são adquiridas em grandes redes de supermercado da capital paulista. No caso de produtos artesanais, eles são comprados nas lojas on-line das próprias marcas de forma anônima. Ou seja, em ambos os casos, as marcas não sabem que seus produtos serão submetidos a uma degustação às cegas. O Paladar Testou é uma iniciativa 100% editorial. Além disso, o júri também não tem conhecimento de quais marcas fazem parte da seleção antes do resultado da apuração.

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Para a realização desse teste especificamente, contamos com dez churrasqueiras cedidas pela Tramontina, todas do mesmo modelo para não interferir no desempenho das amostras. Na hora da compra dos carvões vegetais, realizada em diferentes mercados, açougues e lojas de conveniência, observamos cuidadosamente se as embalagens não estavam avariadas – saco rasgado ou úmido, por exemplo, pode ser indício de armazenagem inadequada, o que pode atrapalhar a performance do produto.

Teste do carvão vegetal foi um churrasco com (quase) tudo o que se tinha direito Foto: Tiago Queiroz

As churrasqueiras, dispostas lado a lado, receberam a mesma quantidade de carvão (sem direito à recarga) e foram acendidas simultaneamente, com o auxílio de acendedores em gel e em bastão. Observado quanto tempo cada amostra demorou para pegar fogo, a potência e a durabilidade da brasa passaram a ser o foco do júri. Repare que as marcas vencedoras são, justamente, as que entregaram um braseiro intenso e constante por mais tempo.

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Em cada uma das dez grelhas, colocamos para jogo um bife ancho, três tulipinhas de frango e duas tiras de pancetta — sim, fizemos um churrasco com quase tudo o que tínhamos direito, só faltou a cerveja e o samba.

Confira abaixo as marcas de carvão vegetal que melhor se saíram no teste realizado por Paladar e também a avaliação individual de cada uma das marcas testadas.

Os melhores carvões vegetais do mercado

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  1. Swift
  2. Divininho
  3. Faixa Preta
Tamanho é documento: com toras grandes e densas, carvão da Swift garantiu primeiro lugar no pódio Foto: Tiago Queiroz

*As avaliações abaixo são um compilado dos comentários dos jurados ao longo da prova. As marcas aparecem em ordem alfabética.

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Carvão Brasil

Diz a embalagem desse carvão “ecológico”: cortes maiores, maior durabilidade, acendimento rápido. Na prática, porém, o produto não entregou o que prometeu, a começar pelos pedaços de carvão, pequenos, e da grande quantidade de farelo. Foi também a amostra que mais demorou a pegar fogo e a brasa não durou tanto (R$ 31,50, 4 kg).

Divininho

Divina foi a performance desse carvão (100% eucalipto), que, por muito pouco, não conquistou o primeiro lugar no pódio. Com toras compridas, grossas, com boa densidade e bem secas, acendeu rapidamente e, mesmo depois de 1h30, manteve-se a postos para assar mais uma leva de carnes (R$ 22,90, 4 kg).

Faixa Preta

A embalagem diz se tratar de um produto ecologicamente correto. Na avaliação, a amostra fez bonito: pegou fogo rapidamente, entregou uma brasa bonita e potente e, depois de 1h30, prometia dar conta de mais uma leva de carnes. Tudo isso, culpa das toras, bem secas, e de excelente tamanho (R$ 34,90, 4 kg).

Gaúcho

Além de ser de eucalipto, o carvão da marca, uma das mais famosas no mercado, é proveniente de floresta plantada. Com toras pequenas e médias, a amostra acendeu rápido, formou um braseiro bonito e incandescente, mas, depois de 1h30 precisaria ser reabastecida para retomar o vigor (R$ 32,90, 4 kg).

Marino

De eucalipto, esse carvão entregou toras de tamanhos variados (pequenas e médias em maior quantidade). Além de pegar fogo com facilidade, o produto formou um braseiro bonito e eficiente, mas que não durou por tanto tempo (R$ 26,90, 2,5 kg).

Novo Rio

“Daria para usar em restaurante”, comentou um dos jurados sobre esse carvão de eucalipto. Isso por conta das toras em tamanhos satisfatórios (médio/grande), da rapidez para pegar fogo e da qualidade da brasa. Só perdeu pontos pela durabilidade, que não foi das melhores (R$ 34,99, 4 kg).

Qualitá

Um carvão despedaçado (quiçá esfarelado). Não houve quesito que salvasse essa marca: difícil de acender, braseiro quase morto, sem calor suficiente. “Em vez de assar, acabou cozinhando a carne”, criticou um jurado (R$ 29,99, 2,5 kg).

São José

“O mais vendido do Brasil desde 1953″, como afirma a embalagem, não é o mais eficiente. Feito 100% de eucalipto, o carvão acendeu rápido, gerou calor satisfatório, mas durou pouco (R$ 17,90, 2 kg).

São Manoel

Feita com eucalipto 100% legal, a amostra não agradou aos jurados. Esfarelento, quase moído, o carvão demorou para pegar fogo, formou uma brasa fraca e não durou quase nada (R$ 29,99, 2,5 kg).

Swift

Como é mesmo aquele ditado? “Os últimos serão os primeiros?” Pois a marca, que ocupa o primeiro lugar no pódio desse teste é, por ironia, a última dessa lista aqui. Brincadeiras à parte, a amostra (feita com madeira de reflorestamento) entregou toras de excelente tamanho, que acenderam rápido, formaram um belo braseiro e, após 1h30, estava no seu ápice de calor (R$ 37, 5 kg).

Como escolher o carvão vegetal?

  • Prefira as embalagens maiores (a partir de 4 kg); quanto menor o saco, maior a chance de conter apenas pedaços minúsculos de carvão vegetal nele
  • Não compre o carvão, se a embalagem estiver úmida ou danificada; armazenagem inadequada pode prejudicar o desempenho do carvão
  • Passe a mão no fundo do pacote: se você sentir uma textura de areia, cuidado! São grandes as chances do carvão estar muito quebradiço ou moído
  • Sobrou carvão? Veja bem onde você vai armazenar o pacote em casa; o local deve estar limpo e seco; carvão vegetal não gosta de umidade
  • Não tente acender a churrasqueira com álcool líquido; existem acendedores específicos (e bem mais seguros) para churrasco

Se você é o famoso churrasqueiro de fim de semana, daqueles que não perdem uma oportunidade de assar uma carninha nos dias de folga, muito provavelmente, você tem de cor as suas marcas prediletas de queijo de coalho, pão de alho, linguiça toscana, bife ancho… Mas e o carvão? Você presta atenção no produto que está comprando ou dá de ombros e acaba levando a opção que está à mão ali no açougue?

Afinal de contas, carvão é tudo igual ou a marca faz diferença? Encafifados com essa questão, fomos atrás de quem entende do assunto para tirar a dúvida. “Faz toda a diferença”, devolveu a chef assadora Ligia Karazawa.

Júri observa qualidade e durabilidade do braseiro para avaliar as dez marcas de carvão Foto: Tiago Queiroz

Não no quesito sensorial – isso é muito mais questão de talento do assador do que da qualidade do carvão. Em termos de eficiência, porém, o resultado pode mudar bastante de uma marca para outra. O tipo de madeira utilizada (que vai de eucalipto plantado a restos de demolição), tamanho, densidade e umidade das toras têm influência direta no desempenho do carvão num churrasco.

Sendo assim, por que não fazer um teste de carvão vegetal para descobrir qual o melhor do mercado? Convidamos o pitmaster Bruno Panhoca, do Rac-Coon Smoke House, e o chef assador Lierson Mattenhauer Jr, do Xepa, para se juntar à Ligia e à repórter gastronômica que vos fala para formar o júri.

Como foi realizado o teste?

Em todas as provas realizadas por Paladar, a reportagem faz um levantamento das marcas disponíveis no mercado. E, nos dias anteriores ao teste, as amostras são adquiridas em grandes redes de supermercado da capital paulista. No caso de produtos artesanais, eles são comprados nas lojas on-line das próprias marcas de forma anônima. Ou seja, em ambos os casos, as marcas não sabem que seus produtos serão submetidos a uma degustação às cegas. O Paladar Testou é uma iniciativa 100% editorial. Além disso, o júri também não tem conhecimento de quais marcas fazem parte da seleção antes do resultado da apuração.

Para a realização desse teste especificamente, contamos com dez churrasqueiras cedidas pela Tramontina, todas do mesmo modelo para não interferir no desempenho das amostras. Na hora da compra dos carvões vegetais, realizada em diferentes mercados, açougues e lojas de conveniência, observamos cuidadosamente se as embalagens não estavam avariadas – saco rasgado ou úmido, por exemplo, pode ser indício de armazenagem inadequada, o que pode atrapalhar a performance do produto.

Teste do carvão vegetal foi um churrasco com (quase) tudo o que se tinha direito Foto: Tiago Queiroz

As churrasqueiras, dispostas lado a lado, receberam a mesma quantidade de carvão (sem direito à recarga) e foram acendidas simultaneamente, com o auxílio de acendedores em gel e em bastão. Observado quanto tempo cada amostra demorou para pegar fogo, a potência e a durabilidade da brasa passaram a ser o foco do júri. Repare que as marcas vencedoras são, justamente, as que entregaram um braseiro intenso e constante por mais tempo.

Em cada uma das dez grelhas, colocamos para jogo um bife ancho, três tulipinhas de frango e duas tiras de pancetta — sim, fizemos um churrasco com quase tudo o que tínhamos direito, só faltou a cerveja e o samba.

Confira abaixo as marcas de carvão vegetal que melhor se saíram no teste realizado por Paladar e também a avaliação individual de cada uma das marcas testadas.

Os melhores carvões vegetais do mercado

  1. Swift
  2. Divininho
  3. Faixa Preta
Tamanho é documento: com toras grandes e densas, carvão da Swift garantiu primeiro lugar no pódio Foto: Tiago Queiroz

*As avaliações abaixo são um compilado dos comentários dos jurados ao longo da prova. As marcas aparecem em ordem alfabética.

Carvão Brasil

Diz a embalagem desse carvão “ecológico”: cortes maiores, maior durabilidade, acendimento rápido. Na prática, porém, o produto não entregou o que prometeu, a começar pelos pedaços de carvão, pequenos, e da grande quantidade de farelo. Foi também a amostra que mais demorou a pegar fogo e a brasa não durou tanto (R$ 31,50, 4 kg).

Divininho

Divina foi a performance desse carvão (100% eucalipto), que, por muito pouco, não conquistou o primeiro lugar no pódio. Com toras compridas, grossas, com boa densidade e bem secas, acendeu rapidamente e, mesmo depois de 1h30, manteve-se a postos para assar mais uma leva de carnes (R$ 22,90, 4 kg).

Faixa Preta

A embalagem diz se tratar de um produto ecologicamente correto. Na avaliação, a amostra fez bonito: pegou fogo rapidamente, entregou uma brasa bonita e potente e, depois de 1h30, prometia dar conta de mais uma leva de carnes. Tudo isso, culpa das toras, bem secas, e de excelente tamanho (R$ 34,90, 4 kg).

Gaúcho

Além de ser de eucalipto, o carvão da marca, uma das mais famosas no mercado, é proveniente de floresta plantada. Com toras pequenas e médias, a amostra acendeu rápido, formou um braseiro bonito e incandescente, mas, depois de 1h30 precisaria ser reabastecida para retomar o vigor (R$ 32,90, 4 kg).

Marino

De eucalipto, esse carvão entregou toras de tamanhos variados (pequenas e médias em maior quantidade). Além de pegar fogo com facilidade, o produto formou um braseiro bonito e eficiente, mas que não durou por tanto tempo (R$ 26,90, 2,5 kg).

Novo Rio

“Daria para usar em restaurante”, comentou um dos jurados sobre esse carvão de eucalipto. Isso por conta das toras em tamanhos satisfatórios (médio/grande), da rapidez para pegar fogo e da qualidade da brasa. Só perdeu pontos pela durabilidade, que não foi das melhores (R$ 34,99, 4 kg).

Qualitá

Um carvão despedaçado (quiçá esfarelado). Não houve quesito que salvasse essa marca: difícil de acender, braseiro quase morto, sem calor suficiente. “Em vez de assar, acabou cozinhando a carne”, criticou um jurado (R$ 29,99, 2,5 kg).

São José

“O mais vendido do Brasil desde 1953″, como afirma a embalagem, não é o mais eficiente. Feito 100% de eucalipto, o carvão acendeu rápido, gerou calor satisfatório, mas durou pouco (R$ 17,90, 2 kg).

São Manoel

Feita com eucalipto 100% legal, a amostra não agradou aos jurados. Esfarelento, quase moído, o carvão demorou para pegar fogo, formou uma brasa fraca e não durou quase nada (R$ 29,99, 2,5 kg).

Swift

Como é mesmo aquele ditado? “Os últimos serão os primeiros?” Pois a marca, que ocupa o primeiro lugar no pódio desse teste é, por ironia, a última dessa lista aqui. Brincadeiras à parte, a amostra (feita com madeira de reflorestamento) entregou toras de excelente tamanho, que acenderam rápido, formaram um belo braseiro e, após 1h30, estava no seu ápice de calor (R$ 37, 5 kg).

Como escolher o carvão vegetal?

  • Prefira as embalagens maiores (a partir de 4 kg); quanto menor o saco, maior a chance de conter apenas pedaços minúsculos de carvão vegetal nele
  • Não compre o carvão, se a embalagem estiver úmida ou danificada; armazenagem inadequada pode prejudicar o desempenho do carvão
  • Passe a mão no fundo do pacote: se você sentir uma textura de areia, cuidado! São grandes as chances do carvão estar muito quebradiço ou moído
  • Sobrou carvão? Veja bem onde você vai armazenar o pacote em casa; o local deve estar limpo e seco; carvão vegetal não gosta de umidade
  • Não tente acender a churrasqueira com álcool líquido; existem acendedores específicos (e bem mais seguros) para churrasco

Se você é o famoso churrasqueiro de fim de semana, daqueles que não perdem uma oportunidade de assar uma carninha nos dias de folga, muito provavelmente, você tem de cor as suas marcas prediletas de queijo de coalho, pão de alho, linguiça toscana, bife ancho… Mas e o carvão? Você presta atenção no produto que está comprando ou dá de ombros e acaba levando a opção que está à mão ali no açougue?

Afinal de contas, carvão é tudo igual ou a marca faz diferença? Encafifados com essa questão, fomos atrás de quem entende do assunto para tirar a dúvida. “Faz toda a diferença”, devolveu a chef assadora Ligia Karazawa.

Júri observa qualidade e durabilidade do braseiro para avaliar as dez marcas de carvão Foto: Tiago Queiroz

Não no quesito sensorial – isso é muito mais questão de talento do assador do que da qualidade do carvão. Em termos de eficiência, porém, o resultado pode mudar bastante de uma marca para outra. O tipo de madeira utilizada (que vai de eucalipto plantado a restos de demolição), tamanho, densidade e umidade das toras têm influência direta no desempenho do carvão num churrasco.

Sendo assim, por que não fazer um teste de carvão vegetal para descobrir qual o melhor do mercado? Convidamos o pitmaster Bruno Panhoca, do Rac-Coon Smoke House, e o chef assador Lierson Mattenhauer Jr, do Xepa, para se juntar à Ligia e à repórter gastronômica que vos fala para formar o júri.

Como foi realizado o teste?

Em todas as provas realizadas por Paladar, a reportagem faz um levantamento das marcas disponíveis no mercado. E, nos dias anteriores ao teste, as amostras são adquiridas em grandes redes de supermercado da capital paulista. No caso de produtos artesanais, eles são comprados nas lojas on-line das próprias marcas de forma anônima. Ou seja, em ambos os casos, as marcas não sabem que seus produtos serão submetidos a uma degustação às cegas. O Paladar Testou é uma iniciativa 100% editorial. Além disso, o júri também não tem conhecimento de quais marcas fazem parte da seleção antes do resultado da apuração.

Para a realização desse teste especificamente, contamos com dez churrasqueiras cedidas pela Tramontina, todas do mesmo modelo para não interferir no desempenho das amostras. Na hora da compra dos carvões vegetais, realizada em diferentes mercados, açougues e lojas de conveniência, observamos cuidadosamente se as embalagens não estavam avariadas – saco rasgado ou úmido, por exemplo, pode ser indício de armazenagem inadequada, o que pode atrapalhar a performance do produto.

Teste do carvão vegetal foi um churrasco com (quase) tudo o que se tinha direito Foto: Tiago Queiroz

As churrasqueiras, dispostas lado a lado, receberam a mesma quantidade de carvão (sem direito à recarga) e foram acendidas simultaneamente, com o auxílio de acendedores em gel e em bastão. Observado quanto tempo cada amostra demorou para pegar fogo, a potência e a durabilidade da brasa passaram a ser o foco do júri. Repare que as marcas vencedoras são, justamente, as que entregaram um braseiro intenso e constante por mais tempo.

Em cada uma das dez grelhas, colocamos para jogo um bife ancho, três tulipinhas de frango e duas tiras de pancetta — sim, fizemos um churrasco com quase tudo o que tínhamos direito, só faltou a cerveja e o samba.

Confira abaixo as marcas de carvão vegetal que melhor se saíram no teste realizado por Paladar e também a avaliação individual de cada uma das marcas testadas.

Os melhores carvões vegetais do mercado

  1. Swift
  2. Divininho
  3. Faixa Preta
Tamanho é documento: com toras grandes e densas, carvão da Swift garantiu primeiro lugar no pódio Foto: Tiago Queiroz

*As avaliações abaixo são um compilado dos comentários dos jurados ao longo da prova. As marcas aparecem em ordem alfabética.

Carvão Brasil

Diz a embalagem desse carvão “ecológico”: cortes maiores, maior durabilidade, acendimento rápido. Na prática, porém, o produto não entregou o que prometeu, a começar pelos pedaços de carvão, pequenos, e da grande quantidade de farelo. Foi também a amostra que mais demorou a pegar fogo e a brasa não durou tanto (R$ 31,50, 4 kg).

Divininho

Divina foi a performance desse carvão (100% eucalipto), que, por muito pouco, não conquistou o primeiro lugar no pódio. Com toras compridas, grossas, com boa densidade e bem secas, acendeu rapidamente e, mesmo depois de 1h30, manteve-se a postos para assar mais uma leva de carnes (R$ 22,90, 4 kg).

Faixa Preta

A embalagem diz se tratar de um produto ecologicamente correto. Na avaliação, a amostra fez bonito: pegou fogo rapidamente, entregou uma brasa bonita e potente e, depois de 1h30, prometia dar conta de mais uma leva de carnes. Tudo isso, culpa das toras, bem secas, e de excelente tamanho (R$ 34,90, 4 kg).

Gaúcho

Além de ser de eucalipto, o carvão da marca, uma das mais famosas no mercado, é proveniente de floresta plantada. Com toras pequenas e médias, a amostra acendeu rápido, formou um braseiro bonito e incandescente, mas, depois de 1h30 precisaria ser reabastecida para retomar o vigor (R$ 32,90, 4 kg).

Marino

De eucalipto, esse carvão entregou toras de tamanhos variados (pequenas e médias em maior quantidade). Além de pegar fogo com facilidade, o produto formou um braseiro bonito e eficiente, mas que não durou por tanto tempo (R$ 26,90, 2,5 kg).

Novo Rio

“Daria para usar em restaurante”, comentou um dos jurados sobre esse carvão de eucalipto. Isso por conta das toras em tamanhos satisfatórios (médio/grande), da rapidez para pegar fogo e da qualidade da brasa. Só perdeu pontos pela durabilidade, que não foi das melhores (R$ 34,99, 4 kg).

Qualitá

Um carvão despedaçado (quiçá esfarelado). Não houve quesito que salvasse essa marca: difícil de acender, braseiro quase morto, sem calor suficiente. “Em vez de assar, acabou cozinhando a carne”, criticou um jurado (R$ 29,99, 2,5 kg).

São José

“O mais vendido do Brasil desde 1953″, como afirma a embalagem, não é o mais eficiente. Feito 100% de eucalipto, o carvão acendeu rápido, gerou calor satisfatório, mas durou pouco (R$ 17,90, 2 kg).

São Manoel

Feita com eucalipto 100% legal, a amostra não agradou aos jurados. Esfarelento, quase moído, o carvão demorou para pegar fogo, formou uma brasa fraca e não durou quase nada (R$ 29,99, 2,5 kg).

Swift

Como é mesmo aquele ditado? “Os últimos serão os primeiros?” Pois a marca, que ocupa o primeiro lugar no pódio desse teste é, por ironia, a última dessa lista aqui. Brincadeiras à parte, a amostra (feita com madeira de reflorestamento) entregou toras de excelente tamanho, que acenderam rápido, formaram um belo braseiro e, após 1h30, estava no seu ápice de calor (R$ 37, 5 kg).

Como escolher o carvão vegetal?

  • Prefira as embalagens maiores (a partir de 4 kg); quanto menor o saco, maior a chance de conter apenas pedaços minúsculos de carvão vegetal nele
  • Não compre o carvão, se a embalagem estiver úmida ou danificada; armazenagem inadequada pode prejudicar o desempenho do carvão
  • Passe a mão no fundo do pacote: se você sentir uma textura de areia, cuidado! São grandes as chances do carvão estar muito quebradiço ou moído
  • Sobrou carvão? Veja bem onde você vai armazenar o pacote em casa; o local deve estar limpo e seco; carvão vegetal não gosta de umidade
  • Não tente acender a churrasqueira com álcool líquido; existem acendedores específicos (e bem mais seguros) para churrasco

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