Qual o melhor lombo de bacalhau dessalgado do mercado?


Especialistas aprovam a forma de usar o peixe, mas avaliam qualidade das marcas mais populares

Por Fernanda Meneguetti
Atualização:

Foi-se o tempo em que para comer um bom bacalhau era preciso passar três dias alternando água e leite para hidratar e dessalgar o bichinho antes de prepará-lo. Hoje, é possível salvar o almoço de Páscoa na véspera, passando na área de refrigerados do supermercado.

Até chefs reconhecidos, inclusive em Portugal, recorrem ao peixe congelado, a priori, já com a quantidade correta de sal. “No fim das contas, o teste do dedo puxando uma lasquinha lá do meio para provar é o mais assertivo. Mas quando você compra um bom produto, isso nem sempre é mais necessário”, acredita Ipe Moraes, restaurateur à frente das Adegas Santiagos, Taberna 474, Casa Europa e Arroz Malandro.

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Chef Valdeci Castro preparou os pescados de duas maneiras, cozido e grelhado, para não haver dúvidas Foto: FELIPE RAU

A não ser quando serve o bacalhau espalmado na brasa, é ao lombo dessalgado congelado que o empresário recorre. Edrey Momo, sócio do premiado chef português Vítor Sobral, recorre ao mesmo formato na Tasca da Esquina, que nos próximos dias transfere-se do Jardim Paulista ao Paulistano.

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“O Vítor é muito chato e aqui nem temos acesso ao padrão que ele tem por lá, mas trabalhamos com um ótimo produto”. Coisa da qual apenas uma das seis marcas da avaliação se aproximou.

O teste foi coordenado por Valdeci Castro, gerente e chef do Rancho Português, profissional que zela pela venda de 20 toneladas do peixe em um mês comum e quase 30 na Páscoa.

“Segui as instruções de descongelamento de cada embalagem e preparei de duas maneiras: apenas cozido, como indicou o chef José Avillez, diretamente de Lisboa, e grelhado, para não restar dúvida”, explica Valdeci.

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O júri: Pascal Valero, Ivan Santinho Amanda Caracante, Edrey Momo e Ipe Moraes Foto: FELIPE RAU

Os chefs Ivan Santinho e Pascal Valero (que têm o bacalhau como best-sellers, respectivamente no La Cura e no delivery Da Minha Casa para a Sua), assim como Amanda Caracante (chef apresentadora do canal Sabor & Arte e que possui curso sobre o tema no Atelier Gourmand), reforçaram o júri com notas e comentários ao sabor, textura, quantidade de sal e visual dos produtos.

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Os cinco especialistas foram unânimes na escolha do melhor e do pior. Reforçaram ainda que estampar “lombo de bacalhau” na caixa não significa servir lombo verdadeiro, isso é, o do bacalhau-do-atlântico, aquele que se desfaz em belas lascas. Mesmo às cegas identificaram prontamente as duas marcas que usavam gadus macrocephalus e se chocaram com a diferença de tamanho dos pedaços dentro de um mesmo pacote.

Os melhores bacalhaus dessalgados do mercado

  1. Bom Porto
  2. Ribeiralves
  3. Momento Mambo
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Lombo de bacalhau dessalgado da Bom Porto arremata o selo Paladar em degustação às cegas Foto: Daniel Teixeira/Estadão

As seis marcas avaliadas em ordem alfabética

Bacala Mare

Agradável, porém, um pouco mole e com pouco sal. Altura decepcionante para um lombo (R$ 86,38; 8oog)

Bacalanor

Textura de peixe sem cura e com retrogosto amargo, pronunciando um produto “cansado”, que nem parece bacalhau (R$ 105,99; 800 g )

Bom Porto

Macio e com lascas firmes. Sabor acentuado, boa cura e nível de sal muito bem equilibrado. Aspecto brilhante, entregando o colágeno. Todas as características que um bacalhau superior deve ter (R$ 187; 1kg)

Momento Mambo

Tenro, com boa cura e bastante colágeno, porém, com excesso de sal (R$ 150,74; 1 kg)

Qualitá

Sabor intenso não parece do verdadeiro Gadus Morhua fabricado em Portugal anunciado no pacote. No visual, pontos escuros desagradaram (R$ 99,90; 800 g)

Ribeiralves

Bom sabor, quantidade de sal, textura e brilho. No entanto, as qualidades não se apresentaram em todas as partes da mesma embalagem (R$ 115,92; 1 kg)

Foi-se o tempo em que para comer um bom bacalhau era preciso passar três dias alternando água e leite para hidratar e dessalgar o bichinho antes de prepará-lo. Hoje, é possível salvar o almoço de Páscoa na véspera, passando na área de refrigerados do supermercado.

Até chefs reconhecidos, inclusive em Portugal, recorrem ao peixe congelado, a priori, já com a quantidade correta de sal. “No fim das contas, o teste do dedo puxando uma lasquinha lá do meio para provar é o mais assertivo. Mas quando você compra um bom produto, isso nem sempre é mais necessário”, acredita Ipe Moraes, restaurateur à frente das Adegas Santiagos, Taberna 474, Casa Europa e Arroz Malandro.

Chef Valdeci Castro preparou os pescados de duas maneiras, cozido e grelhado, para não haver dúvidas Foto: FELIPE RAU

A não ser quando serve o bacalhau espalmado na brasa, é ao lombo dessalgado congelado que o empresário recorre. Edrey Momo, sócio do premiado chef português Vítor Sobral, recorre ao mesmo formato na Tasca da Esquina, que nos próximos dias transfere-se do Jardim Paulista ao Paulistano.

“O Vítor é muito chato e aqui nem temos acesso ao padrão que ele tem por lá, mas trabalhamos com um ótimo produto”. Coisa da qual apenas uma das seis marcas da avaliação se aproximou.

O teste foi coordenado por Valdeci Castro, gerente e chef do Rancho Português, profissional que zela pela venda de 20 toneladas do peixe em um mês comum e quase 30 na Páscoa.

“Segui as instruções de descongelamento de cada embalagem e preparei de duas maneiras: apenas cozido, como indicou o chef José Avillez, diretamente de Lisboa, e grelhado, para não restar dúvida”, explica Valdeci.

O júri: Pascal Valero, Ivan Santinho Amanda Caracante, Edrey Momo e Ipe Moraes Foto: FELIPE RAU

Os chefs Ivan Santinho e Pascal Valero (que têm o bacalhau como best-sellers, respectivamente no La Cura e no delivery Da Minha Casa para a Sua), assim como Amanda Caracante (chef apresentadora do canal Sabor & Arte e que possui curso sobre o tema no Atelier Gourmand), reforçaram o júri com notas e comentários ao sabor, textura, quantidade de sal e visual dos produtos.

Os cinco especialistas foram unânimes na escolha do melhor e do pior. Reforçaram ainda que estampar “lombo de bacalhau” na caixa não significa servir lombo verdadeiro, isso é, o do bacalhau-do-atlântico, aquele que se desfaz em belas lascas. Mesmo às cegas identificaram prontamente as duas marcas que usavam gadus macrocephalus e se chocaram com a diferença de tamanho dos pedaços dentro de um mesmo pacote.

Os melhores bacalhaus dessalgados do mercado

  1. Bom Porto
  2. Ribeiralves
  3. Momento Mambo
Lombo de bacalhau dessalgado da Bom Porto arremata o selo Paladar em degustação às cegas Foto: Daniel Teixeira/Estadão

As seis marcas avaliadas em ordem alfabética

Bacala Mare

Agradável, porém, um pouco mole e com pouco sal. Altura decepcionante para um lombo (R$ 86,38; 8oog)

Bacalanor

Textura de peixe sem cura e com retrogosto amargo, pronunciando um produto “cansado”, que nem parece bacalhau (R$ 105,99; 800 g )

Bom Porto

Macio e com lascas firmes. Sabor acentuado, boa cura e nível de sal muito bem equilibrado. Aspecto brilhante, entregando o colágeno. Todas as características que um bacalhau superior deve ter (R$ 187; 1kg)

Momento Mambo

Tenro, com boa cura e bastante colágeno, porém, com excesso de sal (R$ 150,74; 1 kg)

Qualitá

Sabor intenso não parece do verdadeiro Gadus Morhua fabricado em Portugal anunciado no pacote. No visual, pontos escuros desagradaram (R$ 99,90; 800 g)

Ribeiralves

Bom sabor, quantidade de sal, textura e brilho. No entanto, as qualidades não se apresentaram em todas as partes da mesma embalagem (R$ 115,92; 1 kg)

Foi-se o tempo em que para comer um bom bacalhau era preciso passar três dias alternando água e leite para hidratar e dessalgar o bichinho antes de prepará-lo. Hoje, é possível salvar o almoço de Páscoa na véspera, passando na área de refrigerados do supermercado.

Até chefs reconhecidos, inclusive em Portugal, recorrem ao peixe congelado, a priori, já com a quantidade correta de sal. “No fim das contas, o teste do dedo puxando uma lasquinha lá do meio para provar é o mais assertivo. Mas quando você compra um bom produto, isso nem sempre é mais necessário”, acredita Ipe Moraes, restaurateur à frente das Adegas Santiagos, Taberna 474, Casa Europa e Arroz Malandro.

Chef Valdeci Castro preparou os pescados de duas maneiras, cozido e grelhado, para não haver dúvidas Foto: FELIPE RAU

A não ser quando serve o bacalhau espalmado na brasa, é ao lombo dessalgado congelado que o empresário recorre. Edrey Momo, sócio do premiado chef português Vítor Sobral, recorre ao mesmo formato na Tasca da Esquina, que nos próximos dias transfere-se do Jardim Paulista ao Paulistano.

“O Vítor é muito chato e aqui nem temos acesso ao padrão que ele tem por lá, mas trabalhamos com um ótimo produto”. Coisa da qual apenas uma das seis marcas da avaliação se aproximou.

O teste foi coordenado por Valdeci Castro, gerente e chef do Rancho Português, profissional que zela pela venda de 20 toneladas do peixe em um mês comum e quase 30 na Páscoa.

“Segui as instruções de descongelamento de cada embalagem e preparei de duas maneiras: apenas cozido, como indicou o chef José Avillez, diretamente de Lisboa, e grelhado, para não restar dúvida”, explica Valdeci.

O júri: Pascal Valero, Ivan Santinho Amanda Caracante, Edrey Momo e Ipe Moraes Foto: FELIPE RAU

Os chefs Ivan Santinho e Pascal Valero (que têm o bacalhau como best-sellers, respectivamente no La Cura e no delivery Da Minha Casa para a Sua), assim como Amanda Caracante (chef apresentadora do canal Sabor & Arte e que possui curso sobre o tema no Atelier Gourmand), reforçaram o júri com notas e comentários ao sabor, textura, quantidade de sal e visual dos produtos.

Os cinco especialistas foram unânimes na escolha do melhor e do pior. Reforçaram ainda que estampar “lombo de bacalhau” na caixa não significa servir lombo verdadeiro, isso é, o do bacalhau-do-atlântico, aquele que se desfaz em belas lascas. Mesmo às cegas identificaram prontamente as duas marcas que usavam gadus macrocephalus e se chocaram com a diferença de tamanho dos pedaços dentro de um mesmo pacote.

Os melhores bacalhaus dessalgados do mercado

  1. Bom Porto
  2. Ribeiralves
  3. Momento Mambo
Lombo de bacalhau dessalgado da Bom Porto arremata o selo Paladar em degustação às cegas Foto: Daniel Teixeira/Estadão

As seis marcas avaliadas em ordem alfabética

Bacala Mare

Agradável, porém, um pouco mole e com pouco sal. Altura decepcionante para um lombo (R$ 86,38; 8oog)

Bacalanor

Textura de peixe sem cura e com retrogosto amargo, pronunciando um produto “cansado”, que nem parece bacalhau (R$ 105,99; 800 g )

Bom Porto

Macio e com lascas firmes. Sabor acentuado, boa cura e nível de sal muito bem equilibrado. Aspecto brilhante, entregando o colágeno. Todas as características que um bacalhau superior deve ter (R$ 187; 1kg)

Momento Mambo

Tenro, com boa cura e bastante colágeno, porém, com excesso de sal (R$ 150,74; 1 kg)

Qualitá

Sabor intenso não parece do verdadeiro Gadus Morhua fabricado em Portugal anunciado no pacote. No visual, pontos escuros desagradaram (R$ 99,90; 800 g)

Ribeiralves

Bom sabor, quantidade de sal, textura e brilho. No entanto, as qualidades não se apresentaram em todas as partes da mesma embalagem (R$ 115,92; 1 kg)

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