'Queijo de leite cru pode ser glamouroso mas tem patógenos’ afirma secretário


Luis Rangel, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, fala sobre as leis da vigilância sanitária para produtos artesanais

Por Redação
Atualização:

Luis Rangel, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) falou com o Paladar sobre a problemática das leis da vigilância sanitária para produtos artesanais que virou assunto na útlima semana devido ao ocorrido com a chef Roberta Sudbrack. Como é possível o País ter a mesma legislação para a grande indústria e o pequeno produtor? O Ministério não olha se o produtor é pequeno ou grande, e sim os parâmetros de qualidade e sanidade dos alimentos. Verificamos se os produtos são seguros para o consumo da população com base em parâmetros microbiológicos, microquímicos, de higiene. 

Artesanal. Queijos vendidos no Mercado Central de Belo Horizonte Foto: Daniel Teixeira|Estadaõ

Por que o selo estadual é ignorado pelo selo federal? Os queijos apreendidos no Rio, produzidos em Pernambuco eram bons para os pernambucanos e ruins para os cariocas? Os parâmetros podem valer se houver equivalência. Pernambuco tem investido muito, tem convênio conosco, mas infelizmente ainda não deu o passo de adesão ao sistema. 

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O queijo virou polêmica. O rebalho brasileiro é acometido de brucelose e turbeculose. a depender do estado tenho maior prevalência dessas doenças. O leite cru, O leite não pasteurizado, de muitos desses queijos artesanais, eles podem ser muito glamourosos mas podem trazer patógenos. Não é proibido comercializá-los, mas o processo de controle é mais rígido, tem adicionantes. É preciso fazer testes antibrucelose e tuberculose, ter garantias prévias de que as doenças não estão presentes. O processamento de alta temperatura neutraliza patógenos. O risco é minimizado quando consome leite hp.

+LEIA MAIS:Queijo brasileiro vive dia de glória e vexame na Itália​​Apreensões de produtos artesanais no Rio reacende polêmica sobre legislação

A lei que fiscaliza os produtos de origem animal é ultrapassada e ineficiente. Essa discussão é muito sofisticada. O Brasil é muito plural, tem produção heterogênea e dificilmente eu conseguiria hoje num parâmetro de homogeneização colocar todo mundo no tamanho da régua que eu gostaria. O selo federal é de excelência, cedemos a vários países, mas infelizmente os estados não conseguem aderir porque os processos de controle ainda não chegaram ao nível federal. Uma coisa é ter um controle municipal ou estadual, que tem um raio de consumo controlado. A partir do momento em que o produto sai para outros Estados, amplia-se o risco para a população. 

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Mas os produtos apreendidos na Operação Carne Fraca, feitos com carnes proibidas e deterioradas, tinham S.I.F...  Não há sistema infalível. A responsabilidade é sempre da empresa. A inspeção federal faz o possível. Houve desvios, mas o sistema tem redundâncias que evitam o risco à sociedade. O que aconteceu nesse caso foi um processo de corrupção para agilizar o processo de certificação. Essa polêmica da Roberta Sudbrack ganhou tanto a sociedade civil quando especialistas em segurança dos alimentos, mas a discussão menosprezou os selos. A burocracia existe por um motivo, as vezes ela é exagerada, mas temos de ser rígidos. O Brasil é um país gigantesco, Precisamos mostrar para a sociedade que a boa burocracia existe. 

Luis Rangel, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) falou com o Paladar sobre a problemática das leis da vigilância sanitária para produtos artesanais que virou assunto na útlima semana devido ao ocorrido com a chef Roberta Sudbrack. Como é possível o País ter a mesma legislação para a grande indústria e o pequeno produtor? O Ministério não olha se o produtor é pequeno ou grande, e sim os parâmetros de qualidade e sanidade dos alimentos. Verificamos se os produtos são seguros para o consumo da população com base em parâmetros microbiológicos, microquímicos, de higiene. 

Artesanal. Queijos vendidos no Mercado Central de Belo Horizonte Foto: Daniel Teixeira|Estadaõ

Por que o selo estadual é ignorado pelo selo federal? Os queijos apreendidos no Rio, produzidos em Pernambuco eram bons para os pernambucanos e ruins para os cariocas? Os parâmetros podem valer se houver equivalência. Pernambuco tem investido muito, tem convênio conosco, mas infelizmente ainda não deu o passo de adesão ao sistema. 

O queijo virou polêmica. O rebalho brasileiro é acometido de brucelose e turbeculose. a depender do estado tenho maior prevalência dessas doenças. O leite cru, O leite não pasteurizado, de muitos desses queijos artesanais, eles podem ser muito glamourosos mas podem trazer patógenos. Não é proibido comercializá-los, mas o processo de controle é mais rígido, tem adicionantes. É preciso fazer testes antibrucelose e tuberculose, ter garantias prévias de que as doenças não estão presentes. O processamento de alta temperatura neutraliza patógenos. O risco é minimizado quando consome leite hp.

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A lei que fiscaliza os produtos de origem animal é ultrapassada e ineficiente. Essa discussão é muito sofisticada. O Brasil é muito plural, tem produção heterogênea e dificilmente eu conseguiria hoje num parâmetro de homogeneização colocar todo mundo no tamanho da régua que eu gostaria. O selo federal é de excelência, cedemos a vários países, mas infelizmente os estados não conseguem aderir porque os processos de controle ainda não chegaram ao nível federal. Uma coisa é ter um controle municipal ou estadual, que tem um raio de consumo controlado. A partir do momento em que o produto sai para outros Estados, amplia-se o risco para a população. 

Mas os produtos apreendidos na Operação Carne Fraca, feitos com carnes proibidas e deterioradas, tinham S.I.F...  Não há sistema infalível. A responsabilidade é sempre da empresa. A inspeção federal faz o possível. Houve desvios, mas o sistema tem redundâncias que evitam o risco à sociedade. O que aconteceu nesse caso foi um processo de corrupção para agilizar o processo de certificação. Essa polêmica da Roberta Sudbrack ganhou tanto a sociedade civil quando especialistas em segurança dos alimentos, mas a discussão menosprezou os selos. A burocracia existe por um motivo, as vezes ela é exagerada, mas temos de ser rígidos. O Brasil é um país gigantesco, Precisamos mostrar para a sociedade que a boa burocracia existe. 

Luis Rangel, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) falou com o Paladar sobre a problemática das leis da vigilância sanitária para produtos artesanais que virou assunto na útlima semana devido ao ocorrido com a chef Roberta Sudbrack. Como é possível o País ter a mesma legislação para a grande indústria e o pequeno produtor? O Ministério não olha se o produtor é pequeno ou grande, e sim os parâmetros de qualidade e sanidade dos alimentos. Verificamos se os produtos são seguros para o consumo da população com base em parâmetros microbiológicos, microquímicos, de higiene. 

Artesanal. Queijos vendidos no Mercado Central de Belo Horizonte Foto: Daniel Teixeira|Estadaõ

Por que o selo estadual é ignorado pelo selo federal? Os queijos apreendidos no Rio, produzidos em Pernambuco eram bons para os pernambucanos e ruins para os cariocas? Os parâmetros podem valer se houver equivalência. Pernambuco tem investido muito, tem convênio conosco, mas infelizmente ainda não deu o passo de adesão ao sistema. 

O queijo virou polêmica. O rebalho brasileiro é acometido de brucelose e turbeculose. a depender do estado tenho maior prevalência dessas doenças. O leite cru, O leite não pasteurizado, de muitos desses queijos artesanais, eles podem ser muito glamourosos mas podem trazer patógenos. Não é proibido comercializá-los, mas o processo de controle é mais rígido, tem adicionantes. É preciso fazer testes antibrucelose e tuberculose, ter garantias prévias de que as doenças não estão presentes. O processamento de alta temperatura neutraliza patógenos. O risco é minimizado quando consome leite hp.

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A lei que fiscaliza os produtos de origem animal é ultrapassada e ineficiente. Essa discussão é muito sofisticada. O Brasil é muito plural, tem produção heterogênea e dificilmente eu conseguiria hoje num parâmetro de homogeneização colocar todo mundo no tamanho da régua que eu gostaria. O selo federal é de excelência, cedemos a vários países, mas infelizmente os estados não conseguem aderir porque os processos de controle ainda não chegaram ao nível federal. Uma coisa é ter um controle municipal ou estadual, que tem um raio de consumo controlado. A partir do momento em que o produto sai para outros Estados, amplia-se o risco para a população. 

Mas os produtos apreendidos na Operação Carne Fraca, feitos com carnes proibidas e deterioradas, tinham S.I.F...  Não há sistema infalível. A responsabilidade é sempre da empresa. A inspeção federal faz o possível. Houve desvios, mas o sistema tem redundâncias que evitam o risco à sociedade. O que aconteceu nesse caso foi um processo de corrupção para agilizar o processo de certificação. Essa polêmica da Roberta Sudbrack ganhou tanto a sociedade civil quando especialistas em segurança dos alimentos, mas a discussão menosprezou os selos. A burocracia existe por um motivo, as vezes ela é exagerada, mas temos de ser rígidos. O Brasil é um país gigantesco, Precisamos mostrar para a sociedade que a boa burocracia existe. 

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