Salmão de dois jeitos: um épico, um para fazer rapidinho


As duas receitas mostram a versatilidade do peixe e como ele se adapta a diferentes circunstâncias culinárias 

Por Yotam Ottolenghi
Atualização:

The New York Times

Passei recentemente um tempo simplificando algumas receitas antigas. 

“Não é todo mundo que pode gastar duas horas na cozinha”, disse minha irmã, ecoando a queixa da família sobre o tempo que gasto para fazer alguns de meus pratos. “Está bem, está bem”, cortei, “mas quando come você gosta, não?”. “Acho que sim”, concordou ela, com a falta de convicção reservada a membros da família. 

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No entanto, mesmo fingindo que não estou nem aí para essas reclamações, acabei matutando: será que tem jeito de fazer comida como eu gosto – impactante, complexa, deliciosa – sem usar 18 ingredientes e gastar as duas horas de que minha irmã reclamou? A resposta é “sim, mas...”.

  Foto: Andrew Scrivani|NYT

De qualquer modo, me propus o desafio de criar duas variações de pratos com um mesmo "tema": uma receita rápida, para ser feita sem ficar com dor nas costas ou estourar a conta bancária; e outra que vai exigir um pouco mais de tempo e investimento, reservada para ocasiões especiais.

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Espero que as duas versões nos ajudem, eu e você, leitor/a, a compreender melhor as circunstâncias sob as quais cozinhamos e o tipo de prato que funciona melhor. E que também proporcionem à gente muito ocupada (como minha querida irmã) a oportunidade de experimentar alguns ingredientes e combinações de sabores dos quais gosto muito. 

Meu foco hoje é salmão. A inspiração para a receita “sofisticada” veio da Suécia; para a receita "do dia a dia", inspirei-me na Sicília. O cozimento do peixe é totalmente diferente nas duas versões, mas ambas mostram a versatilidade do ingrediente e como ele se adapta a diferentes circunstâncias culinárias. 

Minha irmã prometeu experimentar as duas. 

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A ÉPICA: Batata cremosa gratinada com salmão fresco e defumado

  Foto: Andrew Scrivani|NYT

A RAPIDINHA: Salmão selado na frigideira com salsão, azeitonas e alcaparras

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  Foto: Andrew Scrivani|NYT

* Yotam Ottolenghi é chef. Israelense, vive em Londres, onde comanda restaurantes. Manteve uma coluna de cozinha vegetariana no jornal The Guardian por muito anos e, atualmente, também escreve no The New York Times. É autor de livros como Comida de Verdade (Companhia de Mesa) e Jerusalém (Panelinha).  / Tradução de Roberto Muniz

The New York Times

Passei recentemente um tempo simplificando algumas receitas antigas. 

“Não é todo mundo que pode gastar duas horas na cozinha”, disse minha irmã, ecoando a queixa da família sobre o tempo que gasto para fazer alguns de meus pratos. “Está bem, está bem”, cortei, “mas quando come você gosta, não?”. “Acho que sim”, concordou ela, com a falta de convicção reservada a membros da família. 

No entanto, mesmo fingindo que não estou nem aí para essas reclamações, acabei matutando: será que tem jeito de fazer comida como eu gosto – impactante, complexa, deliciosa – sem usar 18 ingredientes e gastar as duas horas de que minha irmã reclamou? A resposta é “sim, mas...”.

  Foto: Andrew Scrivani|NYT

De qualquer modo, me propus o desafio de criar duas variações de pratos com um mesmo "tema": uma receita rápida, para ser feita sem ficar com dor nas costas ou estourar a conta bancária; e outra que vai exigir um pouco mais de tempo e investimento, reservada para ocasiões especiais.

Espero que as duas versões nos ajudem, eu e você, leitor/a, a compreender melhor as circunstâncias sob as quais cozinhamos e o tipo de prato que funciona melhor. E que também proporcionem à gente muito ocupada (como minha querida irmã) a oportunidade de experimentar alguns ingredientes e combinações de sabores dos quais gosto muito. 

Meu foco hoje é salmão. A inspiração para a receita “sofisticada” veio da Suécia; para a receita "do dia a dia", inspirei-me na Sicília. O cozimento do peixe é totalmente diferente nas duas versões, mas ambas mostram a versatilidade do ingrediente e como ele se adapta a diferentes circunstâncias culinárias. 

Minha irmã prometeu experimentar as duas. 

A ÉPICA: Batata cremosa gratinada com salmão fresco e defumado

  Foto: Andrew Scrivani|NYT

A RAPIDINHA: Salmão selado na frigideira com salsão, azeitonas e alcaparras

  Foto: Andrew Scrivani|NYT

* Yotam Ottolenghi é chef. Israelense, vive em Londres, onde comanda restaurantes. Manteve uma coluna de cozinha vegetariana no jornal The Guardian por muito anos e, atualmente, também escreve no The New York Times. É autor de livros como Comida de Verdade (Companhia de Mesa) e Jerusalém (Panelinha).  / Tradução de Roberto Muniz

The New York Times

Passei recentemente um tempo simplificando algumas receitas antigas. 

“Não é todo mundo que pode gastar duas horas na cozinha”, disse minha irmã, ecoando a queixa da família sobre o tempo que gasto para fazer alguns de meus pratos. “Está bem, está bem”, cortei, “mas quando come você gosta, não?”. “Acho que sim”, concordou ela, com a falta de convicção reservada a membros da família. 

No entanto, mesmo fingindo que não estou nem aí para essas reclamações, acabei matutando: será que tem jeito de fazer comida como eu gosto – impactante, complexa, deliciosa – sem usar 18 ingredientes e gastar as duas horas de que minha irmã reclamou? A resposta é “sim, mas...”.

  Foto: Andrew Scrivani|NYT

De qualquer modo, me propus o desafio de criar duas variações de pratos com um mesmo "tema": uma receita rápida, para ser feita sem ficar com dor nas costas ou estourar a conta bancária; e outra que vai exigir um pouco mais de tempo e investimento, reservada para ocasiões especiais.

Espero que as duas versões nos ajudem, eu e você, leitor/a, a compreender melhor as circunstâncias sob as quais cozinhamos e o tipo de prato que funciona melhor. E que também proporcionem à gente muito ocupada (como minha querida irmã) a oportunidade de experimentar alguns ingredientes e combinações de sabores dos quais gosto muito. 

Meu foco hoje é salmão. A inspiração para a receita “sofisticada” veio da Suécia; para a receita "do dia a dia", inspirei-me na Sicília. O cozimento do peixe é totalmente diferente nas duas versões, mas ambas mostram a versatilidade do ingrediente e como ele se adapta a diferentes circunstâncias culinárias. 

Minha irmã prometeu experimentar as duas. 

A ÉPICA: Batata cremosa gratinada com salmão fresco e defumado

  Foto: Andrew Scrivani|NYT

A RAPIDINHA: Salmão selado na frigideira com salsão, azeitonas e alcaparras

  Foto: Andrew Scrivani|NYT

* Yotam Ottolenghi é chef. Israelense, vive em Londres, onde comanda restaurantes. Manteve uma coluna de cozinha vegetariana no jornal The Guardian por muito anos e, atualmente, também escreve no The New York Times. É autor de livros como Comida de Verdade (Companhia de Mesa) e Jerusalém (Panelinha).  / Tradução de Roberto Muniz

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