Deixando a degustação de lado, na hora de beber de verdade o ideal é uma temperatura mais fria. Quanto mais fino o saquê, melhor fica resfriado, sem ser gelado. A temperatura ideal é algo como 14°C, o que se consegue com uma leve passagem pelo balde de gelo ou um estágio rápido na porta da geladeira. O resfriamento equilibra aromas e sabores sem deixar o álcool se destacar.
Gauntner, no excelente The Sake Handbook (R$ 34, na Livraria Cultura), não descarta aquecer os saquês, mas só os mais simples - e no inverno. Apenas adverte que a temperatura não pode ser alta demais, nada de ferver. O ponto ideal tem um termo técnico poético para nomeá-lo: hitohada. A palavra japonesa quer dizer "pele humana", mas pode ser traduzida como "temperatura do corpo", calor ideal que faz a bebida ser agradável ao toque dos lábios.