Curso sobre a ‘literatura de sensações’ de Nina Horta ganha novas turmas em abril


Ministrado pela jornalista Luiza Fecarotta, aulas tratam sobre a conexão entre comida e literatura

Por Danielle Nagase

E disse Nina Horta: “Só conseguimos reunir as peças da comida em alguma coisa bem aceitável quando se aprende as técnicas básicas, quando se lê muito (melhor dizendo, quando se vive muito), quando se tem o olho vivo e a língua curiosa, quando o erro é o melhor condutor, quando se quebra a cabeça misturando os ingredientes com muita obediência e outras vezes com liberdade total.” O trecho faz parte da crônica Linguagem da Cozinha, do livro O Frango Ensopado da Minha Mãe, publicado em 2014 pela Companhia das Letras.

Nina Horta, cronista de gastronomia. Foto: Jade Gadotti

Nina - que nos deixou em 2019, aos 80 anos - entendia de cozinha, do bê-a-bá culinário, mas ia além e escrevia sobre o assunto como ninguém. Seus textos, publicados nos dois livros (o primeiro foi o Não é Sopa, de 1995) e também na coluna que manteve por anos na Folha de S.Paulo, contam causos do cotidiano da comida, com uma sensibilidade capaz de evocar o cheiro, o sabor, a textura e até a temperatura das receitas. Um verdadeiro banquete.

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Que o diga a jornalista e crítica gastronômica Luiza Fecarotta, que por anos recebeu os textos semanais de Nina Horta, editou e acomodou aquelas palavras nas páginas do jornal. Como uma forma de homenagear sua “musa inspiradora”, como ela mesma diz, Luiza organizou o curso Nina Horta – Literatura de Sensações, ministrado em quatro aulas e cujo programa (leia mais abaixo) pretende mergulhar na obra da autora e tratar sobre a conexão entre comida e literatura.

Luiza Fecarotta, jornalista e crítica gastronômica. Foto: Bruno Geraldi

Voltado para quem gosta de comer, cozinhar, e de ler e escrever sobre cozinha, o curso - 100% on-line, aplicado via Zoom - já teve alunas de peso como a chef Mara Salles, Betty Kövesi, da Escola Wilma Kövesi de Cozinha, a bartender Neli Pereira e a confeiteira Joyce Galvão, autora do livro A Química do Bolos. Ficou interessado? Ainda há vagas para as turmas de abril, com aulas aos sábados (dias 10/4; 17/4; 24/4 e 1/5) ou terças-feiras (dias 13/4; 20/4; 27/4 e 4/5). Nessa temporada, quem se inscrever na turma de terça-feira vai ganhar um bolo formiguinha, receita de Nina Horta, preparado pelo Carlota Polar, da chef Carla Pernambuco (entregue somente para quem mora em SP e no raio de entrega do delivery do restaurante).

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Serviço

Nina Horta - Literatura de Sensações

Inscrições: em www.aipim.etc.br; vagas limitadasOnde: curso on-line pelo ZoomQuando: sábados, das 10h às 12h (dias 10/4; 17/4; 24/4 e 1/5) ou terças-feiras, das 19h às 21h (dias 13/4; 20/4; 27/4 e 4/5)Quanto: R$ 380, em até 2 x s/ juros (depósito ou pix), quatro aulasContato: luiza.fecarotta@gmail.com/ @luiza_fecarotta

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Programa

Aula 1: Quem é Nina Horta e o que a sua literatura desperta

Crônica e memória A importância do direito à literatura na sociedade ideal; o que é uma análise informal; duas maneiras de apresentar Nina Horta; a crônica e suas particularidades; traços comuns desse gênero brasileiro na obra da autora; uma nova interpretação da comida por meio da memória

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Aula 2: Escrita dos sentidos

A importância da palavra e da observação do mundo  As dimensões da comida e a interferência da cultura nas vivências; como o acervo léxico contribui para narrar experiências sensíveis e encantar o mundo; a língua curiosa e a linguagem da cozinha de Nina Horta; a comida de alma e a comida perversa; a observação como ferramenta para construir ideias; recursos linguísticos

Aula 3: Riqueza narrativa 

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A subjetividade das receitas; o papel da ambientação; e a contribuição do repertório intelectual Receita como narrativa; uma cozinheira entre livros e fogão; a utopia da receita inédita; roubar, adaptar, inventar; construção da atmosfera e ambiente como personagem; riqueza de detalhes x excessos; bons cozinheiros precisam ler romances; um guia cultural de Nina Horta: referências de livros e filmes 

Aula 4: Literatura de costumes

A comida e o comer ontem e hoje As modas e as breguices gastronômicas; o exótico e o estrangeiro; fruta do pé e de apalpar no supermercado; o cozinheiro: técnica ou brilho nos olhos? ; cozinhar em casa é chique; a origem do que você come; o simulacro da comida; comer: prazer ou pecado?; crise como motivadora da criatividade

E disse Nina Horta: “Só conseguimos reunir as peças da comida em alguma coisa bem aceitável quando se aprende as técnicas básicas, quando se lê muito (melhor dizendo, quando se vive muito), quando se tem o olho vivo e a língua curiosa, quando o erro é o melhor condutor, quando se quebra a cabeça misturando os ingredientes com muita obediência e outras vezes com liberdade total.” O trecho faz parte da crônica Linguagem da Cozinha, do livro O Frango Ensopado da Minha Mãe, publicado em 2014 pela Companhia das Letras.

Nina Horta, cronista de gastronomia. Foto: Jade Gadotti

Nina - que nos deixou em 2019, aos 80 anos - entendia de cozinha, do bê-a-bá culinário, mas ia além e escrevia sobre o assunto como ninguém. Seus textos, publicados nos dois livros (o primeiro foi o Não é Sopa, de 1995) e também na coluna que manteve por anos na Folha de S.Paulo, contam causos do cotidiano da comida, com uma sensibilidade capaz de evocar o cheiro, o sabor, a textura e até a temperatura das receitas. Um verdadeiro banquete.

Que o diga a jornalista e crítica gastronômica Luiza Fecarotta, que por anos recebeu os textos semanais de Nina Horta, editou e acomodou aquelas palavras nas páginas do jornal. Como uma forma de homenagear sua “musa inspiradora”, como ela mesma diz, Luiza organizou o curso Nina Horta – Literatura de Sensações, ministrado em quatro aulas e cujo programa (leia mais abaixo) pretende mergulhar na obra da autora e tratar sobre a conexão entre comida e literatura.

Luiza Fecarotta, jornalista e crítica gastronômica. Foto: Bruno Geraldi

Voltado para quem gosta de comer, cozinhar, e de ler e escrever sobre cozinha, o curso - 100% on-line, aplicado via Zoom - já teve alunas de peso como a chef Mara Salles, Betty Kövesi, da Escola Wilma Kövesi de Cozinha, a bartender Neli Pereira e a confeiteira Joyce Galvão, autora do livro A Química do Bolos. Ficou interessado? Ainda há vagas para as turmas de abril, com aulas aos sábados (dias 10/4; 17/4; 24/4 e 1/5) ou terças-feiras (dias 13/4; 20/4; 27/4 e 4/5). Nessa temporada, quem se inscrever na turma de terça-feira vai ganhar um bolo formiguinha, receita de Nina Horta, preparado pelo Carlota Polar, da chef Carla Pernambuco (entregue somente para quem mora em SP e no raio de entrega do delivery do restaurante).

Serviço

Nina Horta - Literatura de Sensações

Inscrições: em www.aipim.etc.br; vagas limitadasOnde: curso on-line pelo ZoomQuando: sábados, das 10h às 12h (dias 10/4; 17/4; 24/4 e 1/5) ou terças-feiras, das 19h às 21h (dias 13/4; 20/4; 27/4 e 4/5)Quanto: R$ 380, em até 2 x s/ juros (depósito ou pix), quatro aulasContato: luiza.fecarotta@gmail.com/ @luiza_fecarotta

Programa

Aula 1: Quem é Nina Horta e o que a sua literatura desperta

Crônica e memória A importância do direito à literatura na sociedade ideal; o que é uma análise informal; duas maneiras de apresentar Nina Horta; a crônica e suas particularidades; traços comuns desse gênero brasileiro na obra da autora; uma nova interpretação da comida por meio da memória

Aula 2: Escrita dos sentidos

A importância da palavra e da observação do mundo  As dimensões da comida e a interferência da cultura nas vivências; como o acervo léxico contribui para narrar experiências sensíveis e encantar o mundo; a língua curiosa e a linguagem da cozinha de Nina Horta; a comida de alma e a comida perversa; a observação como ferramenta para construir ideias; recursos linguísticos

Aula 3: Riqueza narrativa 

A subjetividade das receitas; o papel da ambientação; e a contribuição do repertório intelectual Receita como narrativa; uma cozinheira entre livros e fogão; a utopia da receita inédita; roubar, adaptar, inventar; construção da atmosfera e ambiente como personagem; riqueza de detalhes x excessos; bons cozinheiros precisam ler romances; um guia cultural de Nina Horta: referências de livros e filmes 

Aula 4: Literatura de costumes

A comida e o comer ontem e hoje As modas e as breguices gastronômicas; o exótico e o estrangeiro; fruta do pé e de apalpar no supermercado; o cozinheiro: técnica ou brilho nos olhos? ; cozinhar em casa é chique; a origem do que você come; o simulacro da comida; comer: prazer ou pecado?; crise como motivadora da criatividade

E disse Nina Horta: “Só conseguimos reunir as peças da comida em alguma coisa bem aceitável quando se aprende as técnicas básicas, quando se lê muito (melhor dizendo, quando se vive muito), quando se tem o olho vivo e a língua curiosa, quando o erro é o melhor condutor, quando se quebra a cabeça misturando os ingredientes com muita obediência e outras vezes com liberdade total.” O trecho faz parte da crônica Linguagem da Cozinha, do livro O Frango Ensopado da Minha Mãe, publicado em 2014 pela Companhia das Letras.

Nina Horta, cronista de gastronomia. Foto: Jade Gadotti

Nina - que nos deixou em 2019, aos 80 anos - entendia de cozinha, do bê-a-bá culinário, mas ia além e escrevia sobre o assunto como ninguém. Seus textos, publicados nos dois livros (o primeiro foi o Não é Sopa, de 1995) e também na coluna que manteve por anos na Folha de S.Paulo, contam causos do cotidiano da comida, com uma sensibilidade capaz de evocar o cheiro, o sabor, a textura e até a temperatura das receitas. Um verdadeiro banquete.

Que o diga a jornalista e crítica gastronômica Luiza Fecarotta, que por anos recebeu os textos semanais de Nina Horta, editou e acomodou aquelas palavras nas páginas do jornal. Como uma forma de homenagear sua “musa inspiradora”, como ela mesma diz, Luiza organizou o curso Nina Horta – Literatura de Sensações, ministrado em quatro aulas e cujo programa (leia mais abaixo) pretende mergulhar na obra da autora e tratar sobre a conexão entre comida e literatura.

Luiza Fecarotta, jornalista e crítica gastronômica. Foto: Bruno Geraldi

Voltado para quem gosta de comer, cozinhar, e de ler e escrever sobre cozinha, o curso - 100% on-line, aplicado via Zoom - já teve alunas de peso como a chef Mara Salles, Betty Kövesi, da Escola Wilma Kövesi de Cozinha, a bartender Neli Pereira e a confeiteira Joyce Galvão, autora do livro A Química do Bolos. Ficou interessado? Ainda há vagas para as turmas de abril, com aulas aos sábados (dias 10/4; 17/4; 24/4 e 1/5) ou terças-feiras (dias 13/4; 20/4; 27/4 e 4/5). Nessa temporada, quem se inscrever na turma de terça-feira vai ganhar um bolo formiguinha, receita de Nina Horta, preparado pelo Carlota Polar, da chef Carla Pernambuco (entregue somente para quem mora em SP e no raio de entrega do delivery do restaurante).

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Nina Horta - Literatura de Sensações

Inscrições: em www.aipim.etc.br; vagas limitadasOnde: curso on-line pelo ZoomQuando: sábados, das 10h às 12h (dias 10/4; 17/4; 24/4 e 1/5) ou terças-feiras, das 19h às 21h (dias 13/4; 20/4; 27/4 e 4/5)Quanto: R$ 380, em até 2 x s/ juros (depósito ou pix), quatro aulasContato: luiza.fecarotta@gmail.com/ @luiza_fecarotta

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Crônica e memória A importância do direito à literatura na sociedade ideal; o que é uma análise informal; duas maneiras de apresentar Nina Horta; a crônica e suas particularidades; traços comuns desse gênero brasileiro na obra da autora; uma nova interpretação da comida por meio da memória

Aula 2: Escrita dos sentidos

A importância da palavra e da observação do mundo  As dimensões da comida e a interferência da cultura nas vivências; como o acervo léxico contribui para narrar experiências sensíveis e encantar o mundo; a língua curiosa e a linguagem da cozinha de Nina Horta; a comida de alma e a comida perversa; a observação como ferramenta para construir ideias; recursos linguísticos

Aula 3: Riqueza narrativa 

A subjetividade das receitas; o papel da ambientação; e a contribuição do repertório intelectual Receita como narrativa; uma cozinheira entre livros e fogão; a utopia da receita inédita; roubar, adaptar, inventar; construção da atmosfera e ambiente como personagem; riqueza de detalhes x excessos; bons cozinheiros precisam ler romances; um guia cultural de Nina Horta: referências de livros e filmes 

Aula 4: Literatura de costumes

A comida e o comer ontem e hoje As modas e as breguices gastronômicas; o exótico e o estrangeiro; fruta do pé e de apalpar no supermercado; o cozinheiro: técnica ou brilho nos olhos? ; cozinhar em casa é chique; a origem do que você come; o simulacro da comida; comer: prazer ou pecado?; crise como motivadora da criatividade

E disse Nina Horta: “Só conseguimos reunir as peças da comida em alguma coisa bem aceitável quando se aprende as técnicas básicas, quando se lê muito (melhor dizendo, quando se vive muito), quando se tem o olho vivo e a língua curiosa, quando o erro é o melhor condutor, quando se quebra a cabeça misturando os ingredientes com muita obediência e outras vezes com liberdade total.” O trecho faz parte da crônica Linguagem da Cozinha, do livro O Frango Ensopado da Minha Mãe, publicado em 2014 pela Companhia das Letras.

Nina Horta, cronista de gastronomia. Foto: Jade Gadotti

Nina - que nos deixou em 2019, aos 80 anos - entendia de cozinha, do bê-a-bá culinário, mas ia além e escrevia sobre o assunto como ninguém. Seus textos, publicados nos dois livros (o primeiro foi o Não é Sopa, de 1995) e também na coluna que manteve por anos na Folha de S.Paulo, contam causos do cotidiano da comida, com uma sensibilidade capaz de evocar o cheiro, o sabor, a textura e até a temperatura das receitas. Um verdadeiro banquete.

Que o diga a jornalista e crítica gastronômica Luiza Fecarotta, que por anos recebeu os textos semanais de Nina Horta, editou e acomodou aquelas palavras nas páginas do jornal. Como uma forma de homenagear sua “musa inspiradora”, como ela mesma diz, Luiza organizou o curso Nina Horta – Literatura de Sensações, ministrado em quatro aulas e cujo programa (leia mais abaixo) pretende mergulhar na obra da autora e tratar sobre a conexão entre comida e literatura.

Luiza Fecarotta, jornalista e crítica gastronômica. Foto: Bruno Geraldi

Voltado para quem gosta de comer, cozinhar, e de ler e escrever sobre cozinha, o curso - 100% on-line, aplicado via Zoom - já teve alunas de peso como a chef Mara Salles, Betty Kövesi, da Escola Wilma Kövesi de Cozinha, a bartender Neli Pereira e a confeiteira Joyce Galvão, autora do livro A Química do Bolos. Ficou interessado? Ainda há vagas para as turmas de abril, com aulas aos sábados (dias 10/4; 17/4; 24/4 e 1/5) ou terças-feiras (dias 13/4; 20/4; 27/4 e 4/5). Nessa temporada, quem se inscrever na turma de terça-feira vai ganhar um bolo formiguinha, receita de Nina Horta, preparado pelo Carlota Polar, da chef Carla Pernambuco (entregue somente para quem mora em SP e no raio de entrega do delivery do restaurante).

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Nina Horta - Literatura de Sensações

Inscrições: em www.aipim.etc.br; vagas limitadasOnde: curso on-line pelo ZoomQuando: sábados, das 10h às 12h (dias 10/4; 17/4; 24/4 e 1/5) ou terças-feiras, das 19h às 21h (dias 13/4; 20/4; 27/4 e 4/5)Quanto: R$ 380, em até 2 x s/ juros (depósito ou pix), quatro aulasContato: luiza.fecarotta@gmail.com/ @luiza_fecarotta

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Aula 1: Quem é Nina Horta e o que a sua literatura desperta

Crônica e memória A importância do direito à literatura na sociedade ideal; o que é uma análise informal; duas maneiras de apresentar Nina Horta; a crônica e suas particularidades; traços comuns desse gênero brasileiro na obra da autora; uma nova interpretação da comida por meio da memória

Aula 2: Escrita dos sentidos

A importância da palavra e da observação do mundo  As dimensões da comida e a interferência da cultura nas vivências; como o acervo léxico contribui para narrar experiências sensíveis e encantar o mundo; a língua curiosa e a linguagem da cozinha de Nina Horta; a comida de alma e a comida perversa; a observação como ferramenta para construir ideias; recursos linguísticos

Aula 3: Riqueza narrativa 

A subjetividade das receitas; o papel da ambientação; e a contribuição do repertório intelectual Receita como narrativa; uma cozinheira entre livros e fogão; a utopia da receita inédita; roubar, adaptar, inventar; construção da atmosfera e ambiente como personagem; riqueza de detalhes x excessos; bons cozinheiros precisam ler romances; um guia cultural de Nina Horta: referências de livros e filmes 

Aula 4: Literatura de costumes

A comida e o comer ontem e hoje As modas e as breguices gastronômicas; o exótico e o estrangeiro; fruta do pé e de apalpar no supermercado; o cozinheiro: técnica ou brilho nos olhos? ; cozinhar em casa é chique; a origem do que você come; o simulacro da comida; comer: prazer ou pecado?; crise como motivadora da criatividade

E disse Nina Horta: “Só conseguimos reunir as peças da comida em alguma coisa bem aceitável quando se aprende as técnicas básicas, quando se lê muito (melhor dizendo, quando se vive muito), quando se tem o olho vivo e a língua curiosa, quando o erro é o melhor condutor, quando se quebra a cabeça misturando os ingredientes com muita obediência e outras vezes com liberdade total.” O trecho faz parte da crônica Linguagem da Cozinha, do livro O Frango Ensopado da Minha Mãe, publicado em 2014 pela Companhia das Letras.

Nina Horta, cronista de gastronomia. Foto: Jade Gadotti

Nina - que nos deixou em 2019, aos 80 anos - entendia de cozinha, do bê-a-bá culinário, mas ia além e escrevia sobre o assunto como ninguém. Seus textos, publicados nos dois livros (o primeiro foi o Não é Sopa, de 1995) e também na coluna que manteve por anos na Folha de S.Paulo, contam causos do cotidiano da comida, com uma sensibilidade capaz de evocar o cheiro, o sabor, a textura e até a temperatura das receitas. Um verdadeiro banquete.

Que o diga a jornalista e crítica gastronômica Luiza Fecarotta, que por anos recebeu os textos semanais de Nina Horta, editou e acomodou aquelas palavras nas páginas do jornal. Como uma forma de homenagear sua “musa inspiradora”, como ela mesma diz, Luiza organizou o curso Nina Horta – Literatura de Sensações, ministrado em quatro aulas e cujo programa (leia mais abaixo) pretende mergulhar na obra da autora e tratar sobre a conexão entre comida e literatura.

Luiza Fecarotta, jornalista e crítica gastronômica. Foto: Bruno Geraldi

Voltado para quem gosta de comer, cozinhar, e de ler e escrever sobre cozinha, o curso - 100% on-line, aplicado via Zoom - já teve alunas de peso como a chef Mara Salles, Betty Kövesi, da Escola Wilma Kövesi de Cozinha, a bartender Neli Pereira e a confeiteira Joyce Galvão, autora do livro A Química do Bolos. Ficou interessado? Ainda há vagas para as turmas de abril, com aulas aos sábados (dias 10/4; 17/4; 24/4 e 1/5) ou terças-feiras (dias 13/4; 20/4; 27/4 e 4/5). Nessa temporada, quem se inscrever na turma de terça-feira vai ganhar um bolo formiguinha, receita de Nina Horta, preparado pelo Carlota Polar, da chef Carla Pernambuco (entregue somente para quem mora em SP e no raio de entrega do delivery do restaurante).

Serviço

Nina Horta - Literatura de Sensações

Inscrições: em www.aipim.etc.br; vagas limitadasOnde: curso on-line pelo ZoomQuando: sábados, das 10h às 12h (dias 10/4; 17/4; 24/4 e 1/5) ou terças-feiras, das 19h às 21h (dias 13/4; 20/4; 27/4 e 4/5)Quanto: R$ 380, em até 2 x s/ juros (depósito ou pix), quatro aulasContato: luiza.fecarotta@gmail.com/ @luiza_fecarotta

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Aula 1: Quem é Nina Horta e o que a sua literatura desperta

Crônica e memória A importância do direito à literatura na sociedade ideal; o que é uma análise informal; duas maneiras de apresentar Nina Horta; a crônica e suas particularidades; traços comuns desse gênero brasileiro na obra da autora; uma nova interpretação da comida por meio da memória

Aula 2: Escrita dos sentidos

A importância da palavra e da observação do mundo  As dimensões da comida e a interferência da cultura nas vivências; como o acervo léxico contribui para narrar experiências sensíveis e encantar o mundo; a língua curiosa e a linguagem da cozinha de Nina Horta; a comida de alma e a comida perversa; a observação como ferramenta para construir ideias; recursos linguísticos

Aula 3: Riqueza narrativa 

A subjetividade das receitas; o papel da ambientação; e a contribuição do repertório intelectual Receita como narrativa; uma cozinheira entre livros e fogão; a utopia da receita inédita; roubar, adaptar, inventar; construção da atmosfera e ambiente como personagem; riqueza de detalhes x excessos; bons cozinheiros precisam ler romances; um guia cultural de Nina Horta: referências de livros e filmes 

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A comida e o comer ontem e hoje As modas e as breguices gastronômicas; o exótico e o estrangeiro; fruta do pé e de apalpar no supermercado; o cozinheiro: técnica ou brilho nos olhos? ; cozinhar em casa é chique; a origem do que você come; o simulacro da comida; comer: prazer ou pecado?; crise como motivadora da criatividade

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