Essa é Tássia Magalhães a chef mais convidada a cozinhar fora de seu restaurante


Entenda por que a cozinheira é tão disputada quanto o seu Nelita

Por Fernanda Meneguetti

Tássia não está pensando em abrir nada em Buenos Aires, não tem namorado argentino e não é sócia do Niño Gordo, o restaurante mais instagramado da capital portenha. No entanto é fato: em menos de um ano, a chef esteve oito vezes na Argentina e, em três delas, cozinhou no restaurante de Palermo.

“É uma alegria, uma chef muito empenhada e com muito talento, desenha pratos para cada evento, ensina o pessoal e se adapta a todas as situações de trabalho fora da própria cozinha. Ela é uma líder nata e inspira os cozinheiros com quem trabalha”, avalia Germán Sitz, chef e sócio do Niño.

Da penúltima vez em que esteve por lá, em julho, Tássia também cozinhou com o colega. Mais: serviu de coanfitriã. “Como todo cozinheiro, sempre levo algum ingrediente ou preparo na mala, mas não imaginava ser parada com o tanto de tucupi que o Felipe Schaedler levou”, entrega ela que, em portunhol cada vez melhor, convenceu policiais a liberarem os insumos que seriam base para as receitas do dono do Banzeiro.

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“Vou dizer que a Tássia desempenhou um grande papel e cozinhar com ela é sempre um privilégio, ela é muito detalhista, muito dedicada, parece que nunca está cansada, é muito rápida e prestativa. Deve ser por isso que convidam tanto ela pra ir a Argentina”, comenta Schaedler.

A bem dizer não é só para o país dos nossos hermanos. Neste ano, a comandante do restaurante Nelita, do café-confeitaria Mag Market e da “arrozeira” para eventos Riso.e.ria recebeu quase uma centena de convites: do México, da Guatemala, do Chile, de Minas Gerais, Bahia, Peru, Rio de Janeiro, da Colômbia, de Brasília e de tanto lugar que ela nem lembra, embora lembre de ter sofrido a cada negativa dada.

A chef Tássia Magalhães, 34, no salão de seu premiado Nelita Foto: Rubens Kato
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Em parte, o assédio é por estrear seu restaurante autoral como o 39º melhor da América Latina pelo 50 Best no ano passado. Em parte, pelo que comentaram os camaradas – Tássia é habilidosa, competente e, dizem seus parças, “uma corinthiana imparável”.

Coisa típica de virginiana, é no trabalho que neste 02 de setembro ela comemora 34 anos. Coisa que se repete há 17, ou seja, há metade da própria vida. Do Senac Campos do Jordão a menina passou ao estágio em confeitaria do Pomodori, na altura, sob comando de Jefferson Rueda.

Em um mês, a novata já cobria todas as praças nas folgas dos outros funcionários. Em 2010, embarcou para a Dinamarca: “O Noma tinha acabado de ser eleito o melhor restaurante do mundo e a cena gastronômica de Copenhague fervia, cheia de propostas vanguardistas e desconhecidas por aqui e fui trabalhar no Geranium”.

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Após a temporada no restaurante triplamente estrelado, a menina de Guaratinguetá, no interior paulista, voltou ao italiano do Itaim, acompanhou a saída de Rueda e dali não arredou o pé – chegou a comprar o Pomodori e, então, aplicar delicadeza e ares mais joviais às receitas.

“Desde então, meus menus são inspirados na Itália, mas transformados por técnicas modernas e ingredientes brasileiros para oferecer contrastes de sabor, de textura e de cor”, explica. Tanto assim que, hoje, no Nelita, seu cordeiro com lentilha leva pera e tucupi, o tomate assado, baunilha e flores, já o agnolotti de queijo de cabra, favo de mel.

Os toques de doçura da menina que começou pela confeitaria são de fato marcados. No mais das vezes são intrigantes e refinados, vez por outra caem no exagero cativante, como o do bolo de brigadeiro que se tornou uma das suas marcas.

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Bolo de chocolate com muito brigadeiro, a assinatura mais adocicada de Tássia Magalhães Foto: Tati Frison

“Esse bolo vem desde o Pomodori. Na pandemia comecei a fazer e, de certa forma, ele foi a gênese do Mag. Ele está lá e está em todos os eventos que faço, não tem jeito, mas eu mesma não consigo mais comer”, confessa.

A chef se acabou em tanto brigadeiro. Por muito tempo, o bolo melecado de tanta calda era o brinde para sua equipe depois da pesada faxina dos domingos. Ela mesma comeu tanto que chegou a fazer promessa de não comer sobremesa – a qual cumpriu!

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Fã de estrogonofe e de farofa, Tássia troca queijo ralado por pangrattato, prestigia os restaurantes dos amigos sempre que pode e pede drinques fora de moda, como margarita em uma noite congelante.

Para a “mamãezinha” que empresta o apelido ao Nelita, pede arroz com feijão preto, couve, angu, carne moída e “salada completa, com alface, tomate, cenoura, beterraba crua ralada e palmito”. Em especial quando volta de viagem, coisa que só este ano já se repetiu mais de vinte vezes.

Nelita

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R. Ferreira de Araújo, 330, Pinheiros. Ter. a sex., das 19h às 23h; sáb. das 13h às 16h e das 19h às 23h; dom., das 13h às 17h. Reservas: (11) 3798-9827

Mag Market

R. Dr. Renato Paes de Barros, 433, Itaim Bibi. Ter. a sáb., das 9h às 19h; dom. das 9h às 17h. Reservas: (11) 95609-8598

Tássia não está pensando em abrir nada em Buenos Aires, não tem namorado argentino e não é sócia do Niño Gordo, o restaurante mais instagramado da capital portenha. No entanto é fato: em menos de um ano, a chef esteve oito vezes na Argentina e, em três delas, cozinhou no restaurante de Palermo.

“É uma alegria, uma chef muito empenhada e com muito talento, desenha pratos para cada evento, ensina o pessoal e se adapta a todas as situações de trabalho fora da própria cozinha. Ela é uma líder nata e inspira os cozinheiros com quem trabalha”, avalia Germán Sitz, chef e sócio do Niño.

Da penúltima vez em que esteve por lá, em julho, Tássia também cozinhou com o colega. Mais: serviu de coanfitriã. “Como todo cozinheiro, sempre levo algum ingrediente ou preparo na mala, mas não imaginava ser parada com o tanto de tucupi que o Felipe Schaedler levou”, entrega ela que, em portunhol cada vez melhor, convenceu policiais a liberarem os insumos que seriam base para as receitas do dono do Banzeiro.

“Vou dizer que a Tássia desempenhou um grande papel e cozinhar com ela é sempre um privilégio, ela é muito detalhista, muito dedicada, parece que nunca está cansada, é muito rápida e prestativa. Deve ser por isso que convidam tanto ela pra ir a Argentina”, comenta Schaedler.

A bem dizer não é só para o país dos nossos hermanos. Neste ano, a comandante do restaurante Nelita, do café-confeitaria Mag Market e da “arrozeira” para eventos Riso.e.ria recebeu quase uma centena de convites: do México, da Guatemala, do Chile, de Minas Gerais, Bahia, Peru, Rio de Janeiro, da Colômbia, de Brasília e de tanto lugar que ela nem lembra, embora lembre de ter sofrido a cada negativa dada.

A chef Tássia Magalhães, 34, no salão de seu premiado Nelita Foto: Rubens Kato

Em parte, o assédio é por estrear seu restaurante autoral como o 39º melhor da América Latina pelo 50 Best no ano passado. Em parte, pelo que comentaram os camaradas – Tássia é habilidosa, competente e, dizem seus parças, “uma corinthiana imparável”.

Coisa típica de virginiana, é no trabalho que neste 02 de setembro ela comemora 34 anos. Coisa que se repete há 17, ou seja, há metade da própria vida. Do Senac Campos do Jordão a menina passou ao estágio em confeitaria do Pomodori, na altura, sob comando de Jefferson Rueda.

Em um mês, a novata já cobria todas as praças nas folgas dos outros funcionários. Em 2010, embarcou para a Dinamarca: “O Noma tinha acabado de ser eleito o melhor restaurante do mundo e a cena gastronômica de Copenhague fervia, cheia de propostas vanguardistas e desconhecidas por aqui e fui trabalhar no Geranium”.

Após a temporada no restaurante triplamente estrelado, a menina de Guaratinguetá, no interior paulista, voltou ao italiano do Itaim, acompanhou a saída de Rueda e dali não arredou o pé – chegou a comprar o Pomodori e, então, aplicar delicadeza e ares mais joviais às receitas.

“Desde então, meus menus são inspirados na Itália, mas transformados por técnicas modernas e ingredientes brasileiros para oferecer contrastes de sabor, de textura e de cor”, explica. Tanto assim que, hoje, no Nelita, seu cordeiro com lentilha leva pera e tucupi, o tomate assado, baunilha e flores, já o agnolotti de queijo de cabra, favo de mel.

Os toques de doçura da menina que começou pela confeitaria são de fato marcados. No mais das vezes são intrigantes e refinados, vez por outra caem no exagero cativante, como o do bolo de brigadeiro que se tornou uma das suas marcas.

Bolo de chocolate com muito brigadeiro, a assinatura mais adocicada de Tássia Magalhães Foto: Tati Frison

“Esse bolo vem desde o Pomodori. Na pandemia comecei a fazer e, de certa forma, ele foi a gênese do Mag. Ele está lá e está em todos os eventos que faço, não tem jeito, mas eu mesma não consigo mais comer”, confessa.

A chef se acabou em tanto brigadeiro. Por muito tempo, o bolo melecado de tanta calda era o brinde para sua equipe depois da pesada faxina dos domingos. Ela mesma comeu tanto que chegou a fazer promessa de não comer sobremesa – a qual cumpriu!

Fã de estrogonofe e de farofa, Tássia troca queijo ralado por pangrattato, prestigia os restaurantes dos amigos sempre que pode e pede drinques fora de moda, como margarita em uma noite congelante.

Para a “mamãezinha” que empresta o apelido ao Nelita, pede arroz com feijão preto, couve, angu, carne moída e “salada completa, com alface, tomate, cenoura, beterraba crua ralada e palmito”. Em especial quando volta de viagem, coisa que só este ano já se repetiu mais de vinte vezes.

Nelita

R. Ferreira de Araújo, 330, Pinheiros. Ter. a sex., das 19h às 23h; sáb. das 13h às 16h e das 19h às 23h; dom., das 13h às 17h. Reservas: (11) 3798-9827

Mag Market

R. Dr. Renato Paes de Barros, 433, Itaim Bibi. Ter. a sáb., das 9h às 19h; dom. das 9h às 17h. Reservas: (11) 95609-8598

Tássia não está pensando em abrir nada em Buenos Aires, não tem namorado argentino e não é sócia do Niño Gordo, o restaurante mais instagramado da capital portenha. No entanto é fato: em menos de um ano, a chef esteve oito vezes na Argentina e, em três delas, cozinhou no restaurante de Palermo.

“É uma alegria, uma chef muito empenhada e com muito talento, desenha pratos para cada evento, ensina o pessoal e se adapta a todas as situações de trabalho fora da própria cozinha. Ela é uma líder nata e inspira os cozinheiros com quem trabalha”, avalia Germán Sitz, chef e sócio do Niño.

Da penúltima vez em que esteve por lá, em julho, Tássia também cozinhou com o colega. Mais: serviu de coanfitriã. “Como todo cozinheiro, sempre levo algum ingrediente ou preparo na mala, mas não imaginava ser parada com o tanto de tucupi que o Felipe Schaedler levou”, entrega ela que, em portunhol cada vez melhor, convenceu policiais a liberarem os insumos que seriam base para as receitas do dono do Banzeiro.

“Vou dizer que a Tássia desempenhou um grande papel e cozinhar com ela é sempre um privilégio, ela é muito detalhista, muito dedicada, parece que nunca está cansada, é muito rápida e prestativa. Deve ser por isso que convidam tanto ela pra ir a Argentina”, comenta Schaedler.

A bem dizer não é só para o país dos nossos hermanos. Neste ano, a comandante do restaurante Nelita, do café-confeitaria Mag Market e da “arrozeira” para eventos Riso.e.ria recebeu quase uma centena de convites: do México, da Guatemala, do Chile, de Minas Gerais, Bahia, Peru, Rio de Janeiro, da Colômbia, de Brasília e de tanto lugar que ela nem lembra, embora lembre de ter sofrido a cada negativa dada.

A chef Tássia Magalhães, 34, no salão de seu premiado Nelita Foto: Rubens Kato

Em parte, o assédio é por estrear seu restaurante autoral como o 39º melhor da América Latina pelo 50 Best no ano passado. Em parte, pelo que comentaram os camaradas – Tássia é habilidosa, competente e, dizem seus parças, “uma corinthiana imparável”.

Coisa típica de virginiana, é no trabalho que neste 02 de setembro ela comemora 34 anos. Coisa que se repete há 17, ou seja, há metade da própria vida. Do Senac Campos do Jordão a menina passou ao estágio em confeitaria do Pomodori, na altura, sob comando de Jefferson Rueda.

Em um mês, a novata já cobria todas as praças nas folgas dos outros funcionários. Em 2010, embarcou para a Dinamarca: “O Noma tinha acabado de ser eleito o melhor restaurante do mundo e a cena gastronômica de Copenhague fervia, cheia de propostas vanguardistas e desconhecidas por aqui e fui trabalhar no Geranium”.

Após a temporada no restaurante triplamente estrelado, a menina de Guaratinguetá, no interior paulista, voltou ao italiano do Itaim, acompanhou a saída de Rueda e dali não arredou o pé – chegou a comprar o Pomodori e, então, aplicar delicadeza e ares mais joviais às receitas.

“Desde então, meus menus são inspirados na Itália, mas transformados por técnicas modernas e ingredientes brasileiros para oferecer contrastes de sabor, de textura e de cor”, explica. Tanto assim que, hoje, no Nelita, seu cordeiro com lentilha leva pera e tucupi, o tomate assado, baunilha e flores, já o agnolotti de queijo de cabra, favo de mel.

Os toques de doçura da menina que começou pela confeitaria são de fato marcados. No mais das vezes são intrigantes e refinados, vez por outra caem no exagero cativante, como o do bolo de brigadeiro que se tornou uma das suas marcas.

Bolo de chocolate com muito brigadeiro, a assinatura mais adocicada de Tássia Magalhães Foto: Tati Frison

“Esse bolo vem desde o Pomodori. Na pandemia comecei a fazer e, de certa forma, ele foi a gênese do Mag. Ele está lá e está em todos os eventos que faço, não tem jeito, mas eu mesma não consigo mais comer”, confessa.

A chef se acabou em tanto brigadeiro. Por muito tempo, o bolo melecado de tanta calda era o brinde para sua equipe depois da pesada faxina dos domingos. Ela mesma comeu tanto que chegou a fazer promessa de não comer sobremesa – a qual cumpriu!

Fã de estrogonofe e de farofa, Tássia troca queijo ralado por pangrattato, prestigia os restaurantes dos amigos sempre que pode e pede drinques fora de moda, como margarita em uma noite congelante.

Para a “mamãezinha” que empresta o apelido ao Nelita, pede arroz com feijão preto, couve, angu, carne moída e “salada completa, com alface, tomate, cenoura, beterraba crua ralada e palmito”. Em especial quando volta de viagem, coisa que só este ano já se repetiu mais de vinte vezes.

Nelita

R. Ferreira de Araújo, 330, Pinheiros. Ter. a sex., das 19h às 23h; sáb. das 13h às 16h e das 19h às 23h; dom., das 13h às 17h. Reservas: (11) 3798-9827

Mag Market

R. Dr. Renato Paes de Barros, 433, Itaim Bibi. Ter. a sáb., das 9h às 19h; dom. das 9h às 17h. Reservas: (11) 95609-8598

Tássia não está pensando em abrir nada em Buenos Aires, não tem namorado argentino e não é sócia do Niño Gordo, o restaurante mais instagramado da capital portenha. No entanto é fato: em menos de um ano, a chef esteve oito vezes na Argentina e, em três delas, cozinhou no restaurante de Palermo.

“É uma alegria, uma chef muito empenhada e com muito talento, desenha pratos para cada evento, ensina o pessoal e se adapta a todas as situações de trabalho fora da própria cozinha. Ela é uma líder nata e inspira os cozinheiros com quem trabalha”, avalia Germán Sitz, chef e sócio do Niño.

Da penúltima vez em que esteve por lá, em julho, Tássia também cozinhou com o colega. Mais: serviu de coanfitriã. “Como todo cozinheiro, sempre levo algum ingrediente ou preparo na mala, mas não imaginava ser parada com o tanto de tucupi que o Felipe Schaedler levou”, entrega ela que, em portunhol cada vez melhor, convenceu policiais a liberarem os insumos que seriam base para as receitas do dono do Banzeiro.

“Vou dizer que a Tássia desempenhou um grande papel e cozinhar com ela é sempre um privilégio, ela é muito detalhista, muito dedicada, parece que nunca está cansada, é muito rápida e prestativa. Deve ser por isso que convidam tanto ela pra ir a Argentina”, comenta Schaedler.

A bem dizer não é só para o país dos nossos hermanos. Neste ano, a comandante do restaurante Nelita, do café-confeitaria Mag Market e da “arrozeira” para eventos Riso.e.ria recebeu quase uma centena de convites: do México, da Guatemala, do Chile, de Minas Gerais, Bahia, Peru, Rio de Janeiro, da Colômbia, de Brasília e de tanto lugar que ela nem lembra, embora lembre de ter sofrido a cada negativa dada.

A chef Tássia Magalhães, 34, no salão de seu premiado Nelita Foto: Rubens Kato

Em parte, o assédio é por estrear seu restaurante autoral como o 39º melhor da América Latina pelo 50 Best no ano passado. Em parte, pelo que comentaram os camaradas – Tássia é habilidosa, competente e, dizem seus parças, “uma corinthiana imparável”.

Coisa típica de virginiana, é no trabalho que neste 02 de setembro ela comemora 34 anos. Coisa que se repete há 17, ou seja, há metade da própria vida. Do Senac Campos do Jordão a menina passou ao estágio em confeitaria do Pomodori, na altura, sob comando de Jefferson Rueda.

Em um mês, a novata já cobria todas as praças nas folgas dos outros funcionários. Em 2010, embarcou para a Dinamarca: “O Noma tinha acabado de ser eleito o melhor restaurante do mundo e a cena gastronômica de Copenhague fervia, cheia de propostas vanguardistas e desconhecidas por aqui e fui trabalhar no Geranium”.

Após a temporada no restaurante triplamente estrelado, a menina de Guaratinguetá, no interior paulista, voltou ao italiano do Itaim, acompanhou a saída de Rueda e dali não arredou o pé – chegou a comprar o Pomodori e, então, aplicar delicadeza e ares mais joviais às receitas.

“Desde então, meus menus são inspirados na Itália, mas transformados por técnicas modernas e ingredientes brasileiros para oferecer contrastes de sabor, de textura e de cor”, explica. Tanto assim que, hoje, no Nelita, seu cordeiro com lentilha leva pera e tucupi, o tomate assado, baunilha e flores, já o agnolotti de queijo de cabra, favo de mel.

Os toques de doçura da menina que começou pela confeitaria são de fato marcados. No mais das vezes são intrigantes e refinados, vez por outra caem no exagero cativante, como o do bolo de brigadeiro que se tornou uma das suas marcas.

Bolo de chocolate com muito brigadeiro, a assinatura mais adocicada de Tássia Magalhães Foto: Tati Frison

“Esse bolo vem desde o Pomodori. Na pandemia comecei a fazer e, de certa forma, ele foi a gênese do Mag. Ele está lá e está em todos os eventos que faço, não tem jeito, mas eu mesma não consigo mais comer”, confessa.

A chef se acabou em tanto brigadeiro. Por muito tempo, o bolo melecado de tanta calda era o brinde para sua equipe depois da pesada faxina dos domingos. Ela mesma comeu tanto que chegou a fazer promessa de não comer sobremesa – a qual cumpriu!

Fã de estrogonofe e de farofa, Tássia troca queijo ralado por pangrattato, prestigia os restaurantes dos amigos sempre que pode e pede drinques fora de moda, como margarita em uma noite congelante.

Para a “mamãezinha” que empresta o apelido ao Nelita, pede arroz com feijão preto, couve, angu, carne moída e “salada completa, com alface, tomate, cenoura, beterraba crua ralada e palmito”. Em especial quando volta de viagem, coisa que só este ano já se repetiu mais de vinte vezes.

Nelita

R. Ferreira de Araújo, 330, Pinheiros. Ter. a sex., das 19h às 23h; sáb. das 13h às 16h e das 19h às 23h; dom., das 13h às 17h. Reservas: (11) 3798-9827

Mag Market

R. Dr. Renato Paes de Barros, 433, Itaim Bibi. Ter. a sáb., das 9h às 19h; dom. das 9h às 17h. Reservas: (11) 95609-8598

Tássia não está pensando em abrir nada em Buenos Aires, não tem namorado argentino e não é sócia do Niño Gordo, o restaurante mais instagramado da capital portenha. No entanto é fato: em menos de um ano, a chef esteve oito vezes na Argentina e, em três delas, cozinhou no restaurante de Palermo.

“É uma alegria, uma chef muito empenhada e com muito talento, desenha pratos para cada evento, ensina o pessoal e se adapta a todas as situações de trabalho fora da própria cozinha. Ela é uma líder nata e inspira os cozinheiros com quem trabalha”, avalia Germán Sitz, chef e sócio do Niño.

Da penúltima vez em que esteve por lá, em julho, Tássia também cozinhou com o colega. Mais: serviu de coanfitriã. “Como todo cozinheiro, sempre levo algum ingrediente ou preparo na mala, mas não imaginava ser parada com o tanto de tucupi que o Felipe Schaedler levou”, entrega ela que, em portunhol cada vez melhor, convenceu policiais a liberarem os insumos que seriam base para as receitas do dono do Banzeiro.

“Vou dizer que a Tássia desempenhou um grande papel e cozinhar com ela é sempre um privilégio, ela é muito detalhista, muito dedicada, parece que nunca está cansada, é muito rápida e prestativa. Deve ser por isso que convidam tanto ela pra ir a Argentina”, comenta Schaedler.

A bem dizer não é só para o país dos nossos hermanos. Neste ano, a comandante do restaurante Nelita, do café-confeitaria Mag Market e da “arrozeira” para eventos Riso.e.ria recebeu quase uma centena de convites: do México, da Guatemala, do Chile, de Minas Gerais, Bahia, Peru, Rio de Janeiro, da Colômbia, de Brasília e de tanto lugar que ela nem lembra, embora lembre de ter sofrido a cada negativa dada.

A chef Tássia Magalhães, 34, no salão de seu premiado Nelita Foto: Rubens Kato

Em parte, o assédio é por estrear seu restaurante autoral como o 39º melhor da América Latina pelo 50 Best no ano passado. Em parte, pelo que comentaram os camaradas – Tássia é habilidosa, competente e, dizem seus parças, “uma corinthiana imparável”.

Coisa típica de virginiana, é no trabalho que neste 02 de setembro ela comemora 34 anos. Coisa que se repete há 17, ou seja, há metade da própria vida. Do Senac Campos do Jordão a menina passou ao estágio em confeitaria do Pomodori, na altura, sob comando de Jefferson Rueda.

Em um mês, a novata já cobria todas as praças nas folgas dos outros funcionários. Em 2010, embarcou para a Dinamarca: “O Noma tinha acabado de ser eleito o melhor restaurante do mundo e a cena gastronômica de Copenhague fervia, cheia de propostas vanguardistas e desconhecidas por aqui e fui trabalhar no Geranium”.

Após a temporada no restaurante triplamente estrelado, a menina de Guaratinguetá, no interior paulista, voltou ao italiano do Itaim, acompanhou a saída de Rueda e dali não arredou o pé – chegou a comprar o Pomodori e, então, aplicar delicadeza e ares mais joviais às receitas.

“Desde então, meus menus são inspirados na Itália, mas transformados por técnicas modernas e ingredientes brasileiros para oferecer contrastes de sabor, de textura e de cor”, explica. Tanto assim que, hoje, no Nelita, seu cordeiro com lentilha leva pera e tucupi, o tomate assado, baunilha e flores, já o agnolotti de queijo de cabra, favo de mel.

Os toques de doçura da menina que começou pela confeitaria são de fato marcados. No mais das vezes são intrigantes e refinados, vez por outra caem no exagero cativante, como o do bolo de brigadeiro que se tornou uma das suas marcas.

Bolo de chocolate com muito brigadeiro, a assinatura mais adocicada de Tássia Magalhães Foto: Tati Frison

“Esse bolo vem desde o Pomodori. Na pandemia comecei a fazer e, de certa forma, ele foi a gênese do Mag. Ele está lá e está em todos os eventos que faço, não tem jeito, mas eu mesma não consigo mais comer”, confessa.

A chef se acabou em tanto brigadeiro. Por muito tempo, o bolo melecado de tanta calda era o brinde para sua equipe depois da pesada faxina dos domingos. Ela mesma comeu tanto que chegou a fazer promessa de não comer sobremesa – a qual cumpriu!

Fã de estrogonofe e de farofa, Tássia troca queijo ralado por pangrattato, prestigia os restaurantes dos amigos sempre que pode e pede drinques fora de moda, como margarita em uma noite congelante.

Para a “mamãezinha” que empresta o apelido ao Nelita, pede arroz com feijão preto, couve, angu, carne moída e “salada completa, com alface, tomate, cenoura, beterraba crua ralada e palmito”. Em especial quando volta de viagem, coisa que só este ano já se repetiu mais de vinte vezes.

Nelita

R. Ferreira de Araújo, 330, Pinheiros. Ter. a sex., das 19h às 23h; sáb. das 13h às 16h e das 19h às 23h; dom., das 13h às 17h. Reservas: (11) 3798-9827

Mag Market

R. Dr. Renato Paes de Barros, 433, Itaim Bibi. Ter. a sáb., das 9h às 19h; dom. das 9h às 17h. Reservas: (11) 95609-8598

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