Festa de Nossa Senhora Achiropita combina tradição e gastronomia no Bixiga


Em sua 97ª edição, a festa acumulou muitas histórias e fama positiva pelos pratos italianos

Por Felipe de Paula
Atualização:

No bairro do Bixiga, mais especificamente na Rua Treze de Maio, um altar de madeira foi construído em 1908 para receber a imagem de Nossa Senhora Achiropita, que havia sido trazida por imigrantes italianos oriundos da Calábria. Situado no n° 100 da rua, que na época era de terra batida, o pequeno retábulo tinha um objetivo: reunir os fiéis da região para que pudessem comprar um terreno e construir uma capela.

Para angariar os fundos necessários, os fiéis mais fervorosos começaram a organizar quermesses com pratos típicos da Itália, como focaccias e frittatas. Os anos se passaram e as quermesses foram ganhando mais adesão popular a cada ano, resultando na construção da tão desejada capela.

A fama dos festejos à Nossa Senhora Achiropita fizeram com que as missas e procissões lotassem, e com que a pequena capela se tornasse um lugar pequeno, necessitando de mais estrutura para comportar os fiéis. Foi daí que nasceu a ideia de construir uma igreja grande e definitiva, que pudesse atrair cada vez mais devotos e proporcionar quermesses ainda maiores.

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Entretanto, os líderes da comunidade se viram novamente sem recursos para a construção de uma igreja ampla e bem arquitetada. Os fiéis então decidiram dar ainda mais ênfase às quermesses e criaram uma comissão que cuidaria exclusivamente das festividades.

Na época, barracas com prendas e pratos deliciosos foram montadas, leilões sobre carroças, um pau de sebo e a animada banda italiana dos Bersaglieri ajudaram a comunidade do Bixiga a conquistar em 1926 a tão sonhada paróquia. Durante os meses de agosto que antecederam a inauguração da igreja, foram feitas também procissões levando a imagem de Achiropita pelas ruas, onde as famílias italianas doavam dinheiro e amarravam fitas na imagem de Nossa Senhora. As sacadas também eram enfeitadas com colchas e toalhas, que davam um toque final ao grande festejo.

Imagem de N. Sra. Achiropita Foto: Paróquia Nossa Senhora Achiropita
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A festa mais italiana do Brasil

Moradora do Bixiga na adolescência e presença garantida nas festas da paróquia desde 1978, Regina Cruz afirma que a festa de Nossa Senhora da Achiropita é a mais italiana do Brasil.

‘’O bairro do Bixiga abriga famílias de vários lugares da Itália, tanto que em São Paulo é o bairro mais italiano que tem. A tradição familiar dos italianos conseguiu transmitir esses costumes que fazem da nossa festa a mais tradicional e italiana do Brasil’'.

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Com 82 anos, Regina é considerada uma ‘’mamma’' pelos fiéis, apelido carinhoso dado às cozinheiras voluntárias que ajudam em festas italianas. Questionada sobre a carga horária dos trabalhos, Regina é sucinta: ‘’quando você trabalha por amor e alegria, enquanto brinca e reza, você nem vê o tempo passar. Geralmente trabalhamos o dia inteiro, chegamos de manhã e saímos à noite.’’

‘Mamma Regina’ faz parte dos 1.100 voluntários que trabalham anualmente entre agosto e setembro aos fins de semana. Esse número de ajudantes pode parecer expressivo em um primeiro momento, mas fica pequeno perto das quantidades de comida servidas nas festas e da multidão que aproveita as quermesses.

Segundo o padre Altamir Gabriel, responsável pelas obras sociais da Paróquia, foram utilizadas neste ano 18 toneladas de farinha, 12 toneladas de mussarela e 18 toneladas de molho de tomate. As expectativas em relação ao público também são altas. De acordo com o padre, são esperadas 300 mil pessoas na festa de Nossa Senhora da Achiropita em 2023.

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Voluntários da Festa de N. Sra. Achiropita Foto: Paróquia Nossa Senhora Achiropita

Pratos principais

‘’O maior sucesso da festa com certeza é a tradicional Focaccia de mussarela’', afirma Regina. ‘’A fricazza de calabresa e o macarrão com molho de tomate também são carros-chefe da festa’'.

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Além desses clássicos, as 35 barracas do evento oferecem pratos como berinjela recheada, pimentão assado, antepastos variados, churrasco, polenta frita e pizzas de massa alta.

As sobremesas também são muito pedidas por quem passa pela festa. Receitas de tiramisù, mil folhas com creme pâtissièr e quindim estão entre as prediletas do grande público.

Se por um lado o cardápio do evento é divulgado, as receitas das ‘mammas’ são guardadas a sete chaves pelas anciãs italianas. ‘’Antigamente, as mães só passavam para as filhas as receitas. Então faz parte da tradição italiana esse segredo ficar apenas entre a família. Tanto é que nós, voluntárias mais velhas da Achiropita, somos as únicas a saber a receita completa’', conta Regina.

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Obras sociais

Os festejos à Nossa Senhora Achiropita, que arrecadam cerca de R$ 3 milhões por ano, segundo o padre Altamir, são dedicados exclusivamente à manutenção dos projetos sociais da paróquia.

Atualmente, a comunidade do Bixiga fomenta sete projetos sociais, entre eles uma creche com 230 crianças, um instituto de apoio a pessoas em situação de rua e uma clínica especializada na recuperação de dependentes químicos.

‘’Temos também um núcleo de atendimento a idosos que diariamente ajuda 170 pessoas com mais de 60 anos. Nós fazemos oficinas e outras atividades para que os idosos tenham onde passar a semana’', completa Altamir.

Em parceria com a Defensoria Pública e a Prefeitura de São Paulo, a paróquia ainda disponibiliza advogados e psicólogos para moradores do Bixiga que estão em situação de vulnerabilidade.

Últimos dias de festa

A festa de Nossa Senhora Achiropita ainda vai acontecer por mais dois fins de semana, antes de encerrar de vez os trabalhos em 2023. Mas não vá pensando que a turma da ‘’Mamma Regina’' descansa depois do fim dos festejos.

‘’Nós somos muito parecidos com o carnaval. Termina um, a gente já começa a elaborar o próximo. Pensamos em todos os detalhes, em quem irá coordenar os banquetes e como tudo será feito. O ano inteiro temos reuniões para desenvolver a festa que acontece em agosto’', afirma Regina.

Padre Altamir, que também é ativo na organização das quermesses, diz que a logística e a montagem da estrutura são as partes mais complexas e demoradas do processo. ‘’Fazer uma festa na rua, ocupando três vias, demanda uma estrutura complicada. Toda essa burocracia é desgastante, mas temos o apoio da prefeitura e da Polícia Militar que deixa tudo mais fácil’'.

Chegando à sua 97ª edição, essa linda festa ainda tem shows de Tarantela e recreação infantil, o que a torna uma ótima opção para a programação do fim de semana. Além de ajudar projetos sociais e promover a caridade, você ainda experimenta receitas secretas e deliciosas das ‘mammas’ italianas. Vale a pena conferir.

Serviço

Rua 13 de Maio, 478 – Bela Vista

26 e 27/08 - 02 e 03/09

Sábado: 18h às 00h

Domingo: 17h30 às 22h30

(11) 3106-7235

No bairro do Bixiga, mais especificamente na Rua Treze de Maio, um altar de madeira foi construído em 1908 para receber a imagem de Nossa Senhora Achiropita, que havia sido trazida por imigrantes italianos oriundos da Calábria. Situado no n° 100 da rua, que na época era de terra batida, o pequeno retábulo tinha um objetivo: reunir os fiéis da região para que pudessem comprar um terreno e construir uma capela.

Para angariar os fundos necessários, os fiéis mais fervorosos começaram a organizar quermesses com pratos típicos da Itália, como focaccias e frittatas. Os anos se passaram e as quermesses foram ganhando mais adesão popular a cada ano, resultando na construção da tão desejada capela.

A fama dos festejos à Nossa Senhora Achiropita fizeram com que as missas e procissões lotassem, e com que a pequena capela se tornasse um lugar pequeno, necessitando de mais estrutura para comportar os fiéis. Foi daí que nasceu a ideia de construir uma igreja grande e definitiva, que pudesse atrair cada vez mais devotos e proporcionar quermesses ainda maiores.

Entretanto, os líderes da comunidade se viram novamente sem recursos para a construção de uma igreja ampla e bem arquitetada. Os fiéis então decidiram dar ainda mais ênfase às quermesses e criaram uma comissão que cuidaria exclusivamente das festividades.

Na época, barracas com prendas e pratos deliciosos foram montadas, leilões sobre carroças, um pau de sebo e a animada banda italiana dos Bersaglieri ajudaram a comunidade do Bixiga a conquistar em 1926 a tão sonhada paróquia. Durante os meses de agosto que antecederam a inauguração da igreja, foram feitas também procissões levando a imagem de Achiropita pelas ruas, onde as famílias italianas doavam dinheiro e amarravam fitas na imagem de Nossa Senhora. As sacadas também eram enfeitadas com colchas e toalhas, que davam um toque final ao grande festejo.

Imagem de N. Sra. Achiropita Foto: Paróquia Nossa Senhora Achiropita

A festa mais italiana do Brasil

Moradora do Bixiga na adolescência e presença garantida nas festas da paróquia desde 1978, Regina Cruz afirma que a festa de Nossa Senhora da Achiropita é a mais italiana do Brasil.

‘’O bairro do Bixiga abriga famílias de vários lugares da Itália, tanto que em São Paulo é o bairro mais italiano que tem. A tradição familiar dos italianos conseguiu transmitir esses costumes que fazem da nossa festa a mais tradicional e italiana do Brasil’'.

Com 82 anos, Regina é considerada uma ‘’mamma’' pelos fiéis, apelido carinhoso dado às cozinheiras voluntárias que ajudam em festas italianas. Questionada sobre a carga horária dos trabalhos, Regina é sucinta: ‘’quando você trabalha por amor e alegria, enquanto brinca e reza, você nem vê o tempo passar. Geralmente trabalhamos o dia inteiro, chegamos de manhã e saímos à noite.’’

‘Mamma Regina’ faz parte dos 1.100 voluntários que trabalham anualmente entre agosto e setembro aos fins de semana. Esse número de ajudantes pode parecer expressivo em um primeiro momento, mas fica pequeno perto das quantidades de comida servidas nas festas e da multidão que aproveita as quermesses.

Segundo o padre Altamir Gabriel, responsável pelas obras sociais da Paróquia, foram utilizadas neste ano 18 toneladas de farinha, 12 toneladas de mussarela e 18 toneladas de molho de tomate. As expectativas em relação ao público também são altas. De acordo com o padre, são esperadas 300 mil pessoas na festa de Nossa Senhora da Achiropita em 2023.

Voluntários da Festa de N. Sra. Achiropita Foto: Paróquia Nossa Senhora Achiropita

Pratos principais

‘’O maior sucesso da festa com certeza é a tradicional Focaccia de mussarela’', afirma Regina. ‘’A fricazza de calabresa e o macarrão com molho de tomate também são carros-chefe da festa’'.

Além desses clássicos, as 35 barracas do evento oferecem pratos como berinjela recheada, pimentão assado, antepastos variados, churrasco, polenta frita e pizzas de massa alta.

As sobremesas também são muito pedidas por quem passa pela festa. Receitas de tiramisù, mil folhas com creme pâtissièr e quindim estão entre as prediletas do grande público.

Se por um lado o cardápio do evento é divulgado, as receitas das ‘mammas’ são guardadas a sete chaves pelas anciãs italianas. ‘’Antigamente, as mães só passavam para as filhas as receitas. Então faz parte da tradição italiana esse segredo ficar apenas entre a família. Tanto é que nós, voluntárias mais velhas da Achiropita, somos as únicas a saber a receita completa’', conta Regina.

Obras sociais

Os festejos à Nossa Senhora Achiropita, que arrecadam cerca de R$ 3 milhões por ano, segundo o padre Altamir, são dedicados exclusivamente à manutenção dos projetos sociais da paróquia.

Atualmente, a comunidade do Bixiga fomenta sete projetos sociais, entre eles uma creche com 230 crianças, um instituto de apoio a pessoas em situação de rua e uma clínica especializada na recuperação de dependentes químicos.

‘’Temos também um núcleo de atendimento a idosos que diariamente ajuda 170 pessoas com mais de 60 anos. Nós fazemos oficinas e outras atividades para que os idosos tenham onde passar a semana’', completa Altamir.

Em parceria com a Defensoria Pública e a Prefeitura de São Paulo, a paróquia ainda disponibiliza advogados e psicólogos para moradores do Bixiga que estão em situação de vulnerabilidade.

Últimos dias de festa

A festa de Nossa Senhora Achiropita ainda vai acontecer por mais dois fins de semana, antes de encerrar de vez os trabalhos em 2023. Mas não vá pensando que a turma da ‘’Mamma Regina’' descansa depois do fim dos festejos.

‘’Nós somos muito parecidos com o carnaval. Termina um, a gente já começa a elaborar o próximo. Pensamos em todos os detalhes, em quem irá coordenar os banquetes e como tudo será feito. O ano inteiro temos reuniões para desenvolver a festa que acontece em agosto’', afirma Regina.

Padre Altamir, que também é ativo na organização das quermesses, diz que a logística e a montagem da estrutura são as partes mais complexas e demoradas do processo. ‘’Fazer uma festa na rua, ocupando três vias, demanda uma estrutura complicada. Toda essa burocracia é desgastante, mas temos o apoio da prefeitura e da Polícia Militar que deixa tudo mais fácil’'.

Chegando à sua 97ª edição, essa linda festa ainda tem shows de Tarantela e recreação infantil, o que a torna uma ótima opção para a programação do fim de semana. Além de ajudar projetos sociais e promover a caridade, você ainda experimenta receitas secretas e deliciosas das ‘mammas’ italianas. Vale a pena conferir.

Serviço

Rua 13 de Maio, 478 – Bela Vista

26 e 27/08 - 02 e 03/09

Sábado: 18h às 00h

Domingo: 17h30 às 22h30

(11) 3106-7235

No bairro do Bixiga, mais especificamente na Rua Treze de Maio, um altar de madeira foi construído em 1908 para receber a imagem de Nossa Senhora Achiropita, que havia sido trazida por imigrantes italianos oriundos da Calábria. Situado no n° 100 da rua, que na época era de terra batida, o pequeno retábulo tinha um objetivo: reunir os fiéis da região para que pudessem comprar um terreno e construir uma capela.

Para angariar os fundos necessários, os fiéis mais fervorosos começaram a organizar quermesses com pratos típicos da Itália, como focaccias e frittatas. Os anos se passaram e as quermesses foram ganhando mais adesão popular a cada ano, resultando na construção da tão desejada capela.

A fama dos festejos à Nossa Senhora Achiropita fizeram com que as missas e procissões lotassem, e com que a pequena capela se tornasse um lugar pequeno, necessitando de mais estrutura para comportar os fiéis. Foi daí que nasceu a ideia de construir uma igreja grande e definitiva, que pudesse atrair cada vez mais devotos e proporcionar quermesses ainda maiores.

Entretanto, os líderes da comunidade se viram novamente sem recursos para a construção de uma igreja ampla e bem arquitetada. Os fiéis então decidiram dar ainda mais ênfase às quermesses e criaram uma comissão que cuidaria exclusivamente das festividades.

Na época, barracas com prendas e pratos deliciosos foram montadas, leilões sobre carroças, um pau de sebo e a animada banda italiana dos Bersaglieri ajudaram a comunidade do Bixiga a conquistar em 1926 a tão sonhada paróquia. Durante os meses de agosto que antecederam a inauguração da igreja, foram feitas também procissões levando a imagem de Achiropita pelas ruas, onde as famílias italianas doavam dinheiro e amarravam fitas na imagem de Nossa Senhora. As sacadas também eram enfeitadas com colchas e toalhas, que davam um toque final ao grande festejo.

Imagem de N. Sra. Achiropita Foto: Paróquia Nossa Senhora Achiropita

A festa mais italiana do Brasil

Moradora do Bixiga na adolescência e presença garantida nas festas da paróquia desde 1978, Regina Cruz afirma que a festa de Nossa Senhora da Achiropita é a mais italiana do Brasil.

‘’O bairro do Bixiga abriga famílias de vários lugares da Itália, tanto que em São Paulo é o bairro mais italiano que tem. A tradição familiar dos italianos conseguiu transmitir esses costumes que fazem da nossa festa a mais tradicional e italiana do Brasil’'.

Com 82 anos, Regina é considerada uma ‘’mamma’' pelos fiéis, apelido carinhoso dado às cozinheiras voluntárias que ajudam em festas italianas. Questionada sobre a carga horária dos trabalhos, Regina é sucinta: ‘’quando você trabalha por amor e alegria, enquanto brinca e reza, você nem vê o tempo passar. Geralmente trabalhamos o dia inteiro, chegamos de manhã e saímos à noite.’’

‘Mamma Regina’ faz parte dos 1.100 voluntários que trabalham anualmente entre agosto e setembro aos fins de semana. Esse número de ajudantes pode parecer expressivo em um primeiro momento, mas fica pequeno perto das quantidades de comida servidas nas festas e da multidão que aproveita as quermesses.

Segundo o padre Altamir Gabriel, responsável pelas obras sociais da Paróquia, foram utilizadas neste ano 18 toneladas de farinha, 12 toneladas de mussarela e 18 toneladas de molho de tomate. As expectativas em relação ao público também são altas. De acordo com o padre, são esperadas 300 mil pessoas na festa de Nossa Senhora da Achiropita em 2023.

Voluntários da Festa de N. Sra. Achiropita Foto: Paróquia Nossa Senhora Achiropita

Pratos principais

‘’O maior sucesso da festa com certeza é a tradicional Focaccia de mussarela’', afirma Regina. ‘’A fricazza de calabresa e o macarrão com molho de tomate também são carros-chefe da festa’'.

Além desses clássicos, as 35 barracas do evento oferecem pratos como berinjela recheada, pimentão assado, antepastos variados, churrasco, polenta frita e pizzas de massa alta.

As sobremesas também são muito pedidas por quem passa pela festa. Receitas de tiramisù, mil folhas com creme pâtissièr e quindim estão entre as prediletas do grande público.

Se por um lado o cardápio do evento é divulgado, as receitas das ‘mammas’ são guardadas a sete chaves pelas anciãs italianas. ‘’Antigamente, as mães só passavam para as filhas as receitas. Então faz parte da tradição italiana esse segredo ficar apenas entre a família. Tanto é que nós, voluntárias mais velhas da Achiropita, somos as únicas a saber a receita completa’', conta Regina.

Obras sociais

Os festejos à Nossa Senhora Achiropita, que arrecadam cerca de R$ 3 milhões por ano, segundo o padre Altamir, são dedicados exclusivamente à manutenção dos projetos sociais da paróquia.

Atualmente, a comunidade do Bixiga fomenta sete projetos sociais, entre eles uma creche com 230 crianças, um instituto de apoio a pessoas em situação de rua e uma clínica especializada na recuperação de dependentes químicos.

‘’Temos também um núcleo de atendimento a idosos que diariamente ajuda 170 pessoas com mais de 60 anos. Nós fazemos oficinas e outras atividades para que os idosos tenham onde passar a semana’', completa Altamir.

Em parceria com a Defensoria Pública e a Prefeitura de São Paulo, a paróquia ainda disponibiliza advogados e psicólogos para moradores do Bixiga que estão em situação de vulnerabilidade.

Últimos dias de festa

A festa de Nossa Senhora Achiropita ainda vai acontecer por mais dois fins de semana, antes de encerrar de vez os trabalhos em 2023. Mas não vá pensando que a turma da ‘’Mamma Regina’' descansa depois do fim dos festejos.

‘’Nós somos muito parecidos com o carnaval. Termina um, a gente já começa a elaborar o próximo. Pensamos em todos os detalhes, em quem irá coordenar os banquetes e como tudo será feito. O ano inteiro temos reuniões para desenvolver a festa que acontece em agosto’', afirma Regina.

Padre Altamir, que também é ativo na organização das quermesses, diz que a logística e a montagem da estrutura são as partes mais complexas e demoradas do processo. ‘’Fazer uma festa na rua, ocupando três vias, demanda uma estrutura complicada. Toda essa burocracia é desgastante, mas temos o apoio da prefeitura e da Polícia Militar que deixa tudo mais fácil’'.

Chegando à sua 97ª edição, essa linda festa ainda tem shows de Tarantela e recreação infantil, o que a torna uma ótima opção para a programação do fim de semana. Além de ajudar projetos sociais e promover a caridade, você ainda experimenta receitas secretas e deliciosas das ‘mammas’ italianas. Vale a pena conferir.

Serviço

Rua 13 de Maio, 478 – Bela Vista

26 e 27/08 - 02 e 03/09

Sábado: 18h às 00h

Domingo: 17h30 às 22h30

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