Lambendo os seixos


Jerez. Alguns dos vinhos mais complexos e acessíveis do mundo, sem você ter que pegar o euro à unha para bebê-los

Por Luiz Horta

Quem disser que conhece todos os tipos de vinhos de Jerez, com suas nuances, ou está mentindo ou se chama Julian Jeffs (autor de Sherry, melhor livro sobre o assunto). Para entrar nesse labirinto, escolhi o caminho dos finos e manzanillas. Os finos (de Jerez de la Frontera) e os manzanillas (de Sanlúcar de Barrameda) são os mais frescos, vindos da uva Palomino Fino. Seu traço especial é o aparecimento na barrica de uma película chamada flor. Esse véu cobre o líquido, protegendo-o do oxigênio. É algo natural, imprevisível e incontrolável. Os manzanillas têm as uvas colhidas mais cedo, com maior acidez, e as brisas frias do mar deixam que se forme uma flor mais grossa, resultando em vinhos ainda mais refrescantes. Os solos brancos (não é eufemismo, a chamada albariza é calcário quase puro, com areia, e tem aparência de um chão de giz) dessas duas denominações de origem andaluza fazem vinhos minerais. Já foi bem discutido se a língua humana é capaz de detectar ínfimos traços de minério nos alimentos. A resposta científica é não. A poética, sim. Eu acho tão perceptível um salzinho no gosto dos manzanillas que é impossível fingir que não sinto, mesmo informado insistentemente pela objetividade que é um efeito placebo. A sensação é a mesma que a de encostar a boca numa pedra na praia (hábito excêntrico, mas tendo oportunidade, olhe em volta: se ninguém estiver prestando atenção, passe a língua num seixo banhado pelo oceano. Concha também vale. É essa a sensação). Sendo mais bonito sonhar que todo aquele cenário mourisco da Espanha pode estar na garrafa, fiquemos com a imaginação. MODERNAS HARMONIASVão bem com tudo que se come para atrapalhar o apetite, antes da refeição: clássicas tapitas, jamón, amêndoas. Mas podem ser curingas do vinho - enfrentam ovos, alcachofra e outros complicadores. A grande dancinha, entretanto, é feita pela dupla manzanilla com queijo manchego

Quem disser que conhece todos os tipos de vinhos de Jerez, com suas nuances, ou está mentindo ou se chama Julian Jeffs (autor de Sherry, melhor livro sobre o assunto). Para entrar nesse labirinto, escolhi o caminho dos finos e manzanillas. Os finos (de Jerez de la Frontera) e os manzanillas (de Sanlúcar de Barrameda) são os mais frescos, vindos da uva Palomino Fino. Seu traço especial é o aparecimento na barrica de uma película chamada flor. Esse véu cobre o líquido, protegendo-o do oxigênio. É algo natural, imprevisível e incontrolável. Os manzanillas têm as uvas colhidas mais cedo, com maior acidez, e as brisas frias do mar deixam que se forme uma flor mais grossa, resultando em vinhos ainda mais refrescantes. Os solos brancos (não é eufemismo, a chamada albariza é calcário quase puro, com areia, e tem aparência de um chão de giz) dessas duas denominações de origem andaluza fazem vinhos minerais. Já foi bem discutido se a língua humana é capaz de detectar ínfimos traços de minério nos alimentos. A resposta científica é não. A poética, sim. Eu acho tão perceptível um salzinho no gosto dos manzanillas que é impossível fingir que não sinto, mesmo informado insistentemente pela objetividade que é um efeito placebo. A sensação é a mesma que a de encostar a boca numa pedra na praia (hábito excêntrico, mas tendo oportunidade, olhe em volta: se ninguém estiver prestando atenção, passe a língua num seixo banhado pelo oceano. Concha também vale. É essa a sensação). Sendo mais bonito sonhar que todo aquele cenário mourisco da Espanha pode estar na garrafa, fiquemos com a imaginação. MODERNAS HARMONIASVão bem com tudo que se come para atrapalhar o apetite, antes da refeição: clássicas tapitas, jamón, amêndoas. Mas podem ser curingas do vinho - enfrentam ovos, alcachofra e outros complicadores. A grande dancinha, entretanto, é feita pela dupla manzanilla com queijo manchego

Quem disser que conhece todos os tipos de vinhos de Jerez, com suas nuances, ou está mentindo ou se chama Julian Jeffs (autor de Sherry, melhor livro sobre o assunto). Para entrar nesse labirinto, escolhi o caminho dos finos e manzanillas. Os finos (de Jerez de la Frontera) e os manzanillas (de Sanlúcar de Barrameda) são os mais frescos, vindos da uva Palomino Fino. Seu traço especial é o aparecimento na barrica de uma película chamada flor. Esse véu cobre o líquido, protegendo-o do oxigênio. É algo natural, imprevisível e incontrolável. Os manzanillas têm as uvas colhidas mais cedo, com maior acidez, e as brisas frias do mar deixam que se forme uma flor mais grossa, resultando em vinhos ainda mais refrescantes. Os solos brancos (não é eufemismo, a chamada albariza é calcário quase puro, com areia, e tem aparência de um chão de giz) dessas duas denominações de origem andaluza fazem vinhos minerais. Já foi bem discutido se a língua humana é capaz de detectar ínfimos traços de minério nos alimentos. A resposta científica é não. A poética, sim. Eu acho tão perceptível um salzinho no gosto dos manzanillas que é impossível fingir que não sinto, mesmo informado insistentemente pela objetividade que é um efeito placebo. A sensação é a mesma que a de encostar a boca numa pedra na praia (hábito excêntrico, mas tendo oportunidade, olhe em volta: se ninguém estiver prestando atenção, passe a língua num seixo banhado pelo oceano. Concha também vale. É essa a sensação). Sendo mais bonito sonhar que todo aquele cenário mourisco da Espanha pode estar na garrafa, fiquemos com a imaginação. MODERNAS HARMONIASVão bem com tudo que se come para atrapalhar o apetite, antes da refeição: clássicas tapitas, jamón, amêndoas. Mas podem ser curingas do vinho - enfrentam ovos, alcachofra e outros complicadores. A grande dancinha, entretanto, é feita pela dupla manzanilla com queijo manchego

Quem disser que conhece todos os tipos de vinhos de Jerez, com suas nuances, ou está mentindo ou se chama Julian Jeffs (autor de Sherry, melhor livro sobre o assunto). Para entrar nesse labirinto, escolhi o caminho dos finos e manzanillas. Os finos (de Jerez de la Frontera) e os manzanillas (de Sanlúcar de Barrameda) são os mais frescos, vindos da uva Palomino Fino. Seu traço especial é o aparecimento na barrica de uma película chamada flor. Esse véu cobre o líquido, protegendo-o do oxigênio. É algo natural, imprevisível e incontrolável. Os manzanillas têm as uvas colhidas mais cedo, com maior acidez, e as brisas frias do mar deixam que se forme uma flor mais grossa, resultando em vinhos ainda mais refrescantes. Os solos brancos (não é eufemismo, a chamada albariza é calcário quase puro, com areia, e tem aparência de um chão de giz) dessas duas denominações de origem andaluza fazem vinhos minerais. Já foi bem discutido se a língua humana é capaz de detectar ínfimos traços de minério nos alimentos. A resposta científica é não. A poética, sim. Eu acho tão perceptível um salzinho no gosto dos manzanillas que é impossível fingir que não sinto, mesmo informado insistentemente pela objetividade que é um efeito placebo. A sensação é a mesma que a de encostar a boca numa pedra na praia (hábito excêntrico, mas tendo oportunidade, olhe em volta: se ninguém estiver prestando atenção, passe a língua num seixo banhado pelo oceano. Concha também vale. É essa a sensação). Sendo mais bonito sonhar que todo aquele cenário mourisco da Espanha pode estar na garrafa, fiquemos com a imaginação. MODERNAS HARMONIASVão bem com tudo que se come para atrapalhar o apetite, antes da refeição: clássicas tapitas, jamón, amêndoas. Mas podem ser curingas do vinho - enfrentam ovos, alcachofra e outros complicadores. A grande dancinha, entretanto, é feita pela dupla manzanilla com queijo manchego

Quem disser que conhece todos os tipos de vinhos de Jerez, com suas nuances, ou está mentindo ou se chama Julian Jeffs (autor de Sherry, melhor livro sobre o assunto). Para entrar nesse labirinto, escolhi o caminho dos finos e manzanillas. Os finos (de Jerez de la Frontera) e os manzanillas (de Sanlúcar de Barrameda) são os mais frescos, vindos da uva Palomino Fino. Seu traço especial é o aparecimento na barrica de uma película chamada flor. Esse véu cobre o líquido, protegendo-o do oxigênio. É algo natural, imprevisível e incontrolável. Os manzanillas têm as uvas colhidas mais cedo, com maior acidez, e as brisas frias do mar deixam que se forme uma flor mais grossa, resultando em vinhos ainda mais refrescantes. Os solos brancos (não é eufemismo, a chamada albariza é calcário quase puro, com areia, e tem aparência de um chão de giz) dessas duas denominações de origem andaluza fazem vinhos minerais. Já foi bem discutido se a língua humana é capaz de detectar ínfimos traços de minério nos alimentos. A resposta científica é não. A poética, sim. Eu acho tão perceptível um salzinho no gosto dos manzanillas que é impossível fingir que não sinto, mesmo informado insistentemente pela objetividade que é um efeito placebo. A sensação é a mesma que a de encostar a boca numa pedra na praia (hábito excêntrico, mas tendo oportunidade, olhe em volta: se ninguém estiver prestando atenção, passe a língua num seixo banhado pelo oceano. Concha também vale. É essa a sensação). Sendo mais bonito sonhar que todo aquele cenário mourisco da Espanha pode estar na garrafa, fiquemos com a imaginação. MODERNAS HARMONIASVão bem com tudo que se come para atrapalhar o apetite, antes da refeição: clássicas tapitas, jamón, amêndoas. Mas podem ser curingas do vinho - enfrentam ovos, alcachofra e outros complicadores. A grande dancinha, entretanto, é feita pela dupla manzanilla com queijo manchego

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