Suzana Barelli

A degustação vertical - do mesmo vinho, de safras diferentes - ensina


Nesse tipo de prova, ao comparar as taças percebe-se as diferenças sutis de cada ano e aprende-se com elas

Por Suzana Barelli

O mesmo vinho de safras diferentes nunca é igual. Mesmo se elaborado com uvas do mesmo vinhedo e seguindo as mesmíssimas técnicas de vinificação, há diferenças entre eles. E é isso que torna tão interessante as chamadas provas verticais, quando o mesmo vinho, de anos diferentes, é degustado lado a lado.

Ao comparar as taças percebe-se as diferenças sutis de cada ano e aprende-se com elas. Safras mais quentes tendem a resultar em vinhos mais alcoólicos, por exemplo. Na comparação, também é possível conhecer como o vinho vai envelhecendo na garrafa. As safras mais antigas tendem a ter aquele aroma chamado de bouquet, que remete às notas terciárias, como couro, tabaco, frutas secas. E, nessa comparação, também é possível estimar a capacidade de envelhecimento do vinho em questão.

Épico VI, elaborado com uvas das safras de2018, 2019 e 2020. Foto: Guatambu
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A prática não é muito comum no Brasil, tanto que é difícil encontrar safras diferentes do mesmo vinho no catálogo das lojas e importadoras e, principalmente, nas cartas dos restaurantes. Há exceções, claro. Agora, por exemplo, a Mistral está comercializando três safras tanto do pinot noir como do chardonnay do produtor sul-africano Hamilton Russell, por R$ 3.078,25 cada kit, com três garrafas.

Neste final de semana, a vinícola Guatambu avaliou que a reabertura do seu enoturismo, fechado desde o início da pandemia, e a celebração do Dia do Vinho Brasileiro, comemorado em 6 de junho, merecia uma prova vertical do Épico (que o Paladar participou online). Trata-se do vinho premium desta vinícola na região da Campanha, quase fronteira com o Uruguai, com vinhedos plantados em 2003 e com primeira edição lançada em 2015.

Elaborado sempre com tannat – que é a uva majoritária, com pelo menos 60% do blend –, cabernet sauvignon, merlot e tempranillo, o vinho tem, ainda, a característica de ser uma mistura de safras. O Épico I é feito com uvas das safras de 2011, 2012, 2013 e 2014. O VI, que está chegando ao mercado agora, com preço de R$ 300, tem uvas das safras de 2018, 2019 e 2020.

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Épico I, II, III, IV, V e VI, elaborados com as uvas do mesmo vinhedo, mas desafras diferentes. Foto: Guatambu

Ao provar os cinco tintos lado a lado – o Épico II, com estoque bem reduzido, não foi degustado –, descobre-se, na taça, que o vinho tem potencial de envelhecimento. O primeiro Épico já está perdendo a coloração rubi e ganhando reflexos mais alaranjados. Seus aromas já não trazem as notas de frutas vermelhas – que aparecerem com destaque a partir do Épico IV –, mas destaca-se pelas notas terrosas, lembrando cogumelos, e nuances de tabaco.

É interessante perceber em todas as safras os mesmos taninos firmes, que estão mais aveludados nas primeiras amostras, e precisando de tempo em garrafa na mais recente. No III e no IV, há agradáveis notas de especiarias. E todos com a fruta madura na medida certa e uma acidez presente e importante. Se o I e o III estão prontos para beber; o V e o VI têm a ganhar com o tempo em garrafa.

O mesmo vinho de safras diferentes nunca é igual. Mesmo se elaborado com uvas do mesmo vinhedo e seguindo as mesmíssimas técnicas de vinificação, há diferenças entre eles. E é isso que torna tão interessante as chamadas provas verticais, quando o mesmo vinho, de anos diferentes, é degustado lado a lado.

Ao comparar as taças percebe-se as diferenças sutis de cada ano e aprende-se com elas. Safras mais quentes tendem a resultar em vinhos mais alcoólicos, por exemplo. Na comparação, também é possível conhecer como o vinho vai envelhecendo na garrafa. As safras mais antigas tendem a ter aquele aroma chamado de bouquet, que remete às notas terciárias, como couro, tabaco, frutas secas. E, nessa comparação, também é possível estimar a capacidade de envelhecimento do vinho em questão.

Épico VI, elaborado com uvas das safras de2018, 2019 e 2020. Foto: Guatambu

A prática não é muito comum no Brasil, tanto que é difícil encontrar safras diferentes do mesmo vinho no catálogo das lojas e importadoras e, principalmente, nas cartas dos restaurantes. Há exceções, claro. Agora, por exemplo, a Mistral está comercializando três safras tanto do pinot noir como do chardonnay do produtor sul-africano Hamilton Russell, por R$ 3.078,25 cada kit, com três garrafas.

Neste final de semana, a vinícola Guatambu avaliou que a reabertura do seu enoturismo, fechado desde o início da pandemia, e a celebração do Dia do Vinho Brasileiro, comemorado em 6 de junho, merecia uma prova vertical do Épico (que o Paladar participou online). Trata-se do vinho premium desta vinícola na região da Campanha, quase fronteira com o Uruguai, com vinhedos plantados em 2003 e com primeira edição lançada em 2015.

Elaborado sempre com tannat – que é a uva majoritária, com pelo menos 60% do blend –, cabernet sauvignon, merlot e tempranillo, o vinho tem, ainda, a característica de ser uma mistura de safras. O Épico I é feito com uvas das safras de 2011, 2012, 2013 e 2014. O VI, que está chegando ao mercado agora, com preço de R$ 300, tem uvas das safras de 2018, 2019 e 2020.

Épico I, II, III, IV, V e VI, elaborados com as uvas do mesmo vinhedo, mas desafras diferentes. Foto: Guatambu

Ao provar os cinco tintos lado a lado – o Épico II, com estoque bem reduzido, não foi degustado –, descobre-se, na taça, que o vinho tem potencial de envelhecimento. O primeiro Épico já está perdendo a coloração rubi e ganhando reflexos mais alaranjados. Seus aromas já não trazem as notas de frutas vermelhas – que aparecerem com destaque a partir do Épico IV –, mas destaca-se pelas notas terrosas, lembrando cogumelos, e nuances de tabaco.

É interessante perceber em todas as safras os mesmos taninos firmes, que estão mais aveludados nas primeiras amostras, e precisando de tempo em garrafa na mais recente. No III e no IV, há agradáveis notas de especiarias. E todos com a fruta madura na medida certa e uma acidez presente e importante. Se o I e o III estão prontos para beber; o V e o VI têm a ganhar com o tempo em garrafa.

O mesmo vinho de safras diferentes nunca é igual. Mesmo se elaborado com uvas do mesmo vinhedo e seguindo as mesmíssimas técnicas de vinificação, há diferenças entre eles. E é isso que torna tão interessante as chamadas provas verticais, quando o mesmo vinho, de anos diferentes, é degustado lado a lado.

Ao comparar as taças percebe-se as diferenças sutis de cada ano e aprende-se com elas. Safras mais quentes tendem a resultar em vinhos mais alcoólicos, por exemplo. Na comparação, também é possível conhecer como o vinho vai envelhecendo na garrafa. As safras mais antigas tendem a ter aquele aroma chamado de bouquet, que remete às notas terciárias, como couro, tabaco, frutas secas. E, nessa comparação, também é possível estimar a capacidade de envelhecimento do vinho em questão.

Épico VI, elaborado com uvas das safras de2018, 2019 e 2020. Foto: Guatambu

A prática não é muito comum no Brasil, tanto que é difícil encontrar safras diferentes do mesmo vinho no catálogo das lojas e importadoras e, principalmente, nas cartas dos restaurantes. Há exceções, claro. Agora, por exemplo, a Mistral está comercializando três safras tanto do pinot noir como do chardonnay do produtor sul-africano Hamilton Russell, por R$ 3.078,25 cada kit, com três garrafas.

Neste final de semana, a vinícola Guatambu avaliou que a reabertura do seu enoturismo, fechado desde o início da pandemia, e a celebração do Dia do Vinho Brasileiro, comemorado em 6 de junho, merecia uma prova vertical do Épico (que o Paladar participou online). Trata-se do vinho premium desta vinícola na região da Campanha, quase fronteira com o Uruguai, com vinhedos plantados em 2003 e com primeira edição lançada em 2015.

Elaborado sempre com tannat – que é a uva majoritária, com pelo menos 60% do blend –, cabernet sauvignon, merlot e tempranillo, o vinho tem, ainda, a característica de ser uma mistura de safras. O Épico I é feito com uvas das safras de 2011, 2012, 2013 e 2014. O VI, que está chegando ao mercado agora, com preço de R$ 300, tem uvas das safras de 2018, 2019 e 2020.

Épico I, II, III, IV, V e VI, elaborados com as uvas do mesmo vinhedo, mas desafras diferentes. Foto: Guatambu

Ao provar os cinco tintos lado a lado – o Épico II, com estoque bem reduzido, não foi degustado –, descobre-se, na taça, que o vinho tem potencial de envelhecimento. O primeiro Épico já está perdendo a coloração rubi e ganhando reflexos mais alaranjados. Seus aromas já não trazem as notas de frutas vermelhas – que aparecerem com destaque a partir do Épico IV –, mas destaca-se pelas notas terrosas, lembrando cogumelos, e nuances de tabaco.

É interessante perceber em todas as safras os mesmos taninos firmes, que estão mais aveludados nas primeiras amostras, e precisando de tempo em garrafa na mais recente. No III e no IV, há agradáveis notas de especiarias. E todos com a fruta madura na medida certa e uma acidez presente e importante. Se o I e o III estão prontos para beber; o V e o VI têm a ganhar com o tempo em garrafa.

O mesmo vinho de safras diferentes nunca é igual. Mesmo se elaborado com uvas do mesmo vinhedo e seguindo as mesmíssimas técnicas de vinificação, há diferenças entre eles. E é isso que torna tão interessante as chamadas provas verticais, quando o mesmo vinho, de anos diferentes, é degustado lado a lado.

Ao comparar as taças percebe-se as diferenças sutis de cada ano e aprende-se com elas. Safras mais quentes tendem a resultar em vinhos mais alcoólicos, por exemplo. Na comparação, também é possível conhecer como o vinho vai envelhecendo na garrafa. As safras mais antigas tendem a ter aquele aroma chamado de bouquet, que remete às notas terciárias, como couro, tabaco, frutas secas. E, nessa comparação, também é possível estimar a capacidade de envelhecimento do vinho em questão.

Épico VI, elaborado com uvas das safras de2018, 2019 e 2020. Foto: Guatambu

A prática não é muito comum no Brasil, tanto que é difícil encontrar safras diferentes do mesmo vinho no catálogo das lojas e importadoras e, principalmente, nas cartas dos restaurantes. Há exceções, claro. Agora, por exemplo, a Mistral está comercializando três safras tanto do pinot noir como do chardonnay do produtor sul-africano Hamilton Russell, por R$ 3.078,25 cada kit, com três garrafas.

Neste final de semana, a vinícola Guatambu avaliou que a reabertura do seu enoturismo, fechado desde o início da pandemia, e a celebração do Dia do Vinho Brasileiro, comemorado em 6 de junho, merecia uma prova vertical do Épico (que o Paladar participou online). Trata-se do vinho premium desta vinícola na região da Campanha, quase fronteira com o Uruguai, com vinhedos plantados em 2003 e com primeira edição lançada em 2015.

Elaborado sempre com tannat – que é a uva majoritária, com pelo menos 60% do blend –, cabernet sauvignon, merlot e tempranillo, o vinho tem, ainda, a característica de ser uma mistura de safras. O Épico I é feito com uvas das safras de 2011, 2012, 2013 e 2014. O VI, que está chegando ao mercado agora, com preço de R$ 300, tem uvas das safras de 2018, 2019 e 2020.

Épico I, II, III, IV, V e VI, elaborados com as uvas do mesmo vinhedo, mas desafras diferentes. Foto: Guatambu

Ao provar os cinco tintos lado a lado – o Épico II, com estoque bem reduzido, não foi degustado –, descobre-se, na taça, que o vinho tem potencial de envelhecimento. O primeiro Épico já está perdendo a coloração rubi e ganhando reflexos mais alaranjados. Seus aromas já não trazem as notas de frutas vermelhas – que aparecerem com destaque a partir do Épico IV –, mas destaca-se pelas notas terrosas, lembrando cogumelos, e nuances de tabaco.

É interessante perceber em todas as safras os mesmos taninos firmes, que estão mais aveludados nas primeiras amostras, e precisando de tempo em garrafa na mais recente. No III e no IV, há agradáveis notas de especiarias. E todos com a fruta madura na medida certa e uma acidez presente e importante. Se o I e o III estão prontos para beber; o V e o VI têm a ganhar com o tempo em garrafa.

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