Suzana Barelli

A pinot noir, em cinco tópicos


Hoje, 18 de agosto, é dia da pinot noir. Por isso, decidimos contar curiosidades sobre a variedade de uva

Por Suzana Barelli

No calendário dos aniversários das uvas, hoje é dia da pinot noir. Não há, até onde eu sei, uma razão específica para o dia 18 de agosto ser o dia da pinot noir. Parece que um grupo de fãs da variedade no Oregon, nos EUA, decidiu homenageá-la neste dia e a data acabou entrando para o calendário mundial. 

Pouco importa a origem da data. A pinot noir é uma variedade que vale a homenagem e que o seu aniversário é um convite para contar cinco pontos da sua história.

Produção de pinot noir na região da Alsácia, na França Foto: Vincent Kessler/Reuters
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Origens

Foram os monges cistercienses, na Idade Média, que descobriram o potencial da pinot noir na Borgonha. Com a vocação para trabalhar a terra, eles observavam a uva safra a safra, comparavam os seus vinhos com as condições climáticas de cada ano e anotavam estas informações. Acabaram se convencendo da perfeita adaptação da pinot noir ao terroir local, que não tardou para a nobreza local impedir o cultivo da gamay, outra tinta que ocupava os vinhedos, na região.

Cinema

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O filme Sideways – Entre Umas e Outras foi o grande incentivador do consumo da pinot noir. A comédia romântica de 2004, que se passa na região da Califórnia, nos EUA, teve o efeito colateral de valorizar os vinhos elaborados com a pinot noir, ao mesmo tempo em que atrapalhou a vida do merlot. Depois do filme, o número de vinhedos de pinot noir cresceu consideravelmente no mundo vitivinícola.

Adaptação

Caprichosa, a pinot noir não se adapta a muitos terroirs mundo afora, ao contrário, por exemplo, da conhecida cabernet sauvignon. Fora da Borgonha, os melhores pinot noir, com raras exceções, vêm das chamadas regiões frias, como a Nova Zelândia; o Oregon, no norte dos Estados Unidos: e as regiões costeiras do Chile, influenciadas pelas brisas frias do Oceano Pacífico.

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Menos taninos

Como tem a casca mais fina do que a maioria das uvas tintas, a pinot noir dá origem a vinhos com menos taninos. Este fato se revela, primeiro, na cor de seus vinhos, que é um rubi mais claro, menos concentrado. Seu corpo, mais leve, também permite harmonizações que nem sempre dão certo com tintos, como com queijos e até peixes.

Champanhe

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A pinot noir dá origem a alguns dos melhores champanhes brancos da atualidade. Isso acontece porque, logo após a prensagem da uva, o líquido é separado da casca e, assim, não tem a cor tinta. Nos champanhes, a pinot noir é responsável pela estrutura da bebida. Aqueles  elaborados apenas com variedades tintas são chamados de Blanc de Noir. A pinot meunier, outra variedade tinta autorizada na região francesa, raramente dá origem aos champanhes premiuns.

No calendário dos aniversários das uvas, hoje é dia da pinot noir. Não há, até onde eu sei, uma razão específica para o dia 18 de agosto ser o dia da pinot noir. Parece que um grupo de fãs da variedade no Oregon, nos EUA, decidiu homenageá-la neste dia e a data acabou entrando para o calendário mundial. 

Pouco importa a origem da data. A pinot noir é uma variedade que vale a homenagem e que o seu aniversário é um convite para contar cinco pontos da sua história.

Produção de pinot noir na região da Alsácia, na França Foto: Vincent Kessler/Reuters

Origens

Foram os monges cistercienses, na Idade Média, que descobriram o potencial da pinot noir na Borgonha. Com a vocação para trabalhar a terra, eles observavam a uva safra a safra, comparavam os seus vinhos com as condições climáticas de cada ano e anotavam estas informações. Acabaram se convencendo da perfeita adaptação da pinot noir ao terroir local, que não tardou para a nobreza local impedir o cultivo da gamay, outra tinta que ocupava os vinhedos, na região.

Cinema

O filme Sideways – Entre Umas e Outras foi o grande incentivador do consumo da pinot noir. A comédia romântica de 2004, que se passa na região da Califórnia, nos EUA, teve o efeito colateral de valorizar os vinhos elaborados com a pinot noir, ao mesmo tempo em que atrapalhou a vida do merlot. Depois do filme, o número de vinhedos de pinot noir cresceu consideravelmente no mundo vitivinícola.

Adaptação

Caprichosa, a pinot noir não se adapta a muitos terroirs mundo afora, ao contrário, por exemplo, da conhecida cabernet sauvignon. Fora da Borgonha, os melhores pinot noir, com raras exceções, vêm das chamadas regiões frias, como a Nova Zelândia; o Oregon, no norte dos Estados Unidos: e as regiões costeiras do Chile, influenciadas pelas brisas frias do Oceano Pacífico.

Menos taninos

Como tem a casca mais fina do que a maioria das uvas tintas, a pinot noir dá origem a vinhos com menos taninos. Este fato se revela, primeiro, na cor de seus vinhos, que é um rubi mais claro, menos concentrado. Seu corpo, mais leve, também permite harmonizações que nem sempre dão certo com tintos, como com queijos e até peixes.

Champanhe

A pinot noir dá origem a alguns dos melhores champanhes brancos da atualidade. Isso acontece porque, logo após a prensagem da uva, o líquido é separado da casca e, assim, não tem a cor tinta. Nos champanhes, a pinot noir é responsável pela estrutura da bebida. Aqueles  elaborados apenas com variedades tintas são chamados de Blanc de Noir. A pinot meunier, outra variedade tinta autorizada na região francesa, raramente dá origem aos champanhes premiuns.

No calendário dos aniversários das uvas, hoje é dia da pinot noir. Não há, até onde eu sei, uma razão específica para o dia 18 de agosto ser o dia da pinot noir. Parece que um grupo de fãs da variedade no Oregon, nos EUA, decidiu homenageá-la neste dia e a data acabou entrando para o calendário mundial. 

Pouco importa a origem da data. A pinot noir é uma variedade que vale a homenagem e que o seu aniversário é um convite para contar cinco pontos da sua história.

Produção de pinot noir na região da Alsácia, na França Foto: Vincent Kessler/Reuters

Origens

Foram os monges cistercienses, na Idade Média, que descobriram o potencial da pinot noir na Borgonha. Com a vocação para trabalhar a terra, eles observavam a uva safra a safra, comparavam os seus vinhos com as condições climáticas de cada ano e anotavam estas informações. Acabaram se convencendo da perfeita adaptação da pinot noir ao terroir local, que não tardou para a nobreza local impedir o cultivo da gamay, outra tinta que ocupava os vinhedos, na região.

Cinema

O filme Sideways – Entre Umas e Outras foi o grande incentivador do consumo da pinot noir. A comédia romântica de 2004, que se passa na região da Califórnia, nos EUA, teve o efeito colateral de valorizar os vinhos elaborados com a pinot noir, ao mesmo tempo em que atrapalhou a vida do merlot. Depois do filme, o número de vinhedos de pinot noir cresceu consideravelmente no mundo vitivinícola.

Adaptação

Caprichosa, a pinot noir não se adapta a muitos terroirs mundo afora, ao contrário, por exemplo, da conhecida cabernet sauvignon. Fora da Borgonha, os melhores pinot noir, com raras exceções, vêm das chamadas regiões frias, como a Nova Zelândia; o Oregon, no norte dos Estados Unidos: e as regiões costeiras do Chile, influenciadas pelas brisas frias do Oceano Pacífico.

Menos taninos

Como tem a casca mais fina do que a maioria das uvas tintas, a pinot noir dá origem a vinhos com menos taninos. Este fato se revela, primeiro, na cor de seus vinhos, que é um rubi mais claro, menos concentrado. Seu corpo, mais leve, também permite harmonizações que nem sempre dão certo com tintos, como com queijos e até peixes.

Champanhe

A pinot noir dá origem a alguns dos melhores champanhes brancos da atualidade. Isso acontece porque, logo após a prensagem da uva, o líquido é separado da casca e, assim, não tem a cor tinta. Nos champanhes, a pinot noir é responsável pela estrutura da bebida. Aqueles  elaborados apenas com variedades tintas são chamados de Blanc de Noir. A pinot meunier, outra variedade tinta autorizada na região francesa, raramente dá origem aos champanhes premiuns.

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