Suzana Barelli

A reação dos espumantes


Vinícolas brasileiras apostam no lançamento de novos e, de diferentes estilos, de espumantes para incentivar o consumo na reta final de 2020

Por Suzana Barelli
Atualização:

Atípico, diferente, amedrontador, estranho, confuso, seja qual for o adjetivo para definir o ano de 2020, é certo que muita gente deve abrir um espumante para brindar o seu fim. Essa é, inclusive, a aposta das vinícolas brasileiras para conseguir encerrar esse ano com crescimento nas vendas. 

No primeiro semestre, a comercialização de espumantes registrou uma retração, ao contrário dos vinhos, que bateram bons recordes de venda durante a pandemia. Agosto e setembro esboçaram uma reação das borbulhas.

A hora dos espumantes Foto: Richard Perry/NYT
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Segundo dados da Uvibra, a União Brasileira de Vitivinicultura, a venda dos espumantes brut cresceu 103% em volume, em agosto, na comparação com julho, e a de Moscatel, 73% no mesmo período. Este aumento deu uma injeção de ânimo nos produtores e o desejo é que o movimento de setembro (ainda não finalizado) deixe os números do setor positivos pela primeira vez no acumulado do ano.

Enquanto o crescimento não chega, a aposta das vinícolas é em novos produtos e em embalagens e rótulos mais modernos como forma de incentivar o consumo. Em um primeiro momento, chama atenção o lançamento de produtos premiums, focados em um consumidor que gosta das novidades em borbulhas.

Lançamento. Espumante SaltonReserva Ouro Rosé Foto: Daniela Radavelli
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A premiada Cave Geisse, por exemplo, está colocando dois novos produtos no mercado. O primeiro é um ousado espumante laranja nature, da linha Cave Amadeu. Laranja são aqueles vinhos elaborados com uvas brancas, que fermentam junto com a pele e o engaço, ganhando assim uma coloração amarelo mais acentuada. O segundo é um extra brut rosé, da linha Cave Geisse, que passa 36 meses em autólise, o processo na qual as leveduras (ou o que restou delas) ficam em contato com o líquido, ganhando complexidade e cremosidade. Custam, respectivamente, R$ 85 e R$ 134, no familiageisse.com.br.

“Tem uma demanda aquecida para os produtos premium, talvez com as pessoas se dando de presente um bom espumante para beber em casa”, afirma Daniel Geisse, diretor de marketing da vinícola.

Aposta. Blanc de Blanc Nature Tradicional,da Don Guerino Foto: Don Guerino
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O nature refere-se ao estilo de espumante elaborado sem a adição do licor de expedição e, assim, é mais seco. É a aposta de várias vinícolas. A Miolo promete o lançamento do seu espumante nesta categoria ainda neste mês, e a Don Guerino acaba de lançar o seu Blanc de Blanc Nature Tradicional, elaborado apenas com a uva chardonnay e vendido por R$ 129 no donguerino.com.br.

Na Aurora, a aposta é um novo espumante sur lie, da região de Pinto Bandeira, que passa 24 meses em autólise. Por esta técnica, a bebida chega ao mercado sem a realização da última etapa de elaboração e, assim, ainda é turvo e tem vestígios do que restou das leveduras. Em geral, é uma bebida mais complexa, mas que pode assustar consumidores menos atentos pela sua turbidez e pelos vestígios de levedura.

Por isso, diz Rodrigo Valério, gerente de marketing da Aurora, o produto virá com um QR Code, com explicação sobre este processo. Ele não tem dúvidas do sucesso do espumante, que será o primeiro produto da linha Gioia, palavra que significa alegria em italiano. O primeiro lote, agora, sai com 1.000 garrafas, e o segundo, com 2 mil garrafas, chega em breve ao mercado, vendidos a R$ 79,90, a garrafa, no vinicolauaurora.com.br.

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Inovação. Casa Valduga apresenta um espumante sem a adição de SO2, o Ponto Nero SO2 Free Rosé Foto: Casa Valduga

Na linha das inovações, a Casa Valduga apresenta um espumante rosé, elaborado apenas com a pinot noir, e sem a adição de SO2. O dióxido de enxofre é um conservante utilizado na elaboração dos vinhos, mas há a tendência de reduzir (ou zerar) o uso deste produto por muitas vinícolas. O Ponto Nero SO2 Free Rosé é vendido por R$ 69, no casavalduga.com.br

A Salton, por sua vez, decidiu ampliar a sua linha do Reserva Ouro que ganha agora a versão rosé, e também um rótulo mais moderno. Até o final do ano, a linha terá também um espumante extra brut, que vem a se juntar ao pioneiro brut. Cada um é vendido por R$ 49,90, no salton.com.br.

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Outros espumantes devem vir se juntar a estes e, não há dúvidas, brindes não faltarão.

Atípico, diferente, amedrontador, estranho, confuso, seja qual for o adjetivo para definir o ano de 2020, é certo que muita gente deve abrir um espumante para brindar o seu fim. Essa é, inclusive, a aposta das vinícolas brasileiras para conseguir encerrar esse ano com crescimento nas vendas. 

No primeiro semestre, a comercialização de espumantes registrou uma retração, ao contrário dos vinhos, que bateram bons recordes de venda durante a pandemia. Agosto e setembro esboçaram uma reação das borbulhas.

A hora dos espumantes Foto: Richard Perry/NYT

Segundo dados da Uvibra, a União Brasileira de Vitivinicultura, a venda dos espumantes brut cresceu 103% em volume, em agosto, na comparação com julho, e a de Moscatel, 73% no mesmo período. Este aumento deu uma injeção de ânimo nos produtores e o desejo é que o movimento de setembro (ainda não finalizado) deixe os números do setor positivos pela primeira vez no acumulado do ano.

Enquanto o crescimento não chega, a aposta das vinícolas é em novos produtos e em embalagens e rótulos mais modernos como forma de incentivar o consumo. Em um primeiro momento, chama atenção o lançamento de produtos premiums, focados em um consumidor que gosta das novidades em borbulhas.

Lançamento. Espumante SaltonReserva Ouro Rosé Foto: Daniela Radavelli

A premiada Cave Geisse, por exemplo, está colocando dois novos produtos no mercado. O primeiro é um ousado espumante laranja nature, da linha Cave Amadeu. Laranja são aqueles vinhos elaborados com uvas brancas, que fermentam junto com a pele e o engaço, ganhando assim uma coloração amarelo mais acentuada. O segundo é um extra brut rosé, da linha Cave Geisse, que passa 36 meses em autólise, o processo na qual as leveduras (ou o que restou delas) ficam em contato com o líquido, ganhando complexidade e cremosidade. Custam, respectivamente, R$ 85 e R$ 134, no familiageisse.com.br.

“Tem uma demanda aquecida para os produtos premium, talvez com as pessoas se dando de presente um bom espumante para beber em casa”, afirma Daniel Geisse, diretor de marketing da vinícola.

Aposta. Blanc de Blanc Nature Tradicional,da Don Guerino Foto: Don Guerino

O nature refere-se ao estilo de espumante elaborado sem a adição do licor de expedição e, assim, é mais seco. É a aposta de várias vinícolas. A Miolo promete o lançamento do seu espumante nesta categoria ainda neste mês, e a Don Guerino acaba de lançar o seu Blanc de Blanc Nature Tradicional, elaborado apenas com a uva chardonnay e vendido por R$ 129 no donguerino.com.br.

Na Aurora, a aposta é um novo espumante sur lie, da região de Pinto Bandeira, que passa 24 meses em autólise. Por esta técnica, a bebida chega ao mercado sem a realização da última etapa de elaboração e, assim, ainda é turvo e tem vestígios do que restou das leveduras. Em geral, é uma bebida mais complexa, mas que pode assustar consumidores menos atentos pela sua turbidez e pelos vestígios de levedura.

Por isso, diz Rodrigo Valério, gerente de marketing da Aurora, o produto virá com um QR Code, com explicação sobre este processo. Ele não tem dúvidas do sucesso do espumante, que será o primeiro produto da linha Gioia, palavra que significa alegria em italiano. O primeiro lote, agora, sai com 1.000 garrafas, e o segundo, com 2 mil garrafas, chega em breve ao mercado, vendidos a R$ 79,90, a garrafa, no vinicolauaurora.com.br.

Inovação. Casa Valduga apresenta um espumante sem a adição de SO2, o Ponto Nero SO2 Free Rosé Foto: Casa Valduga

Na linha das inovações, a Casa Valduga apresenta um espumante rosé, elaborado apenas com a pinot noir, e sem a adição de SO2. O dióxido de enxofre é um conservante utilizado na elaboração dos vinhos, mas há a tendência de reduzir (ou zerar) o uso deste produto por muitas vinícolas. O Ponto Nero SO2 Free Rosé é vendido por R$ 69, no casavalduga.com.br

A Salton, por sua vez, decidiu ampliar a sua linha do Reserva Ouro que ganha agora a versão rosé, e também um rótulo mais moderno. Até o final do ano, a linha terá também um espumante extra brut, que vem a se juntar ao pioneiro brut. Cada um é vendido por R$ 49,90, no salton.com.br.

Outros espumantes devem vir se juntar a estes e, não há dúvidas, brindes não faltarão.

Atípico, diferente, amedrontador, estranho, confuso, seja qual for o adjetivo para definir o ano de 2020, é certo que muita gente deve abrir um espumante para brindar o seu fim. Essa é, inclusive, a aposta das vinícolas brasileiras para conseguir encerrar esse ano com crescimento nas vendas. 

No primeiro semestre, a comercialização de espumantes registrou uma retração, ao contrário dos vinhos, que bateram bons recordes de venda durante a pandemia. Agosto e setembro esboçaram uma reação das borbulhas.

A hora dos espumantes Foto: Richard Perry/NYT

Segundo dados da Uvibra, a União Brasileira de Vitivinicultura, a venda dos espumantes brut cresceu 103% em volume, em agosto, na comparação com julho, e a de Moscatel, 73% no mesmo período. Este aumento deu uma injeção de ânimo nos produtores e o desejo é que o movimento de setembro (ainda não finalizado) deixe os números do setor positivos pela primeira vez no acumulado do ano.

Enquanto o crescimento não chega, a aposta das vinícolas é em novos produtos e em embalagens e rótulos mais modernos como forma de incentivar o consumo. Em um primeiro momento, chama atenção o lançamento de produtos premiums, focados em um consumidor que gosta das novidades em borbulhas.

Lançamento. Espumante SaltonReserva Ouro Rosé Foto: Daniela Radavelli

A premiada Cave Geisse, por exemplo, está colocando dois novos produtos no mercado. O primeiro é um ousado espumante laranja nature, da linha Cave Amadeu. Laranja são aqueles vinhos elaborados com uvas brancas, que fermentam junto com a pele e o engaço, ganhando assim uma coloração amarelo mais acentuada. O segundo é um extra brut rosé, da linha Cave Geisse, que passa 36 meses em autólise, o processo na qual as leveduras (ou o que restou delas) ficam em contato com o líquido, ganhando complexidade e cremosidade. Custam, respectivamente, R$ 85 e R$ 134, no familiageisse.com.br.

“Tem uma demanda aquecida para os produtos premium, talvez com as pessoas se dando de presente um bom espumante para beber em casa”, afirma Daniel Geisse, diretor de marketing da vinícola.

Aposta. Blanc de Blanc Nature Tradicional,da Don Guerino Foto: Don Guerino

O nature refere-se ao estilo de espumante elaborado sem a adição do licor de expedição e, assim, é mais seco. É a aposta de várias vinícolas. A Miolo promete o lançamento do seu espumante nesta categoria ainda neste mês, e a Don Guerino acaba de lançar o seu Blanc de Blanc Nature Tradicional, elaborado apenas com a uva chardonnay e vendido por R$ 129 no donguerino.com.br.

Na Aurora, a aposta é um novo espumante sur lie, da região de Pinto Bandeira, que passa 24 meses em autólise. Por esta técnica, a bebida chega ao mercado sem a realização da última etapa de elaboração e, assim, ainda é turvo e tem vestígios do que restou das leveduras. Em geral, é uma bebida mais complexa, mas que pode assustar consumidores menos atentos pela sua turbidez e pelos vestígios de levedura.

Por isso, diz Rodrigo Valério, gerente de marketing da Aurora, o produto virá com um QR Code, com explicação sobre este processo. Ele não tem dúvidas do sucesso do espumante, que será o primeiro produto da linha Gioia, palavra que significa alegria em italiano. O primeiro lote, agora, sai com 1.000 garrafas, e o segundo, com 2 mil garrafas, chega em breve ao mercado, vendidos a R$ 79,90, a garrafa, no vinicolauaurora.com.br.

Inovação. Casa Valduga apresenta um espumante sem a adição de SO2, o Ponto Nero SO2 Free Rosé Foto: Casa Valduga

Na linha das inovações, a Casa Valduga apresenta um espumante rosé, elaborado apenas com a pinot noir, e sem a adição de SO2. O dióxido de enxofre é um conservante utilizado na elaboração dos vinhos, mas há a tendência de reduzir (ou zerar) o uso deste produto por muitas vinícolas. O Ponto Nero SO2 Free Rosé é vendido por R$ 69, no casavalduga.com.br

A Salton, por sua vez, decidiu ampliar a sua linha do Reserva Ouro que ganha agora a versão rosé, e também um rótulo mais moderno. Até o final do ano, a linha terá também um espumante extra brut, que vem a se juntar ao pioneiro brut. Cada um é vendido por R$ 49,90, no salton.com.br.

Outros espumantes devem vir se juntar a estes e, não há dúvidas, brindes não faltarão.

Atípico, diferente, amedrontador, estranho, confuso, seja qual for o adjetivo para definir o ano de 2020, é certo que muita gente deve abrir um espumante para brindar o seu fim. Essa é, inclusive, a aposta das vinícolas brasileiras para conseguir encerrar esse ano com crescimento nas vendas. 

No primeiro semestre, a comercialização de espumantes registrou uma retração, ao contrário dos vinhos, que bateram bons recordes de venda durante a pandemia. Agosto e setembro esboçaram uma reação das borbulhas.

A hora dos espumantes Foto: Richard Perry/NYT

Segundo dados da Uvibra, a União Brasileira de Vitivinicultura, a venda dos espumantes brut cresceu 103% em volume, em agosto, na comparação com julho, e a de Moscatel, 73% no mesmo período. Este aumento deu uma injeção de ânimo nos produtores e o desejo é que o movimento de setembro (ainda não finalizado) deixe os números do setor positivos pela primeira vez no acumulado do ano.

Enquanto o crescimento não chega, a aposta das vinícolas é em novos produtos e em embalagens e rótulos mais modernos como forma de incentivar o consumo. Em um primeiro momento, chama atenção o lançamento de produtos premiums, focados em um consumidor que gosta das novidades em borbulhas.

Lançamento. Espumante SaltonReserva Ouro Rosé Foto: Daniela Radavelli

A premiada Cave Geisse, por exemplo, está colocando dois novos produtos no mercado. O primeiro é um ousado espumante laranja nature, da linha Cave Amadeu. Laranja são aqueles vinhos elaborados com uvas brancas, que fermentam junto com a pele e o engaço, ganhando assim uma coloração amarelo mais acentuada. O segundo é um extra brut rosé, da linha Cave Geisse, que passa 36 meses em autólise, o processo na qual as leveduras (ou o que restou delas) ficam em contato com o líquido, ganhando complexidade e cremosidade. Custam, respectivamente, R$ 85 e R$ 134, no familiageisse.com.br.

“Tem uma demanda aquecida para os produtos premium, talvez com as pessoas se dando de presente um bom espumante para beber em casa”, afirma Daniel Geisse, diretor de marketing da vinícola.

Aposta. Blanc de Blanc Nature Tradicional,da Don Guerino Foto: Don Guerino

O nature refere-se ao estilo de espumante elaborado sem a adição do licor de expedição e, assim, é mais seco. É a aposta de várias vinícolas. A Miolo promete o lançamento do seu espumante nesta categoria ainda neste mês, e a Don Guerino acaba de lançar o seu Blanc de Blanc Nature Tradicional, elaborado apenas com a uva chardonnay e vendido por R$ 129 no donguerino.com.br.

Na Aurora, a aposta é um novo espumante sur lie, da região de Pinto Bandeira, que passa 24 meses em autólise. Por esta técnica, a bebida chega ao mercado sem a realização da última etapa de elaboração e, assim, ainda é turvo e tem vestígios do que restou das leveduras. Em geral, é uma bebida mais complexa, mas que pode assustar consumidores menos atentos pela sua turbidez e pelos vestígios de levedura.

Por isso, diz Rodrigo Valério, gerente de marketing da Aurora, o produto virá com um QR Code, com explicação sobre este processo. Ele não tem dúvidas do sucesso do espumante, que será o primeiro produto da linha Gioia, palavra que significa alegria em italiano. O primeiro lote, agora, sai com 1.000 garrafas, e o segundo, com 2 mil garrafas, chega em breve ao mercado, vendidos a R$ 79,90, a garrafa, no vinicolauaurora.com.br.

Inovação. Casa Valduga apresenta um espumante sem a adição de SO2, o Ponto Nero SO2 Free Rosé Foto: Casa Valduga

Na linha das inovações, a Casa Valduga apresenta um espumante rosé, elaborado apenas com a pinot noir, e sem a adição de SO2. O dióxido de enxofre é um conservante utilizado na elaboração dos vinhos, mas há a tendência de reduzir (ou zerar) o uso deste produto por muitas vinícolas. O Ponto Nero SO2 Free Rosé é vendido por R$ 69, no casavalduga.com.br

A Salton, por sua vez, decidiu ampliar a sua linha do Reserva Ouro que ganha agora a versão rosé, e também um rótulo mais moderno. Até o final do ano, a linha terá também um espumante extra brut, que vem a se juntar ao pioneiro brut. Cada um é vendido por R$ 49,90, no salton.com.br.

Outros espumantes devem vir se juntar a estes e, não há dúvidas, brindes não faltarão.

Atípico, diferente, amedrontador, estranho, confuso, seja qual for o adjetivo para definir o ano de 2020, é certo que muita gente deve abrir um espumante para brindar o seu fim. Essa é, inclusive, a aposta das vinícolas brasileiras para conseguir encerrar esse ano com crescimento nas vendas. 

No primeiro semestre, a comercialização de espumantes registrou uma retração, ao contrário dos vinhos, que bateram bons recordes de venda durante a pandemia. Agosto e setembro esboçaram uma reação das borbulhas.

A hora dos espumantes Foto: Richard Perry/NYT

Segundo dados da Uvibra, a União Brasileira de Vitivinicultura, a venda dos espumantes brut cresceu 103% em volume, em agosto, na comparação com julho, e a de Moscatel, 73% no mesmo período. Este aumento deu uma injeção de ânimo nos produtores e o desejo é que o movimento de setembro (ainda não finalizado) deixe os números do setor positivos pela primeira vez no acumulado do ano.

Enquanto o crescimento não chega, a aposta das vinícolas é em novos produtos e em embalagens e rótulos mais modernos como forma de incentivar o consumo. Em um primeiro momento, chama atenção o lançamento de produtos premiums, focados em um consumidor que gosta das novidades em borbulhas.

Lançamento. Espumante SaltonReserva Ouro Rosé Foto: Daniela Radavelli

A premiada Cave Geisse, por exemplo, está colocando dois novos produtos no mercado. O primeiro é um ousado espumante laranja nature, da linha Cave Amadeu. Laranja são aqueles vinhos elaborados com uvas brancas, que fermentam junto com a pele e o engaço, ganhando assim uma coloração amarelo mais acentuada. O segundo é um extra brut rosé, da linha Cave Geisse, que passa 36 meses em autólise, o processo na qual as leveduras (ou o que restou delas) ficam em contato com o líquido, ganhando complexidade e cremosidade. Custam, respectivamente, R$ 85 e R$ 134, no familiageisse.com.br.

“Tem uma demanda aquecida para os produtos premium, talvez com as pessoas se dando de presente um bom espumante para beber em casa”, afirma Daniel Geisse, diretor de marketing da vinícola.

Aposta. Blanc de Blanc Nature Tradicional,da Don Guerino Foto: Don Guerino

O nature refere-se ao estilo de espumante elaborado sem a adição do licor de expedição e, assim, é mais seco. É a aposta de várias vinícolas. A Miolo promete o lançamento do seu espumante nesta categoria ainda neste mês, e a Don Guerino acaba de lançar o seu Blanc de Blanc Nature Tradicional, elaborado apenas com a uva chardonnay e vendido por R$ 129 no donguerino.com.br.

Na Aurora, a aposta é um novo espumante sur lie, da região de Pinto Bandeira, que passa 24 meses em autólise. Por esta técnica, a bebida chega ao mercado sem a realização da última etapa de elaboração e, assim, ainda é turvo e tem vestígios do que restou das leveduras. Em geral, é uma bebida mais complexa, mas que pode assustar consumidores menos atentos pela sua turbidez e pelos vestígios de levedura.

Por isso, diz Rodrigo Valério, gerente de marketing da Aurora, o produto virá com um QR Code, com explicação sobre este processo. Ele não tem dúvidas do sucesso do espumante, que será o primeiro produto da linha Gioia, palavra que significa alegria em italiano. O primeiro lote, agora, sai com 1.000 garrafas, e o segundo, com 2 mil garrafas, chega em breve ao mercado, vendidos a R$ 79,90, a garrafa, no vinicolauaurora.com.br.

Inovação. Casa Valduga apresenta um espumante sem a adição de SO2, o Ponto Nero SO2 Free Rosé Foto: Casa Valduga

Na linha das inovações, a Casa Valduga apresenta um espumante rosé, elaborado apenas com a pinot noir, e sem a adição de SO2. O dióxido de enxofre é um conservante utilizado na elaboração dos vinhos, mas há a tendência de reduzir (ou zerar) o uso deste produto por muitas vinícolas. O Ponto Nero SO2 Free Rosé é vendido por R$ 69, no casavalduga.com.br

A Salton, por sua vez, decidiu ampliar a sua linha do Reserva Ouro que ganha agora a versão rosé, e também um rótulo mais moderno. Até o final do ano, a linha terá também um espumante extra brut, que vem a se juntar ao pioneiro brut. Cada um é vendido por R$ 49,90, no salton.com.br.

Outros espumantes devem vir se juntar a estes e, não há dúvidas, brindes não faltarão.

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