Suzana Barelli

Brasileiros tomam gosto pelos vinhos da Espanha


Antes tímida, participação dos rótulos espanhóis vem crescendo por aqui. Confira sugestões

Por Suzana Barelli

Sempre estranhei a pequena participação dos vinhos – e também dos restaurantes – espanhóis no Brasil. Ao menos pela presença de tantos descendentes (os espanhóis formam o terceiro maior grupo de imigração europeia para cá, atrás dos italianos e dos portugueses), a quantidade de vinhos por aqui deveria ser maior.

E esta é uma das mudanças nestes tempos de quarentena. A participação dos rótulos espanhóis vem crescendo por aqui. Segundo dados da Ideal Consulting, a importação de vinhos do país aumentou 27,4% neste primeiro semestre na comparação com igual período de 2019, chegando a 4,7 milhões de garrafas de vinho.

Para quem aprecia brancos, os Albariños, da região de Rías Baixas, são boa pedida Foto: Tony Cenicola/NYT
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Uma das razões está no crescimento da venda pelos e-commerce. Este canal on-line é um dos que mais cresceu na quarentena, e as duas principais empresas deste segmento têm rótulos espanhóis como carro-chefe. No caso da Wine.com é a Toro Loco, e na Evino, o Anciano. Os dois e-commerce foram hábeis em construir a imagem destas marcas no Brasil.

Os rótulos espanhóis mais vendidos estão em La Mancha. É a região dos chamados bons custo-benefícios. Tem um rótulo da Campos de Borja, o Borsao, que fez bastante sucesso depois de uma nota alta do crítico Robert Parker (R$ 84, na World Wine).

Mas a Espanha é mais do que isso. Para quem aprecia brancos, os Albariños, da região de Rías Baixas, e os verdejo, de Rueda, são bons nortes. Nos tintos, Priorato e Ribera del Duero são encantadores e, não raro, surpreendentes, em sua potência e elegância. Se quiser comprovar isso, invista em um dos rótulos de René Barbier no Priorato (a Mistral traz os seus vinhos).

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O Jerez, aqui mais conhecido pela marca tio Pepe, ainda é pouco vendido no Brasil. Mas vale uma chance. Se quiser aprender mais, sugiro acompanhar o Instagram @aloucadojerez. A sommelière Gabriele Frizon traz boas dicas sobre esta bebida do sul da Espanha. Eu sempre indico o La Guita Manzanilla (R$ 109, na Zahil) para quem quer entrar neste mundo.

E tem Rioja, a região mais tradicional da Espanha e que fica em segundo lugar no ranking dos rótulos espanhóis mais comprados pelos brasileiros. Aqui cito um vinho que o único empecilho é o preço: a Viña Tondonia (R$ 684, o Reserva Tinto 2006, na Vinci).

Mas é uma história que precisa ser contada, que eu rememorei em um depoimento online recente promovido pela Pandora Experiência de Vinhos.

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No coração da Rioja, a família López de Heredia resistiu às pressões para se modernizar (nos anos 1980, 1990, a tendência era trocar tanques de madeira por inox, apostar em barricas pequenas de carvalho novo e outras técnicas que mudaram o estilo dos vinhos).

Atualmente, a Tondonia é uma das vinícolas que mantém a tradição (e é valorizada por isso). Com uvas colhidas manualmente em caixas de madeira, vinificação com leveduras indígenas, longo estágio em barricas de carvalho, entre outras técnicas utilizadas no passado, e várias delas recuperadas em tempos mais recentes, os herdeiros da Viña Tondonia mostram que a qualidade e complexidade não são um modismo, mas uma história construída, e valorizada, por gerações. 

Sempre estranhei a pequena participação dos vinhos – e também dos restaurantes – espanhóis no Brasil. Ao menos pela presença de tantos descendentes (os espanhóis formam o terceiro maior grupo de imigração europeia para cá, atrás dos italianos e dos portugueses), a quantidade de vinhos por aqui deveria ser maior.

E esta é uma das mudanças nestes tempos de quarentena. A participação dos rótulos espanhóis vem crescendo por aqui. Segundo dados da Ideal Consulting, a importação de vinhos do país aumentou 27,4% neste primeiro semestre na comparação com igual período de 2019, chegando a 4,7 milhões de garrafas de vinho.

Para quem aprecia brancos, os Albariños, da região de Rías Baixas, são boa pedida Foto: Tony Cenicola/NYT

Uma das razões está no crescimento da venda pelos e-commerce. Este canal on-line é um dos que mais cresceu na quarentena, e as duas principais empresas deste segmento têm rótulos espanhóis como carro-chefe. No caso da Wine.com é a Toro Loco, e na Evino, o Anciano. Os dois e-commerce foram hábeis em construir a imagem destas marcas no Brasil.

Os rótulos espanhóis mais vendidos estão em La Mancha. É a região dos chamados bons custo-benefícios. Tem um rótulo da Campos de Borja, o Borsao, que fez bastante sucesso depois de uma nota alta do crítico Robert Parker (R$ 84, na World Wine).

Mas a Espanha é mais do que isso. Para quem aprecia brancos, os Albariños, da região de Rías Baixas, e os verdejo, de Rueda, são bons nortes. Nos tintos, Priorato e Ribera del Duero são encantadores e, não raro, surpreendentes, em sua potência e elegância. Se quiser comprovar isso, invista em um dos rótulos de René Barbier no Priorato (a Mistral traz os seus vinhos).

O Jerez, aqui mais conhecido pela marca tio Pepe, ainda é pouco vendido no Brasil. Mas vale uma chance. Se quiser aprender mais, sugiro acompanhar o Instagram @aloucadojerez. A sommelière Gabriele Frizon traz boas dicas sobre esta bebida do sul da Espanha. Eu sempre indico o La Guita Manzanilla (R$ 109, na Zahil) para quem quer entrar neste mundo.

E tem Rioja, a região mais tradicional da Espanha e que fica em segundo lugar no ranking dos rótulos espanhóis mais comprados pelos brasileiros. Aqui cito um vinho que o único empecilho é o preço: a Viña Tondonia (R$ 684, o Reserva Tinto 2006, na Vinci).

Mas é uma história que precisa ser contada, que eu rememorei em um depoimento online recente promovido pela Pandora Experiência de Vinhos.

No coração da Rioja, a família López de Heredia resistiu às pressões para se modernizar (nos anos 1980, 1990, a tendência era trocar tanques de madeira por inox, apostar em barricas pequenas de carvalho novo e outras técnicas que mudaram o estilo dos vinhos).

Atualmente, a Tondonia é uma das vinícolas que mantém a tradição (e é valorizada por isso). Com uvas colhidas manualmente em caixas de madeira, vinificação com leveduras indígenas, longo estágio em barricas de carvalho, entre outras técnicas utilizadas no passado, e várias delas recuperadas em tempos mais recentes, os herdeiros da Viña Tondonia mostram que a qualidade e complexidade não são um modismo, mas uma história construída, e valorizada, por gerações. 

Sempre estranhei a pequena participação dos vinhos – e também dos restaurantes – espanhóis no Brasil. Ao menos pela presença de tantos descendentes (os espanhóis formam o terceiro maior grupo de imigração europeia para cá, atrás dos italianos e dos portugueses), a quantidade de vinhos por aqui deveria ser maior.

E esta é uma das mudanças nestes tempos de quarentena. A participação dos rótulos espanhóis vem crescendo por aqui. Segundo dados da Ideal Consulting, a importação de vinhos do país aumentou 27,4% neste primeiro semestre na comparação com igual período de 2019, chegando a 4,7 milhões de garrafas de vinho.

Para quem aprecia brancos, os Albariños, da região de Rías Baixas, são boa pedida Foto: Tony Cenicola/NYT

Uma das razões está no crescimento da venda pelos e-commerce. Este canal on-line é um dos que mais cresceu na quarentena, e as duas principais empresas deste segmento têm rótulos espanhóis como carro-chefe. No caso da Wine.com é a Toro Loco, e na Evino, o Anciano. Os dois e-commerce foram hábeis em construir a imagem destas marcas no Brasil.

Os rótulos espanhóis mais vendidos estão em La Mancha. É a região dos chamados bons custo-benefícios. Tem um rótulo da Campos de Borja, o Borsao, que fez bastante sucesso depois de uma nota alta do crítico Robert Parker (R$ 84, na World Wine).

Mas a Espanha é mais do que isso. Para quem aprecia brancos, os Albariños, da região de Rías Baixas, e os verdejo, de Rueda, são bons nortes. Nos tintos, Priorato e Ribera del Duero são encantadores e, não raro, surpreendentes, em sua potência e elegância. Se quiser comprovar isso, invista em um dos rótulos de René Barbier no Priorato (a Mistral traz os seus vinhos).

O Jerez, aqui mais conhecido pela marca tio Pepe, ainda é pouco vendido no Brasil. Mas vale uma chance. Se quiser aprender mais, sugiro acompanhar o Instagram @aloucadojerez. A sommelière Gabriele Frizon traz boas dicas sobre esta bebida do sul da Espanha. Eu sempre indico o La Guita Manzanilla (R$ 109, na Zahil) para quem quer entrar neste mundo.

E tem Rioja, a região mais tradicional da Espanha e que fica em segundo lugar no ranking dos rótulos espanhóis mais comprados pelos brasileiros. Aqui cito um vinho que o único empecilho é o preço: a Viña Tondonia (R$ 684, o Reserva Tinto 2006, na Vinci).

Mas é uma história que precisa ser contada, que eu rememorei em um depoimento online recente promovido pela Pandora Experiência de Vinhos.

No coração da Rioja, a família López de Heredia resistiu às pressões para se modernizar (nos anos 1980, 1990, a tendência era trocar tanques de madeira por inox, apostar em barricas pequenas de carvalho novo e outras técnicas que mudaram o estilo dos vinhos).

Atualmente, a Tondonia é uma das vinícolas que mantém a tradição (e é valorizada por isso). Com uvas colhidas manualmente em caixas de madeira, vinificação com leveduras indígenas, longo estágio em barricas de carvalho, entre outras técnicas utilizadas no passado, e várias delas recuperadas em tempos mais recentes, os herdeiros da Viña Tondonia mostram que a qualidade e complexidade não são um modismo, mas uma história construída, e valorizada, por gerações. 

Sempre estranhei a pequena participação dos vinhos – e também dos restaurantes – espanhóis no Brasil. Ao menos pela presença de tantos descendentes (os espanhóis formam o terceiro maior grupo de imigração europeia para cá, atrás dos italianos e dos portugueses), a quantidade de vinhos por aqui deveria ser maior.

E esta é uma das mudanças nestes tempos de quarentena. A participação dos rótulos espanhóis vem crescendo por aqui. Segundo dados da Ideal Consulting, a importação de vinhos do país aumentou 27,4% neste primeiro semestre na comparação com igual período de 2019, chegando a 4,7 milhões de garrafas de vinho.

Para quem aprecia brancos, os Albariños, da região de Rías Baixas, são boa pedida Foto: Tony Cenicola/NYT

Uma das razões está no crescimento da venda pelos e-commerce. Este canal on-line é um dos que mais cresceu na quarentena, e as duas principais empresas deste segmento têm rótulos espanhóis como carro-chefe. No caso da Wine.com é a Toro Loco, e na Evino, o Anciano. Os dois e-commerce foram hábeis em construir a imagem destas marcas no Brasil.

Os rótulos espanhóis mais vendidos estão em La Mancha. É a região dos chamados bons custo-benefícios. Tem um rótulo da Campos de Borja, o Borsao, que fez bastante sucesso depois de uma nota alta do crítico Robert Parker (R$ 84, na World Wine).

Mas a Espanha é mais do que isso. Para quem aprecia brancos, os Albariños, da região de Rías Baixas, e os verdejo, de Rueda, são bons nortes. Nos tintos, Priorato e Ribera del Duero são encantadores e, não raro, surpreendentes, em sua potência e elegância. Se quiser comprovar isso, invista em um dos rótulos de René Barbier no Priorato (a Mistral traz os seus vinhos).

O Jerez, aqui mais conhecido pela marca tio Pepe, ainda é pouco vendido no Brasil. Mas vale uma chance. Se quiser aprender mais, sugiro acompanhar o Instagram @aloucadojerez. A sommelière Gabriele Frizon traz boas dicas sobre esta bebida do sul da Espanha. Eu sempre indico o La Guita Manzanilla (R$ 109, na Zahil) para quem quer entrar neste mundo.

E tem Rioja, a região mais tradicional da Espanha e que fica em segundo lugar no ranking dos rótulos espanhóis mais comprados pelos brasileiros. Aqui cito um vinho que o único empecilho é o preço: a Viña Tondonia (R$ 684, o Reserva Tinto 2006, na Vinci).

Mas é uma história que precisa ser contada, que eu rememorei em um depoimento online recente promovido pela Pandora Experiência de Vinhos.

No coração da Rioja, a família López de Heredia resistiu às pressões para se modernizar (nos anos 1980, 1990, a tendência era trocar tanques de madeira por inox, apostar em barricas pequenas de carvalho novo e outras técnicas que mudaram o estilo dos vinhos).

Atualmente, a Tondonia é uma das vinícolas que mantém a tradição (e é valorizada por isso). Com uvas colhidas manualmente em caixas de madeira, vinificação com leveduras indígenas, longo estágio em barricas de carvalho, entre outras técnicas utilizadas no passado, e várias delas recuperadas em tempos mais recentes, os herdeiros da Viña Tondonia mostram que a qualidade e complexidade não são um modismo, mas uma história construída, e valorizada, por gerações. 

Sempre estranhei a pequena participação dos vinhos – e também dos restaurantes – espanhóis no Brasil. Ao menos pela presença de tantos descendentes (os espanhóis formam o terceiro maior grupo de imigração europeia para cá, atrás dos italianos e dos portugueses), a quantidade de vinhos por aqui deveria ser maior.

E esta é uma das mudanças nestes tempos de quarentena. A participação dos rótulos espanhóis vem crescendo por aqui. Segundo dados da Ideal Consulting, a importação de vinhos do país aumentou 27,4% neste primeiro semestre na comparação com igual período de 2019, chegando a 4,7 milhões de garrafas de vinho.

Para quem aprecia brancos, os Albariños, da região de Rías Baixas, são boa pedida Foto: Tony Cenicola/NYT

Uma das razões está no crescimento da venda pelos e-commerce. Este canal on-line é um dos que mais cresceu na quarentena, e as duas principais empresas deste segmento têm rótulos espanhóis como carro-chefe. No caso da Wine.com é a Toro Loco, e na Evino, o Anciano. Os dois e-commerce foram hábeis em construir a imagem destas marcas no Brasil.

Os rótulos espanhóis mais vendidos estão em La Mancha. É a região dos chamados bons custo-benefícios. Tem um rótulo da Campos de Borja, o Borsao, que fez bastante sucesso depois de uma nota alta do crítico Robert Parker (R$ 84, na World Wine).

Mas a Espanha é mais do que isso. Para quem aprecia brancos, os Albariños, da região de Rías Baixas, e os verdejo, de Rueda, são bons nortes. Nos tintos, Priorato e Ribera del Duero são encantadores e, não raro, surpreendentes, em sua potência e elegância. Se quiser comprovar isso, invista em um dos rótulos de René Barbier no Priorato (a Mistral traz os seus vinhos).

O Jerez, aqui mais conhecido pela marca tio Pepe, ainda é pouco vendido no Brasil. Mas vale uma chance. Se quiser aprender mais, sugiro acompanhar o Instagram @aloucadojerez. A sommelière Gabriele Frizon traz boas dicas sobre esta bebida do sul da Espanha. Eu sempre indico o La Guita Manzanilla (R$ 109, na Zahil) para quem quer entrar neste mundo.

E tem Rioja, a região mais tradicional da Espanha e que fica em segundo lugar no ranking dos rótulos espanhóis mais comprados pelos brasileiros. Aqui cito um vinho que o único empecilho é o preço: a Viña Tondonia (R$ 684, o Reserva Tinto 2006, na Vinci).

Mas é uma história que precisa ser contada, que eu rememorei em um depoimento online recente promovido pela Pandora Experiência de Vinhos.

No coração da Rioja, a família López de Heredia resistiu às pressões para se modernizar (nos anos 1980, 1990, a tendência era trocar tanques de madeira por inox, apostar em barricas pequenas de carvalho novo e outras técnicas que mudaram o estilo dos vinhos).

Atualmente, a Tondonia é uma das vinícolas que mantém a tradição (e é valorizada por isso). Com uvas colhidas manualmente em caixas de madeira, vinificação com leveduras indígenas, longo estágio em barricas de carvalho, entre outras técnicas utilizadas no passado, e várias delas recuperadas em tempos mais recentes, os herdeiros da Viña Tondonia mostram que a qualidade e complexidade não são um modismo, mas uma história construída, e valorizada, por gerações. 

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