Suzana Barelli

Decifrando o consumidor de vinho


Pesquisas analisam consumo per capita de garrafas por estado e traçam perfil dos compradores no Brasil

Por Suzana Barelli

No Brasil, o maior consumo per capita de vinhos está no Rio Grande do Sul.Os gaúchos bebem, em média sete litros de vinho por habitante por ano. Mas é o Sudeste a região que mais consome a bebida, com 52,9% do total das garrafas de brancos e tintos abertas. Estes dados, inéditos, fazem parte da pesquisa que a Ideal Consulting publica nesta semana, a partir de informações coletadas tanto das importadoras como das vinícolas nacionais.

Até se tornar a bebida da quarentena, o vinho tinha poucos adeptos entre os brasileiros, com um consumo que não superava os dois litros per capita por ano. Talvez por isso, havia poucas e dispersas informações sobre o seu consumo pelo País. Os dados de mercado, até agora divulgados, são baseados nos números de importação, que são auditados, e analisados por empresas como a Ideal e a Product Audit, somado às informações de venda das vinícolas brasileiras. Não são, assim, números que refletem precisamente o consumo efetivo de vinho noPaís, mas, sim, o volume de garrafas que entra no mercado.

Gaúchos são os maiores consumidores per capita de vinho no País. Foto: Regis Duvignau/Reuters
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Neste levantamento, a Ideal teve acesso às informações da distribuição das importadoras de vinho e das vinícolas por estados brasileiros. "O primeiro ponto foi que São Paulo tem a maior distribuição de vinhos, mas não é o maior consumidor per capita", conta Felipe Galtaroça, CEO da consultoria. Neste cálculo per capita, os paulistas consomem 3,6 litros de vinho por habitante por ano, no quarto lugar do ranking. Depois dos líderes gaúchos, os grandes apreciadores de vinho são os moradores de Brasília, com 4,6 litros per capita, e os de Santa Catarina, outro estado produtor, com 4,2 litros por habitante por ano.

Na divisão por estados, Galtaroça chama atenção para os dados de Goiás, que tem um consumo per capita mais alto do que estados como Paraná e Minas Gerais. A aposta da Ideal é que muito vinho que é vendido no estado, na verdade segue para Minas. Para entender: os mineiros, atualmente, têm mais altas taxas tributárias no vinho, como a ST (a Substituição Tributária), o que pode levar lojistas a adquirirem seus vinhos no estado vizinho.

O estudo também mostra uma mudança entre o consumo total de vinhos, incluindo os finos (aquele elaborado com variedades viníferas) e de mesa brasileiros e os importados.São Paulo, por exemplo, responde por 32,8% deste consumo total; mas quando são analisados apenas os vinhos fino e importado, este consumo sobe para 33,4%. O mesmo acontece com o Rio Grande do Sul, que tem 15,6% do total de vinhos, e 17% quando analisados apenas os vinhos finos e importados. Nove estados brasileiros, a maioria nas regiões Sul e Sudeste, respondem por 90% do consumo do vinho fino e do importado, teoricamente bebidas de maior qualidade. Ainda somos um país muito concentrado no consumo desta bebida.

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Conhecer o consumidor de vinho é também a proposta do pesquisador Mauro Salvo, que acaba de publicar o estudo "Visitando o que pensa o consumidor de vinho no Brasil".Ele aproveitou a pandemia para fazer uma pesquisa online, em parceria com a Equilíbrio, empresa júnior vinculada à Universidade Federal do Rio Grande do Sul, entre setembro e outubro do ano passado. Ao todo, 643 pessoas, de todas as regiões brasileiras, participaram e 42% deles informaram que passaram a consumir mais a bebida com a pandemia.

Entre as conclusões está que a maioria dos brasileiros prefere o vinho tinto (82% entre os consumidores frequentes) e seco (69%), apesar de o gosto pelo vinho suave chegar a mais de 50% entre aqueles que bebem vinho esporadicamente.

O consumidor frequente também escolhe preferencialmente o vinho pelo tipo da uva (são quase 80% deles), e menos pelo seu país de origem. Outro ponto é que as mulheres preferem os vinhos tintos – e não os rosados ou espumantes, como se pode pensar. Chama atenção que a maioria dos consumidores não pensa em aumentar a quantidade de vinho que já consome, mesmo que o preço do vinho caia ou a pessoa passe a ter uma renda maior – vale destacar que a pesquisa foi realizada exatamente no pico do consumo de vinho na quarentena. Por fim, a grande maioria (70%) segue a sugestão de amigos na hora de escolher que garrafa comprar.

No Brasil, o maior consumo per capita de vinhos está no Rio Grande do Sul.Os gaúchos bebem, em média sete litros de vinho por habitante por ano. Mas é o Sudeste a região que mais consome a bebida, com 52,9% do total das garrafas de brancos e tintos abertas. Estes dados, inéditos, fazem parte da pesquisa que a Ideal Consulting publica nesta semana, a partir de informações coletadas tanto das importadoras como das vinícolas nacionais.

Até se tornar a bebida da quarentena, o vinho tinha poucos adeptos entre os brasileiros, com um consumo que não superava os dois litros per capita por ano. Talvez por isso, havia poucas e dispersas informações sobre o seu consumo pelo País. Os dados de mercado, até agora divulgados, são baseados nos números de importação, que são auditados, e analisados por empresas como a Ideal e a Product Audit, somado às informações de venda das vinícolas brasileiras. Não são, assim, números que refletem precisamente o consumo efetivo de vinho noPaís, mas, sim, o volume de garrafas que entra no mercado.

Gaúchos são os maiores consumidores per capita de vinho no País. Foto: Regis Duvignau/Reuters

Neste levantamento, a Ideal teve acesso às informações da distribuição das importadoras de vinho e das vinícolas por estados brasileiros. "O primeiro ponto foi que São Paulo tem a maior distribuição de vinhos, mas não é o maior consumidor per capita", conta Felipe Galtaroça, CEO da consultoria. Neste cálculo per capita, os paulistas consomem 3,6 litros de vinho por habitante por ano, no quarto lugar do ranking. Depois dos líderes gaúchos, os grandes apreciadores de vinho são os moradores de Brasília, com 4,6 litros per capita, e os de Santa Catarina, outro estado produtor, com 4,2 litros por habitante por ano.

Na divisão por estados, Galtaroça chama atenção para os dados de Goiás, que tem um consumo per capita mais alto do que estados como Paraná e Minas Gerais. A aposta da Ideal é que muito vinho que é vendido no estado, na verdade segue para Minas. Para entender: os mineiros, atualmente, têm mais altas taxas tributárias no vinho, como a ST (a Substituição Tributária), o que pode levar lojistas a adquirirem seus vinhos no estado vizinho.

O estudo também mostra uma mudança entre o consumo total de vinhos, incluindo os finos (aquele elaborado com variedades viníferas) e de mesa brasileiros e os importados.São Paulo, por exemplo, responde por 32,8% deste consumo total; mas quando são analisados apenas os vinhos fino e importado, este consumo sobe para 33,4%. O mesmo acontece com o Rio Grande do Sul, que tem 15,6% do total de vinhos, e 17% quando analisados apenas os vinhos finos e importados. Nove estados brasileiros, a maioria nas regiões Sul e Sudeste, respondem por 90% do consumo do vinho fino e do importado, teoricamente bebidas de maior qualidade. Ainda somos um país muito concentrado no consumo desta bebida.

Conhecer o consumidor de vinho é também a proposta do pesquisador Mauro Salvo, que acaba de publicar o estudo "Visitando o que pensa o consumidor de vinho no Brasil".Ele aproveitou a pandemia para fazer uma pesquisa online, em parceria com a Equilíbrio, empresa júnior vinculada à Universidade Federal do Rio Grande do Sul, entre setembro e outubro do ano passado. Ao todo, 643 pessoas, de todas as regiões brasileiras, participaram e 42% deles informaram que passaram a consumir mais a bebida com a pandemia.

Entre as conclusões está que a maioria dos brasileiros prefere o vinho tinto (82% entre os consumidores frequentes) e seco (69%), apesar de o gosto pelo vinho suave chegar a mais de 50% entre aqueles que bebem vinho esporadicamente.

O consumidor frequente também escolhe preferencialmente o vinho pelo tipo da uva (são quase 80% deles), e menos pelo seu país de origem. Outro ponto é que as mulheres preferem os vinhos tintos – e não os rosados ou espumantes, como se pode pensar. Chama atenção que a maioria dos consumidores não pensa em aumentar a quantidade de vinho que já consome, mesmo que o preço do vinho caia ou a pessoa passe a ter uma renda maior – vale destacar que a pesquisa foi realizada exatamente no pico do consumo de vinho na quarentena. Por fim, a grande maioria (70%) segue a sugestão de amigos na hora de escolher que garrafa comprar.

No Brasil, o maior consumo per capita de vinhos está no Rio Grande do Sul.Os gaúchos bebem, em média sete litros de vinho por habitante por ano. Mas é o Sudeste a região que mais consome a bebida, com 52,9% do total das garrafas de brancos e tintos abertas. Estes dados, inéditos, fazem parte da pesquisa que a Ideal Consulting publica nesta semana, a partir de informações coletadas tanto das importadoras como das vinícolas nacionais.

Até se tornar a bebida da quarentena, o vinho tinha poucos adeptos entre os brasileiros, com um consumo que não superava os dois litros per capita por ano. Talvez por isso, havia poucas e dispersas informações sobre o seu consumo pelo País. Os dados de mercado, até agora divulgados, são baseados nos números de importação, que são auditados, e analisados por empresas como a Ideal e a Product Audit, somado às informações de venda das vinícolas brasileiras. Não são, assim, números que refletem precisamente o consumo efetivo de vinho noPaís, mas, sim, o volume de garrafas que entra no mercado.

Gaúchos são os maiores consumidores per capita de vinho no País. Foto: Regis Duvignau/Reuters

Neste levantamento, a Ideal teve acesso às informações da distribuição das importadoras de vinho e das vinícolas por estados brasileiros. "O primeiro ponto foi que São Paulo tem a maior distribuição de vinhos, mas não é o maior consumidor per capita", conta Felipe Galtaroça, CEO da consultoria. Neste cálculo per capita, os paulistas consomem 3,6 litros de vinho por habitante por ano, no quarto lugar do ranking. Depois dos líderes gaúchos, os grandes apreciadores de vinho são os moradores de Brasília, com 4,6 litros per capita, e os de Santa Catarina, outro estado produtor, com 4,2 litros por habitante por ano.

Na divisão por estados, Galtaroça chama atenção para os dados de Goiás, que tem um consumo per capita mais alto do que estados como Paraná e Minas Gerais. A aposta da Ideal é que muito vinho que é vendido no estado, na verdade segue para Minas. Para entender: os mineiros, atualmente, têm mais altas taxas tributárias no vinho, como a ST (a Substituição Tributária), o que pode levar lojistas a adquirirem seus vinhos no estado vizinho.

O estudo também mostra uma mudança entre o consumo total de vinhos, incluindo os finos (aquele elaborado com variedades viníferas) e de mesa brasileiros e os importados.São Paulo, por exemplo, responde por 32,8% deste consumo total; mas quando são analisados apenas os vinhos fino e importado, este consumo sobe para 33,4%. O mesmo acontece com o Rio Grande do Sul, que tem 15,6% do total de vinhos, e 17% quando analisados apenas os vinhos finos e importados. Nove estados brasileiros, a maioria nas regiões Sul e Sudeste, respondem por 90% do consumo do vinho fino e do importado, teoricamente bebidas de maior qualidade. Ainda somos um país muito concentrado no consumo desta bebida.

Conhecer o consumidor de vinho é também a proposta do pesquisador Mauro Salvo, que acaba de publicar o estudo "Visitando o que pensa o consumidor de vinho no Brasil".Ele aproveitou a pandemia para fazer uma pesquisa online, em parceria com a Equilíbrio, empresa júnior vinculada à Universidade Federal do Rio Grande do Sul, entre setembro e outubro do ano passado. Ao todo, 643 pessoas, de todas as regiões brasileiras, participaram e 42% deles informaram que passaram a consumir mais a bebida com a pandemia.

Entre as conclusões está que a maioria dos brasileiros prefere o vinho tinto (82% entre os consumidores frequentes) e seco (69%), apesar de o gosto pelo vinho suave chegar a mais de 50% entre aqueles que bebem vinho esporadicamente.

O consumidor frequente também escolhe preferencialmente o vinho pelo tipo da uva (são quase 80% deles), e menos pelo seu país de origem. Outro ponto é que as mulheres preferem os vinhos tintos – e não os rosados ou espumantes, como se pode pensar. Chama atenção que a maioria dos consumidores não pensa em aumentar a quantidade de vinho que já consome, mesmo que o preço do vinho caia ou a pessoa passe a ter uma renda maior – vale destacar que a pesquisa foi realizada exatamente no pico do consumo de vinho na quarentena. Por fim, a grande maioria (70%) segue a sugestão de amigos na hora de escolher que garrafa comprar.

No Brasil, o maior consumo per capita de vinhos está no Rio Grande do Sul.Os gaúchos bebem, em média sete litros de vinho por habitante por ano. Mas é o Sudeste a região que mais consome a bebida, com 52,9% do total das garrafas de brancos e tintos abertas. Estes dados, inéditos, fazem parte da pesquisa que a Ideal Consulting publica nesta semana, a partir de informações coletadas tanto das importadoras como das vinícolas nacionais.

Até se tornar a bebida da quarentena, o vinho tinha poucos adeptos entre os brasileiros, com um consumo que não superava os dois litros per capita por ano. Talvez por isso, havia poucas e dispersas informações sobre o seu consumo pelo País. Os dados de mercado, até agora divulgados, são baseados nos números de importação, que são auditados, e analisados por empresas como a Ideal e a Product Audit, somado às informações de venda das vinícolas brasileiras. Não são, assim, números que refletem precisamente o consumo efetivo de vinho noPaís, mas, sim, o volume de garrafas que entra no mercado.

Gaúchos são os maiores consumidores per capita de vinho no País. Foto: Regis Duvignau/Reuters

Neste levantamento, a Ideal teve acesso às informações da distribuição das importadoras de vinho e das vinícolas por estados brasileiros. "O primeiro ponto foi que São Paulo tem a maior distribuição de vinhos, mas não é o maior consumidor per capita", conta Felipe Galtaroça, CEO da consultoria. Neste cálculo per capita, os paulistas consomem 3,6 litros de vinho por habitante por ano, no quarto lugar do ranking. Depois dos líderes gaúchos, os grandes apreciadores de vinho são os moradores de Brasília, com 4,6 litros per capita, e os de Santa Catarina, outro estado produtor, com 4,2 litros por habitante por ano.

Na divisão por estados, Galtaroça chama atenção para os dados de Goiás, que tem um consumo per capita mais alto do que estados como Paraná e Minas Gerais. A aposta da Ideal é que muito vinho que é vendido no estado, na verdade segue para Minas. Para entender: os mineiros, atualmente, têm mais altas taxas tributárias no vinho, como a ST (a Substituição Tributária), o que pode levar lojistas a adquirirem seus vinhos no estado vizinho.

O estudo também mostra uma mudança entre o consumo total de vinhos, incluindo os finos (aquele elaborado com variedades viníferas) e de mesa brasileiros e os importados.São Paulo, por exemplo, responde por 32,8% deste consumo total; mas quando são analisados apenas os vinhos fino e importado, este consumo sobe para 33,4%. O mesmo acontece com o Rio Grande do Sul, que tem 15,6% do total de vinhos, e 17% quando analisados apenas os vinhos finos e importados. Nove estados brasileiros, a maioria nas regiões Sul e Sudeste, respondem por 90% do consumo do vinho fino e do importado, teoricamente bebidas de maior qualidade. Ainda somos um país muito concentrado no consumo desta bebida.

Conhecer o consumidor de vinho é também a proposta do pesquisador Mauro Salvo, que acaba de publicar o estudo "Visitando o que pensa o consumidor de vinho no Brasil".Ele aproveitou a pandemia para fazer uma pesquisa online, em parceria com a Equilíbrio, empresa júnior vinculada à Universidade Federal do Rio Grande do Sul, entre setembro e outubro do ano passado. Ao todo, 643 pessoas, de todas as regiões brasileiras, participaram e 42% deles informaram que passaram a consumir mais a bebida com a pandemia.

Entre as conclusões está que a maioria dos brasileiros prefere o vinho tinto (82% entre os consumidores frequentes) e seco (69%), apesar de o gosto pelo vinho suave chegar a mais de 50% entre aqueles que bebem vinho esporadicamente.

O consumidor frequente também escolhe preferencialmente o vinho pelo tipo da uva (são quase 80% deles), e menos pelo seu país de origem. Outro ponto é que as mulheres preferem os vinhos tintos – e não os rosados ou espumantes, como se pode pensar. Chama atenção que a maioria dos consumidores não pensa em aumentar a quantidade de vinho que já consome, mesmo que o preço do vinho caia ou a pessoa passe a ter uma renda maior – vale destacar que a pesquisa foi realizada exatamente no pico do consumo de vinho na quarentena. Por fim, a grande maioria (70%) segue a sugestão de amigos na hora de escolher que garrafa comprar.

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