Suzana Barelli

Ícone chileno abre ao enoturismo


Após ampliação, a vinícola Almaviva terá espaço para receber os turistas, com foco no visitante brasileiro

Por Suzana Barelli

O Almaviva é um dos grandes ícones chilenos. E também um queridinho dos brasileiros – apenas 5% das garrafas são exportadas diretamente para o Brasil, mas a vinícola sabe que os brasileiros compram o vinho em outros mercados, como os Estados Unidos, Portugal, Uruguai e no próprio Chile. A soma destes dois fatores explica a curiosidade pela reforma que a vinícola, uma joint-venture entre a francesa Château Mouton Rothschild e a chilena Concha Y Toro, acaba de concluir no Chile. “Foi um valor significativo”, é a única pista que seu CEO Manuel Louzada revela sobre o montante investido. Não foi pouco dinheiro.

25 SAFRA

A vinícola abriu as portas oficialmente na semana passada em uma festa para comemorar a sua 25ª. safra, a de 2020. Na lista de seletos 110 convidados, a maioria era francês, entre eles 25 negociantes de Bordeaux, recepcionados por Philippe Sereys de Rothschild, CEO do grupo Baron Philippe de Rothschild, e por Alfonso Larraín, chairman da CYT. A presença dos franceses é explicada: em 1998, o Almaviva se tornou o primeiro vinho não francês a ser comercializado pelos negociantes na Place de Bordeaux. Foi um prestígio e tanto para o vinho chileno ser vendido pelo mesmo canal dos grandes rótulos de Bordeaux. Atualmente mais de 100 rótulos não bordaleses estão na Place, em uma ação que traz prestígio aos brancos e tintos que conseguem espaço nesta seleta lista.

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A vinícola abriu as portas oficialmente na semana passada Foto: Suzana Barelli

“Os negociantes gostaram do projeto”, conta o enólogo Michel Friou. Na parte técnica, a vinícola ganhou seis novos tanques de fermentação; espaço e equipamentos mais modernos para a seleção e transporte das uvas até os tanques, que seguem sendo feito por gravidade, e, principalmente, mais espaço para as barricas, onde os vinhos amadurecem por um período médio de 18 meses.

ENOTURISMO

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O desafio para os arquitetos – e o que levou a estourar o orçamento – foi fazer a ampliação sem descaracterizar o prédio, que tem telhado em formado curvilíneo para melhor se integrar à paisagem. Deu certo: um olhar desavisado como o meu nem percebe a ampliação. Mas a reforma tinha também o intuito de abrir o Almaviva para o enoturismo. Até então, as visitas ocorriam apenas por indicação.

O desafio para os arquitetos foi fazer a ampliação sem descaracterizar o prédio Foto: Suzana Barelli

As visitas, com agendamento prévio e para o máximo de 12 pessoas por vez, devem começar em março de 2024 e o valor ainda não está definido. Mas o roteiro está pronto: depois de percorrer a vinícola e conhecer uma das mais bonitas salas de barricas (há uma enorme persiana no final do Grand Chai, a sala das barricas de primeiro uso, que abre para os vinhedos), o turista entra em uma passagem quase secreta, escondida na parede, e desce para o subsolo. Lá, assistem a um filme, sentados em cadeiras recuperadas de cinema antigo de Valparaíso, e seguem por um tour que, com diversas interações visuais, conta a história da vinícola, da inspiração para o seu nome até as safras mais recentes. O tour subterrâneo termina com a sala onde são guardadas as safras anteriores do vinho e o turista volta à superfície para a degustação dirigida de algumas safras, aqui incluído também o Epu, o segundo vinho tinto da casa.

O Almaviva é um dos grandes ícones chilenos. E também um queridinho dos brasileiros – apenas 5% das garrafas são exportadas diretamente para o Brasil, mas a vinícola sabe que os brasileiros compram o vinho em outros mercados, como os Estados Unidos, Portugal, Uruguai e no próprio Chile. A soma destes dois fatores explica a curiosidade pela reforma que a vinícola, uma joint-venture entre a francesa Château Mouton Rothschild e a chilena Concha Y Toro, acaba de concluir no Chile. “Foi um valor significativo”, é a única pista que seu CEO Manuel Louzada revela sobre o montante investido. Não foi pouco dinheiro.

25 SAFRA

A vinícola abriu as portas oficialmente na semana passada em uma festa para comemorar a sua 25ª. safra, a de 2020. Na lista de seletos 110 convidados, a maioria era francês, entre eles 25 negociantes de Bordeaux, recepcionados por Philippe Sereys de Rothschild, CEO do grupo Baron Philippe de Rothschild, e por Alfonso Larraín, chairman da CYT. A presença dos franceses é explicada: em 1998, o Almaviva se tornou o primeiro vinho não francês a ser comercializado pelos negociantes na Place de Bordeaux. Foi um prestígio e tanto para o vinho chileno ser vendido pelo mesmo canal dos grandes rótulos de Bordeaux. Atualmente mais de 100 rótulos não bordaleses estão na Place, em uma ação que traz prestígio aos brancos e tintos que conseguem espaço nesta seleta lista.

A vinícola abriu as portas oficialmente na semana passada Foto: Suzana Barelli

“Os negociantes gostaram do projeto”, conta o enólogo Michel Friou. Na parte técnica, a vinícola ganhou seis novos tanques de fermentação; espaço e equipamentos mais modernos para a seleção e transporte das uvas até os tanques, que seguem sendo feito por gravidade, e, principalmente, mais espaço para as barricas, onde os vinhos amadurecem por um período médio de 18 meses.

ENOTURISMO

O desafio para os arquitetos – e o que levou a estourar o orçamento – foi fazer a ampliação sem descaracterizar o prédio, que tem telhado em formado curvilíneo para melhor se integrar à paisagem. Deu certo: um olhar desavisado como o meu nem percebe a ampliação. Mas a reforma tinha também o intuito de abrir o Almaviva para o enoturismo. Até então, as visitas ocorriam apenas por indicação.

O desafio para os arquitetos foi fazer a ampliação sem descaracterizar o prédio Foto: Suzana Barelli

As visitas, com agendamento prévio e para o máximo de 12 pessoas por vez, devem começar em março de 2024 e o valor ainda não está definido. Mas o roteiro está pronto: depois de percorrer a vinícola e conhecer uma das mais bonitas salas de barricas (há uma enorme persiana no final do Grand Chai, a sala das barricas de primeiro uso, que abre para os vinhedos), o turista entra em uma passagem quase secreta, escondida na parede, e desce para o subsolo. Lá, assistem a um filme, sentados em cadeiras recuperadas de cinema antigo de Valparaíso, e seguem por um tour que, com diversas interações visuais, conta a história da vinícola, da inspiração para o seu nome até as safras mais recentes. O tour subterrâneo termina com a sala onde são guardadas as safras anteriores do vinho e o turista volta à superfície para a degustação dirigida de algumas safras, aqui incluído também o Epu, o segundo vinho tinto da casa.

O Almaviva é um dos grandes ícones chilenos. E também um queridinho dos brasileiros – apenas 5% das garrafas são exportadas diretamente para o Brasil, mas a vinícola sabe que os brasileiros compram o vinho em outros mercados, como os Estados Unidos, Portugal, Uruguai e no próprio Chile. A soma destes dois fatores explica a curiosidade pela reforma que a vinícola, uma joint-venture entre a francesa Château Mouton Rothschild e a chilena Concha Y Toro, acaba de concluir no Chile. “Foi um valor significativo”, é a única pista que seu CEO Manuel Louzada revela sobre o montante investido. Não foi pouco dinheiro.

25 SAFRA

A vinícola abriu as portas oficialmente na semana passada em uma festa para comemorar a sua 25ª. safra, a de 2020. Na lista de seletos 110 convidados, a maioria era francês, entre eles 25 negociantes de Bordeaux, recepcionados por Philippe Sereys de Rothschild, CEO do grupo Baron Philippe de Rothschild, e por Alfonso Larraín, chairman da CYT. A presença dos franceses é explicada: em 1998, o Almaviva se tornou o primeiro vinho não francês a ser comercializado pelos negociantes na Place de Bordeaux. Foi um prestígio e tanto para o vinho chileno ser vendido pelo mesmo canal dos grandes rótulos de Bordeaux. Atualmente mais de 100 rótulos não bordaleses estão na Place, em uma ação que traz prestígio aos brancos e tintos que conseguem espaço nesta seleta lista.

A vinícola abriu as portas oficialmente na semana passada Foto: Suzana Barelli

“Os negociantes gostaram do projeto”, conta o enólogo Michel Friou. Na parte técnica, a vinícola ganhou seis novos tanques de fermentação; espaço e equipamentos mais modernos para a seleção e transporte das uvas até os tanques, que seguem sendo feito por gravidade, e, principalmente, mais espaço para as barricas, onde os vinhos amadurecem por um período médio de 18 meses.

ENOTURISMO

O desafio para os arquitetos – e o que levou a estourar o orçamento – foi fazer a ampliação sem descaracterizar o prédio, que tem telhado em formado curvilíneo para melhor se integrar à paisagem. Deu certo: um olhar desavisado como o meu nem percebe a ampliação. Mas a reforma tinha também o intuito de abrir o Almaviva para o enoturismo. Até então, as visitas ocorriam apenas por indicação.

O desafio para os arquitetos foi fazer a ampliação sem descaracterizar o prédio Foto: Suzana Barelli

As visitas, com agendamento prévio e para o máximo de 12 pessoas por vez, devem começar em março de 2024 e o valor ainda não está definido. Mas o roteiro está pronto: depois de percorrer a vinícola e conhecer uma das mais bonitas salas de barricas (há uma enorme persiana no final do Grand Chai, a sala das barricas de primeiro uso, que abre para os vinhedos), o turista entra em uma passagem quase secreta, escondida na parede, e desce para o subsolo. Lá, assistem a um filme, sentados em cadeiras recuperadas de cinema antigo de Valparaíso, e seguem por um tour que, com diversas interações visuais, conta a história da vinícola, da inspiração para o seu nome até as safras mais recentes. O tour subterrâneo termina com a sala onde são guardadas as safras anteriores do vinho e o turista volta à superfície para a degustação dirigida de algumas safras, aqui incluído também o Epu, o segundo vinho tinto da casa.

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