Suzana Barelli

O caminho para os vinhos fortificados


Brancos e tintos secos e coquetéis são uma das apostas das vinícolas que no passado elaboravam apenas vinho do Porto

Por Suzana Barelli

Dez entre dez especialistas em vinho afirmam apreciar muito os vinhos fortificados, aqueles elaborados com a adição de aguardente vínica no mosto. Mas o consumo destes vinhos está em baixa no mundo, Brasil inclusive.

A vida moderna, sem tempo para apreciar uma taça com calma no final das refeições; a preocupação com a alimentação mais saudável (são vinhos mais doces e alcoólicos); os impostos (por aqui, a carga tributária é maior, pelo teor alcoólico, que começa nos 19% de álcool) são alguns dos fatores que explicam a menor procura por estes vinhos.

Coquetel e eventos

continua após a publicidade

Do total de vinhos que o Brasil importa de Portugal, por exemplo, o vinho do Porto representa apenas 3% em volume e 5% em volume, pelos dados da consultoria Ideal BI. Neste cenário, um dos caminhos para os produtores é a diversificação. Vale desde a criação de novas opções de consumo, e aqui o coquetel surge como uma das boas pedidas. Os drinques com vinho do Porto, como o Portônica, e os com jerez, para citar dois dos fortificados, são uma aposta.

Outra são os eventos especiais. E já vale colocar na agenda a Semana Internacional do Jerez, que este ano acontece entre os dias 4 e 10 de novembro. É um dos festivais mais democráticos e espontâneos do mundo do vinho (informações em www.sherry.wine/sherryweek).

Vinhos tranquilos

continua após a publicidade

A diversificação inclui também elaborar vinhos tranquilos, como são chamados aqueles brancos e tintos que não são nem fortificados nem espumantes. Várias casas de vinho do Porto seguem este caminho (e de Jerez também, aqui ainda em menor escala com alguns brancos secos bem interessantes elaborados com a uva palomino).

Vinhos tranquilos são aqueles brancos e tintos que não são nem fortificados nem espumantes Foto: The Fladgate Wine

E vem chamando atenção o caminho do grupo Fladgate Partnerships, dono de marcas referência no vinho do Porto, como Taylor’s, Fonseca e Croft. O grupo foi um dos últimos a apostar nestes vinhos – antes, a Fladgate já havia iniciado a sua diversificação, então no turismo, com a inauguração do Yeatman, hotel de luxo em Vila Nova de Gaia, em 2010. E depois com o WOW, um centro com museus temáticos sobre vinho, e com restaurantes, com vista privilegiada para o rio Douro.

continua após a publicidade

Novas vinícolas

A Fladgate decidiu entrar nos vinhos tranquilos pela aquisição de vinícolas. No ano passado comprou a IdealDrinks, com vinhos nas regiões do Dão, da Bairrada e de Vinhos Verdes. Neste ano, adquiriu a Quinta do Portal, que tem 53 hectares de vinhedos no Douro, divididos entre as quintas do Portal, do Confradeiro e da Abelheira. Nos dois casos, os valores da transação não foram divulgados.

São os rótulos da IdealDrinks que acabaram de chegar ao Brasil, com as quintas da Pedra, da Bella e Royal Palmeira, por aqui importados pela Grapy. A quarta quinta, Colinas de São Lourenço, será importada pela Qualimpor e tem o rótulo premium Principal.

continua após a publicidade
Quinta do Portal tem 53 hectares de vinhedos no Douro Foto: The Fladgate Wine

Embalagem de luxo

A IdealDrink nasceu com o empresário português Carlos Dias, em 2009. Ele investiu em vinhedos parte do dinheiro que ganhou com a venda da Roger Dubois, de relógios premium, para o grupo Richemont. Apostou não apenas nas uvas portuguesas, mas também em variedades internacionais e, talvez, pela presença no mercado de alto poder aquisitivo, em garrafas mais luxuosas.

continua após a publicidade

Dos vinhos que já chegaram ao Brasil, o Bella Elegance Pinot Noir 2021 da região do Dão surpreende, na linha da Quinta da Bella, vendido por R$ 265, na Grapy, o mesmo valor do Touriga Nacional 2018. Em faixas de preço mais elevada, há um ótimo Loureiro, da Royal Palmeira, do Minho, com uma garrafa imponente (R$ 350), e o Quinta da Pedra Alvarinho 2018, ainda bem fresco, com uma garrafa especial (R$ 380) e o complexo e intrigante Milagres 2016 (R$ 800), também elaborado com a uva alvarinho.

A pergunta agora é se Adrian Bridge, o presidente do Fladgate, vai parar nestas vinícolas.

Dez entre dez especialistas em vinho afirmam apreciar muito os vinhos fortificados, aqueles elaborados com a adição de aguardente vínica no mosto. Mas o consumo destes vinhos está em baixa no mundo, Brasil inclusive.

A vida moderna, sem tempo para apreciar uma taça com calma no final das refeições; a preocupação com a alimentação mais saudável (são vinhos mais doces e alcoólicos); os impostos (por aqui, a carga tributária é maior, pelo teor alcoólico, que começa nos 19% de álcool) são alguns dos fatores que explicam a menor procura por estes vinhos.

Coquetel e eventos

Do total de vinhos que o Brasil importa de Portugal, por exemplo, o vinho do Porto representa apenas 3% em volume e 5% em volume, pelos dados da consultoria Ideal BI. Neste cenário, um dos caminhos para os produtores é a diversificação. Vale desde a criação de novas opções de consumo, e aqui o coquetel surge como uma das boas pedidas. Os drinques com vinho do Porto, como o Portônica, e os com jerez, para citar dois dos fortificados, são uma aposta.

Outra são os eventos especiais. E já vale colocar na agenda a Semana Internacional do Jerez, que este ano acontece entre os dias 4 e 10 de novembro. É um dos festivais mais democráticos e espontâneos do mundo do vinho (informações em www.sherry.wine/sherryweek).

Vinhos tranquilos

A diversificação inclui também elaborar vinhos tranquilos, como são chamados aqueles brancos e tintos que não são nem fortificados nem espumantes. Várias casas de vinho do Porto seguem este caminho (e de Jerez também, aqui ainda em menor escala com alguns brancos secos bem interessantes elaborados com a uva palomino).

Vinhos tranquilos são aqueles brancos e tintos que não são nem fortificados nem espumantes Foto: The Fladgate Wine

E vem chamando atenção o caminho do grupo Fladgate Partnerships, dono de marcas referência no vinho do Porto, como Taylor’s, Fonseca e Croft. O grupo foi um dos últimos a apostar nestes vinhos – antes, a Fladgate já havia iniciado a sua diversificação, então no turismo, com a inauguração do Yeatman, hotel de luxo em Vila Nova de Gaia, em 2010. E depois com o WOW, um centro com museus temáticos sobre vinho, e com restaurantes, com vista privilegiada para o rio Douro.

Novas vinícolas

A Fladgate decidiu entrar nos vinhos tranquilos pela aquisição de vinícolas. No ano passado comprou a IdealDrinks, com vinhos nas regiões do Dão, da Bairrada e de Vinhos Verdes. Neste ano, adquiriu a Quinta do Portal, que tem 53 hectares de vinhedos no Douro, divididos entre as quintas do Portal, do Confradeiro e da Abelheira. Nos dois casos, os valores da transação não foram divulgados.

São os rótulos da IdealDrinks que acabaram de chegar ao Brasil, com as quintas da Pedra, da Bella e Royal Palmeira, por aqui importados pela Grapy. A quarta quinta, Colinas de São Lourenço, será importada pela Qualimpor e tem o rótulo premium Principal.

Quinta do Portal tem 53 hectares de vinhedos no Douro Foto: The Fladgate Wine

Embalagem de luxo

A IdealDrink nasceu com o empresário português Carlos Dias, em 2009. Ele investiu em vinhedos parte do dinheiro que ganhou com a venda da Roger Dubois, de relógios premium, para o grupo Richemont. Apostou não apenas nas uvas portuguesas, mas também em variedades internacionais e, talvez, pela presença no mercado de alto poder aquisitivo, em garrafas mais luxuosas.

Dos vinhos que já chegaram ao Brasil, o Bella Elegance Pinot Noir 2021 da região do Dão surpreende, na linha da Quinta da Bella, vendido por R$ 265, na Grapy, o mesmo valor do Touriga Nacional 2018. Em faixas de preço mais elevada, há um ótimo Loureiro, da Royal Palmeira, do Minho, com uma garrafa imponente (R$ 350), e o Quinta da Pedra Alvarinho 2018, ainda bem fresco, com uma garrafa especial (R$ 380) e o complexo e intrigante Milagres 2016 (R$ 800), também elaborado com a uva alvarinho.

A pergunta agora é se Adrian Bridge, o presidente do Fladgate, vai parar nestas vinícolas.

Dez entre dez especialistas em vinho afirmam apreciar muito os vinhos fortificados, aqueles elaborados com a adição de aguardente vínica no mosto. Mas o consumo destes vinhos está em baixa no mundo, Brasil inclusive.

A vida moderna, sem tempo para apreciar uma taça com calma no final das refeições; a preocupação com a alimentação mais saudável (são vinhos mais doces e alcoólicos); os impostos (por aqui, a carga tributária é maior, pelo teor alcoólico, que começa nos 19% de álcool) são alguns dos fatores que explicam a menor procura por estes vinhos.

Coquetel e eventos

Do total de vinhos que o Brasil importa de Portugal, por exemplo, o vinho do Porto representa apenas 3% em volume e 5% em volume, pelos dados da consultoria Ideal BI. Neste cenário, um dos caminhos para os produtores é a diversificação. Vale desde a criação de novas opções de consumo, e aqui o coquetel surge como uma das boas pedidas. Os drinques com vinho do Porto, como o Portônica, e os com jerez, para citar dois dos fortificados, são uma aposta.

Outra são os eventos especiais. E já vale colocar na agenda a Semana Internacional do Jerez, que este ano acontece entre os dias 4 e 10 de novembro. É um dos festivais mais democráticos e espontâneos do mundo do vinho (informações em www.sherry.wine/sherryweek).

Vinhos tranquilos

A diversificação inclui também elaborar vinhos tranquilos, como são chamados aqueles brancos e tintos que não são nem fortificados nem espumantes. Várias casas de vinho do Porto seguem este caminho (e de Jerez também, aqui ainda em menor escala com alguns brancos secos bem interessantes elaborados com a uva palomino).

Vinhos tranquilos são aqueles brancos e tintos que não são nem fortificados nem espumantes Foto: The Fladgate Wine

E vem chamando atenção o caminho do grupo Fladgate Partnerships, dono de marcas referência no vinho do Porto, como Taylor’s, Fonseca e Croft. O grupo foi um dos últimos a apostar nestes vinhos – antes, a Fladgate já havia iniciado a sua diversificação, então no turismo, com a inauguração do Yeatman, hotel de luxo em Vila Nova de Gaia, em 2010. E depois com o WOW, um centro com museus temáticos sobre vinho, e com restaurantes, com vista privilegiada para o rio Douro.

Novas vinícolas

A Fladgate decidiu entrar nos vinhos tranquilos pela aquisição de vinícolas. No ano passado comprou a IdealDrinks, com vinhos nas regiões do Dão, da Bairrada e de Vinhos Verdes. Neste ano, adquiriu a Quinta do Portal, que tem 53 hectares de vinhedos no Douro, divididos entre as quintas do Portal, do Confradeiro e da Abelheira. Nos dois casos, os valores da transação não foram divulgados.

São os rótulos da IdealDrinks que acabaram de chegar ao Brasil, com as quintas da Pedra, da Bella e Royal Palmeira, por aqui importados pela Grapy. A quarta quinta, Colinas de São Lourenço, será importada pela Qualimpor e tem o rótulo premium Principal.

Quinta do Portal tem 53 hectares de vinhedos no Douro Foto: The Fladgate Wine

Embalagem de luxo

A IdealDrink nasceu com o empresário português Carlos Dias, em 2009. Ele investiu em vinhedos parte do dinheiro que ganhou com a venda da Roger Dubois, de relógios premium, para o grupo Richemont. Apostou não apenas nas uvas portuguesas, mas também em variedades internacionais e, talvez, pela presença no mercado de alto poder aquisitivo, em garrafas mais luxuosas.

Dos vinhos que já chegaram ao Brasil, o Bella Elegance Pinot Noir 2021 da região do Dão surpreende, na linha da Quinta da Bella, vendido por R$ 265, na Grapy, o mesmo valor do Touriga Nacional 2018. Em faixas de preço mais elevada, há um ótimo Loureiro, da Royal Palmeira, do Minho, com uma garrafa imponente (R$ 350), e o Quinta da Pedra Alvarinho 2018, ainda bem fresco, com uma garrafa especial (R$ 380) e o complexo e intrigante Milagres 2016 (R$ 800), também elaborado com a uva alvarinho.

A pergunta agora é se Adrian Bridge, o presidente do Fladgate, vai parar nestas vinícolas.

Dez entre dez especialistas em vinho afirmam apreciar muito os vinhos fortificados, aqueles elaborados com a adição de aguardente vínica no mosto. Mas o consumo destes vinhos está em baixa no mundo, Brasil inclusive.

A vida moderna, sem tempo para apreciar uma taça com calma no final das refeições; a preocupação com a alimentação mais saudável (são vinhos mais doces e alcoólicos); os impostos (por aqui, a carga tributária é maior, pelo teor alcoólico, que começa nos 19% de álcool) são alguns dos fatores que explicam a menor procura por estes vinhos.

Coquetel e eventos

Do total de vinhos que o Brasil importa de Portugal, por exemplo, o vinho do Porto representa apenas 3% em volume e 5% em volume, pelos dados da consultoria Ideal BI. Neste cenário, um dos caminhos para os produtores é a diversificação. Vale desde a criação de novas opções de consumo, e aqui o coquetel surge como uma das boas pedidas. Os drinques com vinho do Porto, como o Portônica, e os com jerez, para citar dois dos fortificados, são uma aposta.

Outra são os eventos especiais. E já vale colocar na agenda a Semana Internacional do Jerez, que este ano acontece entre os dias 4 e 10 de novembro. É um dos festivais mais democráticos e espontâneos do mundo do vinho (informações em www.sherry.wine/sherryweek).

Vinhos tranquilos

A diversificação inclui também elaborar vinhos tranquilos, como são chamados aqueles brancos e tintos que não são nem fortificados nem espumantes. Várias casas de vinho do Porto seguem este caminho (e de Jerez também, aqui ainda em menor escala com alguns brancos secos bem interessantes elaborados com a uva palomino).

Vinhos tranquilos são aqueles brancos e tintos que não são nem fortificados nem espumantes Foto: The Fladgate Wine

E vem chamando atenção o caminho do grupo Fladgate Partnerships, dono de marcas referência no vinho do Porto, como Taylor’s, Fonseca e Croft. O grupo foi um dos últimos a apostar nestes vinhos – antes, a Fladgate já havia iniciado a sua diversificação, então no turismo, com a inauguração do Yeatman, hotel de luxo em Vila Nova de Gaia, em 2010. E depois com o WOW, um centro com museus temáticos sobre vinho, e com restaurantes, com vista privilegiada para o rio Douro.

Novas vinícolas

A Fladgate decidiu entrar nos vinhos tranquilos pela aquisição de vinícolas. No ano passado comprou a IdealDrinks, com vinhos nas regiões do Dão, da Bairrada e de Vinhos Verdes. Neste ano, adquiriu a Quinta do Portal, que tem 53 hectares de vinhedos no Douro, divididos entre as quintas do Portal, do Confradeiro e da Abelheira. Nos dois casos, os valores da transação não foram divulgados.

São os rótulos da IdealDrinks que acabaram de chegar ao Brasil, com as quintas da Pedra, da Bella e Royal Palmeira, por aqui importados pela Grapy. A quarta quinta, Colinas de São Lourenço, será importada pela Qualimpor e tem o rótulo premium Principal.

Quinta do Portal tem 53 hectares de vinhedos no Douro Foto: The Fladgate Wine

Embalagem de luxo

A IdealDrink nasceu com o empresário português Carlos Dias, em 2009. Ele investiu em vinhedos parte do dinheiro que ganhou com a venda da Roger Dubois, de relógios premium, para o grupo Richemont. Apostou não apenas nas uvas portuguesas, mas também em variedades internacionais e, talvez, pela presença no mercado de alto poder aquisitivo, em garrafas mais luxuosas.

Dos vinhos que já chegaram ao Brasil, o Bella Elegance Pinot Noir 2021 da região do Dão surpreende, na linha da Quinta da Bella, vendido por R$ 265, na Grapy, o mesmo valor do Touriga Nacional 2018. Em faixas de preço mais elevada, há um ótimo Loureiro, da Royal Palmeira, do Minho, com uma garrafa imponente (R$ 350), e o Quinta da Pedra Alvarinho 2018, ainda bem fresco, com uma garrafa especial (R$ 380) e o complexo e intrigante Milagres 2016 (R$ 800), também elaborado com a uva alvarinho.

A pergunta agora é se Adrian Bridge, o presidente do Fladgate, vai parar nestas vinícolas.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.