Suzana Barelli

O coquetel também pede uma dose de vinho


Os sabores do vinho têm tudo a ver com o coquetel, confira dicas e receitas de bartenders da cidade para combinar vinho nos seus drinques

Por Suzana Barelli

O restaurante Maní, da chef Helena Rizzo, lança dois novos coquetéis a base de vinho rosé a partir de março. No primeiro, o rosé combina com gin, mirtillo, guaraná e angostura; no segundo, com vermute, lichia e gengibre, numa criação da sommelière Gabriela Bigarelli. No bar Guarita, também em São Paulo, a bartender Alice Guedes prioriza os vinhos em seus drinques e já chegou a ter uma carta em que todos os coquetéis tinham essa bebida entre os seus ingredientes.

Gim tônica com Malbec. Foto: Tiago Queiroz|Estadão
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“Estamos em um momento em que as pessoas estão dispostas a experimentar”, conta a mixologista Néli Pereira. No Espaço Zebra, ela não serve taças ou garrafas de vinho, mas a bebida entra cada vez mais como ingrediente em seus drinques autorais, seja como autor principal ou como coadjuvante. A sensação, ainda sem dados que a comprovem, é que o interesse do consumidor pelo vinho, crescente desde o início da pandemia, também está levando à bebida preferida do deus Baco aos coquetéis. 

O principal atrativo do vinho no drinque é a sua versatilidade. “O mundo do vinho é muito amplo, tem os espumantes, os brancos muito secos, os mais doces, os fortificados, o que permite criar diversos estilos de coquetel”, diz a entusiasmada Alice. Para entender todas as vertentes e possibilidades do vinho no coquetel, ela até fez o curso de sommelier profissional da Associação Brasileira de Sommelier. Resultado: sempre que pode, Alice coloca a bebida em suas criações. “Os sabores do vinho têm tudo a ver com o coquetel”, resume.

French 75 Foto: Tiago Queiroz|Estadão
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O vinho, ainda, é uma bebida com menor teor alcoólico do que os demais destilados. Em média, ele tem entre 12,5% e 14,5% de álcool contra cerca de 40% de uma vodca ou um gin. “Isso permite elaborar coquetéis mais leves e refrescantes”, afirma Bianca Veratti, diretora da importadora Zahil. E abre um campo para novos drinques, inclusive para os pouco valorizados vinhos fortificados. Como tem mais açúcar residual, eles permitem criar drinques já com a doçura que o brasileiro gosta. Um exemplo é o Portonic, elaborado com vinho do Porto branco, água tônica e um toque cítrico, em geral, de limão-siciliano. O coquetel nasceu da necessidade das vinícolas de ampliar o consumo de vinho do Porto. E faz sucesso.

Sangria Foto: Tom McCorkle

Talvez a sangria, criação espanhola de mesclar vinho com frutas, seja o coquetel a base de vinho mais conhecido, ou o italiano Belinni, do espumante com suco de pêssego, mas há muitos outros. Néli lembra que o início dos coquetéis spritz se deve aos austríacos, quando eles dominaram o Vêneto. Bebedores de cerveja, os austríacos achavam o vinho muito encorpado e começaram a adicionar água à bebida. A palavra alemã spritzen pode ser traduzida como “dar um respingo”, no caso, com a ideia de acrescentar um pouco da água à bebida.

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O fato é que o spritz pegou, como mostra o sucesso do Aperol Spritz, que também leva vinho, no caso o prosecco, em sua receita. E, assim, o vinho vai abrindo mais possibilidades para os sommeliers e bartenders criarem seus próprios drinques. Confira algumas das receitas:

Tinto de veranoCriado em Córdoba, na Espanha, este é um dos drinques com vinho preferidos da mixologista Néli Pereira

Ingredientes:  2 medidas de vinho tinto (o que tiver, de preferência encorpado) 1 medida de refrigerante de soda (pode substituir por água com gás)

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Preparo:  - Coloque gelo numa taça de vinho, acrescente o vinho e o refrigerante e decore com casca de laranja e folhas de hortelã. 

Rosé, do ManíA sommelière Gabriela Bigarelli criou este coquetel, ainda sem nome, que estreia em março na carta do Maní

Ingredientes 60 ml de gim 4 sementes de guaraná 4 mirtilos 2 kinkan 5 ml de angostura bitters 20 ml de rosé Piscine

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Preparo:  1 Coloque todos ingredientes numa taça de vinho, estilo Borgonha, e complete com água tônica. Misture com uma colher bailarina e sirva.

AdonisPor Alice Guedes, do Guarita Bar

Ingredientes: 60 ml de Jerez oloroso 30 ml de vermute tinto 2 dashes de bitter de laranja

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Preparo: - Coloque todos os ingredientes em um mixing glass previamente gelado. Adicione gelo e mexa. Sirva em uma taça e acrescente uma casca de laranja para perfumar

International TravellerO time de Bianca Veratti criou este coquetel no concurso de coquetelaria do vinho do Porto Sandemam em 2019

Preparo: 1 dose de Cointreau 1 dose de cachaça suco de 1 limão siciliano 1 dose de Sandeman Fine White

Ingredientes:  1 Em uma coquetelaria, coloque todos ingredientes, acrescente gelo e misture bem. Transfira para um copo alto com muito gelo. Acrescente um splash de coca-cola. Decore com casca de laranja.

O restaurante Maní, da chef Helena Rizzo, lança dois novos coquetéis a base de vinho rosé a partir de março. No primeiro, o rosé combina com gin, mirtillo, guaraná e angostura; no segundo, com vermute, lichia e gengibre, numa criação da sommelière Gabriela Bigarelli. No bar Guarita, também em São Paulo, a bartender Alice Guedes prioriza os vinhos em seus drinques e já chegou a ter uma carta em que todos os coquetéis tinham essa bebida entre os seus ingredientes.

Gim tônica com Malbec. Foto: Tiago Queiroz|Estadão

“Estamos em um momento em que as pessoas estão dispostas a experimentar”, conta a mixologista Néli Pereira. No Espaço Zebra, ela não serve taças ou garrafas de vinho, mas a bebida entra cada vez mais como ingrediente em seus drinques autorais, seja como autor principal ou como coadjuvante. A sensação, ainda sem dados que a comprovem, é que o interesse do consumidor pelo vinho, crescente desde o início da pandemia, também está levando à bebida preferida do deus Baco aos coquetéis. 

O principal atrativo do vinho no drinque é a sua versatilidade. “O mundo do vinho é muito amplo, tem os espumantes, os brancos muito secos, os mais doces, os fortificados, o que permite criar diversos estilos de coquetel”, diz a entusiasmada Alice. Para entender todas as vertentes e possibilidades do vinho no coquetel, ela até fez o curso de sommelier profissional da Associação Brasileira de Sommelier. Resultado: sempre que pode, Alice coloca a bebida em suas criações. “Os sabores do vinho têm tudo a ver com o coquetel”, resume.

French 75 Foto: Tiago Queiroz|Estadão

O vinho, ainda, é uma bebida com menor teor alcoólico do que os demais destilados. Em média, ele tem entre 12,5% e 14,5% de álcool contra cerca de 40% de uma vodca ou um gin. “Isso permite elaborar coquetéis mais leves e refrescantes”, afirma Bianca Veratti, diretora da importadora Zahil. E abre um campo para novos drinques, inclusive para os pouco valorizados vinhos fortificados. Como tem mais açúcar residual, eles permitem criar drinques já com a doçura que o brasileiro gosta. Um exemplo é o Portonic, elaborado com vinho do Porto branco, água tônica e um toque cítrico, em geral, de limão-siciliano. O coquetel nasceu da necessidade das vinícolas de ampliar o consumo de vinho do Porto. E faz sucesso.

Sangria Foto: Tom McCorkle

Talvez a sangria, criação espanhola de mesclar vinho com frutas, seja o coquetel a base de vinho mais conhecido, ou o italiano Belinni, do espumante com suco de pêssego, mas há muitos outros. Néli lembra que o início dos coquetéis spritz se deve aos austríacos, quando eles dominaram o Vêneto. Bebedores de cerveja, os austríacos achavam o vinho muito encorpado e começaram a adicionar água à bebida. A palavra alemã spritzen pode ser traduzida como “dar um respingo”, no caso, com a ideia de acrescentar um pouco da água à bebida.

O fato é que o spritz pegou, como mostra o sucesso do Aperol Spritz, que também leva vinho, no caso o prosecco, em sua receita. E, assim, o vinho vai abrindo mais possibilidades para os sommeliers e bartenders criarem seus próprios drinques. Confira algumas das receitas:

Tinto de veranoCriado em Córdoba, na Espanha, este é um dos drinques com vinho preferidos da mixologista Néli Pereira

Ingredientes:  2 medidas de vinho tinto (o que tiver, de preferência encorpado) 1 medida de refrigerante de soda (pode substituir por água com gás)

Preparo:  - Coloque gelo numa taça de vinho, acrescente o vinho e o refrigerante e decore com casca de laranja e folhas de hortelã. 

Rosé, do ManíA sommelière Gabriela Bigarelli criou este coquetel, ainda sem nome, que estreia em março na carta do Maní

Ingredientes 60 ml de gim 4 sementes de guaraná 4 mirtilos 2 kinkan 5 ml de angostura bitters 20 ml de rosé Piscine

Preparo:  1 Coloque todos ingredientes numa taça de vinho, estilo Borgonha, e complete com água tônica. Misture com uma colher bailarina e sirva.

AdonisPor Alice Guedes, do Guarita Bar

Ingredientes: 60 ml de Jerez oloroso 30 ml de vermute tinto 2 dashes de bitter de laranja

Preparo: - Coloque todos os ingredientes em um mixing glass previamente gelado. Adicione gelo e mexa. Sirva em uma taça e acrescente uma casca de laranja para perfumar

International TravellerO time de Bianca Veratti criou este coquetel no concurso de coquetelaria do vinho do Porto Sandemam em 2019

Preparo: 1 dose de Cointreau 1 dose de cachaça suco de 1 limão siciliano 1 dose de Sandeman Fine White

Ingredientes:  1 Em uma coquetelaria, coloque todos ingredientes, acrescente gelo e misture bem. Transfira para um copo alto com muito gelo. Acrescente um splash de coca-cola. Decore com casca de laranja.

O restaurante Maní, da chef Helena Rizzo, lança dois novos coquetéis a base de vinho rosé a partir de março. No primeiro, o rosé combina com gin, mirtillo, guaraná e angostura; no segundo, com vermute, lichia e gengibre, numa criação da sommelière Gabriela Bigarelli. No bar Guarita, também em São Paulo, a bartender Alice Guedes prioriza os vinhos em seus drinques e já chegou a ter uma carta em que todos os coquetéis tinham essa bebida entre os seus ingredientes.

Gim tônica com Malbec. Foto: Tiago Queiroz|Estadão

“Estamos em um momento em que as pessoas estão dispostas a experimentar”, conta a mixologista Néli Pereira. No Espaço Zebra, ela não serve taças ou garrafas de vinho, mas a bebida entra cada vez mais como ingrediente em seus drinques autorais, seja como autor principal ou como coadjuvante. A sensação, ainda sem dados que a comprovem, é que o interesse do consumidor pelo vinho, crescente desde o início da pandemia, também está levando à bebida preferida do deus Baco aos coquetéis. 

O principal atrativo do vinho no drinque é a sua versatilidade. “O mundo do vinho é muito amplo, tem os espumantes, os brancos muito secos, os mais doces, os fortificados, o que permite criar diversos estilos de coquetel”, diz a entusiasmada Alice. Para entender todas as vertentes e possibilidades do vinho no coquetel, ela até fez o curso de sommelier profissional da Associação Brasileira de Sommelier. Resultado: sempre que pode, Alice coloca a bebida em suas criações. “Os sabores do vinho têm tudo a ver com o coquetel”, resume.

French 75 Foto: Tiago Queiroz|Estadão

O vinho, ainda, é uma bebida com menor teor alcoólico do que os demais destilados. Em média, ele tem entre 12,5% e 14,5% de álcool contra cerca de 40% de uma vodca ou um gin. “Isso permite elaborar coquetéis mais leves e refrescantes”, afirma Bianca Veratti, diretora da importadora Zahil. E abre um campo para novos drinques, inclusive para os pouco valorizados vinhos fortificados. Como tem mais açúcar residual, eles permitem criar drinques já com a doçura que o brasileiro gosta. Um exemplo é o Portonic, elaborado com vinho do Porto branco, água tônica e um toque cítrico, em geral, de limão-siciliano. O coquetel nasceu da necessidade das vinícolas de ampliar o consumo de vinho do Porto. E faz sucesso.

Sangria Foto: Tom McCorkle

Talvez a sangria, criação espanhola de mesclar vinho com frutas, seja o coquetel a base de vinho mais conhecido, ou o italiano Belinni, do espumante com suco de pêssego, mas há muitos outros. Néli lembra que o início dos coquetéis spritz se deve aos austríacos, quando eles dominaram o Vêneto. Bebedores de cerveja, os austríacos achavam o vinho muito encorpado e começaram a adicionar água à bebida. A palavra alemã spritzen pode ser traduzida como “dar um respingo”, no caso, com a ideia de acrescentar um pouco da água à bebida.

O fato é que o spritz pegou, como mostra o sucesso do Aperol Spritz, que também leva vinho, no caso o prosecco, em sua receita. E, assim, o vinho vai abrindo mais possibilidades para os sommeliers e bartenders criarem seus próprios drinques. Confira algumas das receitas:

Tinto de veranoCriado em Córdoba, na Espanha, este é um dos drinques com vinho preferidos da mixologista Néli Pereira

Ingredientes:  2 medidas de vinho tinto (o que tiver, de preferência encorpado) 1 medida de refrigerante de soda (pode substituir por água com gás)

Preparo:  - Coloque gelo numa taça de vinho, acrescente o vinho e o refrigerante e decore com casca de laranja e folhas de hortelã. 

Rosé, do ManíA sommelière Gabriela Bigarelli criou este coquetel, ainda sem nome, que estreia em março na carta do Maní

Ingredientes 60 ml de gim 4 sementes de guaraná 4 mirtilos 2 kinkan 5 ml de angostura bitters 20 ml de rosé Piscine

Preparo:  1 Coloque todos ingredientes numa taça de vinho, estilo Borgonha, e complete com água tônica. Misture com uma colher bailarina e sirva.

AdonisPor Alice Guedes, do Guarita Bar

Ingredientes: 60 ml de Jerez oloroso 30 ml de vermute tinto 2 dashes de bitter de laranja

Preparo: - Coloque todos os ingredientes em um mixing glass previamente gelado. Adicione gelo e mexa. Sirva em uma taça e acrescente uma casca de laranja para perfumar

International TravellerO time de Bianca Veratti criou este coquetel no concurso de coquetelaria do vinho do Porto Sandemam em 2019

Preparo: 1 dose de Cointreau 1 dose de cachaça suco de 1 limão siciliano 1 dose de Sandeman Fine White

Ingredientes:  1 Em uma coquetelaria, coloque todos ingredientes, acrescente gelo e misture bem. Transfira para um copo alto com muito gelo. Acrescente um splash de coca-cola. Decore com casca de laranja.

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