Suzana Barelli

O vinho de São Paulo mostra sua cara


Técnica de colheita de inverno colocou o produto paulista no mapa da produção de tintos e brancos

Por Suzana Barelli
Na ProWine, aAssociação Nacional dos Produtores dos Vinhos de Invernoreuniu 12 vinícolas da região, que engloba Serra da Mantiqueira, Serra da Canastra, entre outros terroirs. Foto: ProWine

Foi a técnica de colheita de inverno, também chamada de dupla poda ou colheita invertida, que colocou os vinhos paulistas no mapa da produção de tintos e brancos. Com uma vitivinicultura que une novas podas, irrigação e hormônios, a videira dá seus frutos durante o inverno, estação do ano que não apenas em São Paulo, mas na região Sudeste e Centro-Oeste, significa dias de maior amplitude termina (que as plantas adoram para a complexidade da uva) e ausência de chuvas (que deixa as uvas mais concentradas e evita o aparecimento de doenças).

Os vinhos de inverno são elaborados desde o início dos anos 2000. Mas somente agora a região começa a mostrar a sua força. Nas duas grandes feiras de vinho que aconteceram em setembro no Brasil, a primeira, a Wine South America, em Bento Gonçalves (RS), e a segunda, a ProWine, em São Paulo, na semana seguinte, as vinícolas da região mostraram sua produção. Na WSA, a participação foi tímida, com duas empresas, a Estrada Real, que aliás é a pioneira nesse método desenvolvido pelo especialista Murilo Regina, mas chegou bem tímida ao mercado, e a Davos. 

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Na ProWine, o cenário foi mais fértil. A Associação Nacional dos Produtores dos Vinhos de Inverno reuniu 12 vinícolas da região, que engloba Serra da Mantiqueira, Serra da Canastra, entre outros terroirs. Das vinícolas Estrada Real e Davos, que participaram das duas feiras, há pequenos produtores como a Barbara Eliodora e Terras Altas até a gigante paulista Góes.

A aposta é na syrah. E não é apenas um único estilo, mesmo com as mudas compradas, em geral, do mesmo viveiro. Há syrah elaborado com e sem passagem em barricas de carvalho e vinificado como um rosé. Na Terras Altas, por exemplo, preferi o syrah Entre Rios sem passagem em barricas. No Estrada Real, o syrah barricado mostrou boa complexidade. Nas brancas, a aposta está na sauvignon blanc e na viognier, em geral em versões bem aromáticas. 

Em São Paulo, a experiência de provar todos esses rótulos juntos foi uma das boas degustações da feira, que contou com 450 expositores de 22 países. Outra boa prova foi aprender mais sobre leveduras com Alejandro Cardozo. O enólogo trouxe na mala amostras de vinhos elaborados com uvas de um mesmo vinhedo, porém vinificados com leveduras diferentes - é incrível como os aromas e a textura no paladar mudam completamente conforme o fermento utilizado para a fermentação. E essas foram apenas duas das boas experiências. Nos estandes, não faltaram novidades, mostrando que o mercado estava mesmo carente das feiras presenciais.

Na ProWine, aAssociação Nacional dos Produtores dos Vinhos de Invernoreuniu 12 vinícolas da região, que engloba Serra da Mantiqueira, Serra da Canastra, entre outros terroirs. Foto: ProWine

Foi a técnica de colheita de inverno, também chamada de dupla poda ou colheita invertida, que colocou os vinhos paulistas no mapa da produção de tintos e brancos. Com uma vitivinicultura que une novas podas, irrigação e hormônios, a videira dá seus frutos durante o inverno, estação do ano que não apenas em São Paulo, mas na região Sudeste e Centro-Oeste, significa dias de maior amplitude termina (que as plantas adoram para a complexidade da uva) e ausência de chuvas (que deixa as uvas mais concentradas e evita o aparecimento de doenças).

Os vinhos de inverno são elaborados desde o início dos anos 2000. Mas somente agora a região começa a mostrar a sua força. Nas duas grandes feiras de vinho que aconteceram em setembro no Brasil, a primeira, a Wine South America, em Bento Gonçalves (RS), e a segunda, a ProWine, em São Paulo, na semana seguinte, as vinícolas da região mostraram sua produção. Na WSA, a participação foi tímida, com duas empresas, a Estrada Real, que aliás é a pioneira nesse método desenvolvido pelo especialista Murilo Regina, mas chegou bem tímida ao mercado, e a Davos. 

Na ProWine, o cenário foi mais fértil. A Associação Nacional dos Produtores dos Vinhos de Inverno reuniu 12 vinícolas da região, que engloba Serra da Mantiqueira, Serra da Canastra, entre outros terroirs. Das vinícolas Estrada Real e Davos, que participaram das duas feiras, há pequenos produtores como a Barbara Eliodora e Terras Altas até a gigante paulista Góes.

A aposta é na syrah. E não é apenas um único estilo, mesmo com as mudas compradas, em geral, do mesmo viveiro. Há syrah elaborado com e sem passagem em barricas de carvalho e vinificado como um rosé. Na Terras Altas, por exemplo, preferi o syrah Entre Rios sem passagem em barricas. No Estrada Real, o syrah barricado mostrou boa complexidade. Nas brancas, a aposta está na sauvignon blanc e na viognier, em geral em versões bem aromáticas. 

Em São Paulo, a experiência de provar todos esses rótulos juntos foi uma das boas degustações da feira, que contou com 450 expositores de 22 países. Outra boa prova foi aprender mais sobre leveduras com Alejandro Cardozo. O enólogo trouxe na mala amostras de vinhos elaborados com uvas de um mesmo vinhedo, porém vinificados com leveduras diferentes - é incrível como os aromas e a textura no paladar mudam completamente conforme o fermento utilizado para a fermentação. E essas foram apenas duas das boas experiências. Nos estandes, não faltaram novidades, mostrando que o mercado estava mesmo carente das feiras presenciais.

Na ProWine, aAssociação Nacional dos Produtores dos Vinhos de Invernoreuniu 12 vinícolas da região, que engloba Serra da Mantiqueira, Serra da Canastra, entre outros terroirs. Foto: ProWine

Foi a técnica de colheita de inverno, também chamada de dupla poda ou colheita invertida, que colocou os vinhos paulistas no mapa da produção de tintos e brancos. Com uma vitivinicultura que une novas podas, irrigação e hormônios, a videira dá seus frutos durante o inverno, estação do ano que não apenas em São Paulo, mas na região Sudeste e Centro-Oeste, significa dias de maior amplitude termina (que as plantas adoram para a complexidade da uva) e ausência de chuvas (que deixa as uvas mais concentradas e evita o aparecimento de doenças).

Os vinhos de inverno são elaborados desde o início dos anos 2000. Mas somente agora a região começa a mostrar a sua força. Nas duas grandes feiras de vinho que aconteceram em setembro no Brasil, a primeira, a Wine South America, em Bento Gonçalves (RS), e a segunda, a ProWine, em São Paulo, na semana seguinte, as vinícolas da região mostraram sua produção. Na WSA, a participação foi tímida, com duas empresas, a Estrada Real, que aliás é a pioneira nesse método desenvolvido pelo especialista Murilo Regina, mas chegou bem tímida ao mercado, e a Davos. 

Na ProWine, o cenário foi mais fértil. A Associação Nacional dos Produtores dos Vinhos de Inverno reuniu 12 vinícolas da região, que engloba Serra da Mantiqueira, Serra da Canastra, entre outros terroirs. Das vinícolas Estrada Real e Davos, que participaram das duas feiras, há pequenos produtores como a Barbara Eliodora e Terras Altas até a gigante paulista Góes.

A aposta é na syrah. E não é apenas um único estilo, mesmo com as mudas compradas, em geral, do mesmo viveiro. Há syrah elaborado com e sem passagem em barricas de carvalho e vinificado como um rosé. Na Terras Altas, por exemplo, preferi o syrah Entre Rios sem passagem em barricas. No Estrada Real, o syrah barricado mostrou boa complexidade. Nas brancas, a aposta está na sauvignon blanc e na viognier, em geral em versões bem aromáticas. 

Em São Paulo, a experiência de provar todos esses rótulos juntos foi uma das boas degustações da feira, que contou com 450 expositores de 22 países. Outra boa prova foi aprender mais sobre leveduras com Alejandro Cardozo. O enólogo trouxe na mala amostras de vinhos elaborados com uvas de um mesmo vinhedo, porém vinificados com leveduras diferentes - é incrível como os aromas e a textura no paladar mudam completamente conforme o fermento utilizado para a fermentação. E essas foram apenas duas das boas experiências. Nos estandes, não faltaram novidades, mostrando que o mercado estava mesmo carente das feiras presenciais.

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