Suzana Barelli

Por que cresce o roubo de garrafas de vinho?


O sumiço de 83 vinhos da adega do restaurante La Tour d’Argent mostra interesse de ladrões por rótulos ícones

Por Suzana Barelli

Peço desculpas por começar essa coluna com uma história pessoal. Em algum momento entre 2004 e 2006, roubaram uma garrafa do Château Margaux 2015 da minha adega. Meu maior suspeito é um técnico que foi arrumar um defeito neste eletrodoméstico. Imagino que apenas um conhecedor saberia identificar o melhor rótulo ali armazenado, uma garrafa quase escondida no fundo de uma das prateleiras mais baixas. Descobri o roubo meses (ou anos) depois e, na época, não tinha como provar, nem acusar, a empresa responsável pela manutenção. Sim, era o vinho mais valioso que eu tinha.

Imagino que acontecerá a mesma coisa com roubo de 83 garrafas de vinho que sumiram misteriosamente entre as mais de 300 mil unidades guardadas na adega do La Tour d’Argent. O roubo foi divulgado na semana passada. O restaurante, com vista privilegiada para o rio Sena e para a catedral de Notre-Dame, em Paris, é um ícone da cidade-luz. Fundado há 442 anos, a casa inspirou o filme Ratatouille e tem, entre suas inúmeras histórias, o fato de seus donos terem erguido uma parede falsa durante a segunda Guerra Mundial para esconder os melhores vinhos dos alemães.

Interior do restaurante Tour d'Argent Paris Foto: Tour d'Argent Paris
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PREJUIZO DE R$ 8 MILHÕES

O Tour d’Argent não divulgou a lista dos vinhos roubados em algum momento depois de janeiro de 2020. Sabe-se apenas que, entre elas, havia safras antigas do Domaine de La Romanée-Conti e que o prejuízo é estimado em quase R$ 8 milhões. Não é pouca coisa. A adega é estimada em mais de R$ 150 milhões, e a carta de vinhos é apresentada aos clientes em em carrinho de chá, tamanho o seu peso.

O roubo foi descoberto durante um inventário da adega, que não era feito desde 2020. Segundo as informações oficiais, a polícia francesa não tem pistas sobre os larápios nem sobre o paradeiro dos vinhos, mas todas as garrafas tinham uma identificação em seu vidro, o que pode auxiliar nesta busca.

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NA MIRA

O que se sabe, também sem dados oficiais, é que os grandes vinhos estão entrando na mira de quadrilhas especializadas. A explicação está na valorização destes vinhos ícones. Não encontrei a safra do meu Château Margaux no mercado brasileiro, mas a importadora Claret vendia (os estoques acabaram) por R$ 15.999 uma garrafa da safra de 2004 até o final do ano passado. A escassez destas garrafas e clientes dispostos a pagar um bom dinheiro por elas, mesmo desconhecendo sua origem, estimulam essas quadrilhas.

No noticiário internacional, vem aumentando histórias como essas. No final de novembro do ano passado, por exemplo, a polícia francesa evitou o roubo de dois caminhões que transportavam garrafas do champanhe Moët & Chandon no valor de 600 mil euros. Em cena cinematográfica, a polícia conseguiu identificar os caminhões na estrada e um dos motoristas pulou do veículo ainda em movimento e fugiu em um carro que o aguardava ao lado. A carga foi recuperada, mas os ladrões seguem em liberdade.

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Château Margaux 2015: o vinho roubado de Suzana Barelli Foto: Denis Balibouse|Reuters

45 GARRAFAS

Outro roubo que lembra cena de cinema aconteceu no restaurante do hotel Atrio, em Cáceres, Espanha. Um casal de supostos hospedes conseguiu roubar a chave da adega quando, após o jantar, fizeram uma visita guiada à cave. No final da noite, a mulher, que havia se hospedado com um passaporte falso, distraiu a equipe da cozinha com pedidos malucos de comida, enquanto o rapaz roubava 45 garrafas.

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A dupla colocou as garrafas na mala e deixou o hotel ainda de madrugada. O golpe foi cuidadosamente planejado, já que o casal, como foi descoberto depois, havia jantado pelo menos três vezes no restaurante meses antes. O furto foi estimado em mais de R$ 8 milhões. O casal acabou preso meses depois na fronteira entre Montenegro e Croácia, mas as garrafas não foram ainda recuperadas.

Peço desculpas por começar essa coluna com uma história pessoal. Em algum momento entre 2004 e 2006, roubaram uma garrafa do Château Margaux 2015 da minha adega. Meu maior suspeito é um técnico que foi arrumar um defeito neste eletrodoméstico. Imagino que apenas um conhecedor saberia identificar o melhor rótulo ali armazenado, uma garrafa quase escondida no fundo de uma das prateleiras mais baixas. Descobri o roubo meses (ou anos) depois e, na época, não tinha como provar, nem acusar, a empresa responsável pela manutenção. Sim, era o vinho mais valioso que eu tinha.

Imagino que acontecerá a mesma coisa com roubo de 83 garrafas de vinho que sumiram misteriosamente entre as mais de 300 mil unidades guardadas na adega do La Tour d’Argent. O roubo foi divulgado na semana passada. O restaurante, com vista privilegiada para o rio Sena e para a catedral de Notre-Dame, em Paris, é um ícone da cidade-luz. Fundado há 442 anos, a casa inspirou o filme Ratatouille e tem, entre suas inúmeras histórias, o fato de seus donos terem erguido uma parede falsa durante a segunda Guerra Mundial para esconder os melhores vinhos dos alemães.

Interior do restaurante Tour d'Argent Paris Foto: Tour d'Argent Paris

PREJUIZO DE R$ 8 MILHÕES

O Tour d’Argent não divulgou a lista dos vinhos roubados em algum momento depois de janeiro de 2020. Sabe-se apenas que, entre elas, havia safras antigas do Domaine de La Romanée-Conti e que o prejuízo é estimado em quase R$ 8 milhões. Não é pouca coisa. A adega é estimada em mais de R$ 150 milhões, e a carta de vinhos é apresentada aos clientes em em carrinho de chá, tamanho o seu peso.

O roubo foi descoberto durante um inventário da adega, que não era feito desde 2020. Segundo as informações oficiais, a polícia francesa não tem pistas sobre os larápios nem sobre o paradeiro dos vinhos, mas todas as garrafas tinham uma identificação em seu vidro, o que pode auxiliar nesta busca.

NA MIRA

O que se sabe, também sem dados oficiais, é que os grandes vinhos estão entrando na mira de quadrilhas especializadas. A explicação está na valorização destes vinhos ícones. Não encontrei a safra do meu Château Margaux no mercado brasileiro, mas a importadora Claret vendia (os estoques acabaram) por R$ 15.999 uma garrafa da safra de 2004 até o final do ano passado. A escassez destas garrafas e clientes dispostos a pagar um bom dinheiro por elas, mesmo desconhecendo sua origem, estimulam essas quadrilhas.

No noticiário internacional, vem aumentando histórias como essas. No final de novembro do ano passado, por exemplo, a polícia francesa evitou o roubo de dois caminhões que transportavam garrafas do champanhe Moët & Chandon no valor de 600 mil euros. Em cena cinematográfica, a polícia conseguiu identificar os caminhões na estrada e um dos motoristas pulou do veículo ainda em movimento e fugiu em um carro que o aguardava ao lado. A carga foi recuperada, mas os ladrões seguem em liberdade.

Château Margaux 2015: o vinho roubado de Suzana Barelli Foto: Denis Balibouse|Reuters

45 GARRAFAS

Outro roubo que lembra cena de cinema aconteceu no restaurante do hotel Atrio, em Cáceres, Espanha. Um casal de supostos hospedes conseguiu roubar a chave da adega quando, após o jantar, fizeram uma visita guiada à cave. No final da noite, a mulher, que havia se hospedado com um passaporte falso, distraiu a equipe da cozinha com pedidos malucos de comida, enquanto o rapaz roubava 45 garrafas.

A dupla colocou as garrafas na mala e deixou o hotel ainda de madrugada. O golpe foi cuidadosamente planejado, já que o casal, como foi descoberto depois, havia jantado pelo menos três vezes no restaurante meses antes. O furto foi estimado em mais de R$ 8 milhões. O casal acabou preso meses depois na fronteira entre Montenegro e Croácia, mas as garrafas não foram ainda recuperadas.

Peço desculpas por começar essa coluna com uma história pessoal. Em algum momento entre 2004 e 2006, roubaram uma garrafa do Château Margaux 2015 da minha adega. Meu maior suspeito é um técnico que foi arrumar um defeito neste eletrodoméstico. Imagino que apenas um conhecedor saberia identificar o melhor rótulo ali armazenado, uma garrafa quase escondida no fundo de uma das prateleiras mais baixas. Descobri o roubo meses (ou anos) depois e, na época, não tinha como provar, nem acusar, a empresa responsável pela manutenção. Sim, era o vinho mais valioso que eu tinha.

Imagino que acontecerá a mesma coisa com roubo de 83 garrafas de vinho que sumiram misteriosamente entre as mais de 300 mil unidades guardadas na adega do La Tour d’Argent. O roubo foi divulgado na semana passada. O restaurante, com vista privilegiada para o rio Sena e para a catedral de Notre-Dame, em Paris, é um ícone da cidade-luz. Fundado há 442 anos, a casa inspirou o filme Ratatouille e tem, entre suas inúmeras histórias, o fato de seus donos terem erguido uma parede falsa durante a segunda Guerra Mundial para esconder os melhores vinhos dos alemães.

Interior do restaurante Tour d'Argent Paris Foto: Tour d'Argent Paris

PREJUIZO DE R$ 8 MILHÕES

O Tour d’Argent não divulgou a lista dos vinhos roubados em algum momento depois de janeiro de 2020. Sabe-se apenas que, entre elas, havia safras antigas do Domaine de La Romanée-Conti e que o prejuízo é estimado em quase R$ 8 milhões. Não é pouca coisa. A adega é estimada em mais de R$ 150 milhões, e a carta de vinhos é apresentada aos clientes em em carrinho de chá, tamanho o seu peso.

O roubo foi descoberto durante um inventário da adega, que não era feito desde 2020. Segundo as informações oficiais, a polícia francesa não tem pistas sobre os larápios nem sobre o paradeiro dos vinhos, mas todas as garrafas tinham uma identificação em seu vidro, o que pode auxiliar nesta busca.

NA MIRA

O que se sabe, também sem dados oficiais, é que os grandes vinhos estão entrando na mira de quadrilhas especializadas. A explicação está na valorização destes vinhos ícones. Não encontrei a safra do meu Château Margaux no mercado brasileiro, mas a importadora Claret vendia (os estoques acabaram) por R$ 15.999 uma garrafa da safra de 2004 até o final do ano passado. A escassez destas garrafas e clientes dispostos a pagar um bom dinheiro por elas, mesmo desconhecendo sua origem, estimulam essas quadrilhas.

No noticiário internacional, vem aumentando histórias como essas. No final de novembro do ano passado, por exemplo, a polícia francesa evitou o roubo de dois caminhões que transportavam garrafas do champanhe Moët & Chandon no valor de 600 mil euros. Em cena cinematográfica, a polícia conseguiu identificar os caminhões na estrada e um dos motoristas pulou do veículo ainda em movimento e fugiu em um carro que o aguardava ao lado. A carga foi recuperada, mas os ladrões seguem em liberdade.

Château Margaux 2015: o vinho roubado de Suzana Barelli Foto: Denis Balibouse|Reuters

45 GARRAFAS

Outro roubo que lembra cena de cinema aconteceu no restaurante do hotel Atrio, em Cáceres, Espanha. Um casal de supostos hospedes conseguiu roubar a chave da adega quando, após o jantar, fizeram uma visita guiada à cave. No final da noite, a mulher, que havia se hospedado com um passaporte falso, distraiu a equipe da cozinha com pedidos malucos de comida, enquanto o rapaz roubava 45 garrafas.

A dupla colocou as garrafas na mala e deixou o hotel ainda de madrugada. O golpe foi cuidadosamente planejado, já que o casal, como foi descoberto depois, havia jantado pelo menos três vezes no restaurante meses antes. O furto foi estimado em mais de R$ 8 milhões. O casal acabou preso meses depois na fronteira entre Montenegro e Croácia, mas as garrafas não foram ainda recuperadas.

Peço desculpas por começar essa coluna com uma história pessoal. Em algum momento entre 2004 e 2006, roubaram uma garrafa do Château Margaux 2015 da minha adega. Meu maior suspeito é um técnico que foi arrumar um defeito neste eletrodoméstico. Imagino que apenas um conhecedor saberia identificar o melhor rótulo ali armazenado, uma garrafa quase escondida no fundo de uma das prateleiras mais baixas. Descobri o roubo meses (ou anos) depois e, na época, não tinha como provar, nem acusar, a empresa responsável pela manutenção. Sim, era o vinho mais valioso que eu tinha.

Imagino que acontecerá a mesma coisa com roubo de 83 garrafas de vinho que sumiram misteriosamente entre as mais de 300 mil unidades guardadas na adega do La Tour d’Argent. O roubo foi divulgado na semana passada. O restaurante, com vista privilegiada para o rio Sena e para a catedral de Notre-Dame, em Paris, é um ícone da cidade-luz. Fundado há 442 anos, a casa inspirou o filme Ratatouille e tem, entre suas inúmeras histórias, o fato de seus donos terem erguido uma parede falsa durante a segunda Guerra Mundial para esconder os melhores vinhos dos alemães.

Interior do restaurante Tour d'Argent Paris Foto: Tour d'Argent Paris

PREJUIZO DE R$ 8 MILHÕES

O Tour d’Argent não divulgou a lista dos vinhos roubados em algum momento depois de janeiro de 2020. Sabe-se apenas que, entre elas, havia safras antigas do Domaine de La Romanée-Conti e que o prejuízo é estimado em quase R$ 8 milhões. Não é pouca coisa. A adega é estimada em mais de R$ 150 milhões, e a carta de vinhos é apresentada aos clientes em em carrinho de chá, tamanho o seu peso.

O roubo foi descoberto durante um inventário da adega, que não era feito desde 2020. Segundo as informações oficiais, a polícia francesa não tem pistas sobre os larápios nem sobre o paradeiro dos vinhos, mas todas as garrafas tinham uma identificação em seu vidro, o que pode auxiliar nesta busca.

NA MIRA

O que se sabe, também sem dados oficiais, é que os grandes vinhos estão entrando na mira de quadrilhas especializadas. A explicação está na valorização destes vinhos ícones. Não encontrei a safra do meu Château Margaux no mercado brasileiro, mas a importadora Claret vendia (os estoques acabaram) por R$ 15.999 uma garrafa da safra de 2004 até o final do ano passado. A escassez destas garrafas e clientes dispostos a pagar um bom dinheiro por elas, mesmo desconhecendo sua origem, estimulam essas quadrilhas.

No noticiário internacional, vem aumentando histórias como essas. No final de novembro do ano passado, por exemplo, a polícia francesa evitou o roubo de dois caminhões que transportavam garrafas do champanhe Moët & Chandon no valor de 600 mil euros. Em cena cinematográfica, a polícia conseguiu identificar os caminhões na estrada e um dos motoristas pulou do veículo ainda em movimento e fugiu em um carro que o aguardava ao lado. A carga foi recuperada, mas os ladrões seguem em liberdade.

Château Margaux 2015: o vinho roubado de Suzana Barelli Foto: Denis Balibouse|Reuters

45 GARRAFAS

Outro roubo que lembra cena de cinema aconteceu no restaurante do hotel Atrio, em Cáceres, Espanha. Um casal de supostos hospedes conseguiu roubar a chave da adega quando, após o jantar, fizeram uma visita guiada à cave. No final da noite, a mulher, que havia se hospedado com um passaporte falso, distraiu a equipe da cozinha com pedidos malucos de comida, enquanto o rapaz roubava 45 garrafas.

A dupla colocou as garrafas na mala e deixou o hotel ainda de madrugada. O golpe foi cuidadosamente planejado, já que o casal, como foi descoberto depois, havia jantado pelo menos três vezes no restaurante meses antes. O furto foi estimado em mais de R$ 8 milhões. O casal acabou preso meses depois na fronteira entre Montenegro e Croácia, mas as garrafas não foram ainda recuperadas.

Peço desculpas por começar essa coluna com uma história pessoal. Em algum momento entre 2004 e 2006, roubaram uma garrafa do Château Margaux 2015 da minha adega. Meu maior suspeito é um técnico que foi arrumar um defeito neste eletrodoméstico. Imagino que apenas um conhecedor saberia identificar o melhor rótulo ali armazenado, uma garrafa quase escondida no fundo de uma das prateleiras mais baixas. Descobri o roubo meses (ou anos) depois e, na época, não tinha como provar, nem acusar, a empresa responsável pela manutenção. Sim, era o vinho mais valioso que eu tinha.

Imagino que acontecerá a mesma coisa com roubo de 83 garrafas de vinho que sumiram misteriosamente entre as mais de 300 mil unidades guardadas na adega do La Tour d’Argent. O roubo foi divulgado na semana passada. O restaurante, com vista privilegiada para o rio Sena e para a catedral de Notre-Dame, em Paris, é um ícone da cidade-luz. Fundado há 442 anos, a casa inspirou o filme Ratatouille e tem, entre suas inúmeras histórias, o fato de seus donos terem erguido uma parede falsa durante a segunda Guerra Mundial para esconder os melhores vinhos dos alemães.

Interior do restaurante Tour d'Argent Paris Foto: Tour d'Argent Paris

PREJUIZO DE R$ 8 MILHÕES

O Tour d’Argent não divulgou a lista dos vinhos roubados em algum momento depois de janeiro de 2020. Sabe-se apenas que, entre elas, havia safras antigas do Domaine de La Romanée-Conti e que o prejuízo é estimado em quase R$ 8 milhões. Não é pouca coisa. A adega é estimada em mais de R$ 150 milhões, e a carta de vinhos é apresentada aos clientes em em carrinho de chá, tamanho o seu peso.

O roubo foi descoberto durante um inventário da adega, que não era feito desde 2020. Segundo as informações oficiais, a polícia francesa não tem pistas sobre os larápios nem sobre o paradeiro dos vinhos, mas todas as garrafas tinham uma identificação em seu vidro, o que pode auxiliar nesta busca.

NA MIRA

O que se sabe, também sem dados oficiais, é que os grandes vinhos estão entrando na mira de quadrilhas especializadas. A explicação está na valorização destes vinhos ícones. Não encontrei a safra do meu Château Margaux no mercado brasileiro, mas a importadora Claret vendia (os estoques acabaram) por R$ 15.999 uma garrafa da safra de 2004 até o final do ano passado. A escassez destas garrafas e clientes dispostos a pagar um bom dinheiro por elas, mesmo desconhecendo sua origem, estimulam essas quadrilhas.

No noticiário internacional, vem aumentando histórias como essas. No final de novembro do ano passado, por exemplo, a polícia francesa evitou o roubo de dois caminhões que transportavam garrafas do champanhe Moët & Chandon no valor de 600 mil euros. Em cena cinematográfica, a polícia conseguiu identificar os caminhões na estrada e um dos motoristas pulou do veículo ainda em movimento e fugiu em um carro que o aguardava ao lado. A carga foi recuperada, mas os ladrões seguem em liberdade.

Château Margaux 2015: o vinho roubado de Suzana Barelli Foto: Denis Balibouse|Reuters

45 GARRAFAS

Outro roubo que lembra cena de cinema aconteceu no restaurante do hotel Atrio, em Cáceres, Espanha. Um casal de supostos hospedes conseguiu roubar a chave da adega quando, após o jantar, fizeram uma visita guiada à cave. No final da noite, a mulher, que havia se hospedado com um passaporte falso, distraiu a equipe da cozinha com pedidos malucos de comida, enquanto o rapaz roubava 45 garrafas.

A dupla colocou as garrafas na mala e deixou o hotel ainda de madrugada. O golpe foi cuidadosamente planejado, já que o casal, como foi descoberto depois, havia jantado pelo menos três vezes no restaurante meses antes. O furto foi estimado em mais de R$ 8 milhões. O casal acabou preso meses depois na fronteira entre Montenegro e Croácia, mas as garrafas não foram ainda recuperadas.

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