Suzana Barelli

Quando não tem o ícone Barca Velha


Agora é a hora de comprar o Reserva Especial 2014, para quem pode desembolsar R$ 4,8 mil por uma garrafa; a safra 2011 do Barca Velha é vendida por R$ 7,7 mil

Por Suzana Barelli

Quem já teve a sorte de provar safras antigas dos tintos portugueses Barca Velha e Reserva Especial diz que há pouca diferença entre os dois rótulos premiuns da Casa Ferreirinha. “Já degustei Reserva Especial da década de 1960 e ele deu um show”, afirma Carlos Cabral, referência em vinhos do Porto no Brasil.

Confiando nesta impressão, agora é a hora de comprar o recém-lançado Reserva Especial 2014, para quem, claro, pode desembolsar R$ 4,8 mil por uma garrafa. Atualmente, a safra 2011 do Barca Velha é vendida por R$ 7,7 mil, na Zahil.

Para entender as diferenças: o Barca Velha nasceu em 1952, quase por teimosia do enólogo Fernando Nicolau de Almeida. Em uma época em que a eletricidade não chegava ao interior do Douro, ele encomendava enormes barras de gelo para conseguir fermentar as uvas com algum controle de temperatura e elaborar um tinto seco, em uma região conhecida pelos seus vinhos fortificados, o Porto. A ousadia deu certo, e o vinho se consolidou como um dos melhores, se não o melhor vinho tinto português.

continua após a publicidade
Fernando Guedes (a esq), presidente do grupo Sogrape; Serge Zehil, sócio da importadora Zahil, e o enólogo Luís Sottomayor, que elabora o Barca Velha Foto: Daniel Cancini

Desde então, só foram lançadas 20 safras do Barca Velha e 18 safras do Reserva Especial. Há dois momentos para definir se o tinto será o ícone da Casa Ferreirinha. O primeiro, é após o vinho de cada safra estagiar por 12 meses nas barricas de carvalho. Se reprovado, o vinho é encaminhado para o blend do Quinta da Leda. E, aqui, sorte deste tinto, que ganha maior complexidade.

Mas voltando ao Barca Velha. Se nesta degustação o enólogo Luís Sottomayor avaliar que o tinto tem características que podem indicar que é um Barca Velha, as barricas guardam o vinho por mais 6 meses e ele então é engarrafado e passa a ser degustado com regularidade nos próximos meses e anos. E Sottomayor vai amadurecendo sua opinião se o vinho é mesmo um Barca Velha ou se será um Reserva Especial.

continua após a publicidade

E Sottomayor decidiu que a safra de 2014 não é Barca Velha. “Foi um ano extraordinário, o tinto tem o perfil do Barca Velha, mas seus taninos são mais suaves”, explica Sottomayor. “Muitas vezes não sei dizer o que define se será ou não Barca Velha. É um feeling. Este 2014 tem o estilo do Reserva Especial”, acrescenta.

Fernando Guedes, o presidente da Sogrape, diz que é importante manter a independência do enólogo e, assim, também a narrativa do vinho. “Sempre que é um Reserva Especial, o Luís [Sottomayor] erra”, brinca ele, que veio ao Brasil especialmente para o lançamento do Reserva Especial. A decisão de seguir como Reserva Especial significa uma perda de receitas que pode chegar a 1 milhão de euros. Para o consumidor, é a oportunidade de adquirir um “quase” Barca Velha por cerca de 60% do valor.

Quem já teve a sorte de provar safras antigas dos tintos portugueses Barca Velha e Reserva Especial diz que há pouca diferença entre os dois rótulos premiuns da Casa Ferreirinha. “Já degustei Reserva Especial da década de 1960 e ele deu um show”, afirma Carlos Cabral, referência em vinhos do Porto no Brasil.

Confiando nesta impressão, agora é a hora de comprar o recém-lançado Reserva Especial 2014, para quem, claro, pode desembolsar R$ 4,8 mil por uma garrafa. Atualmente, a safra 2011 do Barca Velha é vendida por R$ 7,7 mil, na Zahil.

Para entender as diferenças: o Barca Velha nasceu em 1952, quase por teimosia do enólogo Fernando Nicolau de Almeida. Em uma época em que a eletricidade não chegava ao interior do Douro, ele encomendava enormes barras de gelo para conseguir fermentar as uvas com algum controle de temperatura e elaborar um tinto seco, em uma região conhecida pelos seus vinhos fortificados, o Porto. A ousadia deu certo, e o vinho se consolidou como um dos melhores, se não o melhor vinho tinto português.

Fernando Guedes (a esq), presidente do grupo Sogrape; Serge Zehil, sócio da importadora Zahil, e o enólogo Luís Sottomayor, que elabora o Barca Velha Foto: Daniel Cancini

Desde então, só foram lançadas 20 safras do Barca Velha e 18 safras do Reserva Especial. Há dois momentos para definir se o tinto será o ícone da Casa Ferreirinha. O primeiro, é após o vinho de cada safra estagiar por 12 meses nas barricas de carvalho. Se reprovado, o vinho é encaminhado para o blend do Quinta da Leda. E, aqui, sorte deste tinto, que ganha maior complexidade.

Mas voltando ao Barca Velha. Se nesta degustação o enólogo Luís Sottomayor avaliar que o tinto tem características que podem indicar que é um Barca Velha, as barricas guardam o vinho por mais 6 meses e ele então é engarrafado e passa a ser degustado com regularidade nos próximos meses e anos. E Sottomayor vai amadurecendo sua opinião se o vinho é mesmo um Barca Velha ou se será um Reserva Especial.

E Sottomayor decidiu que a safra de 2014 não é Barca Velha. “Foi um ano extraordinário, o tinto tem o perfil do Barca Velha, mas seus taninos são mais suaves”, explica Sottomayor. “Muitas vezes não sei dizer o que define se será ou não Barca Velha. É um feeling. Este 2014 tem o estilo do Reserva Especial”, acrescenta.

Fernando Guedes, o presidente da Sogrape, diz que é importante manter a independência do enólogo e, assim, também a narrativa do vinho. “Sempre que é um Reserva Especial, o Luís [Sottomayor] erra”, brinca ele, que veio ao Brasil especialmente para o lançamento do Reserva Especial. A decisão de seguir como Reserva Especial significa uma perda de receitas que pode chegar a 1 milhão de euros. Para o consumidor, é a oportunidade de adquirir um “quase” Barca Velha por cerca de 60% do valor.

Quem já teve a sorte de provar safras antigas dos tintos portugueses Barca Velha e Reserva Especial diz que há pouca diferença entre os dois rótulos premiuns da Casa Ferreirinha. “Já degustei Reserva Especial da década de 1960 e ele deu um show”, afirma Carlos Cabral, referência em vinhos do Porto no Brasil.

Confiando nesta impressão, agora é a hora de comprar o recém-lançado Reserva Especial 2014, para quem, claro, pode desembolsar R$ 4,8 mil por uma garrafa. Atualmente, a safra 2011 do Barca Velha é vendida por R$ 7,7 mil, na Zahil.

Para entender as diferenças: o Barca Velha nasceu em 1952, quase por teimosia do enólogo Fernando Nicolau de Almeida. Em uma época em que a eletricidade não chegava ao interior do Douro, ele encomendava enormes barras de gelo para conseguir fermentar as uvas com algum controle de temperatura e elaborar um tinto seco, em uma região conhecida pelos seus vinhos fortificados, o Porto. A ousadia deu certo, e o vinho se consolidou como um dos melhores, se não o melhor vinho tinto português.

Fernando Guedes (a esq), presidente do grupo Sogrape; Serge Zehil, sócio da importadora Zahil, e o enólogo Luís Sottomayor, que elabora o Barca Velha Foto: Daniel Cancini

Desde então, só foram lançadas 20 safras do Barca Velha e 18 safras do Reserva Especial. Há dois momentos para definir se o tinto será o ícone da Casa Ferreirinha. O primeiro, é após o vinho de cada safra estagiar por 12 meses nas barricas de carvalho. Se reprovado, o vinho é encaminhado para o blend do Quinta da Leda. E, aqui, sorte deste tinto, que ganha maior complexidade.

Mas voltando ao Barca Velha. Se nesta degustação o enólogo Luís Sottomayor avaliar que o tinto tem características que podem indicar que é um Barca Velha, as barricas guardam o vinho por mais 6 meses e ele então é engarrafado e passa a ser degustado com regularidade nos próximos meses e anos. E Sottomayor vai amadurecendo sua opinião se o vinho é mesmo um Barca Velha ou se será um Reserva Especial.

E Sottomayor decidiu que a safra de 2014 não é Barca Velha. “Foi um ano extraordinário, o tinto tem o perfil do Barca Velha, mas seus taninos são mais suaves”, explica Sottomayor. “Muitas vezes não sei dizer o que define se será ou não Barca Velha. É um feeling. Este 2014 tem o estilo do Reserva Especial”, acrescenta.

Fernando Guedes, o presidente da Sogrape, diz que é importante manter a independência do enólogo e, assim, também a narrativa do vinho. “Sempre que é um Reserva Especial, o Luís [Sottomayor] erra”, brinca ele, que veio ao Brasil especialmente para o lançamento do Reserva Especial. A decisão de seguir como Reserva Especial significa uma perda de receitas que pode chegar a 1 milhão de euros. Para o consumidor, é a oportunidade de adquirir um “quase” Barca Velha por cerca de 60% do valor.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.