Suzana Barelli

Um vinho para quem não gosta de vinho


Cresce o consumo de tintos meio seco, quase doces, que agrada os novos consumidores da bebida

Por Suzana Barelli

O vinho tinto Meiomi é um dos pinot noir que mais cresce em vendas nos Estados Unidos. Elaborado com uvas de Santa Barbara, Sonoma e Monterey, na Califórnia, ele é caro – no Brasil, é vendido por R$ 381, na Mistral –, mas caiu nas graças daquele consumidor que procura um vinho para gostar, independentemente da opinião dos críticos. Entre suas notas aromáticas, estão as frutas vermelhas e um improvável e gostoso melaço (o vinho tem 17 gramas de açúcar por litro).

Este dulçor resulta da quantidade de açúcar da uva que não foi convertido em álcool na sua fermentação. E explica o sucesso do vinho, assim como seus aromas, que são mais fáceis de serem reconhecidos na taça, frutados, doces, nada complexo e sem a secura de muitos brancos e tintos.

Cresce o consumo de tintos com mais açúcar residual, quase doces, que agrada os novos consumidores da bebida Foto: Nilton Fukuda/Estadão
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Mais: este pinot noir não está sozinho. Ainda nos Estados Unidos, os chamados Red Blend formam uma nova categoria de vinhos tintos, que mantém segredo sobre qual as uvas utilizadas e que traz o açúcar residual bem presente (são pelo menos 9 gramas de açúcar por litro). No último relatório da consultoria inglesa Wine Intelligence, estes vinhos já estão na quarta posição de consumo de vinhos tintos no país, atrás do líder merlot, do cabernet sauvignon (segundo) e do pinot noir (terceiro).

No Brasil, a Concha Y Toro lançou recentemente o seu Casillero del Diablo Red Blend (R$ 62,90) e viu as vendas explodirem – fez até uma parceria com o chef Henrique Fogaça, que criou um hambúrguer para combinar com as notas mais adocicadas do vinho. “O Red Blend traz uma proposta diferente, que consegue trazer modernidade e atrair novos consumidores, com um outro perfil sensorial. Tem sabor mais suave e fácil de apreciar”, explica Pietro Capuzzi, Head de Marketing & Trade da VCT.

Pela legislação brasileira, estes vinhos entram na classificação meio seco, por terem mais de 4 gramas de açúcar por litro. E vem conquistando, principalmente, os novos consumidores de vinho. Um outro estudo da Wine Intelligence aponta que entraram 7 milhões de novos consumidores regulares no mercado de vinhos no Brasil apenas nos últimos dois anos. “Este estilo de vinho atrai os consumidores que ainda não sentem prazer com o tanino, o amargor ou a acidez”, explica Rodrigo Lanari, que representa a Wine Intelligence por aqui.

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A próxima aposta vem da Wine.com.br, e-commerce que acabou de assumir a liderança no ranking dos importadores de vinho para o Brasil. A empresa está lançando a linha Dadá, elaborada em parceria com o grupo argentino Peñaflor, e que tem como atrativos as notas frutadas e o teor de açúcar alto – são 10 gramas de açúcar por litro. “Percebemos um aumento nas vendas de vinho meio seco. As pessoas provam e dizem que encontraram neste estilo o seu vinho para beber”, afirma Paola Daidone, sommelière da Wine. 

Os vinhos, ainda, são apresentados pelos seus aromas e não pelo nome de suas uvas. Entre os rótulos tem o Dadá Baunilha, o Dadá Café ou o Dadá Frutas Pretas, entre outros. A ideia é facilitar a apreciação dos novos consumidores.

O pinot noir Meiomi mostra, ainda, que não são apenas os vinhos de entrada de linha que podem ser mais docinhos. Um outro exemplo são os rótulos italianos elaborados com a variedade Primitivo, que fazem sucesso no Brasil. São tintos com mais complexidade e açúcar residual e bem aceitos pelos consumidores.

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Vale pontuar que, pela legislação brasileira, os vinhos secos devem ter no máximo 4 gramas de açúcar por litro. Acima desta quantidade, o vinho é classificado como meio seco, o que faz muitas vinícolas estrangeiras atualizar esta informação em seu contrarrótulo. Na Europa, lembra Paola, da Wine, a quantidade de acidez também é levada em consideração na hora de calcular o nível de açúcar residual, e os vinhos secos podem ter até 9 gramas de açúcar por litro. O melhor exemplo são os champanhes brut, que podem ter até 12 g/l de açúcar. O segredo aqui é a alta acidez, que equilibra o açúcar residual, e não se percebe esta doçura no vinho.

O vinho tinto Meiomi é um dos pinot noir que mais cresce em vendas nos Estados Unidos. Elaborado com uvas de Santa Barbara, Sonoma e Monterey, na Califórnia, ele é caro – no Brasil, é vendido por R$ 381, na Mistral –, mas caiu nas graças daquele consumidor que procura um vinho para gostar, independentemente da opinião dos críticos. Entre suas notas aromáticas, estão as frutas vermelhas e um improvável e gostoso melaço (o vinho tem 17 gramas de açúcar por litro).

Este dulçor resulta da quantidade de açúcar da uva que não foi convertido em álcool na sua fermentação. E explica o sucesso do vinho, assim como seus aromas, que são mais fáceis de serem reconhecidos na taça, frutados, doces, nada complexo e sem a secura de muitos brancos e tintos.

Cresce o consumo de tintos com mais açúcar residual, quase doces, que agrada os novos consumidores da bebida Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Mais: este pinot noir não está sozinho. Ainda nos Estados Unidos, os chamados Red Blend formam uma nova categoria de vinhos tintos, que mantém segredo sobre qual as uvas utilizadas e que traz o açúcar residual bem presente (são pelo menos 9 gramas de açúcar por litro). No último relatório da consultoria inglesa Wine Intelligence, estes vinhos já estão na quarta posição de consumo de vinhos tintos no país, atrás do líder merlot, do cabernet sauvignon (segundo) e do pinot noir (terceiro).

No Brasil, a Concha Y Toro lançou recentemente o seu Casillero del Diablo Red Blend (R$ 62,90) e viu as vendas explodirem – fez até uma parceria com o chef Henrique Fogaça, que criou um hambúrguer para combinar com as notas mais adocicadas do vinho. “O Red Blend traz uma proposta diferente, que consegue trazer modernidade e atrair novos consumidores, com um outro perfil sensorial. Tem sabor mais suave e fácil de apreciar”, explica Pietro Capuzzi, Head de Marketing & Trade da VCT.

Pela legislação brasileira, estes vinhos entram na classificação meio seco, por terem mais de 4 gramas de açúcar por litro. E vem conquistando, principalmente, os novos consumidores de vinho. Um outro estudo da Wine Intelligence aponta que entraram 7 milhões de novos consumidores regulares no mercado de vinhos no Brasil apenas nos últimos dois anos. “Este estilo de vinho atrai os consumidores que ainda não sentem prazer com o tanino, o amargor ou a acidez”, explica Rodrigo Lanari, que representa a Wine Intelligence por aqui.

A próxima aposta vem da Wine.com.br, e-commerce que acabou de assumir a liderança no ranking dos importadores de vinho para o Brasil. A empresa está lançando a linha Dadá, elaborada em parceria com o grupo argentino Peñaflor, e que tem como atrativos as notas frutadas e o teor de açúcar alto – são 10 gramas de açúcar por litro. “Percebemos um aumento nas vendas de vinho meio seco. As pessoas provam e dizem que encontraram neste estilo o seu vinho para beber”, afirma Paola Daidone, sommelière da Wine. 

Os vinhos, ainda, são apresentados pelos seus aromas e não pelo nome de suas uvas. Entre os rótulos tem o Dadá Baunilha, o Dadá Café ou o Dadá Frutas Pretas, entre outros. A ideia é facilitar a apreciação dos novos consumidores.

O pinot noir Meiomi mostra, ainda, que não são apenas os vinhos de entrada de linha que podem ser mais docinhos. Um outro exemplo são os rótulos italianos elaborados com a variedade Primitivo, que fazem sucesso no Brasil. São tintos com mais complexidade e açúcar residual e bem aceitos pelos consumidores.

Vale pontuar que, pela legislação brasileira, os vinhos secos devem ter no máximo 4 gramas de açúcar por litro. Acima desta quantidade, o vinho é classificado como meio seco, o que faz muitas vinícolas estrangeiras atualizar esta informação em seu contrarrótulo. Na Europa, lembra Paola, da Wine, a quantidade de acidez também é levada em consideração na hora de calcular o nível de açúcar residual, e os vinhos secos podem ter até 9 gramas de açúcar por litro. O melhor exemplo são os champanhes brut, que podem ter até 12 g/l de açúcar. O segredo aqui é a alta acidez, que equilibra o açúcar residual, e não se percebe esta doçura no vinho.

O vinho tinto Meiomi é um dos pinot noir que mais cresce em vendas nos Estados Unidos. Elaborado com uvas de Santa Barbara, Sonoma e Monterey, na Califórnia, ele é caro – no Brasil, é vendido por R$ 381, na Mistral –, mas caiu nas graças daquele consumidor que procura um vinho para gostar, independentemente da opinião dos críticos. Entre suas notas aromáticas, estão as frutas vermelhas e um improvável e gostoso melaço (o vinho tem 17 gramas de açúcar por litro).

Este dulçor resulta da quantidade de açúcar da uva que não foi convertido em álcool na sua fermentação. E explica o sucesso do vinho, assim como seus aromas, que são mais fáceis de serem reconhecidos na taça, frutados, doces, nada complexo e sem a secura de muitos brancos e tintos.

Cresce o consumo de tintos com mais açúcar residual, quase doces, que agrada os novos consumidores da bebida Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Mais: este pinot noir não está sozinho. Ainda nos Estados Unidos, os chamados Red Blend formam uma nova categoria de vinhos tintos, que mantém segredo sobre qual as uvas utilizadas e que traz o açúcar residual bem presente (são pelo menos 9 gramas de açúcar por litro). No último relatório da consultoria inglesa Wine Intelligence, estes vinhos já estão na quarta posição de consumo de vinhos tintos no país, atrás do líder merlot, do cabernet sauvignon (segundo) e do pinot noir (terceiro).

No Brasil, a Concha Y Toro lançou recentemente o seu Casillero del Diablo Red Blend (R$ 62,90) e viu as vendas explodirem – fez até uma parceria com o chef Henrique Fogaça, que criou um hambúrguer para combinar com as notas mais adocicadas do vinho. “O Red Blend traz uma proposta diferente, que consegue trazer modernidade e atrair novos consumidores, com um outro perfil sensorial. Tem sabor mais suave e fácil de apreciar”, explica Pietro Capuzzi, Head de Marketing & Trade da VCT.

Pela legislação brasileira, estes vinhos entram na classificação meio seco, por terem mais de 4 gramas de açúcar por litro. E vem conquistando, principalmente, os novos consumidores de vinho. Um outro estudo da Wine Intelligence aponta que entraram 7 milhões de novos consumidores regulares no mercado de vinhos no Brasil apenas nos últimos dois anos. “Este estilo de vinho atrai os consumidores que ainda não sentem prazer com o tanino, o amargor ou a acidez”, explica Rodrigo Lanari, que representa a Wine Intelligence por aqui.

A próxima aposta vem da Wine.com.br, e-commerce que acabou de assumir a liderança no ranking dos importadores de vinho para o Brasil. A empresa está lançando a linha Dadá, elaborada em parceria com o grupo argentino Peñaflor, e que tem como atrativos as notas frutadas e o teor de açúcar alto – são 10 gramas de açúcar por litro. “Percebemos um aumento nas vendas de vinho meio seco. As pessoas provam e dizem que encontraram neste estilo o seu vinho para beber”, afirma Paola Daidone, sommelière da Wine. 

Os vinhos, ainda, são apresentados pelos seus aromas e não pelo nome de suas uvas. Entre os rótulos tem o Dadá Baunilha, o Dadá Café ou o Dadá Frutas Pretas, entre outros. A ideia é facilitar a apreciação dos novos consumidores.

O pinot noir Meiomi mostra, ainda, que não são apenas os vinhos de entrada de linha que podem ser mais docinhos. Um outro exemplo são os rótulos italianos elaborados com a variedade Primitivo, que fazem sucesso no Brasil. São tintos com mais complexidade e açúcar residual e bem aceitos pelos consumidores.

Vale pontuar que, pela legislação brasileira, os vinhos secos devem ter no máximo 4 gramas de açúcar por litro. Acima desta quantidade, o vinho é classificado como meio seco, o que faz muitas vinícolas estrangeiras atualizar esta informação em seu contrarrótulo. Na Europa, lembra Paola, da Wine, a quantidade de acidez também é levada em consideração na hora de calcular o nível de açúcar residual, e os vinhos secos podem ter até 9 gramas de açúcar por litro. O melhor exemplo são os champanhes brut, que podem ter até 12 g/l de açúcar. O segredo aqui é a alta acidez, que equilibra o açúcar residual, e não se percebe esta doçura no vinho.

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