Suzana Barelli

Uvas para espumantes abrem a safra no Brasil


No exemplo da Chandon, que acaba de completar 50 anos, um relato do que deve ser a produção brasileira de espumantes em 2024

Por Suzana Barelli

No Brasil, a safra começa em janeiro, com as uvas para os espumantes. A fruta deve ser colhida precocemente, pelas características da própria bebida. A acidez mais alta e as uvas mais frescas, mas com seus componentes (sementes etc.) maduros, são as características esperadas para a chardonnay, a pinot noir e a riesling itálico, as variedades mais utilizadas nas borbulhas nacionais.

Em 2024, os produtores já sabem que não terão as melhores uvas para trabalhar em suas vinícolas. Primeiro, são Pedro não foi nada generoso – na safra anterior, Bento Gonçalves, cidade central para os vinhos gaúchos, registrou 864 milímetros de chuva, no período de setembro a março, que é o ciclo da videira; agora, já são 1.108 milímetros de água, e ainda estamos em janeiro, pelos dados da Embrapa. Mais chuva aumenta também a possibilidade de surgirem fungos e doenças nas vinhas e, consequentemente, os produtores usam mais tratamentos nas plantas.

SAFRA MENOR

continua após a publicidade

Philippe Mével, o principal enólogo da Chandon do Brasil, gigante em espumantes, diz que, mesmo com esse cenário, a safra será certamente bem menor, mas pode ser boa. “Neste ano, o trabalho do viticultor foi mais desgastante, mas os controles sanitários estão sob controle. E dezembro e janeiro foram meses com menos chuva”, afirma ele. No vinhedo de Encruzilhada do Sul, onde a vinícola concentra os seus vinhedos, Mével diz que os cachos das uvas estão menores e há, ainda, uma menor quantidade de cachos por planta. O resultado estimado será uma diminuição de 25% a 30% da produção.

Philippe Mével, enólogo da Chandon, na vinícola: previsão de redução de até 30% nesta safra  Foto: JULIANO PALMA

Outra consequência é que não deve haver os espumantes especiais nesta safra. “Ainda é cedo para saber se vamos elaborar o Excellence ou não”, diz ele, sobre o vinho premium da maison (e que venceu a degustação do Paladar de espumantes de dezembro de 2023). E certamente não terá o Névoa das Encantadas, espumante elaborado de maneira sustentável lançado no ano passado. Mas Mével não descarta um projeto especial, já em elaboração na Chandon, para lançar nesta safra.

continua após a publicidade

A IMPORTÂNCIA DO VINHO-BASE

Mesmo com a queda do volume de uvas, no entanto, a Chandon prevê elaborar um pouco mais do que as 3 milhões de garrafas da safra passada. Isso se deve a mais uma característica única dos espumantes: para manter o padrão de todas as safras, a bebida é elaborada com vinhos (chamados de vinhos-base) da safra corrente e também de anos anteriores. É um vinho de mescla de variedades e safras. Com a redução deste ano, Mével deve diminuir sensivelmente o seu estoque de vinhos-base, o que pode ser um problema se a própria safra também for pequena. Mas vai conseguir manter a meta que Arnaud de Saignes, presidente da Maison Chandon, lhe deu no ano passado.

Em passagem por aqui no final de 2023, para as comemorações dos 50 anos da Chandon do Brasil, o executivo francês falou do potencial do espumante brasileiro e de como a nossa produção é importante para o grupo LVMH, do qual a Chandon faz parte (leia entrevista a seguir). “Somos ambiciosos. E nossa questão é até tão longe podemos ir. O Brasil é uma prioridade para a Chandon”, afirmou Saignes.

No Brasil, a safra começa em janeiro, com as uvas para os espumantes. A fruta deve ser colhida precocemente, pelas características da própria bebida. A acidez mais alta e as uvas mais frescas, mas com seus componentes (sementes etc.) maduros, são as características esperadas para a chardonnay, a pinot noir e a riesling itálico, as variedades mais utilizadas nas borbulhas nacionais.

Em 2024, os produtores já sabem que não terão as melhores uvas para trabalhar em suas vinícolas. Primeiro, são Pedro não foi nada generoso – na safra anterior, Bento Gonçalves, cidade central para os vinhos gaúchos, registrou 864 milímetros de chuva, no período de setembro a março, que é o ciclo da videira; agora, já são 1.108 milímetros de água, e ainda estamos em janeiro, pelos dados da Embrapa. Mais chuva aumenta também a possibilidade de surgirem fungos e doenças nas vinhas e, consequentemente, os produtores usam mais tratamentos nas plantas.

SAFRA MENOR

Philippe Mével, o principal enólogo da Chandon do Brasil, gigante em espumantes, diz que, mesmo com esse cenário, a safra será certamente bem menor, mas pode ser boa. “Neste ano, o trabalho do viticultor foi mais desgastante, mas os controles sanitários estão sob controle. E dezembro e janeiro foram meses com menos chuva”, afirma ele. No vinhedo de Encruzilhada do Sul, onde a vinícola concentra os seus vinhedos, Mével diz que os cachos das uvas estão menores e há, ainda, uma menor quantidade de cachos por planta. O resultado estimado será uma diminuição de 25% a 30% da produção.

Philippe Mével, enólogo da Chandon, na vinícola: previsão de redução de até 30% nesta safra  Foto: JULIANO PALMA

Outra consequência é que não deve haver os espumantes especiais nesta safra. “Ainda é cedo para saber se vamos elaborar o Excellence ou não”, diz ele, sobre o vinho premium da maison (e que venceu a degustação do Paladar de espumantes de dezembro de 2023). E certamente não terá o Névoa das Encantadas, espumante elaborado de maneira sustentável lançado no ano passado. Mas Mével não descarta um projeto especial, já em elaboração na Chandon, para lançar nesta safra.

A IMPORTÂNCIA DO VINHO-BASE

Mesmo com a queda do volume de uvas, no entanto, a Chandon prevê elaborar um pouco mais do que as 3 milhões de garrafas da safra passada. Isso se deve a mais uma característica única dos espumantes: para manter o padrão de todas as safras, a bebida é elaborada com vinhos (chamados de vinhos-base) da safra corrente e também de anos anteriores. É um vinho de mescla de variedades e safras. Com a redução deste ano, Mével deve diminuir sensivelmente o seu estoque de vinhos-base, o que pode ser um problema se a própria safra também for pequena. Mas vai conseguir manter a meta que Arnaud de Saignes, presidente da Maison Chandon, lhe deu no ano passado.

Em passagem por aqui no final de 2023, para as comemorações dos 50 anos da Chandon do Brasil, o executivo francês falou do potencial do espumante brasileiro e de como a nossa produção é importante para o grupo LVMH, do qual a Chandon faz parte (leia entrevista a seguir). “Somos ambiciosos. E nossa questão é até tão longe podemos ir. O Brasil é uma prioridade para a Chandon”, afirmou Saignes.

No Brasil, a safra começa em janeiro, com as uvas para os espumantes. A fruta deve ser colhida precocemente, pelas características da própria bebida. A acidez mais alta e as uvas mais frescas, mas com seus componentes (sementes etc.) maduros, são as características esperadas para a chardonnay, a pinot noir e a riesling itálico, as variedades mais utilizadas nas borbulhas nacionais.

Em 2024, os produtores já sabem que não terão as melhores uvas para trabalhar em suas vinícolas. Primeiro, são Pedro não foi nada generoso – na safra anterior, Bento Gonçalves, cidade central para os vinhos gaúchos, registrou 864 milímetros de chuva, no período de setembro a março, que é o ciclo da videira; agora, já são 1.108 milímetros de água, e ainda estamos em janeiro, pelos dados da Embrapa. Mais chuva aumenta também a possibilidade de surgirem fungos e doenças nas vinhas e, consequentemente, os produtores usam mais tratamentos nas plantas.

SAFRA MENOR

Philippe Mével, o principal enólogo da Chandon do Brasil, gigante em espumantes, diz que, mesmo com esse cenário, a safra será certamente bem menor, mas pode ser boa. “Neste ano, o trabalho do viticultor foi mais desgastante, mas os controles sanitários estão sob controle. E dezembro e janeiro foram meses com menos chuva”, afirma ele. No vinhedo de Encruzilhada do Sul, onde a vinícola concentra os seus vinhedos, Mével diz que os cachos das uvas estão menores e há, ainda, uma menor quantidade de cachos por planta. O resultado estimado será uma diminuição de 25% a 30% da produção.

Philippe Mével, enólogo da Chandon, na vinícola: previsão de redução de até 30% nesta safra  Foto: JULIANO PALMA

Outra consequência é que não deve haver os espumantes especiais nesta safra. “Ainda é cedo para saber se vamos elaborar o Excellence ou não”, diz ele, sobre o vinho premium da maison (e que venceu a degustação do Paladar de espumantes de dezembro de 2023). E certamente não terá o Névoa das Encantadas, espumante elaborado de maneira sustentável lançado no ano passado. Mas Mével não descarta um projeto especial, já em elaboração na Chandon, para lançar nesta safra.

A IMPORTÂNCIA DO VINHO-BASE

Mesmo com a queda do volume de uvas, no entanto, a Chandon prevê elaborar um pouco mais do que as 3 milhões de garrafas da safra passada. Isso se deve a mais uma característica única dos espumantes: para manter o padrão de todas as safras, a bebida é elaborada com vinhos (chamados de vinhos-base) da safra corrente e também de anos anteriores. É um vinho de mescla de variedades e safras. Com a redução deste ano, Mével deve diminuir sensivelmente o seu estoque de vinhos-base, o que pode ser um problema se a própria safra também for pequena. Mas vai conseguir manter a meta que Arnaud de Saignes, presidente da Maison Chandon, lhe deu no ano passado.

Em passagem por aqui no final de 2023, para as comemorações dos 50 anos da Chandon do Brasil, o executivo francês falou do potencial do espumante brasileiro e de como a nossa produção é importante para o grupo LVMH, do qual a Chandon faz parte (leia entrevista a seguir). “Somos ambiciosos. E nossa questão é até tão longe podemos ir. O Brasil é uma prioridade para a Chandon”, afirmou Saignes.

No Brasil, a safra começa em janeiro, com as uvas para os espumantes. A fruta deve ser colhida precocemente, pelas características da própria bebida. A acidez mais alta e as uvas mais frescas, mas com seus componentes (sementes etc.) maduros, são as características esperadas para a chardonnay, a pinot noir e a riesling itálico, as variedades mais utilizadas nas borbulhas nacionais.

Em 2024, os produtores já sabem que não terão as melhores uvas para trabalhar em suas vinícolas. Primeiro, são Pedro não foi nada generoso – na safra anterior, Bento Gonçalves, cidade central para os vinhos gaúchos, registrou 864 milímetros de chuva, no período de setembro a março, que é o ciclo da videira; agora, já são 1.108 milímetros de água, e ainda estamos em janeiro, pelos dados da Embrapa. Mais chuva aumenta também a possibilidade de surgirem fungos e doenças nas vinhas e, consequentemente, os produtores usam mais tratamentos nas plantas.

SAFRA MENOR

Philippe Mével, o principal enólogo da Chandon do Brasil, gigante em espumantes, diz que, mesmo com esse cenário, a safra será certamente bem menor, mas pode ser boa. “Neste ano, o trabalho do viticultor foi mais desgastante, mas os controles sanitários estão sob controle. E dezembro e janeiro foram meses com menos chuva”, afirma ele. No vinhedo de Encruzilhada do Sul, onde a vinícola concentra os seus vinhedos, Mével diz que os cachos das uvas estão menores e há, ainda, uma menor quantidade de cachos por planta. O resultado estimado será uma diminuição de 25% a 30% da produção.

Philippe Mével, enólogo da Chandon, na vinícola: previsão de redução de até 30% nesta safra  Foto: JULIANO PALMA

Outra consequência é que não deve haver os espumantes especiais nesta safra. “Ainda é cedo para saber se vamos elaborar o Excellence ou não”, diz ele, sobre o vinho premium da maison (e que venceu a degustação do Paladar de espumantes de dezembro de 2023). E certamente não terá o Névoa das Encantadas, espumante elaborado de maneira sustentável lançado no ano passado. Mas Mével não descarta um projeto especial, já em elaboração na Chandon, para lançar nesta safra.

A IMPORTÂNCIA DO VINHO-BASE

Mesmo com a queda do volume de uvas, no entanto, a Chandon prevê elaborar um pouco mais do que as 3 milhões de garrafas da safra passada. Isso se deve a mais uma característica única dos espumantes: para manter o padrão de todas as safras, a bebida é elaborada com vinhos (chamados de vinhos-base) da safra corrente e também de anos anteriores. É um vinho de mescla de variedades e safras. Com a redução deste ano, Mével deve diminuir sensivelmente o seu estoque de vinhos-base, o que pode ser um problema se a própria safra também for pequena. Mas vai conseguir manter a meta que Arnaud de Saignes, presidente da Maison Chandon, lhe deu no ano passado.

Em passagem por aqui no final de 2023, para as comemorações dos 50 anos da Chandon do Brasil, o executivo francês falou do potencial do espumante brasileiro e de como a nossa produção é importante para o grupo LVMH, do qual a Chandon faz parte (leia entrevista a seguir). “Somos ambiciosos. E nossa questão é até tão longe podemos ir. O Brasil é uma prioridade para a Chandon”, afirmou Saignes.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.