Explorando sabores e experiências

Opinião|Cadê meu Pad Thai?


Por fredsabbag

A experiência memorável que tive no mais novo restaurante tailandês de SP

Mauricio Santi | foto: Laís Acsa 

Conheci o trabalho do Mauricio Santi há bastante tempo, quando ele fazia jantares como "guest" em outros bares e restaurantes (p.ex. Ici Brasserie e Conceição Discos foram dois a que compareci). Com o tempo fui acompanhando-o pelo Instagram, e, tempos depois, após rápidas passagens nos restaurantes Satay e Obá, ele lançou uma série de jantares em sua própria casa (ao qual deu o nome de Ma Kin Thai - Ma Kin em tailandês significa "venha comer").

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Em resumo, Mauricio Santi buscava servir uma refeição completa tailandesa tal qual como se os comensais fossem transportados para uma noite na Tailândia. Lembro bem que, vira e mexe, eu ensaiava reservar uma vaga mas pelo dom da procrastinação sempre deixava para depois.

Quando finalmente reservei - e imagino que o Mauricio Santi - se lembre disso - o jantar teve de ser cancelado porque naquele exato dia a COVID-19 foi caracterizada pela Organização Mundial de Saúde como uma pandemia. Isso, logicamente, ensejou o cancelamento do jantar e, em mim, ficou a vontade de comer a comida deste que é, sem sombra de dúvidas, a maior autoridade em comida tailandesa do Brasil.

Para minha felicidade (se é que podemos falar de felicidade naquele período, confesso), o Ma Kin Thai foi imediatamente transformado em um Curry Shop, onde semanalmente, eram disponibilizados ao público curries tailandeses que chegavam às mesas por delivery. A partir daí, periodicamente minha casa era dominada por aquele perfume memorável dos curries do Maurício (e talvez seja essa a comida que mais me lembra os tempos de confinamento); uns mais aromáticos, outros mais picantes, mas todos impecavelmente deliciosos.

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O projeto durou por algum bom tempo, quando finalmente Mauricio Santi abriu um restaurante (ou melhor, um thai gastrobar) para chamar de seu: o Ping Yang Thai Bar & Food. Em thai o nome já entrega um pouco da comida servida no Ping Yang: Ping é tudo o que é grelhado no espetinho e Yang é tudo o que é grelhado no fogo, em porções maiores, peças inteiras e cortes grandes. Tudo isso à base de fogo alto, grelha, fogão e um fogareiro típico usado para o preparo de sopas e curries chamado Tao.

Demorei para ir, mas fui há algumas semanas e, já adianto, tive uma das melhores refeições dos últimos tempos sentado no que na minha opinião é o lugar mais legal do Ping Yang: o balcão que dá visão para a orquestra comandada por Mauricio Santi e sua sous chef Lucia Caparroz. É do balcão que você acompanha a dupla comandando a brigada, que somente se refere aos pratos com os nomes legitimamente tailandeses (o que, por alguns instantes, te faz não entender a qual prato está se referindo e isso é uma experiência incrível que te leva para uma viagem momentânea à Tailândia).

A sous chef Lucia Caparroz em ação | foto: Laís Acsa 
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O cardápio é dividido entre Chim (duas entradas de que falarei a seguir), Yam (quatro tipos de saladas), Tao (quatro tipos de curry e uma sopa), Ping (duas variedades de espetinhos), Yang (três grelhados em peças maiores), Wok (em três variedades) e Kanom Wan (uma sobremesa).

 

 

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Foto: Laís Acsa 

Confesso que se eu detalhasse tudo o que comi no jantar que originou este texto, páginas e páginas seriam necessárias para detalhar não só o capricho de cada etapa, mas também - e principalmente - a variedade de sabores e aromas nos pratos servidos no Ping Yang. É uma mistura de picância (sem dó nem ajuste ao paladar brasileiro), frescor e dulçor que na minha opinião poucas cozinhas conseguem fazer no Brasil.

 

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De tudo o que comi, sem dúvida a mais marcante foi a etapa mais picante do jantar:

reference

 

 

 

 

Mas, olhando o cardápio assim que cheguei ao Ping Yang vi o cardápio e perguntei ao Mauricio Santi: "mas cadê Pad Thai nesse menu?". Para quem não sabe, Pad Thai é o prato símbolo da culinária tailandesa no mundo, composto por macarrão de arroz frito com carne, frango ou tofu, ovo, broto de feijão, amendoim e vegetais diversos. Ocorre que, dada a genialidade de Mauricio Santi, seria um desperdício trabalhar com previsibilidade e servir um prato tão "comum" (apesar de eu adorar Pad Thai).

A bebida acompanha o nível da comida, uma seleção de vinhos e sakes feita a dedo por Camila Ciganda (que também coordena o serviço do Ping Yang) e carta de coquetéis assinada por André Ferreira da Silva, o que possibilita harmonizações não tão comuns mas que funcionam muito bem.

Repito: eu poderia ficar parágrafos e parágrafos descrevendo os pratos e as sensações percebidas neste meu jantar no Ping Yang, mas vou me limitar a, apenas e tão somente, motivar (já que não posso obrigar) todos a irem. Somente assim, "ao vivo e a cores", será possível saber a magnitude da experiência desta que, assumindo um papel de vidente que não sou, terá sido uma das aberturas mais surpreendentes de São Paulo.

Serviço:

Ping Yang Thai Bar & Food: Rua Dr. Melo Alves, 767, Cerqueira César, São Paulo-SP, CEP -01417-010

A experiência memorável que tive no mais novo restaurante tailandês de SP

Mauricio Santi | foto: Laís Acsa 

Conheci o trabalho do Mauricio Santi há bastante tempo, quando ele fazia jantares como "guest" em outros bares e restaurantes (p.ex. Ici Brasserie e Conceição Discos foram dois a que compareci). Com o tempo fui acompanhando-o pelo Instagram, e, tempos depois, após rápidas passagens nos restaurantes Satay e Obá, ele lançou uma série de jantares em sua própria casa (ao qual deu o nome de Ma Kin Thai - Ma Kin em tailandês significa "venha comer").

Em resumo, Mauricio Santi buscava servir uma refeição completa tailandesa tal qual como se os comensais fossem transportados para uma noite na Tailândia. Lembro bem que, vira e mexe, eu ensaiava reservar uma vaga mas pelo dom da procrastinação sempre deixava para depois.

Quando finalmente reservei - e imagino que o Mauricio Santi - se lembre disso - o jantar teve de ser cancelado porque naquele exato dia a COVID-19 foi caracterizada pela Organização Mundial de Saúde como uma pandemia. Isso, logicamente, ensejou o cancelamento do jantar e, em mim, ficou a vontade de comer a comida deste que é, sem sombra de dúvidas, a maior autoridade em comida tailandesa do Brasil.

Para minha felicidade (se é que podemos falar de felicidade naquele período, confesso), o Ma Kin Thai foi imediatamente transformado em um Curry Shop, onde semanalmente, eram disponibilizados ao público curries tailandeses que chegavam às mesas por delivery. A partir daí, periodicamente minha casa era dominada por aquele perfume memorável dos curries do Maurício (e talvez seja essa a comida que mais me lembra os tempos de confinamento); uns mais aromáticos, outros mais picantes, mas todos impecavelmente deliciosos.

O projeto durou por algum bom tempo, quando finalmente Mauricio Santi abriu um restaurante (ou melhor, um thai gastrobar) para chamar de seu: o Ping Yang Thai Bar & Food. Em thai o nome já entrega um pouco da comida servida no Ping Yang: Ping é tudo o que é grelhado no espetinho e Yang é tudo o que é grelhado no fogo, em porções maiores, peças inteiras e cortes grandes. Tudo isso à base de fogo alto, grelha, fogão e um fogareiro típico usado para o preparo de sopas e curries chamado Tao.

Demorei para ir, mas fui há algumas semanas e, já adianto, tive uma das melhores refeições dos últimos tempos sentado no que na minha opinião é o lugar mais legal do Ping Yang: o balcão que dá visão para a orquestra comandada por Mauricio Santi e sua sous chef Lucia Caparroz. É do balcão que você acompanha a dupla comandando a brigada, que somente se refere aos pratos com os nomes legitimamente tailandeses (o que, por alguns instantes, te faz não entender a qual prato está se referindo e isso é uma experiência incrível que te leva para uma viagem momentânea à Tailândia).

A sous chef Lucia Caparroz em ação | foto: Laís Acsa 

O cardápio é dividido entre Chim (duas entradas de que falarei a seguir), Yam (quatro tipos de saladas), Tao (quatro tipos de curry e uma sopa), Ping (duas variedades de espetinhos), Yang (três grelhados em peças maiores), Wok (em três variedades) e Kanom Wan (uma sobremesa).

 

 

Foto: Laís Acsa 

Confesso que se eu detalhasse tudo o que comi no jantar que originou este texto, páginas e páginas seriam necessárias para detalhar não só o capricho de cada etapa, mas também - e principalmente - a variedade de sabores e aromas nos pratos servidos no Ping Yang. É uma mistura de picância (sem dó nem ajuste ao paladar brasileiro), frescor e dulçor que na minha opinião poucas cozinhas conseguem fazer no Brasil.

 

 

 

 

 

De tudo o que comi, sem dúvida a mais marcante foi a etapa mais picante do jantar:

reference

 

 

 

 

Mas, olhando o cardápio assim que cheguei ao Ping Yang vi o cardápio e perguntei ao Mauricio Santi: "mas cadê Pad Thai nesse menu?". Para quem não sabe, Pad Thai é o prato símbolo da culinária tailandesa no mundo, composto por macarrão de arroz frito com carne, frango ou tofu, ovo, broto de feijão, amendoim e vegetais diversos. Ocorre que, dada a genialidade de Mauricio Santi, seria um desperdício trabalhar com previsibilidade e servir um prato tão "comum" (apesar de eu adorar Pad Thai).

A bebida acompanha o nível da comida, uma seleção de vinhos e sakes feita a dedo por Camila Ciganda (que também coordena o serviço do Ping Yang) e carta de coquetéis assinada por André Ferreira da Silva, o que possibilita harmonizações não tão comuns mas que funcionam muito bem.

Repito: eu poderia ficar parágrafos e parágrafos descrevendo os pratos e as sensações percebidas neste meu jantar no Ping Yang, mas vou me limitar a, apenas e tão somente, motivar (já que não posso obrigar) todos a irem. Somente assim, "ao vivo e a cores", será possível saber a magnitude da experiência desta que, assumindo um papel de vidente que não sou, terá sido uma das aberturas mais surpreendentes de São Paulo.

Serviço:

Ping Yang Thai Bar & Food: Rua Dr. Melo Alves, 767, Cerqueira César, São Paulo-SP, CEP -01417-010

A experiência memorável que tive no mais novo restaurante tailandês de SP

Mauricio Santi | foto: Laís Acsa 

Conheci o trabalho do Mauricio Santi há bastante tempo, quando ele fazia jantares como "guest" em outros bares e restaurantes (p.ex. Ici Brasserie e Conceição Discos foram dois a que compareci). Com o tempo fui acompanhando-o pelo Instagram, e, tempos depois, após rápidas passagens nos restaurantes Satay e Obá, ele lançou uma série de jantares em sua própria casa (ao qual deu o nome de Ma Kin Thai - Ma Kin em tailandês significa "venha comer").

Em resumo, Mauricio Santi buscava servir uma refeição completa tailandesa tal qual como se os comensais fossem transportados para uma noite na Tailândia. Lembro bem que, vira e mexe, eu ensaiava reservar uma vaga mas pelo dom da procrastinação sempre deixava para depois.

Quando finalmente reservei - e imagino que o Mauricio Santi - se lembre disso - o jantar teve de ser cancelado porque naquele exato dia a COVID-19 foi caracterizada pela Organização Mundial de Saúde como uma pandemia. Isso, logicamente, ensejou o cancelamento do jantar e, em mim, ficou a vontade de comer a comida deste que é, sem sombra de dúvidas, a maior autoridade em comida tailandesa do Brasil.

Para minha felicidade (se é que podemos falar de felicidade naquele período, confesso), o Ma Kin Thai foi imediatamente transformado em um Curry Shop, onde semanalmente, eram disponibilizados ao público curries tailandeses que chegavam às mesas por delivery. A partir daí, periodicamente minha casa era dominada por aquele perfume memorável dos curries do Maurício (e talvez seja essa a comida que mais me lembra os tempos de confinamento); uns mais aromáticos, outros mais picantes, mas todos impecavelmente deliciosos.

O projeto durou por algum bom tempo, quando finalmente Mauricio Santi abriu um restaurante (ou melhor, um thai gastrobar) para chamar de seu: o Ping Yang Thai Bar & Food. Em thai o nome já entrega um pouco da comida servida no Ping Yang: Ping é tudo o que é grelhado no espetinho e Yang é tudo o que é grelhado no fogo, em porções maiores, peças inteiras e cortes grandes. Tudo isso à base de fogo alto, grelha, fogão e um fogareiro típico usado para o preparo de sopas e curries chamado Tao.

Demorei para ir, mas fui há algumas semanas e, já adianto, tive uma das melhores refeições dos últimos tempos sentado no que na minha opinião é o lugar mais legal do Ping Yang: o balcão que dá visão para a orquestra comandada por Mauricio Santi e sua sous chef Lucia Caparroz. É do balcão que você acompanha a dupla comandando a brigada, que somente se refere aos pratos com os nomes legitimamente tailandeses (o que, por alguns instantes, te faz não entender a qual prato está se referindo e isso é uma experiência incrível que te leva para uma viagem momentânea à Tailândia).

A sous chef Lucia Caparroz em ação | foto: Laís Acsa 

O cardápio é dividido entre Chim (duas entradas de que falarei a seguir), Yam (quatro tipos de saladas), Tao (quatro tipos de curry e uma sopa), Ping (duas variedades de espetinhos), Yang (três grelhados em peças maiores), Wok (em três variedades) e Kanom Wan (uma sobremesa).

 

 

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Confesso que se eu detalhasse tudo o que comi no jantar que originou este texto, páginas e páginas seriam necessárias para detalhar não só o capricho de cada etapa, mas também - e principalmente - a variedade de sabores e aromas nos pratos servidos no Ping Yang. É uma mistura de picância (sem dó nem ajuste ao paladar brasileiro), frescor e dulçor que na minha opinião poucas cozinhas conseguem fazer no Brasil.

 

 

 

 

 

De tudo o que comi, sem dúvida a mais marcante foi a etapa mais picante do jantar:

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Mas, olhando o cardápio assim que cheguei ao Ping Yang vi o cardápio e perguntei ao Mauricio Santi: "mas cadê Pad Thai nesse menu?". Para quem não sabe, Pad Thai é o prato símbolo da culinária tailandesa no mundo, composto por macarrão de arroz frito com carne, frango ou tofu, ovo, broto de feijão, amendoim e vegetais diversos. Ocorre que, dada a genialidade de Mauricio Santi, seria um desperdício trabalhar com previsibilidade e servir um prato tão "comum" (apesar de eu adorar Pad Thai).

A bebida acompanha o nível da comida, uma seleção de vinhos e sakes feita a dedo por Camila Ciganda (que também coordena o serviço do Ping Yang) e carta de coquetéis assinada por André Ferreira da Silva, o que possibilita harmonizações não tão comuns mas que funcionam muito bem.

Repito: eu poderia ficar parágrafos e parágrafos descrevendo os pratos e as sensações percebidas neste meu jantar no Ping Yang, mas vou me limitar a, apenas e tão somente, motivar (já que não posso obrigar) todos a irem. Somente assim, "ao vivo e a cores", será possível saber a magnitude da experiência desta que, assumindo um papel de vidente que não sou, terá sido uma das aberturas mais surpreendentes de São Paulo.

Serviço:

Ping Yang Thai Bar & Food: Rua Dr. Melo Alves, 767, Cerqueira César, São Paulo-SP, CEP -01417-010

A experiência memorável que tive no mais novo restaurante tailandês de SP

Mauricio Santi | foto: Laís Acsa 

Conheci o trabalho do Mauricio Santi há bastante tempo, quando ele fazia jantares como "guest" em outros bares e restaurantes (p.ex. Ici Brasserie e Conceição Discos foram dois a que compareci). Com o tempo fui acompanhando-o pelo Instagram, e, tempos depois, após rápidas passagens nos restaurantes Satay e Obá, ele lançou uma série de jantares em sua própria casa (ao qual deu o nome de Ma Kin Thai - Ma Kin em tailandês significa "venha comer").

Em resumo, Mauricio Santi buscava servir uma refeição completa tailandesa tal qual como se os comensais fossem transportados para uma noite na Tailândia. Lembro bem que, vira e mexe, eu ensaiava reservar uma vaga mas pelo dom da procrastinação sempre deixava para depois.

Quando finalmente reservei - e imagino que o Mauricio Santi - se lembre disso - o jantar teve de ser cancelado porque naquele exato dia a COVID-19 foi caracterizada pela Organização Mundial de Saúde como uma pandemia. Isso, logicamente, ensejou o cancelamento do jantar e, em mim, ficou a vontade de comer a comida deste que é, sem sombra de dúvidas, a maior autoridade em comida tailandesa do Brasil.

Para minha felicidade (se é que podemos falar de felicidade naquele período, confesso), o Ma Kin Thai foi imediatamente transformado em um Curry Shop, onde semanalmente, eram disponibilizados ao público curries tailandeses que chegavam às mesas por delivery. A partir daí, periodicamente minha casa era dominada por aquele perfume memorável dos curries do Maurício (e talvez seja essa a comida que mais me lembra os tempos de confinamento); uns mais aromáticos, outros mais picantes, mas todos impecavelmente deliciosos.

O projeto durou por algum bom tempo, quando finalmente Mauricio Santi abriu um restaurante (ou melhor, um thai gastrobar) para chamar de seu: o Ping Yang Thai Bar & Food. Em thai o nome já entrega um pouco da comida servida no Ping Yang: Ping é tudo o que é grelhado no espetinho e Yang é tudo o que é grelhado no fogo, em porções maiores, peças inteiras e cortes grandes. Tudo isso à base de fogo alto, grelha, fogão e um fogareiro típico usado para o preparo de sopas e curries chamado Tao.

Demorei para ir, mas fui há algumas semanas e, já adianto, tive uma das melhores refeições dos últimos tempos sentado no que na minha opinião é o lugar mais legal do Ping Yang: o balcão que dá visão para a orquestra comandada por Mauricio Santi e sua sous chef Lucia Caparroz. É do balcão que você acompanha a dupla comandando a brigada, que somente se refere aos pratos com os nomes legitimamente tailandeses (o que, por alguns instantes, te faz não entender a qual prato está se referindo e isso é uma experiência incrível que te leva para uma viagem momentânea à Tailândia).

A sous chef Lucia Caparroz em ação | foto: Laís Acsa 

O cardápio é dividido entre Chim (duas entradas de que falarei a seguir), Yam (quatro tipos de saladas), Tao (quatro tipos de curry e uma sopa), Ping (duas variedades de espetinhos), Yang (três grelhados em peças maiores), Wok (em três variedades) e Kanom Wan (uma sobremesa).

 

 

Foto: Laís Acsa 

Confesso que se eu detalhasse tudo o que comi no jantar que originou este texto, páginas e páginas seriam necessárias para detalhar não só o capricho de cada etapa, mas também - e principalmente - a variedade de sabores e aromas nos pratos servidos no Ping Yang. É uma mistura de picância (sem dó nem ajuste ao paladar brasileiro), frescor e dulçor que na minha opinião poucas cozinhas conseguem fazer no Brasil.

 

 

 

 

 

De tudo o que comi, sem dúvida a mais marcante foi a etapa mais picante do jantar:

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Mas, olhando o cardápio assim que cheguei ao Ping Yang vi o cardápio e perguntei ao Mauricio Santi: "mas cadê Pad Thai nesse menu?". Para quem não sabe, Pad Thai é o prato símbolo da culinária tailandesa no mundo, composto por macarrão de arroz frito com carne, frango ou tofu, ovo, broto de feijão, amendoim e vegetais diversos. Ocorre que, dada a genialidade de Mauricio Santi, seria um desperdício trabalhar com previsibilidade e servir um prato tão "comum" (apesar de eu adorar Pad Thai).

A bebida acompanha o nível da comida, uma seleção de vinhos e sakes feita a dedo por Camila Ciganda (que também coordena o serviço do Ping Yang) e carta de coquetéis assinada por André Ferreira da Silva, o que possibilita harmonizações não tão comuns mas que funcionam muito bem.

Repito: eu poderia ficar parágrafos e parágrafos descrevendo os pratos e as sensações percebidas neste meu jantar no Ping Yang, mas vou me limitar a, apenas e tão somente, motivar (já que não posso obrigar) todos a irem. Somente assim, "ao vivo e a cores", será possível saber a magnitude da experiência desta que, assumindo um papel de vidente que não sou, terá sido uma das aberturas mais surpreendentes de São Paulo.

Serviço:

Ping Yang Thai Bar & Food: Rua Dr. Melo Alves, 767, Cerqueira César, São Paulo-SP, CEP -01417-010

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