Qual o melhor pão de mel?


Com cobertura de chocolate e sem recheio, Paladar testou 16 marcas encontradas nos supermercados de São Paulo

Por Fernanda Meneguetti
Atualização:

Com mais doçura do que especiarias, o pão de mel caiu nas graças dos brasileiros. Virou sabor de sorvete, ovo de Páscoa, trufa, panetone e até sobremesa de restaurante duplamente estrelado, como o Evvai. De certa forma, é o alfajor nacional. Será que é por isso que tanta gente insiste em recheá-lo com doce de leite?

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Apesar dessa mania, para avaliar os pães de mel encontrados nos supermercados paulistanos, Paladar decidiu que não valia recheio, para não roubar a cena. No entanto, considerou que a casquinha de chocolate já faz tão parte do consumo, que merecia ser examinada.

O que é pão de mel?

A pergunta parece óbvia, afinal, tem pão de mel em tudo que é supermercado, caixa de padaria e até banca de jornal paulistana. Porém, no entendimento de especialistas do Brasil, o pão de mel dever ser um bolo molhadinho, e não um pão ou um biscoito ao estilo gingerbread.

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Quanto ao mel, confeiteiros são unânimes ao desejarem o protagonismo do ingrediente, embora a indústria insista em relegá-lo a mero coadjuvante. Especiarias? Sim, por favor, mas de preferência recém-moídas e não em essências.

Teste às cegas com 16 marcas de pão de mel foi feito por cinco jurados especializados na Hanami Doces, na Rua Mourato Coelho. Foto Tiago Queiroz/Estadão  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Origens do pão de mel

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Quando se pergunta a origem do pão de mel, não raro se fala em Rússia até desembocar na Alemanha. Mas antes do século 10, época em que registros apontam para a receita de farinha, suco de frutas e mel assada em pedras quentes dos russos, egípcios, romanos e gregos já melavam seus pães. Há indícios também que chineses preparavam massa com mel.

O pão de mel à brasileira, por sua vez, mescla os lebkuchen germânicos, os gingerbread, ou biscoitinhos ingleses de gengibre, e mais do que o pain d’épice (bolo de especiarias), as nonnetes francesas, que são mais fofinhas, úmidas e recheadas com geleias.

Influências à parte, aqui é Brasil! E, bem, pão de mel tem sotaque próprio, com direito a bastante dulçor, capas de chocolate e recheios como doce de leite e brigadeiro.

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Como foi realizado o teste?

Em todas as provas realizadas por Paladar, a reportagem faz um levantamento das marcas disponíveis no mercado. E, nos dias anteriores ao teste, as amostras são adquiridas em grandes redes de supermercado da capital paulista. No caso de produtos artesanais, eles são comprados nas lojas on-line das próprias marcas de forma anônima. Ou seja, em ambos os casos, as marcas não sabem que seus produtos serão submetidos a uma degustação às cegas. O Paladar Testou é uma iniciativa 100% editorial. Além disso, o júri também não tem conhecimento de quais marcas fazem parte da seleção antes do resultado da apuração.

Em sentido horário, os jurados Eugênio e Márcia Basile, Joyce Galvão, César Yukio e Bianca Mirabili. Foto Tiago Queiroz/Estadão  Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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Para escolher o vencedor, um time de peso se reuniu na Hanami, confeitaria do chef, professor, empresário e tiktoker de sucesso César Yukio, no bairro de Pinheiros, por pouco mais de duas horas.

Além do próprio César, os jurados foram Bianca Mirabili, chef confeiteira do Evvai e autora de uma das versões mais impecáveis de pão de mel, Joyce Galvão, maior referência em bolos do Brasil, Márcia e Eugênio Basile, da Mbee, casal que há mais de uma década se dedica à produção de mel de terroir da Serra da Mantiqueira e é o maior agente de promoção, garimpo e incentivo das mais de 300 espécies de abelhas nativas do país.

Os melhores pães de mel

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Dulca foi escolhido às cegas pelos jurados como o pão de mel vencedor Foto: Tiago Queiroz
  1. Dulca
  2. Casa Suíça
  3. Bauducco

* os valores dos produtos mencionados a seguir são de compras feitas entre os dias 21 e 26 de setembro de 2024, data do teste

As 16 marcas avaliadas pelo júri de experts em ordem alfabética

Com mais doçura do que especiarias, o pão de mel caiu nas graças dos brasileiros. Virou sabor de sorvete, ovo de Páscoa, trufa, panetone e até sobremesa de restaurante duplamente estrelado, como o Evvai. De certa forma, é o alfajor nacional. Será que é por isso que tanta gente insiste em recheá-lo com doce de leite?

Apesar dessa mania, para avaliar os pães de mel encontrados nos supermercados paulistanos, Paladar decidiu que não valia recheio, para não roubar a cena. No entanto, considerou que a casquinha de chocolate já faz tão parte do consumo, que merecia ser examinada.

O que é pão de mel?

A pergunta parece óbvia, afinal, tem pão de mel em tudo que é supermercado, caixa de padaria e até banca de jornal paulistana. Porém, no entendimento de especialistas do Brasil, o pão de mel dever ser um bolo molhadinho, e não um pão ou um biscoito ao estilo gingerbread.

Quanto ao mel, confeiteiros são unânimes ao desejarem o protagonismo do ingrediente, embora a indústria insista em relegá-lo a mero coadjuvante. Especiarias? Sim, por favor, mas de preferência recém-moídas e não em essências.

Teste às cegas com 16 marcas de pão de mel foi feito por cinco jurados especializados na Hanami Doces, na Rua Mourato Coelho. Foto Tiago Queiroz/Estadão  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Origens do pão de mel

Quando se pergunta a origem do pão de mel, não raro se fala em Rússia até desembocar na Alemanha. Mas antes do século 10, época em que registros apontam para a receita de farinha, suco de frutas e mel assada em pedras quentes dos russos, egípcios, romanos e gregos já melavam seus pães. Há indícios também que chineses preparavam massa com mel.

O pão de mel à brasileira, por sua vez, mescla os lebkuchen germânicos, os gingerbread, ou biscoitinhos ingleses de gengibre, e mais do que o pain d’épice (bolo de especiarias), as nonnetes francesas, que são mais fofinhas, úmidas e recheadas com geleias.

Influências à parte, aqui é Brasil! E, bem, pão de mel tem sotaque próprio, com direito a bastante dulçor, capas de chocolate e recheios como doce de leite e brigadeiro.

Como foi realizado o teste?

Em todas as provas realizadas por Paladar, a reportagem faz um levantamento das marcas disponíveis no mercado. E, nos dias anteriores ao teste, as amostras são adquiridas em grandes redes de supermercado da capital paulista. No caso de produtos artesanais, eles são comprados nas lojas on-line das próprias marcas de forma anônima. Ou seja, em ambos os casos, as marcas não sabem que seus produtos serão submetidos a uma degustação às cegas. O Paladar Testou é uma iniciativa 100% editorial. Além disso, o júri também não tem conhecimento de quais marcas fazem parte da seleção antes do resultado da apuração.

Em sentido horário, os jurados Eugênio e Márcia Basile, Joyce Galvão, César Yukio e Bianca Mirabili. Foto Tiago Queiroz/Estadão  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Para escolher o vencedor, um time de peso se reuniu na Hanami, confeitaria do chef, professor, empresário e tiktoker de sucesso César Yukio, no bairro de Pinheiros, por pouco mais de duas horas.

Além do próprio César, os jurados foram Bianca Mirabili, chef confeiteira do Evvai e autora de uma das versões mais impecáveis de pão de mel, Joyce Galvão, maior referência em bolos do Brasil, Márcia e Eugênio Basile, da Mbee, casal que há mais de uma década se dedica à produção de mel de terroir da Serra da Mantiqueira e é o maior agente de promoção, garimpo e incentivo das mais de 300 espécies de abelhas nativas do país.

Os melhores pães de mel

Dulca foi escolhido às cegas pelos jurados como o pão de mel vencedor Foto: Tiago Queiroz
  1. Dulca
  2. Casa Suíça
  3. Bauducco

* os valores dos produtos mencionados a seguir são de compras feitas entre os dias 21 e 26 de setembro de 2024, data do teste

As 16 marcas avaliadas pelo júri de experts em ordem alfabética

Com mais doçura do que especiarias, o pão de mel caiu nas graças dos brasileiros. Virou sabor de sorvete, ovo de Páscoa, trufa, panetone e até sobremesa de restaurante duplamente estrelado, como o Evvai. De certa forma, é o alfajor nacional. Será que é por isso que tanta gente insiste em recheá-lo com doce de leite?

Apesar dessa mania, para avaliar os pães de mel encontrados nos supermercados paulistanos, Paladar decidiu que não valia recheio, para não roubar a cena. No entanto, considerou que a casquinha de chocolate já faz tão parte do consumo, que merecia ser examinada.

O que é pão de mel?

A pergunta parece óbvia, afinal, tem pão de mel em tudo que é supermercado, caixa de padaria e até banca de jornal paulistana. Porém, no entendimento de especialistas do Brasil, o pão de mel dever ser um bolo molhadinho, e não um pão ou um biscoito ao estilo gingerbread.

Quanto ao mel, confeiteiros são unânimes ao desejarem o protagonismo do ingrediente, embora a indústria insista em relegá-lo a mero coadjuvante. Especiarias? Sim, por favor, mas de preferência recém-moídas e não em essências.

Teste às cegas com 16 marcas de pão de mel foi feito por cinco jurados especializados na Hanami Doces, na Rua Mourato Coelho. Foto Tiago Queiroz/Estadão  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Origens do pão de mel

Quando se pergunta a origem do pão de mel, não raro se fala em Rússia até desembocar na Alemanha. Mas antes do século 10, época em que registros apontam para a receita de farinha, suco de frutas e mel assada em pedras quentes dos russos, egípcios, romanos e gregos já melavam seus pães. Há indícios também que chineses preparavam massa com mel.

O pão de mel à brasileira, por sua vez, mescla os lebkuchen germânicos, os gingerbread, ou biscoitinhos ingleses de gengibre, e mais do que o pain d’épice (bolo de especiarias), as nonnetes francesas, que são mais fofinhas, úmidas e recheadas com geleias.

Influências à parte, aqui é Brasil! E, bem, pão de mel tem sotaque próprio, com direito a bastante dulçor, capas de chocolate e recheios como doce de leite e brigadeiro.

Como foi realizado o teste?

Em todas as provas realizadas por Paladar, a reportagem faz um levantamento das marcas disponíveis no mercado. E, nos dias anteriores ao teste, as amostras são adquiridas em grandes redes de supermercado da capital paulista. No caso de produtos artesanais, eles são comprados nas lojas on-line das próprias marcas de forma anônima. Ou seja, em ambos os casos, as marcas não sabem que seus produtos serão submetidos a uma degustação às cegas. O Paladar Testou é uma iniciativa 100% editorial. Além disso, o júri também não tem conhecimento de quais marcas fazem parte da seleção antes do resultado da apuração.

Em sentido horário, os jurados Eugênio e Márcia Basile, Joyce Galvão, César Yukio e Bianca Mirabili. Foto Tiago Queiroz/Estadão  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Para escolher o vencedor, um time de peso se reuniu na Hanami, confeitaria do chef, professor, empresário e tiktoker de sucesso César Yukio, no bairro de Pinheiros, por pouco mais de duas horas.

Além do próprio César, os jurados foram Bianca Mirabili, chef confeiteira do Evvai e autora de uma das versões mais impecáveis de pão de mel, Joyce Galvão, maior referência em bolos do Brasil, Márcia e Eugênio Basile, da Mbee, casal que há mais de uma década se dedica à produção de mel de terroir da Serra da Mantiqueira e é o maior agente de promoção, garimpo e incentivo das mais de 300 espécies de abelhas nativas do país.

Os melhores pães de mel

Dulca foi escolhido às cegas pelos jurados como o pão de mel vencedor Foto: Tiago Queiroz
  1. Dulca
  2. Casa Suíça
  3. Bauducco

* os valores dos produtos mencionados a seguir são de compras feitas entre os dias 21 e 26 de setembro de 2024, data do teste

As 16 marcas avaliadas pelo júri de experts em ordem alfabética

Com mais doçura do que especiarias, o pão de mel caiu nas graças dos brasileiros. Virou sabor de sorvete, ovo de Páscoa, trufa, panetone e até sobremesa de restaurante duplamente estrelado, como o Evvai. De certa forma, é o alfajor nacional. Será que é por isso que tanta gente insiste em recheá-lo com doce de leite?

Apesar dessa mania, para avaliar os pães de mel encontrados nos supermercados paulistanos, Paladar decidiu que não valia recheio, para não roubar a cena. No entanto, considerou que a casquinha de chocolate já faz tão parte do consumo, que merecia ser examinada.

O que é pão de mel?

A pergunta parece óbvia, afinal, tem pão de mel em tudo que é supermercado, caixa de padaria e até banca de jornal paulistana. Porém, no entendimento de especialistas do Brasil, o pão de mel dever ser um bolo molhadinho, e não um pão ou um biscoito ao estilo gingerbread.

Quanto ao mel, confeiteiros são unânimes ao desejarem o protagonismo do ingrediente, embora a indústria insista em relegá-lo a mero coadjuvante. Especiarias? Sim, por favor, mas de preferência recém-moídas e não em essências.

Teste às cegas com 16 marcas de pão de mel foi feito por cinco jurados especializados na Hanami Doces, na Rua Mourato Coelho. Foto Tiago Queiroz/Estadão  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Origens do pão de mel

Quando se pergunta a origem do pão de mel, não raro se fala em Rússia até desembocar na Alemanha. Mas antes do século 10, época em que registros apontam para a receita de farinha, suco de frutas e mel assada em pedras quentes dos russos, egípcios, romanos e gregos já melavam seus pães. Há indícios também que chineses preparavam massa com mel.

O pão de mel à brasileira, por sua vez, mescla os lebkuchen germânicos, os gingerbread, ou biscoitinhos ingleses de gengibre, e mais do que o pain d’épice (bolo de especiarias), as nonnetes francesas, que são mais fofinhas, úmidas e recheadas com geleias.

Influências à parte, aqui é Brasil! E, bem, pão de mel tem sotaque próprio, com direito a bastante dulçor, capas de chocolate e recheios como doce de leite e brigadeiro.

Como foi realizado o teste?

Em todas as provas realizadas por Paladar, a reportagem faz um levantamento das marcas disponíveis no mercado. E, nos dias anteriores ao teste, as amostras são adquiridas em grandes redes de supermercado da capital paulista. No caso de produtos artesanais, eles são comprados nas lojas on-line das próprias marcas de forma anônima. Ou seja, em ambos os casos, as marcas não sabem que seus produtos serão submetidos a uma degustação às cegas. O Paladar Testou é uma iniciativa 100% editorial. Além disso, o júri também não tem conhecimento de quais marcas fazem parte da seleção antes do resultado da apuração.

Em sentido horário, os jurados Eugênio e Márcia Basile, Joyce Galvão, César Yukio e Bianca Mirabili. Foto Tiago Queiroz/Estadão  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Para escolher o vencedor, um time de peso se reuniu na Hanami, confeitaria do chef, professor, empresário e tiktoker de sucesso César Yukio, no bairro de Pinheiros, por pouco mais de duas horas.

Além do próprio César, os jurados foram Bianca Mirabili, chef confeiteira do Evvai e autora de uma das versões mais impecáveis de pão de mel, Joyce Galvão, maior referência em bolos do Brasil, Márcia e Eugênio Basile, da Mbee, casal que há mais de uma década se dedica à produção de mel de terroir da Serra da Mantiqueira e é o maior agente de promoção, garimpo e incentivo das mais de 300 espécies de abelhas nativas do país.

Os melhores pães de mel

Dulca foi escolhido às cegas pelos jurados como o pão de mel vencedor Foto: Tiago Queiroz
  1. Dulca
  2. Casa Suíça
  3. Bauducco

* os valores dos produtos mencionados a seguir são de compras feitas entre os dias 21 e 26 de setembro de 2024, data do teste

As 16 marcas avaliadas pelo júri de experts em ordem alfabética

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