Cava é o nome dado ao espumante espanhol que tem sido servido em boa parte dos bares de Barcelona e se tornado cada vez mais popular. É uma bebida fresca e adaptável, podendo atender propostas descontraídas ou sérias, acompanhando porções de lula, azeitonas, mexilhões, croquetes, batatas bravas, entre outras.
A especialista em vinhos Suzana Barelli, em matéria para o Guia dos Vinhos, explica que, em Barcelona, o espumante é normalmente vendido em taças por preços que giram em torno de 6 euros, e também há a versão enlatada, que custa aproximadamente 3 euros.
Como o Cava se tornou Cava?
O título chegou na década de 1970, mesmo período em que os espumantes produzidos na região de Champanhe, na França, ganharam o termo só para si. Como efeito, outros espumantes precisaram de nomes além de ‘champanhe’, e o Cava recebeu esse nome por causa dos produtores de cava, uma rede de vinhedos que ocupam 36 mil hectares na Espanha, boa parte concentrada na Catalunha, que abrange a cidade de Barcelona.
Como é feito
Como todo espumante de alta qualidade, o cava segue um rígido protocolo de elaboração, que consiste na seleção de uvas de variedade local que foram cultivadas de forma orgânica e colhidas manualmente. No período de autólise, a bebida passa no mínimo 9 meses em contato com a levedura dentro das garrafas.
Queda na produção
Embora esteja se tornando cada vez mais popular, os últimos meses têm marcado uma queda na produção por falta de água nas regiões, um dos muitos reflexos da ebulição global. Barelli explica que muitas videiras hibernaram ou morreram, e embora o conselho de regularização da produção de Cavas tenha autorizado a irrigação dos vinhedos em 2023, não houve água o suficiente para colocar a iniciativa em prática.
Já neste ano, as chuvas aumentaram muito, chegando a granizo em determinados locais, o que comprometeu a produção de mais de 1,5 mil hectares de vinhedos.