Estudos recentes na área de marketing e negócios têm apontado que a origem de fabricação de produtos alimentícios possui influência direta com o comportamento do consumidor na hora da compra.
Alguns dos produtos clássicos quando se trata dessa preferência são os queijos, carnes e vinhos. Saber a procedência do produto, na maioria das vezes, é vista como garantia de qualidade e segurança.
Em relação ao vinho, uma pesquisa de neurociência aplicada à área do marketing da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) confirmou a tese de que a variável “país de origem” é um fator importante para consumidores com idade acima dos 48 anos.
Conforme publicação do Jornal da USP, o estudo analisou atividades cerebrais de 80 participantes, metade da geração X (nascidos entre os anos de 1966 e 1976) e metade da geração Y (nascidos entre 1977 e 1994) quando a procedência do vinho era mencionada durante a degustação da bebida.
A pesquisa apontou que as ondas cerebrais mais ativadas foram as dos consumidores do grupo da geração X. Essa atividade no cérebro acontecia quando eles degustavam o vinho brasileiro e recebiam a informação de que a bebida era brasileira ou argentina ou norte-americana.
Assim, mesmo quando tomavam somente vinho brasileiro, o fato de receberem a informação de que eles estavam degustando o vinho de outros países alterou suas respostas cerebrais.
Os resultados mostraram que o processamento cognitivo dos consumidores da geração X é mais afetado pela informação do país de origem dos vinhos do que os consumidores da geração Y. A informação do país de origem Também influencia mais a preferência dos consumidores da geração X em comparação aos consumidores da geração Y.