Qual é a origem do panetone e como ele virou queridinho dos brasileiros no Natal


Quatro histórias distintas tentam contar a invenção do panetone

Por Felipe de Paula

Quatro histórias diferentes procuram explicar a invenção do panetone - o pão doce e macio, repleto de uvas passas e frutas cristalizadas, com formato de chapéu de cozinheiro, hoje consumido no Natal em vários cantos do mundo.

A primeira e mais célebre, repetida desde o século 19, atribui sua criação a um certo Toni, ajudante da cozinha de Ludovico Sforza, o Mouro (1452-1508), duque de Milão. Não dispondo de dinheiro para o casamento da filha, ele preparou um pão doce e rico, que serviu na festa nupcial. Teria nascido assim o “pan de Toni” (dialeto milanês), posteriormente batizado de panetone.

A outra versão também envolve Sforza. Em um dos banquetes de Natal oferecidos pelo duque, o cozinheiro distraído queimou a sobremesa e a substituiu pelo enorme pão doce que o subalterno Toni fizera como experiência. Sforza gostou e perguntou o nome do que comia. Na falta de outra designação, chamaram-no “pan de Toni”.

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A terceira variante permanece relacionada ao duque. O jovem Ughetto, filho de Giacometto degli Atellani, escudeiro de Sforza, apaixonou-se por Adalgisa, filha de um padeiro. Como a moça era pobre, a família do rapaz contrariou o namoro. Mas Ughetto teve a ideia de ajudar o pai de Adalgisa a inventar um pão que fez sucesso e o tornou rico, propiciando seu casamento com a amada.

A última versão credita o panetone a uma freira doceira coincidentemente chamada Ughetta, que vivia num convento onde a falta de recursos impedia a realização da festa de Natal. A religiosa viabilizou a comemoração preparando um pão com açúcar, manteiga, ovos e pedacinhos de cidra, colocando a massa para levedar demoradamente e assando-a até ficar dourada.

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Degustação de panetones Foto: DANIEL TEIXEIRA

Apesar de românticas, essas explicações não encontram sustentação histórica. É o que mostra o pesquisador e ensaísta italiano Stanislao Porzio, no livro Il Panettone - Storia, Leggende e Segreti di un Protagonista del Natale (Guido Tommasi Editore, Milano, 2007). Segundo ele, o apetitoso pão natalino foi criado e aprimorado por autores anônimos, ao longo dos séculos.

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No Brasil

A chegada do panetone no Brasil coincide com o término da Segunda Guerra Mundial, quando os imigrantes italianos vieram em peso para o país. Por ser uma receita tradicionalmente natalina e muito querida por boa parte da população, é natural que a mesma começasse a ser repassada entre gerações após a instalação das grandes colônias italianas por aqui.

Hoje, o Panetone é uma das principais iguarias do Natal brasileiro, sendo consumido até mesmo por famílias que não têm descendência italiana.

Quatro histórias diferentes procuram explicar a invenção do panetone - o pão doce e macio, repleto de uvas passas e frutas cristalizadas, com formato de chapéu de cozinheiro, hoje consumido no Natal em vários cantos do mundo.

A primeira e mais célebre, repetida desde o século 19, atribui sua criação a um certo Toni, ajudante da cozinha de Ludovico Sforza, o Mouro (1452-1508), duque de Milão. Não dispondo de dinheiro para o casamento da filha, ele preparou um pão doce e rico, que serviu na festa nupcial. Teria nascido assim o “pan de Toni” (dialeto milanês), posteriormente batizado de panetone.

A outra versão também envolve Sforza. Em um dos banquetes de Natal oferecidos pelo duque, o cozinheiro distraído queimou a sobremesa e a substituiu pelo enorme pão doce que o subalterno Toni fizera como experiência. Sforza gostou e perguntou o nome do que comia. Na falta de outra designação, chamaram-no “pan de Toni”.

A terceira variante permanece relacionada ao duque. O jovem Ughetto, filho de Giacometto degli Atellani, escudeiro de Sforza, apaixonou-se por Adalgisa, filha de um padeiro. Como a moça era pobre, a família do rapaz contrariou o namoro. Mas Ughetto teve a ideia de ajudar o pai de Adalgisa a inventar um pão que fez sucesso e o tornou rico, propiciando seu casamento com a amada.

A última versão credita o panetone a uma freira doceira coincidentemente chamada Ughetta, que vivia num convento onde a falta de recursos impedia a realização da festa de Natal. A religiosa viabilizou a comemoração preparando um pão com açúcar, manteiga, ovos e pedacinhos de cidra, colocando a massa para levedar demoradamente e assando-a até ficar dourada.

Degustação de panetones Foto: DANIEL TEIXEIRA

Apesar de românticas, essas explicações não encontram sustentação histórica. É o que mostra o pesquisador e ensaísta italiano Stanislao Porzio, no livro Il Panettone - Storia, Leggende e Segreti di un Protagonista del Natale (Guido Tommasi Editore, Milano, 2007). Segundo ele, o apetitoso pão natalino foi criado e aprimorado por autores anônimos, ao longo dos séculos.

No Brasil

A chegada do panetone no Brasil coincide com o término da Segunda Guerra Mundial, quando os imigrantes italianos vieram em peso para o país. Por ser uma receita tradicionalmente natalina e muito querida por boa parte da população, é natural que a mesma começasse a ser repassada entre gerações após a instalação das grandes colônias italianas por aqui.

Hoje, o Panetone é uma das principais iguarias do Natal brasileiro, sendo consumido até mesmo por famílias que não têm descendência italiana.

Quatro histórias diferentes procuram explicar a invenção do panetone - o pão doce e macio, repleto de uvas passas e frutas cristalizadas, com formato de chapéu de cozinheiro, hoje consumido no Natal em vários cantos do mundo.

A primeira e mais célebre, repetida desde o século 19, atribui sua criação a um certo Toni, ajudante da cozinha de Ludovico Sforza, o Mouro (1452-1508), duque de Milão. Não dispondo de dinheiro para o casamento da filha, ele preparou um pão doce e rico, que serviu na festa nupcial. Teria nascido assim o “pan de Toni” (dialeto milanês), posteriormente batizado de panetone.

A outra versão também envolve Sforza. Em um dos banquetes de Natal oferecidos pelo duque, o cozinheiro distraído queimou a sobremesa e a substituiu pelo enorme pão doce que o subalterno Toni fizera como experiência. Sforza gostou e perguntou o nome do que comia. Na falta de outra designação, chamaram-no “pan de Toni”.

A terceira variante permanece relacionada ao duque. O jovem Ughetto, filho de Giacometto degli Atellani, escudeiro de Sforza, apaixonou-se por Adalgisa, filha de um padeiro. Como a moça era pobre, a família do rapaz contrariou o namoro. Mas Ughetto teve a ideia de ajudar o pai de Adalgisa a inventar um pão que fez sucesso e o tornou rico, propiciando seu casamento com a amada.

A última versão credita o panetone a uma freira doceira coincidentemente chamada Ughetta, que vivia num convento onde a falta de recursos impedia a realização da festa de Natal. A religiosa viabilizou a comemoração preparando um pão com açúcar, manteiga, ovos e pedacinhos de cidra, colocando a massa para levedar demoradamente e assando-a até ficar dourada.

Degustação de panetones Foto: DANIEL TEIXEIRA

Apesar de românticas, essas explicações não encontram sustentação histórica. É o que mostra o pesquisador e ensaísta italiano Stanislao Porzio, no livro Il Panettone - Storia, Leggende e Segreti di un Protagonista del Natale (Guido Tommasi Editore, Milano, 2007). Segundo ele, o apetitoso pão natalino foi criado e aprimorado por autores anônimos, ao longo dos séculos.

No Brasil

A chegada do panetone no Brasil coincide com o término da Segunda Guerra Mundial, quando os imigrantes italianos vieram em peso para o país. Por ser uma receita tradicionalmente natalina e muito querida por boa parte da população, é natural que a mesma começasse a ser repassada entre gerações após a instalação das grandes colônias italianas por aqui.

Hoje, o Panetone é uma das principais iguarias do Natal brasileiro, sendo consumido até mesmo por famílias que não têm descendência italiana.

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