Bem que tentei seguir a etiqueta no restaurante Curry’s


Nova casa de cozinha indiana, na Liberdade, serve ótimos curries acompanhados de arroz, naan, lentilha, salada, samosa e sobremesa

Por Patrícia Ferraz

Fiz feio no Curry’s, um restaurante de cozinha indiana pequenininho, muito simples e com ótimos preços, aberto há três meses, na Liberdade. Pedi um curry de camarão, mas a atrapalhação seria igual com qualquer outro pedido. Os pratos chegam à moda tradicional, o principal e os acompanhamentos são servidos em potinhos de inox, acomodados em uma bandeja redonda também de inox, com duas fatias de pão naan. Tudo bem arrumado, perfumado…

Curries chegam à mesa com naan, outros acompanhamentos e sobremesa. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Havia talheres, mas me meti a fazer como os indianos, que envolvem a comida com o pão. Só que eu simplesmente não conseguia cortar o pão como se deve. Na Índia, a mão esquerda não pode tocar a comida e, mesmo sendo destra, não houve jeito de tirar um pedaço usando uma mão só. O naan acabara de sair do forno tandoor, quentinho e elástico na medida. Puxei, insisti, recebi instruções de segurar firme com o polegar e os três dedos do meio e nada. Quando me dei conta, minha mão esquerda já tinha agarrado o naan…Gafe total.

continua após a publicidade

Daí em diante era só dobrá-lo levemente e mergulhar no pote em busca do camarão e do molho. Demorei um pouco para acertar tamanhos e proporções. Mas, mesmo com toda inabilidade e a sujeira nas mãos, não conseguia parar de comer. O curry estava denso, avermelhado, apenas levemente apimentado. Complexo e ao mesmo tempo delicado, umprimor. Os preços dos curries variam, o de camarão é R$47,90, o kofta, com bolinhos de legumes, custa R$39,90. Todos vêm com arroz, lentilha, salada, samosa e uma sobremesa.

Curries têm personalidade, cada um com sua mistura de especiarias e temperos sobre a qual os cozinheiros costumam dar apenas explicações vagas. No restaurante das indianas Kanchana e Abha não é diferente. “São seis ou oito temperos”.

Samosas servidas com molhos de tamarindo e de coentro com hortelã. Foto: Daniel Teixeira/Estadão
continua após a publicidade

As amigas e sócias tiveram uma casa de comida caseira na Barra Funda, fechada na pandemia, e agora apostam na comida da terra natal. Nascidas em partes diferentes da Índia, elas chegaram aqui acompanhando os maridos. Kanchana comanda a cozinha, com a ajuda de dois cozinheiros indianos, e Abha cuida da administração.

A comida é boa, fresca, feita na hora, exceto os molhos. O pão vai para o tandoor assim que chega o pedido. As samosas (R$15,90), recheadas de batata e ervilha com especiarias, são enroladas e fritas todos os dias. O cardápio é enxuto, mas cheio de atrações.

Na entrada, peça a pakora (R$19,90), versão indiana para o tempura japonês, ali feita apenas com batata e cebola, envolvidas em uma massa levíssima que mistura farinha de grão de bico nacional e importada. Chega sequinha e crocante, escoltada por molho de tamarindo e molho de menta e coentro. Outra boa entrada é o chicken tikka (R$25,90), pedaços de frango com iogurte e temperos.

continua após a publicidade

Já estou pensando em voltar para provar o curry de frango (R$42,90) e o de cordeiro (R$49,90). Até lá vou praticar o corte do pão...

Ah, se preferir ficar em casa por causa da pandemia, peça a comida por delivery pelo Ifood.

Serviço

continua após a publicidade

Curry's R. Thomaz Gonzaga, 45C, Liberdade Funcionamento: 11h/21h (sex. e sáb. até às 22h; fecha 2ª).

Fiz feio no Curry’s, um restaurante de cozinha indiana pequenininho, muito simples e com ótimos preços, aberto há três meses, na Liberdade. Pedi um curry de camarão, mas a atrapalhação seria igual com qualquer outro pedido. Os pratos chegam à moda tradicional, o principal e os acompanhamentos são servidos em potinhos de inox, acomodados em uma bandeja redonda também de inox, com duas fatias de pão naan. Tudo bem arrumado, perfumado…

Curries chegam à mesa com naan, outros acompanhamentos e sobremesa. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Havia talheres, mas me meti a fazer como os indianos, que envolvem a comida com o pão. Só que eu simplesmente não conseguia cortar o pão como se deve. Na Índia, a mão esquerda não pode tocar a comida e, mesmo sendo destra, não houve jeito de tirar um pedaço usando uma mão só. O naan acabara de sair do forno tandoor, quentinho e elástico na medida. Puxei, insisti, recebi instruções de segurar firme com o polegar e os três dedos do meio e nada. Quando me dei conta, minha mão esquerda já tinha agarrado o naan…Gafe total.

Daí em diante era só dobrá-lo levemente e mergulhar no pote em busca do camarão e do molho. Demorei um pouco para acertar tamanhos e proporções. Mas, mesmo com toda inabilidade e a sujeira nas mãos, não conseguia parar de comer. O curry estava denso, avermelhado, apenas levemente apimentado. Complexo e ao mesmo tempo delicado, umprimor. Os preços dos curries variam, o de camarão é R$47,90, o kofta, com bolinhos de legumes, custa R$39,90. Todos vêm com arroz, lentilha, salada, samosa e uma sobremesa.

Curries têm personalidade, cada um com sua mistura de especiarias e temperos sobre a qual os cozinheiros costumam dar apenas explicações vagas. No restaurante das indianas Kanchana e Abha não é diferente. “São seis ou oito temperos”.

Samosas servidas com molhos de tamarindo e de coentro com hortelã. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

As amigas e sócias tiveram uma casa de comida caseira na Barra Funda, fechada na pandemia, e agora apostam na comida da terra natal. Nascidas em partes diferentes da Índia, elas chegaram aqui acompanhando os maridos. Kanchana comanda a cozinha, com a ajuda de dois cozinheiros indianos, e Abha cuida da administração.

A comida é boa, fresca, feita na hora, exceto os molhos. O pão vai para o tandoor assim que chega o pedido. As samosas (R$15,90), recheadas de batata e ervilha com especiarias, são enroladas e fritas todos os dias. O cardápio é enxuto, mas cheio de atrações.

Na entrada, peça a pakora (R$19,90), versão indiana para o tempura japonês, ali feita apenas com batata e cebola, envolvidas em uma massa levíssima que mistura farinha de grão de bico nacional e importada. Chega sequinha e crocante, escoltada por molho de tamarindo e molho de menta e coentro. Outra boa entrada é o chicken tikka (R$25,90), pedaços de frango com iogurte e temperos.

Já estou pensando em voltar para provar o curry de frango (R$42,90) e o de cordeiro (R$49,90). Até lá vou praticar o corte do pão...

Ah, se preferir ficar em casa por causa da pandemia, peça a comida por delivery pelo Ifood.

Serviço

Curry's R. Thomaz Gonzaga, 45C, Liberdade Funcionamento: 11h/21h (sex. e sáb. até às 22h; fecha 2ª).

Fiz feio no Curry’s, um restaurante de cozinha indiana pequenininho, muito simples e com ótimos preços, aberto há três meses, na Liberdade. Pedi um curry de camarão, mas a atrapalhação seria igual com qualquer outro pedido. Os pratos chegam à moda tradicional, o principal e os acompanhamentos são servidos em potinhos de inox, acomodados em uma bandeja redonda também de inox, com duas fatias de pão naan. Tudo bem arrumado, perfumado…

Curries chegam à mesa com naan, outros acompanhamentos e sobremesa. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Havia talheres, mas me meti a fazer como os indianos, que envolvem a comida com o pão. Só que eu simplesmente não conseguia cortar o pão como se deve. Na Índia, a mão esquerda não pode tocar a comida e, mesmo sendo destra, não houve jeito de tirar um pedaço usando uma mão só. O naan acabara de sair do forno tandoor, quentinho e elástico na medida. Puxei, insisti, recebi instruções de segurar firme com o polegar e os três dedos do meio e nada. Quando me dei conta, minha mão esquerda já tinha agarrado o naan…Gafe total.

Daí em diante era só dobrá-lo levemente e mergulhar no pote em busca do camarão e do molho. Demorei um pouco para acertar tamanhos e proporções. Mas, mesmo com toda inabilidade e a sujeira nas mãos, não conseguia parar de comer. O curry estava denso, avermelhado, apenas levemente apimentado. Complexo e ao mesmo tempo delicado, umprimor. Os preços dos curries variam, o de camarão é R$47,90, o kofta, com bolinhos de legumes, custa R$39,90. Todos vêm com arroz, lentilha, salada, samosa e uma sobremesa.

Curries têm personalidade, cada um com sua mistura de especiarias e temperos sobre a qual os cozinheiros costumam dar apenas explicações vagas. No restaurante das indianas Kanchana e Abha não é diferente. “São seis ou oito temperos”.

Samosas servidas com molhos de tamarindo e de coentro com hortelã. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

As amigas e sócias tiveram uma casa de comida caseira na Barra Funda, fechada na pandemia, e agora apostam na comida da terra natal. Nascidas em partes diferentes da Índia, elas chegaram aqui acompanhando os maridos. Kanchana comanda a cozinha, com a ajuda de dois cozinheiros indianos, e Abha cuida da administração.

A comida é boa, fresca, feita na hora, exceto os molhos. O pão vai para o tandoor assim que chega o pedido. As samosas (R$15,90), recheadas de batata e ervilha com especiarias, são enroladas e fritas todos os dias. O cardápio é enxuto, mas cheio de atrações.

Na entrada, peça a pakora (R$19,90), versão indiana para o tempura japonês, ali feita apenas com batata e cebola, envolvidas em uma massa levíssima que mistura farinha de grão de bico nacional e importada. Chega sequinha e crocante, escoltada por molho de tamarindo e molho de menta e coentro. Outra boa entrada é o chicken tikka (R$25,90), pedaços de frango com iogurte e temperos.

Já estou pensando em voltar para provar o curry de frango (R$42,90) e o de cordeiro (R$49,90). Até lá vou praticar o corte do pão...

Ah, se preferir ficar em casa por causa da pandemia, peça a comida por delivery pelo Ifood.

Serviço

Curry's R. Thomaz Gonzaga, 45C, Liberdade Funcionamento: 11h/21h (sex. e sáb. até às 22h; fecha 2ª).

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.