Buenos Aires: uma seleção de restaurantes novos e antigos que valem a visita


Comer e beber bem faz parte do programa na cidade que está em grande fase gastronômica apesar da crise no país

Por Patrícia Ferraz

A capital argentina está em ótima fase gastronômica, apesar da crise econômica no país – vai sediar o 50 Best América Latina, em outubro, e há fortes rumores de que o guia Michelin vai desembarcar por lá em breve.

E não por acaso. Entre clássicos que só poderiam existir ali, como a parrilla Don Julio, e novidades como Niño Gordo, que cabe em qualquer lugar do mundo, comer e beber bem faz parte do programa na cidade. Abaixo, veja os lugares que você precisa conhecer:

● Obrigatório

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Don Julio

Quando você chega a Buenos Aires, quer carne e vinho, certo? Então, vá direto para a Parrila Don Julio. Ela tem tudo o que se espera de uma parrilla e otras cositas más. Vai ter fila. Mas a espera é amenizada por taças de espumante e mini-empanadas como cortesia. Das parrillas, logo na entrada do salão, saem todos os cortes argentinos.

As carnes vêm ao ponto, a menos que você peça diferente (mas não peça, não, deixa os caras fazerem seu melhor). Na sobremesa, vá de crepe de doce de leite, grelhado. A adega é espetacular e só tem vinhos argentinos: são 14 mil garrafas guardadas numa cave no subsolo. Não é um lugar barato, mas o gasto médio é de R$ 80 a R$ 100 por pessoa, incluindo vinho (dependendo do rótulo, claro). É o 34º no 50 Best 2019.Serviço Guatemala 4699. Palermo Viejo.  parrilladonjulio.com.

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Ambiente do restaurante Don Julio Foto: Don Julio

 

● Pop

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Niño Gordo

O Niño Gordo é a sensação atual em Buenos Aires. Um lugar divertido, cheio de humor – dos bonecos de personagens orientais de animês que decoram o balcão, à luz vermelha do salão principal, passando pelas modernas figuras tatuadas e de bonés montando pratos em ritmo frenético. A comida lembra a de izakayas, mas não se inspira só no Japão, passa pela Coreia, Tailândia, China e, pela Argentina, é claro.

Pratos e porções são surpreendentes como tataki de chorizo com emulsão de wasabi, arroz, ovo curado; ou katsu sando de bife de chorizo, com redução de cebola, alho e gengibre. Tem mollejas com milho, acelga e chili; ojo de bife com gengibre, maçã, alga (para enrolar em folhas de acelga e comer!). Ah, tem ainda lagostins com alho, gengibre servido com pancetta glaceada e purê de coco com couve. Na sobremesa, o flan de missô é imperdível.Serviço Thames 181, Palermo Soho.

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Tataki de chorizo do restaurante Niño Gordo Foto: Niño Gordo

● Sanduba

Chori

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O choripán – pão com linguiça – é o sanduba mais popular na Argentina inteira, rústico e basicão. E não é que alguém teve a ideia de investir nos detalhes desse clássico? Pão artesanal, linguiça feita na casa, molhos criativos, boa vizinhança. Você tem que provar.Serviço Thames 1653. Palermo.

Hambúrguer do restaurante Chori Foto: Chori

● Das antigas

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El Obrero

É um bodegón antigo e cultuadíssimo, na Boca. Muitas celebridades já passaram por lá. Pouca coisa mudou no salão inaugurado em 1952 decorado com fotos, flâmulas e camisas de futebol. O cardápio também é das antigas: muitos pratos, comida farta e barata. Nada é maravilhoso, mas a comida no geral é boa.

Comece pela tortilla de batatas, bem feita. Outra especialidade é a berinjela a escabeche. Também tem matambrito e a dupla obrigatória na capital portenha: milanesa e fritas. Tem massas recheadas – mas essas você não precisa pedir. Lugar simples, mas bem divertido.Serviço Agustín R. Caffarena 64, Boca. 

Fritas àlo pobre Foto: El Obrero

 

● Conceitual

Tegui

Moderno, conceitual e autoral, a casa de Germán Martitegui é a 11º do ranking dos 50 melhores restaurantes da América Latina. Só tem menu-degustação, com dez pratos à base de produtos argentinos, instigantes, mas nem sempre fáceis.Serviço Costa Rica 5852, Palermo.www.tegui.com.ar.

● Top

Chila

Logo na entrada, uma vitrine moderna e baixinha dá uma pista do que você vai encontrar no Chila: produtos argentinos de terroir. Mas esqueça a ideia de cozinha típica, caricata. O Chila é o 19º no ranking dos 50 melhores restaurantes da América Latina. Cozinha autoral, contemporânea, servida como menu-degustação. A refeição começa com snacks, que incluem alfajor de morcilla, kombucha de mate, torta de milho e lagostins, entre outras criações.

As carnes são maturadas na casa por 40 dias e surgem em pratos de sabores complexos – elas são precedidas por uma bandeja de facas artesanais forjadas na Argentina. Você escolhe a sua faca. O melhor da degustação? Achei que fossem as lentilhas com kimchi, mas aí veio a corvina com leite de avelã, tostado de castanha, caracol marinho e azeite de salsinha...Serviço Av. Alicia Moreau de Justo 1160, Puerto Madero. www.chilarestaurant.com.

Trout tartine Foto: Chila

 

● Vibrante

Narda Comedor

Vá ao restaurante da celebridade televisiva Narda Lopes mas não espere nada típico. O Narda Comedor poderia estar em qualquer cidade. É comida natural e saudável, mas de produto, vibrante e cheia de ousadia na combinação de sabores. Tem pão artesanal e muitos pratos para compartilhar. Um bom exemplo? Tempurá de berinjela, iogurte picante, ketchup caseiro e amendoim. Ainda por cima é barato. O menu executivo no almoço custa cerca de R$ 45 (450 pesos).Serviço Mariscal Antonio José de Sucre 664, Belgrano.www.nardacomedor.com.

Ambiente do restaurante Foto: Narda Comedor

● Nada Secreto

Nuestro Secreto

Atravesse o saguão do Four Seasons, vá para o jardim nos fundos do hotel. É ali que fica o nuestro secreto (nosso segredo), com parede e tetos de vidro e uma ampla parrilla de onde saem os pratos – da empanada à provoleta de cabra tostadinha, passando por todas as carnes.Serviço Calle Posadas 1086. Recoleta.

Parrilla do Nuestro Secreto Foto: Nuestro Secreto

A capital argentina está em ótima fase gastronômica, apesar da crise econômica no país – vai sediar o 50 Best América Latina, em outubro, e há fortes rumores de que o guia Michelin vai desembarcar por lá em breve.

E não por acaso. Entre clássicos que só poderiam existir ali, como a parrilla Don Julio, e novidades como Niño Gordo, que cabe em qualquer lugar do mundo, comer e beber bem faz parte do programa na cidade. Abaixo, veja os lugares que você precisa conhecer:

● Obrigatório

Don Julio

Quando você chega a Buenos Aires, quer carne e vinho, certo? Então, vá direto para a Parrila Don Julio. Ela tem tudo o que se espera de uma parrilla e otras cositas más. Vai ter fila. Mas a espera é amenizada por taças de espumante e mini-empanadas como cortesia. Das parrillas, logo na entrada do salão, saem todos os cortes argentinos.

As carnes vêm ao ponto, a menos que você peça diferente (mas não peça, não, deixa os caras fazerem seu melhor). Na sobremesa, vá de crepe de doce de leite, grelhado. A adega é espetacular e só tem vinhos argentinos: são 14 mil garrafas guardadas numa cave no subsolo. Não é um lugar barato, mas o gasto médio é de R$ 80 a R$ 100 por pessoa, incluindo vinho (dependendo do rótulo, claro). É o 34º no 50 Best 2019.Serviço Guatemala 4699. Palermo Viejo.  parrilladonjulio.com.

Ambiente do restaurante Don Julio Foto: Don Julio

 

● Pop

Niño Gordo

O Niño Gordo é a sensação atual em Buenos Aires. Um lugar divertido, cheio de humor – dos bonecos de personagens orientais de animês que decoram o balcão, à luz vermelha do salão principal, passando pelas modernas figuras tatuadas e de bonés montando pratos em ritmo frenético. A comida lembra a de izakayas, mas não se inspira só no Japão, passa pela Coreia, Tailândia, China e, pela Argentina, é claro.

Pratos e porções são surpreendentes como tataki de chorizo com emulsão de wasabi, arroz, ovo curado; ou katsu sando de bife de chorizo, com redução de cebola, alho e gengibre. Tem mollejas com milho, acelga e chili; ojo de bife com gengibre, maçã, alga (para enrolar em folhas de acelga e comer!). Ah, tem ainda lagostins com alho, gengibre servido com pancetta glaceada e purê de coco com couve. Na sobremesa, o flan de missô é imperdível.Serviço Thames 181, Palermo Soho.

Tataki de chorizo do restaurante Niño Gordo Foto: Niño Gordo

● Sanduba

Chori

O choripán – pão com linguiça – é o sanduba mais popular na Argentina inteira, rústico e basicão. E não é que alguém teve a ideia de investir nos detalhes desse clássico? Pão artesanal, linguiça feita na casa, molhos criativos, boa vizinhança. Você tem que provar.Serviço Thames 1653. Palermo.

Hambúrguer do restaurante Chori Foto: Chori

● Das antigas

El Obrero

É um bodegón antigo e cultuadíssimo, na Boca. Muitas celebridades já passaram por lá. Pouca coisa mudou no salão inaugurado em 1952 decorado com fotos, flâmulas e camisas de futebol. O cardápio também é das antigas: muitos pratos, comida farta e barata. Nada é maravilhoso, mas a comida no geral é boa.

Comece pela tortilla de batatas, bem feita. Outra especialidade é a berinjela a escabeche. Também tem matambrito e a dupla obrigatória na capital portenha: milanesa e fritas. Tem massas recheadas – mas essas você não precisa pedir. Lugar simples, mas bem divertido.Serviço Agustín R. Caffarena 64, Boca. 

Fritas àlo pobre Foto: El Obrero

 

● Conceitual

Tegui

Moderno, conceitual e autoral, a casa de Germán Martitegui é a 11º do ranking dos 50 melhores restaurantes da América Latina. Só tem menu-degustação, com dez pratos à base de produtos argentinos, instigantes, mas nem sempre fáceis.Serviço Costa Rica 5852, Palermo.www.tegui.com.ar.

● Top

Chila

Logo na entrada, uma vitrine moderna e baixinha dá uma pista do que você vai encontrar no Chila: produtos argentinos de terroir. Mas esqueça a ideia de cozinha típica, caricata. O Chila é o 19º no ranking dos 50 melhores restaurantes da América Latina. Cozinha autoral, contemporânea, servida como menu-degustação. A refeição começa com snacks, que incluem alfajor de morcilla, kombucha de mate, torta de milho e lagostins, entre outras criações.

As carnes são maturadas na casa por 40 dias e surgem em pratos de sabores complexos – elas são precedidas por uma bandeja de facas artesanais forjadas na Argentina. Você escolhe a sua faca. O melhor da degustação? Achei que fossem as lentilhas com kimchi, mas aí veio a corvina com leite de avelã, tostado de castanha, caracol marinho e azeite de salsinha...Serviço Av. Alicia Moreau de Justo 1160, Puerto Madero. www.chilarestaurant.com.

Trout tartine Foto: Chila

 

● Vibrante

Narda Comedor

Vá ao restaurante da celebridade televisiva Narda Lopes mas não espere nada típico. O Narda Comedor poderia estar em qualquer cidade. É comida natural e saudável, mas de produto, vibrante e cheia de ousadia na combinação de sabores. Tem pão artesanal e muitos pratos para compartilhar. Um bom exemplo? Tempurá de berinjela, iogurte picante, ketchup caseiro e amendoim. Ainda por cima é barato. O menu executivo no almoço custa cerca de R$ 45 (450 pesos).Serviço Mariscal Antonio José de Sucre 664, Belgrano.www.nardacomedor.com.

Ambiente do restaurante Foto: Narda Comedor

● Nada Secreto

Nuestro Secreto

Atravesse o saguão do Four Seasons, vá para o jardim nos fundos do hotel. É ali que fica o nuestro secreto (nosso segredo), com parede e tetos de vidro e uma ampla parrilla de onde saem os pratos – da empanada à provoleta de cabra tostadinha, passando por todas as carnes.Serviço Calle Posadas 1086. Recoleta.

Parrilla do Nuestro Secreto Foto: Nuestro Secreto

A capital argentina está em ótima fase gastronômica, apesar da crise econômica no país – vai sediar o 50 Best América Latina, em outubro, e há fortes rumores de que o guia Michelin vai desembarcar por lá em breve.

E não por acaso. Entre clássicos que só poderiam existir ali, como a parrilla Don Julio, e novidades como Niño Gordo, que cabe em qualquer lugar do mundo, comer e beber bem faz parte do programa na cidade. Abaixo, veja os lugares que você precisa conhecer:

● Obrigatório

Don Julio

Quando você chega a Buenos Aires, quer carne e vinho, certo? Então, vá direto para a Parrila Don Julio. Ela tem tudo o que se espera de uma parrilla e otras cositas más. Vai ter fila. Mas a espera é amenizada por taças de espumante e mini-empanadas como cortesia. Das parrillas, logo na entrada do salão, saem todos os cortes argentinos.

As carnes vêm ao ponto, a menos que você peça diferente (mas não peça, não, deixa os caras fazerem seu melhor). Na sobremesa, vá de crepe de doce de leite, grelhado. A adega é espetacular e só tem vinhos argentinos: são 14 mil garrafas guardadas numa cave no subsolo. Não é um lugar barato, mas o gasto médio é de R$ 80 a R$ 100 por pessoa, incluindo vinho (dependendo do rótulo, claro). É o 34º no 50 Best 2019.Serviço Guatemala 4699. Palermo Viejo.  parrilladonjulio.com.

Ambiente do restaurante Don Julio Foto: Don Julio

 

● Pop

Niño Gordo

O Niño Gordo é a sensação atual em Buenos Aires. Um lugar divertido, cheio de humor – dos bonecos de personagens orientais de animês que decoram o balcão, à luz vermelha do salão principal, passando pelas modernas figuras tatuadas e de bonés montando pratos em ritmo frenético. A comida lembra a de izakayas, mas não se inspira só no Japão, passa pela Coreia, Tailândia, China e, pela Argentina, é claro.

Pratos e porções são surpreendentes como tataki de chorizo com emulsão de wasabi, arroz, ovo curado; ou katsu sando de bife de chorizo, com redução de cebola, alho e gengibre. Tem mollejas com milho, acelga e chili; ojo de bife com gengibre, maçã, alga (para enrolar em folhas de acelga e comer!). Ah, tem ainda lagostins com alho, gengibre servido com pancetta glaceada e purê de coco com couve. Na sobremesa, o flan de missô é imperdível.Serviço Thames 181, Palermo Soho.

Tataki de chorizo do restaurante Niño Gordo Foto: Niño Gordo

● Sanduba

Chori

O choripán – pão com linguiça – é o sanduba mais popular na Argentina inteira, rústico e basicão. E não é que alguém teve a ideia de investir nos detalhes desse clássico? Pão artesanal, linguiça feita na casa, molhos criativos, boa vizinhança. Você tem que provar.Serviço Thames 1653. Palermo.

Hambúrguer do restaurante Chori Foto: Chori

● Das antigas

El Obrero

É um bodegón antigo e cultuadíssimo, na Boca. Muitas celebridades já passaram por lá. Pouca coisa mudou no salão inaugurado em 1952 decorado com fotos, flâmulas e camisas de futebol. O cardápio também é das antigas: muitos pratos, comida farta e barata. Nada é maravilhoso, mas a comida no geral é boa.

Comece pela tortilla de batatas, bem feita. Outra especialidade é a berinjela a escabeche. Também tem matambrito e a dupla obrigatória na capital portenha: milanesa e fritas. Tem massas recheadas – mas essas você não precisa pedir. Lugar simples, mas bem divertido.Serviço Agustín R. Caffarena 64, Boca. 

Fritas àlo pobre Foto: El Obrero

 

● Conceitual

Tegui

Moderno, conceitual e autoral, a casa de Germán Martitegui é a 11º do ranking dos 50 melhores restaurantes da América Latina. Só tem menu-degustação, com dez pratos à base de produtos argentinos, instigantes, mas nem sempre fáceis.Serviço Costa Rica 5852, Palermo.www.tegui.com.ar.

● Top

Chila

Logo na entrada, uma vitrine moderna e baixinha dá uma pista do que você vai encontrar no Chila: produtos argentinos de terroir. Mas esqueça a ideia de cozinha típica, caricata. O Chila é o 19º no ranking dos 50 melhores restaurantes da América Latina. Cozinha autoral, contemporânea, servida como menu-degustação. A refeição começa com snacks, que incluem alfajor de morcilla, kombucha de mate, torta de milho e lagostins, entre outras criações.

As carnes são maturadas na casa por 40 dias e surgem em pratos de sabores complexos – elas são precedidas por uma bandeja de facas artesanais forjadas na Argentina. Você escolhe a sua faca. O melhor da degustação? Achei que fossem as lentilhas com kimchi, mas aí veio a corvina com leite de avelã, tostado de castanha, caracol marinho e azeite de salsinha...Serviço Av. Alicia Moreau de Justo 1160, Puerto Madero. www.chilarestaurant.com.

Trout tartine Foto: Chila

 

● Vibrante

Narda Comedor

Vá ao restaurante da celebridade televisiva Narda Lopes mas não espere nada típico. O Narda Comedor poderia estar em qualquer cidade. É comida natural e saudável, mas de produto, vibrante e cheia de ousadia na combinação de sabores. Tem pão artesanal e muitos pratos para compartilhar. Um bom exemplo? Tempurá de berinjela, iogurte picante, ketchup caseiro e amendoim. Ainda por cima é barato. O menu executivo no almoço custa cerca de R$ 45 (450 pesos).Serviço Mariscal Antonio José de Sucre 664, Belgrano.www.nardacomedor.com.

Ambiente do restaurante Foto: Narda Comedor

● Nada Secreto

Nuestro Secreto

Atravesse o saguão do Four Seasons, vá para o jardim nos fundos do hotel. É ali que fica o nuestro secreto (nosso segredo), com parede e tetos de vidro e uma ampla parrilla de onde saem os pratos – da empanada à provoleta de cabra tostadinha, passando por todas as carnes.Serviço Calle Posadas 1086. Recoleta.

Parrilla do Nuestro Secreto Foto: Nuestro Secreto

A capital argentina está em ótima fase gastronômica, apesar da crise econômica no país – vai sediar o 50 Best América Latina, em outubro, e há fortes rumores de que o guia Michelin vai desembarcar por lá em breve.

E não por acaso. Entre clássicos que só poderiam existir ali, como a parrilla Don Julio, e novidades como Niño Gordo, que cabe em qualquer lugar do mundo, comer e beber bem faz parte do programa na cidade. Abaixo, veja os lugares que você precisa conhecer:

● Obrigatório

Don Julio

Quando você chega a Buenos Aires, quer carne e vinho, certo? Então, vá direto para a Parrila Don Julio. Ela tem tudo o que se espera de uma parrilla e otras cositas más. Vai ter fila. Mas a espera é amenizada por taças de espumante e mini-empanadas como cortesia. Das parrillas, logo na entrada do salão, saem todos os cortes argentinos.

As carnes vêm ao ponto, a menos que você peça diferente (mas não peça, não, deixa os caras fazerem seu melhor). Na sobremesa, vá de crepe de doce de leite, grelhado. A adega é espetacular e só tem vinhos argentinos: são 14 mil garrafas guardadas numa cave no subsolo. Não é um lugar barato, mas o gasto médio é de R$ 80 a R$ 100 por pessoa, incluindo vinho (dependendo do rótulo, claro). É o 34º no 50 Best 2019.Serviço Guatemala 4699. Palermo Viejo.  parrilladonjulio.com.

Ambiente do restaurante Don Julio Foto: Don Julio

 

● Pop

Niño Gordo

O Niño Gordo é a sensação atual em Buenos Aires. Um lugar divertido, cheio de humor – dos bonecos de personagens orientais de animês que decoram o balcão, à luz vermelha do salão principal, passando pelas modernas figuras tatuadas e de bonés montando pratos em ritmo frenético. A comida lembra a de izakayas, mas não se inspira só no Japão, passa pela Coreia, Tailândia, China e, pela Argentina, é claro.

Pratos e porções são surpreendentes como tataki de chorizo com emulsão de wasabi, arroz, ovo curado; ou katsu sando de bife de chorizo, com redução de cebola, alho e gengibre. Tem mollejas com milho, acelga e chili; ojo de bife com gengibre, maçã, alga (para enrolar em folhas de acelga e comer!). Ah, tem ainda lagostins com alho, gengibre servido com pancetta glaceada e purê de coco com couve. Na sobremesa, o flan de missô é imperdível.Serviço Thames 181, Palermo Soho.

Tataki de chorizo do restaurante Niño Gordo Foto: Niño Gordo

● Sanduba

Chori

O choripán – pão com linguiça – é o sanduba mais popular na Argentina inteira, rústico e basicão. E não é que alguém teve a ideia de investir nos detalhes desse clássico? Pão artesanal, linguiça feita na casa, molhos criativos, boa vizinhança. Você tem que provar.Serviço Thames 1653. Palermo.

Hambúrguer do restaurante Chori Foto: Chori

● Das antigas

El Obrero

É um bodegón antigo e cultuadíssimo, na Boca. Muitas celebridades já passaram por lá. Pouca coisa mudou no salão inaugurado em 1952 decorado com fotos, flâmulas e camisas de futebol. O cardápio também é das antigas: muitos pratos, comida farta e barata. Nada é maravilhoso, mas a comida no geral é boa.

Comece pela tortilla de batatas, bem feita. Outra especialidade é a berinjela a escabeche. Também tem matambrito e a dupla obrigatória na capital portenha: milanesa e fritas. Tem massas recheadas – mas essas você não precisa pedir. Lugar simples, mas bem divertido.Serviço Agustín R. Caffarena 64, Boca. 

Fritas àlo pobre Foto: El Obrero

 

● Conceitual

Tegui

Moderno, conceitual e autoral, a casa de Germán Martitegui é a 11º do ranking dos 50 melhores restaurantes da América Latina. Só tem menu-degustação, com dez pratos à base de produtos argentinos, instigantes, mas nem sempre fáceis.Serviço Costa Rica 5852, Palermo.www.tegui.com.ar.

● Top

Chila

Logo na entrada, uma vitrine moderna e baixinha dá uma pista do que você vai encontrar no Chila: produtos argentinos de terroir. Mas esqueça a ideia de cozinha típica, caricata. O Chila é o 19º no ranking dos 50 melhores restaurantes da América Latina. Cozinha autoral, contemporânea, servida como menu-degustação. A refeição começa com snacks, que incluem alfajor de morcilla, kombucha de mate, torta de milho e lagostins, entre outras criações.

As carnes são maturadas na casa por 40 dias e surgem em pratos de sabores complexos – elas são precedidas por uma bandeja de facas artesanais forjadas na Argentina. Você escolhe a sua faca. O melhor da degustação? Achei que fossem as lentilhas com kimchi, mas aí veio a corvina com leite de avelã, tostado de castanha, caracol marinho e azeite de salsinha...Serviço Av. Alicia Moreau de Justo 1160, Puerto Madero. www.chilarestaurant.com.

Trout tartine Foto: Chila

 

● Vibrante

Narda Comedor

Vá ao restaurante da celebridade televisiva Narda Lopes mas não espere nada típico. O Narda Comedor poderia estar em qualquer cidade. É comida natural e saudável, mas de produto, vibrante e cheia de ousadia na combinação de sabores. Tem pão artesanal e muitos pratos para compartilhar. Um bom exemplo? Tempurá de berinjela, iogurte picante, ketchup caseiro e amendoim. Ainda por cima é barato. O menu executivo no almoço custa cerca de R$ 45 (450 pesos).Serviço Mariscal Antonio José de Sucre 664, Belgrano.www.nardacomedor.com.

Ambiente do restaurante Foto: Narda Comedor

● Nada Secreto

Nuestro Secreto

Atravesse o saguão do Four Seasons, vá para o jardim nos fundos do hotel. É ali que fica o nuestro secreto (nosso segredo), com parede e tetos de vidro e uma ampla parrilla de onde saem os pratos – da empanada à provoleta de cabra tostadinha, passando por todas as carnes.Serviço Calle Posadas 1086. Recoleta.

Parrilla do Nuestro Secreto Foto: Nuestro Secreto

A capital argentina está em ótima fase gastronômica, apesar da crise econômica no país – vai sediar o 50 Best América Latina, em outubro, e há fortes rumores de que o guia Michelin vai desembarcar por lá em breve.

E não por acaso. Entre clássicos que só poderiam existir ali, como a parrilla Don Julio, e novidades como Niño Gordo, que cabe em qualquer lugar do mundo, comer e beber bem faz parte do programa na cidade. Abaixo, veja os lugares que você precisa conhecer:

● Obrigatório

Don Julio

Quando você chega a Buenos Aires, quer carne e vinho, certo? Então, vá direto para a Parrila Don Julio. Ela tem tudo o que se espera de uma parrilla e otras cositas más. Vai ter fila. Mas a espera é amenizada por taças de espumante e mini-empanadas como cortesia. Das parrillas, logo na entrada do salão, saem todos os cortes argentinos.

As carnes vêm ao ponto, a menos que você peça diferente (mas não peça, não, deixa os caras fazerem seu melhor). Na sobremesa, vá de crepe de doce de leite, grelhado. A adega é espetacular e só tem vinhos argentinos: são 14 mil garrafas guardadas numa cave no subsolo. Não é um lugar barato, mas o gasto médio é de R$ 80 a R$ 100 por pessoa, incluindo vinho (dependendo do rótulo, claro). É o 34º no 50 Best 2019.Serviço Guatemala 4699. Palermo Viejo.  parrilladonjulio.com.

Ambiente do restaurante Don Julio Foto: Don Julio

 

● Pop

Niño Gordo

O Niño Gordo é a sensação atual em Buenos Aires. Um lugar divertido, cheio de humor – dos bonecos de personagens orientais de animês que decoram o balcão, à luz vermelha do salão principal, passando pelas modernas figuras tatuadas e de bonés montando pratos em ritmo frenético. A comida lembra a de izakayas, mas não se inspira só no Japão, passa pela Coreia, Tailândia, China e, pela Argentina, é claro.

Pratos e porções são surpreendentes como tataki de chorizo com emulsão de wasabi, arroz, ovo curado; ou katsu sando de bife de chorizo, com redução de cebola, alho e gengibre. Tem mollejas com milho, acelga e chili; ojo de bife com gengibre, maçã, alga (para enrolar em folhas de acelga e comer!). Ah, tem ainda lagostins com alho, gengibre servido com pancetta glaceada e purê de coco com couve. Na sobremesa, o flan de missô é imperdível.Serviço Thames 181, Palermo Soho.

Tataki de chorizo do restaurante Niño Gordo Foto: Niño Gordo

● Sanduba

Chori

O choripán – pão com linguiça – é o sanduba mais popular na Argentina inteira, rústico e basicão. E não é que alguém teve a ideia de investir nos detalhes desse clássico? Pão artesanal, linguiça feita na casa, molhos criativos, boa vizinhança. Você tem que provar.Serviço Thames 1653. Palermo.

Hambúrguer do restaurante Chori Foto: Chori

● Das antigas

El Obrero

É um bodegón antigo e cultuadíssimo, na Boca. Muitas celebridades já passaram por lá. Pouca coisa mudou no salão inaugurado em 1952 decorado com fotos, flâmulas e camisas de futebol. O cardápio também é das antigas: muitos pratos, comida farta e barata. Nada é maravilhoso, mas a comida no geral é boa.

Comece pela tortilla de batatas, bem feita. Outra especialidade é a berinjela a escabeche. Também tem matambrito e a dupla obrigatória na capital portenha: milanesa e fritas. Tem massas recheadas – mas essas você não precisa pedir. Lugar simples, mas bem divertido.Serviço Agustín R. Caffarena 64, Boca. 

Fritas àlo pobre Foto: El Obrero

 

● Conceitual

Tegui

Moderno, conceitual e autoral, a casa de Germán Martitegui é a 11º do ranking dos 50 melhores restaurantes da América Latina. Só tem menu-degustação, com dez pratos à base de produtos argentinos, instigantes, mas nem sempre fáceis.Serviço Costa Rica 5852, Palermo.www.tegui.com.ar.

● Top

Chila

Logo na entrada, uma vitrine moderna e baixinha dá uma pista do que você vai encontrar no Chila: produtos argentinos de terroir. Mas esqueça a ideia de cozinha típica, caricata. O Chila é o 19º no ranking dos 50 melhores restaurantes da América Latina. Cozinha autoral, contemporânea, servida como menu-degustação. A refeição começa com snacks, que incluem alfajor de morcilla, kombucha de mate, torta de milho e lagostins, entre outras criações.

As carnes são maturadas na casa por 40 dias e surgem em pratos de sabores complexos – elas são precedidas por uma bandeja de facas artesanais forjadas na Argentina. Você escolhe a sua faca. O melhor da degustação? Achei que fossem as lentilhas com kimchi, mas aí veio a corvina com leite de avelã, tostado de castanha, caracol marinho e azeite de salsinha...Serviço Av. Alicia Moreau de Justo 1160, Puerto Madero. www.chilarestaurant.com.

Trout tartine Foto: Chila

 

● Vibrante

Narda Comedor

Vá ao restaurante da celebridade televisiva Narda Lopes mas não espere nada típico. O Narda Comedor poderia estar em qualquer cidade. É comida natural e saudável, mas de produto, vibrante e cheia de ousadia na combinação de sabores. Tem pão artesanal e muitos pratos para compartilhar. Um bom exemplo? Tempurá de berinjela, iogurte picante, ketchup caseiro e amendoim. Ainda por cima é barato. O menu executivo no almoço custa cerca de R$ 45 (450 pesos).Serviço Mariscal Antonio José de Sucre 664, Belgrano.www.nardacomedor.com.

Ambiente do restaurante Foto: Narda Comedor

● Nada Secreto

Nuestro Secreto

Atravesse o saguão do Four Seasons, vá para o jardim nos fundos do hotel. É ali que fica o nuestro secreto (nosso segredo), com parede e tetos de vidro e uma ampla parrilla de onde saem os pratos – da empanada à provoleta de cabra tostadinha, passando por todas as carnes.Serviço Calle Posadas 1086. Recoleta.

Parrilla do Nuestro Secreto Foto: Nuestro Secreto

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