A Casa do Porco fica entre os 10 melhores restaurantes do mundo de 2022


Geranium, na Dinamarca, conquista a primeira colocação no ranking. Restaurante de Janaina e Jefferson Rueda sobe 10 posições e fica com o 7ª lugar, carioca Oteque estreia na 47ª posição

Por Redação Paladar
Atualização:
Janaína e Jefferson Rueda, na cerimônia do 50 Best 2022 Foto: Maria Vargas

A Casa do Porco conquistou, pela primeira vez, um lugar entre os 10 melhores restaurantes do mundo. A casa dos chefs Janaina e Jefferson Rueda ficou com a 7ª colocação no ranking - a melhor colocação para um restaurante brasileiro na lista do 50 Best 2022. Na edição do ano passado, o restaurante havia ficado na 17ª colocação, uma impressionante subida de 10 colocações de um ano para o outro.

A cerimônia de premiação, comandada pelo ator norte-americano Stanley Tucci, que reuniu grandes nomes da gastronomia mundial, ocorreu nesta segunda-feira, 18, em Londres, no Reino Unido.

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Pamonha do A Casa do Porco Foto: Mauro Holanda/ESTADÃO

O dinamarquês Geranium foi eleito o melhor restaurante do mundo em 2022 (confira o ranking completo abaixo). Sob o comando do chef Rasmus Kofoed e localizada no oitavo andar de um edifício no centro de Copenhague, a casa tem uma vista privilegiada para o Fælledparken, um dos principais parques da capital dinamarquesa.

O endereço emoldurado por uma paisagem bucólica não é mero acaso, já que a natureza é a fonte de inspiração para o menu autoral de Kofoed, à base de ingredientes sazonais. 

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Chef Rasmus Kofoed, à frente doGeranium, eleito o melhor restaurante do mundo pelo 50 Best 2022 Foto: Claes Bech Poulsen

De Lima, no Peru, o Central, do casal de chefs Virgílio Martínez e Pía León, levou a segunda colocação. A casa subiu duas posições em relação ao último ranking, tirando o favoritismo o espanhol Assador Etxebarri, que era um dos cotados para o primeiro lugar e, neste ano, caiu para a 6ª posição. 

+ Quanto custa comer nos melhores restaurantes brasileiros

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Ocupando o último lugar no pódio, o espanhol Disfrutar é capitaneado pelo trio de chefs Mateu Casañas, Oriol Castro e Eduard Xatruch, que se conheceu na cozinha do lendário restaurante elBulli, de Ferrán Adrià. No restaurante localizado em Barcelona, eles servem um menu de vanguarda e com inspiração mediterrânea. 

Comprovando as expectativas, o Oteque, do chef Alberto Landgraf, garantiu um segundo nome brasileiro entre os 50 melhores do mundo. O restaurante em Botafogo, no Rio de Janeiro, conquistou a 47ª posição e aparece pela primeira vez nesta parte da lista. A casa inaugurada em 2018 ingressou no ranking em 2019, na 100ª posição, e desde então só galgou posições. 

Sardinha, foie gras cru e brioche do Oteque Foto: Rodrigo Azevedo
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Outros prêmios

O The World's 50 Best Restaurants também concedeu diversos prêmios individuais para personalidades da gastronomia mundial. O chef Jorge Vallejo, que comanda o Quintonil, no México, foi eleito por seus pares como o melhor do mundo. Ele, que iniciou a sua carreira nas cozinhas dos cruzeiros marítimos, trabalhou com o chef Enrique Olvera - um dos ícones da moderna cozinha mexicana - no restaurante Pujol. E, também, passou pela cozinha do restaurante Noma, de René Redzepi, em Copenhague, na Dinamarca, antes de abrir o Quintonil, que celebra 10 anos em 2022. 

Neste ano, a premiação lançou a categoria sommelier do ano. E o prêmio ficou com Josep Roca, que é responsável pela carta de vinhos, pelos drinques e pelo serviço do El Celler de Can Roca, em Girona, na Espanha - o restaurante já ocupou o topo da lista dos melhores do mundo em 2013 e 2015.

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Já o prêmio de melhor chef confeiteiro ficou com o chef pâtissier alemão René Frank, do restaurante contemporâneo Coda, em Berlim, no qual oferece um menu-degustação elaborado somente com sobremesas. E o prêmio de melhor chef mulher, que já havia sido divulgado, foi para a chef colombiana Leonor Espinosa, que comanda o restaurante Leo, em Bogotá, na Colômbia - 48° lugar do ranking deste ano.

Além de uma posição na lista dos melhores do mundo, alguns restaurantes também receberam prêmios individuais. Enquanto o restaurante Aponiente, sob o comando do chef Ángel León em Puerto de Sta María, em Cádiz, na Espanha, conquistou o prêmio de sustentabilidade, que reconhece o trabalho de restaurantes que se preocupam com o impacto social e ambiental, o prêmio One to Watch, ou seja, o restaurante para ficar de olho, ficou com o AM par Alexandre Mazzia, em Marselha, na França. Já o restaurante Atomix, de Nova York (EUA), conquistou o 33° lugar da lista e o prêmio da arte da hospitalidade. 

Confira a lista completa:

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1. Geranium, Copenhague, Dinamarca 2. Central, Lima, Peru 3. Disfrutar, Barcelona, Espanha  4. Diverxo, Madri, Espanha 5. Pujol, Cidade do México, México 6. Asador Etxebarri, Atxondo, Espanha 7. A Casa do Porco, São Paulo, Brasil 8. Lido 84, Gardone Riviera, Itália 9. Quintonil, Cidade do México, México 10. Le Calandre, Rubano, Itália 11. Maido, Lima, Peru 12. Uliassi, Senigallia, Itália 13. Steirereck, Viena, Áustria 14. Don Julio, Buenos Aires, Argentina 15. Reale, Castel Di Sangro, Itália 16. Elkano, Getaria, Espanha 17. Nobelhart & Schmutzig, Berlim, Alemanha 18. Alchemist, Copenhague, Dinamarca 19. Piazza Duomo, Alba, Itália 20. DEN, Tóquio, Japão 21. Mugaritz, San Sebastián, Espanha 22. Septime, Paris, França 23. The Jane, Antuérpia, Bélgica 24. The Chairman, Central, Hong Kong 25. Frantzén, Estocolmo, Suécia 26. Restaurant Tim Raue, Berlim, Alemanha 27. Hof Van Cleve, Kruishoutem, Bélgica 28. Le Clarence, Paris, França 29. St Hubertus, San Cassiano, Itália 30. Florilège, Tóquio, Japão 31. Arpège, Paris, França 32. Mayta, Lima, Peru 33. ATOMIX, Nova York, Estados Unidos 34. Hiša Franko, Kobarid, Eslovênia 35. The Clove Club, Londres, Inglaterra 36. Odette, National Gallery, Cingapura  37. FYN, Cidade do Cabo, África do Sul 38. Jordnær, Copenhague, Dinamarca 39. Sorn, Bangkok, Tailândia 40. Schloss Schauenstein, Fürstenau, Suíça 41. La Cime, Osaka, Japão 42. Quique Dacosta, Dénia, Espanha 43. Boragó, Santiago, Chile 44. Le Bernardin, Nova York, Estados Unidos 45. Narisawa, Tóquio, Japão 46. Belcanto, Lisboa, Portugal 47. Oteque, Rio de Janeiro, Brasil 48. Leo, Bogotá, Colômbia 49. Ikoyi, Londres, Inglaterra 50. SingleThread, Healdsburg, Estados Unidos

A segunda metade da lista 

No último dia 5 de julho, o prêmio divulgou a "segunda parte" da lista. Foram quatro brasileiros presentes na lista ampliada: o D.O.M., de Alex Atala, o Evvai, de Luiz Filipe Souza, que faz sua estreia na lista, o carioca Lasai, de Rafael Costa e Silva, e o Maní, de Helena Rizzo, que figuram, nessa ordem, nas 53ª, 67ª e 78ª e 96ª posições. Veja a lista completa aqui.

 

Como é formado o ranking

O júri é composto por um número expressivo de gourmets, experts, jornalistas e críticos gastronômicos de todo o mundo. Cada jurado tem que votar em dez restaurantes - que tenha visitado, obrigatoriamente, nos últimos 18 meses. Do total de escolhidos, ao menos quatro casas precisam estar fora de seu país de origem, ou seja, um jurado brasileiro, por exemplo, pode votar no máximo em seis restaurantes situados no Brasil

Janaína e Jefferson Rueda, na cerimônia do 50 Best 2022 Foto: Maria Vargas

A Casa do Porco conquistou, pela primeira vez, um lugar entre os 10 melhores restaurantes do mundo. A casa dos chefs Janaina e Jefferson Rueda ficou com a 7ª colocação no ranking - a melhor colocação para um restaurante brasileiro na lista do 50 Best 2022. Na edição do ano passado, o restaurante havia ficado na 17ª colocação, uma impressionante subida de 10 colocações de um ano para o outro.

A cerimônia de premiação, comandada pelo ator norte-americano Stanley Tucci, que reuniu grandes nomes da gastronomia mundial, ocorreu nesta segunda-feira, 18, em Londres, no Reino Unido.

Pamonha do A Casa do Porco Foto: Mauro Holanda/ESTADÃO

O dinamarquês Geranium foi eleito o melhor restaurante do mundo em 2022 (confira o ranking completo abaixo). Sob o comando do chef Rasmus Kofoed e localizada no oitavo andar de um edifício no centro de Copenhague, a casa tem uma vista privilegiada para o Fælledparken, um dos principais parques da capital dinamarquesa.

O endereço emoldurado por uma paisagem bucólica não é mero acaso, já que a natureza é a fonte de inspiração para o menu autoral de Kofoed, à base de ingredientes sazonais. 

Chef Rasmus Kofoed, à frente doGeranium, eleito o melhor restaurante do mundo pelo 50 Best 2022 Foto: Claes Bech Poulsen

De Lima, no Peru, o Central, do casal de chefs Virgílio Martínez e Pía León, levou a segunda colocação. A casa subiu duas posições em relação ao último ranking, tirando o favoritismo o espanhol Assador Etxebarri, que era um dos cotados para o primeiro lugar e, neste ano, caiu para a 6ª posição. 

+ Quanto custa comer nos melhores restaurantes brasileiros

Ocupando o último lugar no pódio, o espanhol Disfrutar é capitaneado pelo trio de chefs Mateu Casañas, Oriol Castro e Eduard Xatruch, que se conheceu na cozinha do lendário restaurante elBulli, de Ferrán Adrià. No restaurante localizado em Barcelona, eles servem um menu de vanguarda e com inspiração mediterrânea. 

Comprovando as expectativas, o Oteque, do chef Alberto Landgraf, garantiu um segundo nome brasileiro entre os 50 melhores do mundo. O restaurante em Botafogo, no Rio de Janeiro, conquistou a 47ª posição e aparece pela primeira vez nesta parte da lista. A casa inaugurada em 2018 ingressou no ranking em 2019, na 100ª posição, e desde então só galgou posições. 

Sardinha, foie gras cru e brioche do Oteque Foto: Rodrigo Azevedo

Outros prêmios

O The World's 50 Best Restaurants também concedeu diversos prêmios individuais para personalidades da gastronomia mundial. O chef Jorge Vallejo, que comanda o Quintonil, no México, foi eleito por seus pares como o melhor do mundo. Ele, que iniciou a sua carreira nas cozinhas dos cruzeiros marítimos, trabalhou com o chef Enrique Olvera - um dos ícones da moderna cozinha mexicana - no restaurante Pujol. E, também, passou pela cozinha do restaurante Noma, de René Redzepi, em Copenhague, na Dinamarca, antes de abrir o Quintonil, que celebra 10 anos em 2022. 

Neste ano, a premiação lançou a categoria sommelier do ano. E o prêmio ficou com Josep Roca, que é responsável pela carta de vinhos, pelos drinques e pelo serviço do El Celler de Can Roca, em Girona, na Espanha - o restaurante já ocupou o topo da lista dos melhores do mundo em 2013 e 2015.

Já o prêmio de melhor chef confeiteiro ficou com o chef pâtissier alemão René Frank, do restaurante contemporâneo Coda, em Berlim, no qual oferece um menu-degustação elaborado somente com sobremesas. E o prêmio de melhor chef mulher, que já havia sido divulgado, foi para a chef colombiana Leonor Espinosa, que comanda o restaurante Leo, em Bogotá, na Colômbia - 48° lugar do ranking deste ano.

Além de uma posição na lista dos melhores do mundo, alguns restaurantes também receberam prêmios individuais. Enquanto o restaurante Aponiente, sob o comando do chef Ángel León em Puerto de Sta María, em Cádiz, na Espanha, conquistou o prêmio de sustentabilidade, que reconhece o trabalho de restaurantes que se preocupam com o impacto social e ambiental, o prêmio One to Watch, ou seja, o restaurante para ficar de olho, ficou com o AM par Alexandre Mazzia, em Marselha, na França. Já o restaurante Atomix, de Nova York (EUA), conquistou o 33° lugar da lista e o prêmio da arte da hospitalidade. 

Confira a lista completa:

1. Geranium, Copenhague, Dinamarca 2. Central, Lima, Peru 3. Disfrutar, Barcelona, Espanha  4. Diverxo, Madri, Espanha 5. Pujol, Cidade do México, México 6. Asador Etxebarri, Atxondo, Espanha 7. A Casa do Porco, São Paulo, Brasil 8. Lido 84, Gardone Riviera, Itália 9. Quintonil, Cidade do México, México 10. Le Calandre, Rubano, Itália 11. Maido, Lima, Peru 12. Uliassi, Senigallia, Itália 13. Steirereck, Viena, Áustria 14. Don Julio, Buenos Aires, Argentina 15. Reale, Castel Di Sangro, Itália 16. Elkano, Getaria, Espanha 17. Nobelhart & Schmutzig, Berlim, Alemanha 18. Alchemist, Copenhague, Dinamarca 19. Piazza Duomo, Alba, Itália 20. DEN, Tóquio, Japão 21. Mugaritz, San Sebastián, Espanha 22. Septime, Paris, França 23. The Jane, Antuérpia, Bélgica 24. The Chairman, Central, Hong Kong 25. Frantzén, Estocolmo, Suécia 26. Restaurant Tim Raue, Berlim, Alemanha 27. Hof Van Cleve, Kruishoutem, Bélgica 28. Le Clarence, Paris, França 29. St Hubertus, San Cassiano, Itália 30. Florilège, Tóquio, Japão 31. Arpège, Paris, França 32. Mayta, Lima, Peru 33. ATOMIX, Nova York, Estados Unidos 34. Hiša Franko, Kobarid, Eslovênia 35. The Clove Club, Londres, Inglaterra 36. Odette, National Gallery, Cingapura  37. FYN, Cidade do Cabo, África do Sul 38. Jordnær, Copenhague, Dinamarca 39. Sorn, Bangkok, Tailândia 40. Schloss Schauenstein, Fürstenau, Suíça 41. La Cime, Osaka, Japão 42. Quique Dacosta, Dénia, Espanha 43. Boragó, Santiago, Chile 44. Le Bernardin, Nova York, Estados Unidos 45. Narisawa, Tóquio, Japão 46. Belcanto, Lisboa, Portugal 47. Oteque, Rio de Janeiro, Brasil 48. Leo, Bogotá, Colômbia 49. Ikoyi, Londres, Inglaterra 50. SingleThread, Healdsburg, Estados Unidos

A segunda metade da lista 

No último dia 5 de julho, o prêmio divulgou a "segunda parte" da lista. Foram quatro brasileiros presentes na lista ampliada: o D.O.M., de Alex Atala, o Evvai, de Luiz Filipe Souza, que faz sua estreia na lista, o carioca Lasai, de Rafael Costa e Silva, e o Maní, de Helena Rizzo, que figuram, nessa ordem, nas 53ª, 67ª e 78ª e 96ª posições. Veja a lista completa aqui.

 

Como é formado o ranking

O júri é composto por um número expressivo de gourmets, experts, jornalistas e críticos gastronômicos de todo o mundo. Cada jurado tem que votar em dez restaurantes - que tenha visitado, obrigatoriamente, nos últimos 18 meses. Do total de escolhidos, ao menos quatro casas precisam estar fora de seu país de origem, ou seja, um jurado brasileiro, por exemplo, pode votar no máximo em seis restaurantes situados no Brasil

Janaína e Jefferson Rueda, na cerimônia do 50 Best 2022 Foto: Maria Vargas

A Casa do Porco conquistou, pela primeira vez, um lugar entre os 10 melhores restaurantes do mundo. A casa dos chefs Janaina e Jefferson Rueda ficou com a 7ª colocação no ranking - a melhor colocação para um restaurante brasileiro na lista do 50 Best 2022. Na edição do ano passado, o restaurante havia ficado na 17ª colocação, uma impressionante subida de 10 colocações de um ano para o outro.

A cerimônia de premiação, comandada pelo ator norte-americano Stanley Tucci, que reuniu grandes nomes da gastronomia mundial, ocorreu nesta segunda-feira, 18, em Londres, no Reino Unido.

Pamonha do A Casa do Porco Foto: Mauro Holanda/ESTADÃO

O dinamarquês Geranium foi eleito o melhor restaurante do mundo em 2022 (confira o ranking completo abaixo). Sob o comando do chef Rasmus Kofoed e localizada no oitavo andar de um edifício no centro de Copenhague, a casa tem uma vista privilegiada para o Fælledparken, um dos principais parques da capital dinamarquesa.

O endereço emoldurado por uma paisagem bucólica não é mero acaso, já que a natureza é a fonte de inspiração para o menu autoral de Kofoed, à base de ingredientes sazonais. 

Chef Rasmus Kofoed, à frente doGeranium, eleito o melhor restaurante do mundo pelo 50 Best 2022 Foto: Claes Bech Poulsen

De Lima, no Peru, o Central, do casal de chefs Virgílio Martínez e Pía León, levou a segunda colocação. A casa subiu duas posições em relação ao último ranking, tirando o favoritismo o espanhol Assador Etxebarri, que era um dos cotados para o primeiro lugar e, neste ano, caiu para a 6ª posição. 

+ Quanto custa comer nos melhores restaurantes brasileiros

Ocupando o último lugar no pódio, o espanhol Disfrutar é capitaneado pelo trio de chefs Mateu Casañas, Oriol Castro e Eduard Xatruch, que se conheceu na cozinha do lendário restaurante elBulli, de Ferrán Adrià. No restaurante localizado em Barcelona, eles servem um menu de vanguarda e com inspiração mediterrânea. 

Comprovando as expectativas, o Oteque, do chef Alberto Landgraf, garantiu um segundo nome brasileiro entre os 50 melhores do mundo. O restaurante em Botafogo, no Rio de Janeiro, conquistou a 47ª posição e aparece pela primeira vez nesta parte da lista. A casa inaugurada em 2018 ingressou no ranking em 2019, na 100ª posição, e desde então só galgou posições. 

Sardinha, foie gras cru e brioche do Oteque Foto: Rodrigo Azevedo

Outros prêmios

O The World's 50 Best Restaurants também concedeu diversos prêmios individuais para personalidades da gastronomia mundial. O chef Jorge Vallejo, que comanda o Quintonil, no México, foi eleito por seus pares como o melhor do mundo. Ele, que iniciou a sua carreira nas cozinhas dos cruzeiros marítimos, trabalhou com o chef Enrique Olvera - um dos ícones da moderna cozinha mexicana - no restaurante Pujol. E, também, passou pela cozinha do restaurante Noma, de René Redzepi, em Copenhague, na Dinamarca, antes de abrir o Quintonil, que celebra 10 anos em 2022. 

Neste ano, a premiação lançou a categoria sommelier do ano. E o prêmio ficou com Josep Roca, que é responsável pela carta de vinhos, pelos drinques e pelo serviço do El Celler de Can Roca, em Girona, na Espanha - o restaurante já ocupou o topo da lista dos melhores do mundo em 2013 e 2015.

Já o prêmio de melhor chef confeiteiro ficou com o chef pâtissier alemão René Frank, do restaurante contemporâneo Coda, em Berlim, no qual oferece um menu-degustação elaborado somente com sobremesas. E o prêmio de melhor chef mulher, que já havia sido divulgado, foi para a chef colombiana Leonor Espinosa, que comanda o restaurante Leo, em Bogotá, na Colômbia - 48° lugar do ranking deste ano.

Além de uma posição na lista dos melhores do mundo, alguns restaurantes também receberam prêmios individuais. Enquanto o restaurante Aponiente, sob o comando do chef Ángel León em Puerto de Sta María, em Cádiz, na Espanha, conquistou o prêmio de sustentabilidade, que reconhece o trabalho de restaurantes que se preocupam com o impacto social e ambiental, o prêmio One to Watch, ou seja, o restaurante para ficar de olho, ficou com o AM par Alexandre Mazzia, em Marselha, na França. Já o restaurante Atomix, de Nova York (EUA), conquistou o 33° lugar da lista e o prêmio da arte da hospitalidade. 

Confira a lista completa:

1. Geranium, Copenhague, Dinamarca 2. Central, Lima, Peru 3. Disfrutar, Barcelona, Espanha  4. Diverxo, Madri, Espanha 5. Pujol, Cidade do México, México 6. Asador Etxebarri, Atxondo, Espanha 7. A Casa do Porco, São Paulo, Brasil 8. Lido 84, Gardone Riviera, Itália 9. Quintonil, Cidade do México, México 10. Le Calandre, Rubano, Itália 11. Maido, Lima, Peru 12. Uliassi, Senigallia, Itália 13. Steirereck, Viena, Áustria 14. Don Julio, Buenos Aires, Argentina 15. Reale, Castel Di Sangro, Itália 16. Elkano, Getaria, Espanha 17. Nobelhart & Schmutzig, Berlim, Alemanha 18. Alchemist, Copenhague, Dinamarca 19. Piazza Duomo, Alba, Itália 20. DEN, Tóquio, Japão 21. Mugaritz, San Sebastián, Espanha 22. Septime, Paris, França 23. The Jane, Antuérpia, Bélgica 24. The Chairman, Central, Hong Kong 25. Frantzén, Estocolmo, Suécia 26. Restaurant Tim Raue, Berlim, Alemanha 27. Hof Van Cleve, Kruishoutem, Bélgica 28. Le Clarence, Paris, França 29. St Hubertus, San Cassiano, Itália 30. Florilège, Tóquio, Japão 31. Arpège, Paris, França 32. Mayta, Lima, Peru 33. ATOMIX, Nova York, Estados Unidos 34. Hiša Franko, Kobarid, Eslovênia 35. The Clove Club, Londres, Inglaterra 36. Odette, National Gallery, Cingapura  37. FYN, Cidade do Cabo, África do Sul 38. Jordnær, Copenhague, Dinamarca 39. Sorn, Bangkok, Tailândia 40. Schloss Schauenstein, Fürstenau, Suíça 41. La Cime, Osaka, Japão 42. Quique Dacosta, Dénia, Espanha 43. Boragó, Santiago, Chile 44. Le Bernardin, Nova York, Estados Unidos 45. Narisawa, Tóquio, Japão 46. Belcanto, Lisboa, Portugal 47. Oteque, Rio de Janeiro, Brasil 48. Leo, Bogotá, Colômbia 49. Ikoyi, Londres, Inglaterra 50. SingleThread, Healdsburg, Estados Unidos

A segunda metade da lista 

No último dia 5 de julho, o prêmio divulgou a "segunda parte" da lista. Foram quatro brasileiros presentes na lista ampliada: o D.O.M., de Alex Atala, o Evvai, de Luiz Filipe Souza, que faz sua estreia na lista, o carioca Lasai, de Rafael Costa e Silva, e o Maní, de Helena Rizzo, que figuram, nessa ordem, nas 53ª, 67ª e 78ª e 96ª posições. Veja a lista completa aqui.

 

Como é formado o ranking

O júri é composto por um número expressivo de gourmets, experts, jornalistas e críticos gastronômicos de todo o mundo. Cada jurado tem que votar em dez restaurantes - que tenha visitado, obrigatoriamente, nos últimos 18 meses. Do total de escolhidos, ao menos quatro casas precisam estar fora de seu país de origem, ou seja, um jurado brasileiro, por exemplo, pode votar no máximo em seis restaurantes situados no Brasil

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