Se a porta de entrada escondida no subsolo de uma casa dos anos 30 faz o Cava Bar passar despercebido durante o dia, o luminoso florescente na fachada que acende quando cai a noite não esconde que ali rola alguma coisa. E quem se aventura a descer a escada de poucos degraus que leva ao novo bar encontra um ambiente intimista, de luz baixa e trilha sonora carregada de jazz. O espaço é pequeno, os lugares se dividem em bancos altos entre o bar, um balcão e um quintal, com mais lugares.
Inaugurado no fim de julho por um grupo de amigos, entre eles o proprietário do sobrado, o Cava se apresenta como um bar de coquetéis clássicos, preparados pelo bartender Diego Almirante Carvalho. Entre as opções, há o rabo de galo (R$ 26) preparado com cachaça Claudionor, Cynar e vermute tinto. O bloody mary leva suco de tomate orgânico feito na casa, bem temperado; o red snapper é a versão do mesmo drinque preparada com gim no lugar da vodca.
Entre os clássicos mais raros, aparece o negroni tredici, que adiciona à receita original o bitter italiano Cynar, e um toque a mais de gim. E o basil smash que ali leva o nome de gim pesto, mas que é simplesmente a combinação de gim com suco de limão e folhas de manjericão maceradas.
Para acompanhar as altas doces etílicas, tem um menu de comes que inclui tábuas de queijos e embutidos, com boa seleção de produtores nacionais, mas vai além delas. Há massas feitas na casa com receitas inventivas – dependendo do dia pode ser o fettuccine (R$ 26) de páprica defumada ou nhoque de batata. Mas cai bem mesmo com os drinques o ovo caipira (R$ 16) marinado no saquê e shoyu, partido ao meio servido sobre alga wakame e shimeji – é uma espécie de versão japa para o bolovo, o ovo empanado que anda onipresente nos bares e botecos paulistanos.
SERVIÇO
CAVA BAR R. Guarará, 565, Jardim Paulista Horário de funiconamento: 18h/0h (sex. e sáb., até 2h; fecha dom., seg. e ter.)