Como é jantar no melhor restaurante do mundo?


Veja quanto custa, o que se come e quanto tempo dura uma refeição no Disfrutar, em Barcelona

Por Fernanda Meneguetti
Atualização:

O ano de 2024 será inesquecível para o barcelonês Disfrutar. Em janeiro, ele já ostentava o título de mais novo e festejado três estrelas da Espanha pelo Guia Michelin e de segundo melhor restaurante do mundo. Na noite de 5 de junho, enquanto pensava em como celebrará sua primeira década, foi consagrado o melhor dos melhores pelo World’s 50 Best Restaurants.

Apesar do apreço da lista ao país ibérico (o top 5 conta com três espanhóis), é a primeira vez que um endereço de Barcelona ocupa o pódio. É a primeira vez também que um restaurante não tem um, mas três chefs. No caso, os ex-bullianos Oriol Castro, Eduard Xatruch e Mateu Casañas que, por sua vez, viram o ex-chef, Ferran Adrià, bater o recorde e liderar a premiação nada menos que cinco vezes.

Ambiente do Disfrutar, eleito como o melhor restaurante do planeta. Foto: JOAN VALERA
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Marcado pela criatividade vanguardista, por texturas inefáveis e técnicas revolucionárias, o Disfrutar possui dois menus degustação: o Classic e o Festival. Um marcado por hits dos 10 anos de história, outro por receitas protagonizadas por ingredientes da temporada.

A bem dizer há mais uma sequência, feita para quem já esteve por lá ou, ao contrário, não esteve, mas acompanhou tanto sua trajetória, que merece sentir sabores de diversos pontos dessa trajetória.

Em qualquer um dos três casos, são cerca de 30 pratos e € 290 sem harmonização. “Há quem defina a nossa cozinha como muito técnica. Mas tudo na cozinha é técnica. Nós somos criativos, há restaurantes que não são criativos e são os melhores do mundo”, opina Eduard.

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Da inventividade obstinada e da busca obsessiva por uma “culinária gostosa e leve”, nasceram invencionices como o sanduíche de gaspacho, onde o pão é um merengue de tomate e o recheio um sorbet da sopa; o colar de pérolas de lichia, a “gema” de ouro e camarão e o ravioli transparente de pralinê; o pão chinês com caviar e creme de leite.

Eduard Xatruch, Oriol Castro e Mateu Casañas: o trio de chefs comanda o restaurante Disfrutar, em Barcelona Foto: Joan Valera/ Divulgação

Com textura mais de sonho do que de bao, um dos “pãezinhos” mais famosos do mundo é feito com uma massa sifonada e cozida, extremamente fofilda, recheada com bem-vindo exagero em ovas de beluga.

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O trio de cozinheiros brinca igualmente com folhados sem farinha, crocantes de micro-ondas e borbulhas mastigáveis. Mescla cores e tradições catalãs. Um exemplo? A çalçotad, que de cebolas típicas assadas do fim do inverno se converteram em um consomê tostado e crocante com katsuobushi para ser mergulhado numa nuvem avelanizada de romesco.

Consistências inovadoras à parte, os sabores são ao mesmo tempo pungentes e delicados no Disfrutar. Vale para o percurso de brotos, para as mini lulas, para o “ovo frito” de bisque, para o pombo achocolatado, para a abóbora cristalizada com coulant de praliné de semente de abóbora nixtamalizada...

Eduard Xatruch, um dos três chefs do triestrelado Disfrutar, de Barcelona Foto: JOAN VALERA
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“Restaurante é um lugar que as pessoas vão para disfrutar da gastronomia, não pode ser feito para ser o melhor do mundo, tem que ser feito de paixão e transmitir os próprios valores, o que nos põe a pressão é isso”, acredita Eduard.

Para essa missão, além dos dois sócios e fiéis escudeiros, o chef conta com 69 funcionários e atende no máximo 40 pessoas por noite. Cada uma delas leva, em média, duas horas e meia para percorrer toda a degustação e surpreendentemente sair leve. E feliz. Se bobear, pronto para tomar uma saideira no vizinho, o Sips, aka o atual melhor bar do mundo.

Disfrutar

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C. de Villarroel, 163, L&#39, Eixample. Seg. a sex., das 12h45 às 14h e das 19h45 às 21h. Tel.: + 34 933 48 68 96.

O ano de 2024 será inesquecível para o barcelonês Disfrutar. Em janeiro, ele já ostentava o título de mais novo e festejado três estrelas da Espanha pelo Guia Michelin e de segundo melhor restaurante do mundo. Na noite de 5 de junho, enquanto pensava em como celebrará sua primeira década, foi consagrado o melhor dos melhores pelo World’s 50 Best Restaurants.

Apesar do apreço da lista ao país ibérico (o top 5 conta com três espanhóis), é a primeira vez que um endereço de Barcelona ocupa o pódio. É a primeira vez também que um restaurante não tem um, mas três chefs. No caso, os ex-bullianos Oriol Castro, Eduard Xatruch e Mateu Casañas que, por sua vez, viram o ex-chef, Ferran Adrià, bater o recorde e liderar a premiação nada menos que cinco vezes.

Ambiente do Disfrutar, eleito como o melhor restaurante do planeta. Foto: JOAN VALERA

Marcado pela criatividade vanguardista, por texturas inefáveis e técnicas revolucionárias, o Disfrutar possui dois menus degustação: o Classic e o Festival. Um marcado por hits dos 10 anos de história, outro por receitas protagonizadas por ingredientes da temporada.

A bem dizer há mais uma sequência, feita para quem já esteve por lá ou, ao contrário, não esteve, mas acompanhou tanto sua trajetória, que merece sentir sabores de diversos pontos dessa trajetória.

Em qualquer um dos três casos, são cerca de 30 pratos e € 290 sem harmonização. “Há quem defina a nossa cozinha como muito técnica. Mas tudo na cozinha é técnica. Nós somos criativos, há restaurantes que não são criativos e são os melhores do mundo”, opina Eduard.

Da inventividade obstinada e da busca obsessiva por uma “culinária gostosa e leve”, nasceram invencionices como o sanduíche de gaspacho, onde o pão é um merengue de tomate e o recheio um sorbet da sopa; o colar de pérolas de lichia, a “gema” de ouro e camarão e o ravioli transparente de pralinê; o pão chinês com caviar e creme de leite.

Eduard Xatruch, Oriol Castro e Mateu Casañas: o trio de chefs comanda o restaurante Disfrutar, em Barcelona Foto: Joan Valera/ Divulgação

Com textura mais de sonho do que de bao, um dos “pãezinhos” mais famosos do mundo é feito com uma massa sifonada e cozida, extremamente fofilda, recheada com bem-vindo exagero em ovas de beluga.

O trio de cozinheiros brinca igualmente com folhados sem farinha, crocantes de micro-ondas e borbulhas mastigáveis. Mescla cores e tradições catalãs. Um exemplo? A çalçotad, que de cebolas típicas assadas do fim do inverno se converteram em um consomê tostado e crocante com katsuobushi para ser mergulhado numa nuvem avelanizada de romesco.

Consistências inovadoras à parte, os sabores são ao mesmo tempo pungentes e delicados no Disfrutar. Vale para o percurso de brotos, para as mini lulas, para o “ovo frito” de bisque, para o pombo achocolatado, para a abóbora cristalizada com coulant de praliné de semente de abóbora nixtamalizada...

Eduard Xatruch, um dos três chefs do triestrelado Disfrutar, de Barcelona Foto: JOAN VALERA

“Restaurante é um lugar que as pessoas vão para disfrutar da gastronomia, não pode ser feito para ser o melhor do mundo, tem que ser feito de paixão e transmitir os próprios valores, o que nos põe a pressão é isso”, acredita Eduard.

Para essa missão, além dos dois sócios e fiéis escudeiros, o chef conta com 69 funcionários e atende no máximo 40 pessoas por noite. Cada uma delas leva, em média, duas horas e meia para percorrer toda a degustação e surpreendentemente sair leve. E feliz. Se bobear, pronto para tomar uma saideira no vizinho, o Sips, aka o atual melhor bar do mundo.

Disfrutar

C. de Villarroel, 163, L&#39, Eixample. Seg. a sex., das 12h45 às 14h e das 19h45 às 21h. Tel.: + 34 933 48 68 96.

O ano de 2024 será inesquecível para o barcelonês Disfrutar. Em janeiro, ele já ostentava o título de mais novo e festejado três estrelas da Espanha pelo Guia Michelin e de segundo melhor restaurante do mundo. Na noite de 5 de junho, enquanto pensava em como celebrará sua primeira década, foi consagrado o melhor dos melhores pelo World’s 50 Best Restaurants.

Apesar do apreço da lista ao país ibérico (o top 5 conta com três espanhóis), é a primeira vez que um endereço de Barcelona ocupa o pódio. É a primeira vez também que um restaurante não tem um, mas três chefs. No caso, os ex-bullianos Oriol Castro, Eduard Xatruch e Mateu Casañas que, por sua vez, viram o ex-chef, Ferran Adrià, bater o recorde e liderar a premiação nada menos que cinco vezes.

Ambiente do Disfrutar, eleito como o melhor restaurante do planeta. Foto: JOAN VALERA

Marcado pela criatividade vanguardista, por texturas inefáveis e técnicas revolucionárias, o Disfrutar possui dois menus degustação: o Classic e o Festival. Um marcado por hits dos 10 anos de história, outro por receitas protagonizadas por ingredientes da temporada.

A bem dizer há mais uma sequência, feita para quem já esteve por lá ou, ao contrário, não esteve, mas acompanhou tanto sua trajetória, que merece sentir sabores de diversos pontos dessa trajetória.

Em qualquer um dos três casos, são cerca de 30 pratos e € 290 sem harmonização. “Há quem defina a nossa cozinha como muito técnica. Mas tudo na cozinha é técnica. Nós somos criativos, há restaurantes que não são criativos e são os melhores do mundo”, opina Eduard.

Da inventividade obstinada e da busca obsessiva por uma “culinária gostosa e leve”, nasceram invencionices como o sanduíche de gaspacho, onde o pão é um merengue de tomate e o recheio um sorbet da sopa; o colar de pérolas de lichia, a “gema” de ouro e camarão e o ravioli transparente de pralinê; o pão chinês com caviar e creme de leite.

Eduard Xatruch, Oriol Castro e Mateu Casañas: o trio de chefs comanda o restaurante Disfrutar, em Barcelona Foto: Joan Valera/ Divulgação

Com textura mais de sonho do que de bao, um dos “pãezinhos” mais famosos do mundo é feito com uma massa sifonada e cozida, extremamente fofilda, recheada com bem-vindo exagero em ovas de beluga.

O trio de cozinheiros brinca igualmente com folhados sem farinha, crocantes de micro-ondas e borbulhas mastigáveis. Mescla cores e tradições catalãs. Um exemplo? A çalçotad, que de cebolas típicas assadas do fim do inverno se converteram em um consomê tostado e crocante com katsuobushi para ser mergulhado numa nuvem avelanizada de romesco.

Consistências inovadoras à parte, os sabores são ao mesmo tempo pungentes e delicados no Disfrutar. Vale para o percurso de brotos, para as mini lulas, para o “ovo frito” de bisque, para o pombo achocolatado, para a abóbora cristalizada com coulant de praliné de semente de abóbora nixtamalizada...

Eduard Xatruch, um dos três chefs do triestrelado Disfrutar, de Barcelona Foto: JOAN VALERA

“Restaurante é um lugar que as pessoas vão para disfrutar da gastronomia, não pode ser feito para ser o melhor do mundo, tem que ser feito de paixão e transmitir os próprios valores, o que nos põe a pressão é isso”, acredita Eduard.

Para essa missão, além dos dois sócios e fiéis escudeiros, o chef conta com 69 funcionários e atende no máximo 40 pessoas por noite. Cada uma delas leva, em média, duas horas e meia para percorrer toda a degustação e surpreendentemente sair leve. E feliz. Se bobear, pronto para tomar uma saideira no vizinho, o Sips, aka o atual melhor bar do mundo.

Disfrutar

C. de Villarroel, 163, L&#39, Eixample. Seg. a sex., das 12h45 às 14h e das 19h45 às 21h. Tel.: + 34 933 48 68 96.

O ano de 2024 será inesquecível para o barcelonês Disfrutar. Em janeiro, ele já ostentava o título de mais novo e festejado três estrelas da Espanha pelo Guia Michelin e de segundo melhor restaurante do mundo. Na noite de 5 de junho, enquanto pensava em como celebrará sua primeira década, foi consagrado o melhor dos melhores pelo World’s 50 Best Restaurants.

Apesar do apreço da lista ao país ibérico (o top 5 conta com três espanhóis), é a primeira vez que um endereço de Barcelona ocupa o pódio. É a primeira vez também que um restaurante não tem um, mas três chefs. No caso, os ex-bullianos Oriol Castro, Eduard Xatruch e Mateu Casañas que, por sua vez, viram o ex-chef, Ferran Adrià, bater o recorde e liderar a premiação nada menos que cinco vezes.

Ambiente do Disfrutar, eleito como o melhor restaurante do planeta. Foto: JOAN VALERA

Marcado pela criatividade vanguardista, por texturas inefáveis e técnicas revolucionárias, o Disfrutar possui dois menus degustação: o Classic e o Festival. Um marcado por hits dos 10 anos de história, outro por receitas protagonizadas por ingredientes da temporada.

A bem dizer há mais uma sequência, feita para quem já esteve por lá ou, ao contrário, não esteve, mas acompanhou tanto sua trajetória, que merece sentir sabores de diversos pontos dessa trajetória.

Em qualquer um dos três casos, são cerca de 30 pratos e € 290 sem harmonização. “Há quem defina a nossa cozinha como muito técnica. Mas tudo na cozinha é técnica. Nós somos criativos, há restaurantes que não são criativos e são os melhores do mundo”, opina Eduard.

Da inventividade obstinada e da busca obsessiva por uma “culinária gostosa e leve”, nasceram invencionices como o sanduíche de gaspacho, onde o pão é um merengue de tomate e o recheio um sorbet da sopa; o colar de pérolas de lichia, a “gema” de ouro e camarão e o ravioli transparente de pralinê; o pão chinês com caviar e creme de leite.

Eduard Xatruch, Oriol Castro e Mateu Casañas: o trio de chefs comanda o restaurante Disfrutar, em Barcelona Foto: Joan Valera/ Divulgação

Com textura mais de sonho do que de bao, um dos “pãezinhos” mais famosos do mundo é feito com uma massa sifonada e cozida, extremamente fofilda, recheada com bem-vindo exagero em ovas de beluga.

O trio de cozinheiros brinca igualmente com folhados sem farinha, crocantes de micro-ondas e borbulhas mastigáveis. Mescla cores e tradições catalãs. Um exemplo? A çalçotad, que de cebolas típicas assadas do fim do inverno se converteram em um consomê tostado e crocante com katsuobushi para ser mergulhado numa nuvem avelanizada de romesco.

Consistências inovadoras à parte, os sabores são ao mesmo tempo pungentes e delicados no Disfrutar. Vale para o percurso de brotos, para as mini lulas, para o “ovo frito” de bisque, para o pombo achocolatado, para a abóbora cristalizada com coulant de praliné de semente de abóbora nixtamalizada...

Eduard Xatruch, um dos três chefs do triestrelado Disfrutar, de Barcelona Foto: JOAN VALERA

“Restaurante é um lugar que as pessoas vão para disfrutar da gastronomia, não pode ser feito para ser o melhor do mundo, tem que ser feito de paixão e transmitir os próprios valores, o que nos põe a pressão é isso”, acredita Eduard.

Para essa missão, além dos dois sócios e fiéis escudeiros, o chef conta com 69 funcionários e atende no máximo 40 pessoas por noite. Cada uma delas leva, em média, duas horas e meia para percorrer toda a degustação e surpreendentemente sair leve. E feliz. Se bobear, pronto para tomar uma saideira no vizinho, o Sips, aka o atual melhor bar do mundo.

Disfrutar

C. de Villarroel, 163, L&#39, Eixample. Seg. a sex., das 12h45 às 14h e das 19h45 às 21h. Tel.: + 34 933 48 68 96.

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