Esquina Mocotó fecha neste domingo, mas grupo segue com novidades


A casa mais premiada do chef Rodrigo Oliveira encerra suas atividades, mas Mocotó estreia delivery, café no Mercadão e três novos negócios

Por Ana Paula Boni

Cozinha autoral do chef Rodrigo Oliveira na zona norte, o Esquina Mocotó fez cinco anos neste ano sendo um dos 13 restaurantes de São Paulo a alcançar uma estrela Michelin e um dos 8 brasileiros a figurar no 50 Best América Latina. Ainda assim, vai servir sua última refeição no almoço deste domingo (7), das 12h às 17h.

A decisão foi dolorosa, admite Rodrigo, “o ano foi de bastante reflexão”. Mas, mesmo com o sucesso de crítica, o restaurante não acumulava um sucesso de público equivalente, tendo preços abaixo da média da capital para o padrão da casa, mas altos para a zona norte. A operação financeira no conjunto anual era equilibrada, mas contava com meses bons e meses ruins.

“A gente percebeu que o Esquina não se comunicava bem com a região e que a Vila Medeiros não precisa de um restaurante uma estrela Michelin. Foi libertador perceber isso.” Com a abertura do Balaio, o primo do Mocotó no IMS da Avenida Paulista, em setembro do ano passado, o chef viu o público do Esquina ir menos à zona norte para uma cozinha sertaneja autoral. E foi no fim de 2017 que começou a pensar no fechamento do Esquina. 

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Embalagens do delivery do Mocotó trazem imagens de mural do mexicano Felipe Ehrenberg Foto: Alexandre Ballarin

“Uma coisa curiosa é que, muita gente que sempre quis vir à Vila Medeiros, mas não achava conveniente, acabou debutando no Balaio. Mas acho que, se tem um momento bom para fechar, é no auge. Situação mais delicada seria se estivéssemos abaixo da crítica”, conta ele, que adianta que não fundirá cardápios, já que o Balaio já tem o DNA Mocotó, mas que nada impede que um prato como a nhoca do Esquina vá um dia parar no restaurante da Paulista.

O imóvel do Esquina dará lugar a uma nova casa, que está sendo chamada de Rolê, mas o nome ainda pode mudar. O cardápio que começa a ser estudado mostra a veia autoral de Rodrigo com foco nos vegetais. E surgem criações como dadinho de cereais e macadâmia, tostada de cará e xis-língua, receitas que ele vai mostrar em evento da Brastemp neste mês.

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A casa, que apostará em fast service, em consonância com os tempos atuais de informalidade e autosserviço, deverá focar também na comunhão com música e outras expressões artísticas, para servir a “quebrada”, como conta Rodrigo. Emicida, que já assinava a trilha sonora da casa, vai criar o uniforme do novo negócio, com seu Lab Fantasma. A fachada está sendo estudada pelo artista Ricardo Kaur, como mostra a imagem abaixo, mas tudo ainda está em negociação.

Projeção que o artista Ricardo Kaur fez para a nova casa que ocupará o imóvel do Esquina Mocotó Foto: Projeção Kaur

“Começamos o Esquina sem saber o que íamos fazer. Milagrosamente construímos uma história extraordinária. É impossível avaliar o quanto eu evoluí enquanto chef, enquanto empreendedor. Agora, é diferente.”

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A nova casa está prometida para o primeiro semestre de 2019, enquanto isso sua cozinha de produção e seus funcionários vão sendo aproveitados nas outras operações do grupo, como o três Mocotó Café espalhados pela cidade. Depois do Mercado de Pinheiros e do shopping D, foi a vez de o Mercado da Cantareira (o Mercadão) ganhar uma unidade, inaugurada há 15 dias.

O próprio Mocotó estreou nesta semana com novidade: desde segunda-feira passou a fazer delivery pelo aplicativo iFood, com embalagens que trazem imagens do mural que o artista mexicano Felipe Ehrenberg fez para a casa. O raio de entrega é de 4,5 km, pegando a zona norte - mas, se tudo der certo, a intenção é estender por mais bairros da cidade em breve.

O chef Rodrigo Oliveira, cheio de planos para 2019 Foto: Roberto Seba|Estadão
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Enquanto isso, vão seguindo em paralelo ao Rolê o desenvolvimento da Pracinha do Mocotó e do Balaio em Los Angeles. No quarteirão seguinte ao Mocotó, a Pracinha do Mocotó deve tomar corpo no segundo semestre do próximo ano, com projeto de Ruy Ohtake para um estacionamento que se transformará em espaço de lazer para a comunidade. 

nos Estados Unidos, o Balaio estará dentro do hotel butique da rede Thompson que abrirá em Los Angeles em novembro de 2019. Para tocar a operação, além de participar previamente da montagem da cozinha e fazer a rede de fornecedores, Rodrigo conta com Victor Vasconcellos, que foi para lá há três meses.

Vasconcellos, que conhece Rodrigo da época da faculdade, já trabalhou com Laurent Suaudeau e é o vice-presidente do comitê brasileiro do Bocuse d’Or, presidido por Giovanna Grossi.

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SERVIÇO

Esquina Mocotó Av. Nossa Sra. do Lorêto, 1.108, Vila Medeiros Tel.: 2949-7049 Último dia: domingo (7/10), das 12h às 17h

A nhoca, premiado prato que marcou a história do Esquina Mocotó Foto: Codo Melleti|Estadão
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Cozinha autoral do chef Rodrigo Oliveira na zona norte, o Esquina Mocotó fez cinco anos neste ano sendo um dos 13 restaurantes de São Paulo a alcançar uma estrela Michelin e um dos 8 brasileiros a figurar no 50 Best América Latina. Ainda assim, vai servir sua última refeição no almoço deste domingo (7), das 12h às 17h.

A decisão foi dolorosa, admite Rodrigo, “o ano foi de bastante reflexão”. Mas, mesmo com o sucesso de crítica, o restaurante não acumulava um sucesso de público equivalente, tendo preços abaixo da média da capital para o padrão da casa, mas altos para a zona norte. A operação financeira no conjunto anual era equilibrada, mas contava com meses bons e meses ruins.

“A gente percebeu que o Esquina não se comunicava bem com a região e que a Vila Medeiros não precisa de um restaurante uma estrela Michelin. Foi libertador perceber isso.” Com a abertura do Balaio, o primo do Mocotó no IMS da Avenida Paulista, em setembro do ano passado, o chef viu o público do Esquina ir menos à zona norte para uma cozinha sertaneja autoral. E foi no fim de 2017 que começou a pensar no fechamento do Esquina. 

Embalagens do delivery do Mocotó trazem imagens de mural do mexicano Felipe Ehrenberg Foto: Alexandre Ballarin

“Uma coisa curiosa é que, muita gente que sempre quis vir à Vila Medeiros, mas não achava conveniente, acabou debutando no Balaio. Mas acho que, se tem um momento bom para fechar, é no auge. Situação mais delicada seria se estivéssemos abaixo da crítica”, conta ele, que adianta que não fundirá cardápios, já que o Balaio já tem o DNA Mocotó, mas que nada impede que um prato como a nhoca do Esquina vá um dia parar no restaurante da Paulista.

O imóvel do Esquina dará lugar a uma nova casa, que está sendo chamada de Rolê, mas o nome ainda pode mudar. O cardápio que começa a ser estudado mostra a veia autoral de Rodrigo com foco nos vegetais. E surgem criações como dadinho de cereais e macadâmia, tostada de cará e xis-língua, receitas que ele vai mostrar em evento da Brastemp neste mês.

A casa, que apostará em fast service, em consonância com os tempos atuais de informalidade e autosserviço, deverá focar também na comunhão com música e outras expressões artísticas, para servir a “quebrada”, como conta Rodrigo. Emicida, que já assinava a trilha sonora da casa, vai criar o uniforme do novo negócio, com seu Lab Fantasma. A fachada está sendo estudada pelo artista Ricardo Kaur, como mostra a imagem abaixo, mas tudo ainda está em negociação.

Projeção que o artista Ricardo Kaur fez para a nova casa que ocupará o imóvel do Esquina Mocotó Foto: Projeção Kaur

“Começamos o Esquina sem saber o que íamos fazer. Milagrosamente construímos uma história extraordinária. É impossível avaliar o quanto eu evoluí enquanto chef, enquanto empreendedor. Agora, é diferente.”

A nova casa está prometida para o primeiro semestre de 2019, enquanto isso sua cozinha de produção e seus funcionários vão sendo aproveitados nas outras operações do grupo, como o três Mocotó Café espalhados pela cidade. Depois do Mercado de Pinheiros e do shopping D, foi a vez de o Mercado da Cantareira (o Mercadão) ganhar uma unidade, inaugurada há 15 dias.

O próprio Mocotó estreou nesta semana com novidade: desde segunda-feira passou a fazer delivery pelo aplicativo iFood, com embalagens que trazem imagens do mural que o artista mexicano Felipe Ehrenberg fez para a casa. O raio de entrega é de 4,5 km, pegando a zona norte - mas, se tudo der certo, a intenção é estender por mais bairros da cidade em breve.

O chef Rodrigo Oliveira, cheio de planos para 2019 Foto: Roberto Seba|Estadão

Enquanto isso, vão seguindo em paralelo ao Rolê o desenvolvimento da Pracinha do Mocotó e do Balaio em Los Angeles. No quarteirão seguinte ao Mocotó, a Pracinha do Mocotó deve tomar corpo no segundo semestre do próximo ano, com projeto de Ruy Ohtake para um estacionamento que se transformará em espaço de lazer para a comunidade. 

nos Estados Unidos, o Balaio estará dentro do hotel butique da rede Thompson que abrirá em Los Angeles em novembro de 2019. Para tocar a operação, além de participar previamente da montagem da cozinha e fazer a rede de fornecedores, Rodrigo conta com Victor Vasconcellos, que foi para lá há três meses.

Vasconcellos, que conhece Rodrigo da época da faculdade, já trabalhou com Laurent Suaudeau e é o vice-presidente do comitê brasileiro do Bocuse d’Or, presidido por Giovanna Grossi.

SERVIÇO

Esquina Mocotó Av. Nossa Sra. do Lorêto, 1.108, Vila Medeiros Tel.: 2949-7049 Último dia: domingo (7/10), das 12h às 17h

A nhoca, premiado prato que marcou a história do Esquina Mocotó Foto: Codo Melleti|Estadão

 

Cozinha autoral do chef Rodrigo Oliveira na zona norte, o Esquina Mocotó fez cinco anos neste ano sendo um dos 13 restaurantes de São Paulo a alcançar uma estrela Michelin e um dos 8 brasileiros a figurar no 50 Best América Latina. Ainda assim, vai servir sua última refeição no almoço deste domingo (7), das 12h às 17h.

A decisão foi dolorosa, admite Rodrigo, “o ano foi de bastante reflexão”. Mas, mesmo com o sucesso de crítica, o restaurante não acumulava um sucesso de público equivalente, tendo preços abaixo da média da capital para o padrão da casa, mas altos para a zona norte. A operação financeira no conjunto anual era equilibrada, mas contava com meses bons e meses ruins.

“A gente percebeu que o Esquina não se comunicava bem com a região e que a Vila Medeiros não precisa de um restaurante uma estrela Michelin. Foi libertador perceber isso.” Com a abertura do Balaio, o primo do Mocotó no IMS da Avenida Paulista, em setembro do ano passado, o chef viu o público do Esquina ir menos à zona norte para uma cozinha sertaneja autoral. E foi no fim de 2017 que começou a pensar no fechamento do Esquina. 

Embalagens do delivery do Mocotó trazem imagens de mural do mexicano Felipe Ehrenberg Foto: Alexandre Ballarin

“Uma coisa curiosa é que, muita gente que sempre quis vir à Vila Medeiros, mas não achava conveniente, acabou debutando no Balaio. Mas acho que, se tem um momento bom para fechar, é no auge. Situação mais delicada seria se estivéssemos abaixo da crítica”, conta ele, que adianta que não fundirá cardápios, já que o Balaio já tem o DNA Mocotó, mas que nada impede que um prato como a nhoca do Esquina vá um dia parar no restaurante da Paulista.

O imóvel do Esquina dará lugar a uma nova casa, que está sendo chamada de Rolê, mas o nome ainda pode mudar. O cardápio que começa a ser estudado mostra a veia autoral de Rodrigo com foco nos vegetais. E surgem criações como dadinho de cereais e macadâmia, tostada de cará e xis-língua, receitas que ele vai mostrar em evento da Brastemp neste mês.

A casa, que apostará em fast service, em consonância com os tempos atuais de informalidade e autosserviço, deverá focar também na comunhão com música e outras expressões artísticas, para servir a “quebrada”, como conta Rodrigo. Emicida, que já assinava a trilha sonora da casa, vai criar o uniforme do novo negócio, com seu Lab Fantasma. A fachada está sendo estudada pelo artista Ricardo Kaur, como mostra a imagem abaixo, mas tudo ainda está em negociação.

Projeção que o artista Ricardo Kaur fez para a nova casa que ocupará o imóvel do Esquina Mocotó Foto: Projeção Kaur

“Começamos o Esquina sem saber o que íamos fazer. Milagrosamente construímos uma história extraordinária. É impossível avaliar o quanto eu evoluí enquanto chef, enquanto empreendedor. Agora, é diferente.”

A nova casa está prometida para o primeiro semestre de 2019, enquanto isso sua cozinha de produção e seus funcionários vão sendo aproveitados nas outras operações do grupo, como o três Mocotó Café espalhados pela cidade. Depois do Mercado de Pinheiros e do shopping D, foi a vez de o Mercado da Cantareira (o Mercadão) ganhar uma unidade, inaugurada há 15 dias.

O próprio Mocotó estreou nesta semana com novidade: desde segunda-feira passou a fazer delivery pelo aplicativo iFood, com embalagens que trazem imagens do mural que o artista mexicano Felipe Ehrenberg fez para a casa. O raio de entrega é de 4,5 km, pegando a zona norte - mas, se tudo der certo, a intenção é estender por mais bairros da cidade em breve.

O chef Rodrigo Oliveira, cheio de planos para 2019 Foto: Roberto Seba|Estadão

Enquanto isso, vão seguindo em paralelo ao Rolê o desenvolvimento da Pracinha do Mocotó e do Balaio em Los Angeles. No quarteirão seguinte ao Mocotó, a Pracinha do Mocotó deve tomar corpo no segundo semestre do próximo ano, com projeto de Ruy Ohtake para um estacionamento que se transformará em espaço de lazer para a comunidade. 

nos Estados Unidos, o Balaio estará dentro do hotel butique da rede Thompson que abrirá em Los Angeles em novembro de 2019. Para tocar a operação, além de participar previamente da montagem da cozinha e fazer a rede de fornecedores, Rodrigo conta com Victor Vasconcellos, que foi para lá há três meses.

Vasconcellos, que conhece Rodrigo da época da faculdade, já trabalhou com Laurent Suaudeau e é o vice-presidente do comitê brasileiro do Bocuse d’Or, presidido por Giovanna Grossi.

SERVIÇO

Esquina Mocotó Av. Nossa Sra. do Lorêto, 1.108, Vila Medeiros Tel.: 2949-7049 Último dia: domingo (7/10), das 12h às 17h

A nhoca, premiado prato que marcou a história do Esquina Mocotó Foto: Codo Melleti|Estadão

 

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