Fel oferece drinques ‘esquecidos’ no Copan


Bar serve coquetéis criados há mais de cem anos em carta criada pela bartender Michelly Rossi; entre eles, saratoga, de 1862

Por Isabelle Moreira Lima
Atualização:

Primeiro foram os drinques clássicos, que mudaram a cena (e o copo) dos amantes de bebidas nos últimos dez anos. No ano passado, em São Paulo, reinaram os autorais. Agora, chegou a vez dos “esquecidos”, criados há mais de cem anos e deixados lá, no passado. Pois são eles que abrem 2018 com uma casa só deles no Copan, o novo Fel. 

O st. charles punch, a base de Porto e Jerez Foto: Amanda Perobelli|Estadão

Não fosse o uso do concreto aparente em sua decoração, seria um portal para alguma época não definida da virada do século XIX para o XX, com sua luz baixa e a música ambiente escolhida – swing das big bands dos anos 1930. A carta de coquetéis, fruto da pesquisa da bartender Michelly Rossi, chefe de bar, leva tão longe quanto 1862, ano de criação de saratoga, que leva brandy de Jerez, bourbon, vermute e Angostura. Se a lista de ingredientes não elucida muito sobre o sabor, não há motivo para preocupar-se, o menu é esperto o suficiente para listar também o perfil de bebida (neste caso, amargo e encorpado).

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São 13 os drinques esquecidos da casa, todos vendidos por R$ 35. Há os cítricos, frutados, com leve dulçor, como é o caso do delicioso the avenue, cuja receita foi publicada na bíblia de coquetéis de 1937, o Cafe Royal Bar Book. Leva bourbon, calvados, grenadine, água de flor de laranjeira e bitter de laranja. Há também os secos e vínicos como o adonis, criado em 1886 no bar do hotel Waldorf-Astoria, que leva Jerez, vermute tinto e bitter de laranja. + Futuro Refeitório joga holofote sobre os vegetais+ C6 Burger, uma hamburgueria para o Mercado de Pinheiros

Do bar saem ainda os adstringentes, como o coronation #1, com Jerez, licor de maraschino, vermute seco, bitter de laranja e angostura, cuja receita ficou conhecida quando publicada no Savoy Cocktail Book, de 1930; e os amendoados, como o crimean cup à la marmora, criado em 1862 pelo pai da coquetelaria americana Jerry Thomas. Neste vão dois tipos de rum, brandy de Jerez, licor de maraschino, xarope de amêndoas, limão tahiti e espumante.

“Quando a gente fala em coqueteis esquecidos parece uma coisa meio antiga, mas não estamos preso a nenhum espaço de tempo. Inclusive a ideia é que a carta seja renovada a cada seis meses”, afirma o sócio Bruno Bocchese, que também comanda o Mandíbula e que divide o Fel com André Godói e Paulo Neves. O bar não tem cozinha, mas oferece beliscos – sempre há uma variedade de embutido, uma de queijo, amêndoas e azeitonas. 

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Serviço 

FEL

Av. Ipiranga, 200, Centro.  Horário de funcionamento: De quinta a segunda, 18h/0h. (Domingo, 17h/22h. Fecha terça e quarta.)

Primeiro foram os drinques clássicos, que mudaram a cena (e o copo) dos amantes de bebidas nos últimos dez anos. No ano passado, em São Paulo, reinaram os autorais. Agora, chegou a vez dos “esquecidos”, criados há mais de cem anos e deixados lá, no passado. Pois são eles que abrem 2018 com uma casa só deles no Copan, o novo Fel. 

O st. charles punch, a base de Porto e Jerez Foto: Amanda Perobelli|Estadão

Não fosse o uso do concreto aparente em sua decoração, seria um portal para alguma época não definida da virada do século XIX para o XX, com sua luz baixa e a música ambiente escolhida – swing das big bands dos anos 1930. A carta de coquetéis, fruto da pesquisa da bartender Michelly Rossi, chefe de bar, leva tão longe quanto 1862, ano de criação de saratoga, que leva brandy de Jerez, bourbon, vermute e Angostura. Se a lista de ingredientes não elucida muito sobre o sabor, não há motivo para preocupar-se, o menu é esperto o suficiente para listar também o perfil de bebida (neste caso, amargo e encorpado).

São 13 os drinques esquecidos da casa, todos vendidos por R$ 35. Há os cítricos, frutados, com leve dulçor, como é o caso do delicioso the avenue, cuja receita foi publicada na bíblia de coquetéis de 1937, o Cafe Royal Bar Book. Leva bourbon, calvados, grenadine, água de flor de laranjeira e bitter de laranja. Há também os secos e vínicos como o adonis, criado em 1886 no bar do hotel Waldorf-Astoria, que leva Jerez, vermute tinto e bitter de laranja. + Futuro Refeitório joga holofote sobre os vegetais+ C6 Burger, uma hamburgueria para o Mercado de Pinheiros

Do bar saem ainda os adstringentes, como o coronation #1, com Jerez, licor de maraschino, vermute seco, bitter de laranja e angostura, cuja receita ficou conhecida quando publicada no Savoy Cocktail Book, de 1930; e os amendoados, como o crimean cup à la marmora, criado em 1862 pelo pai da coquetelaria americana Jerry Thomas. Neste vão dois tipos de rum, brandy de Jerez, licor de maraschino, xarope de amêndoas, limão tahiti e espumante.

“Quando a gente fala em coqueteis esquecidos parece uma coisa meio antiga, mas não estamos preso a nenhum espaço de tempo. Inclusive a ideia é que a carta seja renovada a cada seis meses”, afirma o sócio Bruno Bocchese, que também comanda o Mandíbula e que divide o Fel com André Godói e Paulo Neves. O bar não tem cozinha, mas oferece beliscos – sempre há uma variedade de embutido, uma de queijo, amêndoas e azeitonas. 

Serviço 

FEL

Av. Ipiranga, 200, Centro.  Horário de funcionamento: De quinta a segunda, 18h/0h. (Domingo, 17h/22h. Fecha terça e quarta.)

Primeiro foram os drinques clássicos, que mudaram a cena (e o copo) dos amantes de bebidas nos últimos dez anos. No ano passado, em São Paulo, reinaram os autorais. Agora, chegou a vez dos “esquecidos”, criados há mais de cem anos e deixados lá, no passado. Pois são eles que abrem 2018 com uma casa só deles no Copan, o novo Fel. 

O st. charles punch, a base de Porto e Jerez Foto: Amanda Perobelli|Estadão

Não fosse o uso do concreto aparente em sua decoração, seria um portal para alguma época não definida da virada do século XIX para o XX, com sua luz baixa e a música ambiente escolhida – swing das big bands dos anos 1930. A carta de coquetéis, fruto da pesquisa da bartender Michelly Rossi, chefe de bar, leva tão longe quanto 1862, ano de criação de saratoga, que leva brandy de Jerez, bourbon, vermute e Angostura. Se a lista de ingredientes não elucida muito sobre o sabor, não há motivo para preocupar-se, o menu é esperto o suficiente para listar também o perfil de bebida (neste caso, amargo e encorpado).

São 13 os drinques esquecidos da casa, todos vendidos por R$ 35. Há os cítricos, frutados, com leve dulçor, como é o caso do delicioso the avenue, cuja receita foi publicada na bíblia de coquetéis de 1937, o Cafe Royal Bar Book. Leva bourbon, calvados, grenadine, água de flor de laranjeira e bitter de laranja. Há também os secos e vínicos como o adonis, criado em 1886 no bar do hotel Waldorf-Astoria, que leva Jerez, vermute tinto e bitter de laranja. + Futuro Refeitório joga holofote sobre os vegetais+ C6 Burger, uma hamburgueria para o Mercado de Pinheiros

Do bar saem ainda os adstringentes, como o coronation #1, com Jerez, licor de maraschino, vermute seco, bitter de laranja e angostura, cuja receita ficou conhecida quando publicada no Savoy Cocktail Book, de 1930; e os amendoados, como o crimean cup à la marmora, criado em 1862 pelo pai da coquetelaria americana Jerry Thomas. Neste vão dois tipos de rum, brandy de Jerez, licor de maraschino, xarope de amêndoas, limão tahiti e espumante.

“Quando a gente fala em coqueteis esquecidos parece uma coisa meio antiga, mas não estamos preso a nenhum espaço de tempo. Inclusive a ideia é que a carta seja renovada a cada seis meses”, afirma o sócio Bruno Bocchese, que também comanda o Mandíbula e que divide o Fel com André Godói e Paulo Neves. O bar não tem cozinha, mas oferece beliscos – sempre há uma variedade de embutido, uma de queijo, amêndoas e azeitonas. 

Serviço 

FEL

Av. Ipiranga, 200, Centro.  Horário de funcionamento: De quinta a segunda, 18h/0h. (Domingo, 17h/22h. Fecha terça e quarta.)

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