Fica aí: as melhores mesas ao ar livre da cidade


Casa do Porco oferece melhor relação entre qualidade e preço, e ainda disponibiliza mesas a céu aberto

Por Patrícia Ferraz

Começa hoje uma série especial do Fica Aí. Vou indicar as melhores mesas em terraços, na calçada, a céu aberto ou debaixo de guarda-sol nos restaurantes de São Paulo. A ideia é oferecer um serviço para quem – de máscara e vacinado – já está se aventurando a sair e busca preferencialmente os locais ventilados, a melhor opção para comer e beber fora de casa. E como o negócio por aqui é a comida, só entram na lista os endereços que combinam ambiente aberto e boa mesa. 

Vista da área externa do restaurante A Casa do Porco Foto: Rogério Gomes

A seleção estreia com a Casa do Porco, e não poderia ser diferente. É o melhor restaurante da cidade atualmente, o mais premiado e o que oferece melhor relação entre qualidade e preço. E também porque puxou a fila das mesas ao ar livre autorizadas pela Prefeitura, pelo projeto Ocupa Rua, que hoje se estende por 121 ruas da cidade.

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Tive ainda um motivo adicional para iniciar ali a série: provar o menu vegetariano, lançado na pandemia, quando o chef Jefferson Rueda se embrenhou pelo seu sítio, em São José do Rio Pardo, e passou a produzir boa parte dos legumes e verduras, orgânicos, servidos no restaurante. 

Quem é que vai à Casa do Porco para comer vegetais? Eu fui e recomendo. O menu vegetariano Da Roça para o Centro é espetacular. Jefferson Rueda está cada vez melhor e sua comida fica mais delicada a cada dia. O chef teve a ideia de espelhar o menu vegetariano e o tradicional. São idênticos, na sequência de atos e no visual dos pratos. A diferença é que um tem como base o porco e o outro, vegetais variados. A brincadeira fica mais interessante se você dividir a mesa com mais uma pessoa, que peça um menu diferente do seu e aceite compartilhar. Acho até que o restaurante deveria lançar essa experiência dupla – provei assim e foi memorável. Sinceramente, não sei dizer qual dos dois me agradou mais. 

O primeiro ato do menu é “criar” – o tradicional traz os embutidos da casa acompanhados por consomê de presunto cru na xícara. O que vem da horta oferece vegetais curados e fatiados – pera com especiarias, palmito da Serra da Graciosa, beterraba e consomê de legumes. Em seguida, uma seleção de cinco itens, que inclui três clássicos da casa. O célebre sushi ganha versão com cogumelo titã em vez da papada. O tartar de porco vira tartar de nabo. E o torresmo de pancetta com goiabada ressurge na forma de “torresmo” de queijo coalho. Talvez a seleção “colher” seja o ponto alto dos menus. Começa com um arranjo primoroso de couve, brócolis e flores, finalizado por consomê de vegetais ou de pé de porco. As milanesas são deliciosas, sequinhas e crocantes: porco versus cogumelo portobelo. Essa etapa se encerra com delicadíssimo cappellette, que pode ser recheado de abóbora, e servido com molho de cogumelos porcini, ou de porco, com molho de cabeça de porco. Ambos vêm com fonduta de queijo Pedra Branca. 

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No último ato, porco San Zé, de criação do restaurante, assado inteiro, por oito horas em churrasqueira no salão. O prato mais concorrido da casa (e que inspirou a inauguração do restaurante) agora tem acompanhamentos variados a cada dia. Pode vir com tartar de banana, farofa de cebola, arroz com curcuma, couve... Torça para ser dia de mandioca cozida na manteiga, é mandioca jovem, do sítio, uma delícia. Na versão vegetal, vem com os mesmos complementos, porém em vez da carne, nhoque de batata-doce tostado na chapa... Para adoçar, salada de frutas e hortaliças, em preparos variados – frescas, fermentadas, em conserva, geleia, sorbet...E ainda um corneto de pamonha. O menu-degustação custa R$165 e o porco a San Zé, à la carte, R$69, por pessoa.

Sushi de cogumelos da Casa do Porco Foto: Mauro Holanda

No fim da degustação, notando a quantidade de vezes que murmurei “humnm”, pensei em lançar uma nova medida para a avaliação de restaurantes, a quantidade de “humms”. Pena que não tinha contado… Do lado de fora: 45 lugares na calçada – seis mesas (de 4) sob de guarda-sol e seis (de 2) sob o toldo – desativados com chuva.

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Dica. Para fugir da fila, faça reserva no almoço durante a semana. Ou chegue fora de hora, depois das 14h30 até as 18h, o serviço é normal e o movimento, menor.

Serviço

Rua Araújo 124, tel. 32582578. Todos os dias, das 12h às 22h.

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Reservas

:

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thefork.com.br

 

**É JORNALISTA COM PÓS-GRADUAÇÃO EM GASTRONOMIA, AUTORA DO LIVRO ‘COMIDA CHEIA DE HISTÓRIA’

Começa hoje uma série especial do Fica Aí. Vou indicar as melhores mesas em terraços, na calçada, a céu aberto ou debaixo de guarda-sol nos restaurantes de São Paulo. A ideia é oferecer um serviço para quem – de máscara e vacinado – já está se aventurando a sair e busca preferencialmente os locais ventilados, a melhor opção para comer e beber fora de casa. E como o negócio por aqui é a comida, só entram na lista os endereços que combinam ambiente aberto e boa mesa. 

Vista da área externa do restaurante A Casa do Porco Foto: Rogério Gomes

A seleção estreia com a Casa do Porco, e não poderia ser diferente. É o melhor restaurante da cidade atualmente, o mais premiado e o que oferece melhor relação entre qualidade e preço. E também porque puxou a fila das mesas ao ar livre autorizadas pela Prefeitura, pelo projeto Ocupa Rua, que hoje se estende por 121 ruas da cidade.

Tive ainda um motivo adicional para iniciar ali a série: provar o menu vegetariano, lançado na pandemia, quando o chef Jefferson Rueda se embrenhou pelo seu sítio, em São José do Rio Pardo, e passou a produzir boa parte dos legumes e verduras, orgânicos, servidos no restaurante. 

Quem é que vai à Casa do Porco para comer vegetais? Eu fui e recomendo. O menu vegetariano Da Roça para o Centro é espetacular. Jefferson Rueda está cada vez melhor e sua comida fica mais delicada a cada dia. O chef teve a ideia de espelhar o menu vegetariano e o tradicional. São idênticos, na sequência de atos e no visual dos pratos. A diferença é que um tem como base o porco e o outro, vegetais variados. A brincadeira fica mais interessante se você dividir a mesa com mais uma pessoa, que peça um menu diferente do seu e aceite compartilhar. Acho até que o restaurante deveria lançar essa experiência dupla – provei assim e foi memorável. Sinceramente, não sei dizer qual dos dois me agradou mais. 

O primeiro ato do menu é “criar” – o tradicional traz os embutidos da casa acompanhados por consomê de presunto cru na xícara. O que vem da horta oferece vegetais curados e fatiados – pera com especiarias, palmito da Serra da Graciosa, beterraba e consomê de legumes. Em seguida, uma seleção de cinco itens, que inclui três clássicos da casa. O célebre sushi ganha versão com cogumelo titã em vez da papada. O tartar de porco vira tartar de nabo. E o torresmo de pancetta com goiabada ressurge na forma de “torresmo” de queijo coalho. Talvez a seleção “colher” seja o ponto alto dos menus. Começa com um arranjo primoroso de couve, brócolis e flores, finalizado por consomê de vegetais ou de pé de porco. As milanesas são deliciosas, sequinhas e crocantes: porco versus cogumelo portobelo. Essa etapa se encerra com delicadíssimo cappellette, que pode ser recheado de abóbora, e servido com molho de cogumelos porcini, ou de porco, com molho de cabeça de porco. Ambos vêm com fonduta de queijo Pedra Branca. 

No último ato, porco San Zé, de criação do restaurante, assado inteiro, por oito horas em churrasqueira no salão. O prato mais concorrido da casa (e que inspirou a inauguração do restaurante) agora tem acompanhamentos variados a cada dia. Pode vir com tartar de banana, farofa de cebola, arroz com curcuma, couve... Torça para ser dia de mandioca cozida na manteiga, é mandioca jovem, do sítio, uma delícia. Na versão vegetal, vem com os mesmos complementos, porém em vez da carne, nhoque de batata-doce tostado na chapa... Para adoçar, salada de frutas e hortaliças, em preparos variados – frescas, fermentadas, em conserva, geleia, sorbet...E ainda um corneto de pamonha. O menu-degustação custa R$165 e o porco a San Zé, à la carte, R$69, por pessoa.

Sushi de cogumelos da Casa do Porco Foto: Mauro Holanda

No fim da degustação, notando a quantidade de vezes que murmurei “humnm”, pensei em lançar uma nova medida para a avaliação de restaurantes, a quantidade de “humms”. Pena que não tinha contado… Do lado de fora: 45 lugares na calçada – seis mesas (de 4) sob de guarda-sol e seis (de 2) sob o toldo – desativados com chuva.

Dica. Para fugir da fila, faça reserva no almoço durante a semana. Ou chegue fora de hora, depois das 14h30 até as 18h, o serviço é normal e o movimento, menor.

Serviço

Rua Araújo 124, tel. 32582578. Todos os dias, das 12h às 22h.

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Começa hoje uma série especial do Fica Aí. Vou indicar as melhores mesas em terraços, na calçada, a céu aberto ou debaixo de guarda-sol nos restaurantes de São Paulo. A ideia é oferecer um serviço para quem – de máscara e vacinado – já está se aventurando a sair e busca preferencialmente os locais ventilados, a melhor opção para comer e beber fora de casa. E como o negócio por aqui é a comida, só entram na lista os endereços que combinam ambiente aberto e boa mesa. 

Vista da área externa do restaurante A Casa do Porco Foto: Rogério Gomes

A seleção estreia com a Casa do Porco, e não poderia ser diferente. É o melhor restaurante da cidade atualmente, o mais premiado e o que oferece melhor relação entre qualidade e preço. E também porque puxou a fila das mesas ao ar livre autorizadas pela Prefeitura, pelo projeto Ocupa Rua, que hoje se estende por 121 ruas da cidade.

Tive ainda um motivo adicional para iniciar ali a série: provar o menu vegetariano, lançado na pandemia, quando o chef Jefferson Rueda se embrenhou pelo seu sítio, em São José do Rio Pardo, e passou a produzir boa parte dos legumes e verduras, orgânicos, servidos no restaurante. 

Quem é que vai à Casa do Porco para comer vegetais? Eu fui e recomendo. O menu vegetariano Da Roça para o Centro é espetacular. Jefferson Rueda está cada vez melhor e sua comida fica mais delicada a cada dia. O chef teve a ideia de espelhar o menu vegetariano e o tradicional. São idênticos, na sequência de atos e no visual dos pratos. A diferença é que um tem como base o porco e o outro, vegetais variados. A brincadeira fica mais interessante se você dividir a mesa com mais uma pessoa, que peça um menu diferente do seu e aceite compartilhar. Acho até que o restaurante deveria lançar essa experiência dupla – provei assim e foi memorável. Sinceramente, não sei dizer qual dos dois me agradou mais. 

O primeiro ato do menu é “criar” – o tradicional traz os embutidos da casa acompanhados por consomê de presunto cru na xícara. O que vem da horta oferece vegetais curados e fatiados – pera com especiarias, palmito da Serra da Graciosa, beterraba e consomê de legumes. Em seguida, uma seleção de cinco itens, que inclui três clássicos da casa. O célebre sushi ganha versão com cogumelo titã em vez da papada. O tartar de porco vira tartar de nabo. E o torresmo de pancetta com goiabada ressurge na forma de “torresmo” de queijo coalho. Talvez a seleção “colher” seja o ponto alto dos menus. Começa com um arranjo primoroso de couve, brócolis e flores, finalizado por consomê de vegetais ou de pé de porco. As milanesas são deliciosas, sequinhas e crocantes: porco versus cogumelo portobelo. Essa etapa se encerra com delicadíssimo cappellette, que pode ser recheado de abóbora, e servido com molho de cogumelos porcini, ou de porco, com molho de cabeça de porco. Ambos vêm com fonduta de queijo Pedra Branca. 

No último ato, porco San Zé, de criação do restaurante, assado inteiro, por oito horas em churrasqueira no salão. O prato mais concorrido da casa (e que inspirou a inauguração do restaurante) agora tem acompanhamentos variados a cada dia. Pode vir com tartar de banana, farofa de cebola, arroz com curcuma, couve... Torça para ser dia de mandioca cozida na manteiga, é mandioca jovem, do sítio, uma delícia. Na versão vegetal, vem com os mesmos complementos, porém em vez da carne, nhoque de batata-doce tostado na chapa... Para adoçar, salada de frutas e hortaliças, em preparos variados – frescas, fermentadas, em conserva, geleia, sorbet...E ainda um corneto de pamonha. O menu-degustação custa R$165 e o porco a San Zé, à la carte, R$69, por pessoa.

Sushi de cogumelos da Casa do Porco Foto: Mauro Holanda

No fim da degustação, notando a quantidade de vezes que murmurei “humnm”, pensei em lançar uma nova medida para a avaliação de restaurantes, a quantidade de “humms”. Pena que não tinha contado… Do lado de fora: 45 lugares na calçada – seis mesas (de 4) sob de guarda-sol e seis (de 2) sob o toldo – desativados com chuva.

Dica. Para fugir da fila, faça reserva no almoço durante a semana. Ou chegue fora de hora, depois das 14h30 até as 18h, o serviço é normal e o movimento, menor.

Serviço

Rua Araújo 124, tel. 32582578. Todos os dias, das 12h às 22h.

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Começa hoje uma série especial do Fica Aí. Vou indicar as melhores mesas em terraços, na calçada, a céu aberto ou debaixo de guarda-sol nos restaurantes de São Paulo. A ideia é oferecer um serviço para quem – de máscara e vacinado – já está se aventurando a sair e busca preferencialmente os locais ventilados, a melhor opção para comer e beber fora de casa. E como o negócio por aqui é a comida, só entram na lista os endereços que combinam ambiente aberto e boa mesa. 

Vista da área externa do restaurante A Casa do Porco Foto: Rogério Gomes

A seleção estreia com a Casa do Porco, e não poderia ser diferente. É o melhor restaurante da cidade atualmente, o mais premiado e o que oferece melhor relação entre qualidade e preço. E também porque puxou a fila das mesas ao ar livre autorizadas pela Prefeitura, pelo projeto Ocupa Rua, que hoje se estende por 121 ruas da cidade.

Tive ainda um motivo adicional para iniciar ali a série: provar o menu vegetariano, lançado na pandemia, quando o chef Jefferson Rueda se embrenhou pelo seu sítio, em São José do Rio Pardo, e passou a produzir boa parte dos legumes e verduras, orgânicos, servidos no restaurante. 

Quem é que vai à Casa do Porco para comer vegetais? Eu fui e recomendo. O menu vegetariano Da Roça para o Centro é espetacular. Jefferson Rueda está cada vez melhor e sua comida fica mais delicada a cada dia. O chef teve a ideia de espelhar o menu vegetariano e o tradicional. São idênticos, na sequência de atos e no visual dos pratos. A diferença é que um tem como base o porco e o outro, vegetais variados. A brincadeira fica mais interessante se você dividir a mesa com mais uma pessoa, que peça um menu diferente do seu e aceite compartilhar. Acho até que o restaurante deveria lançar essa experiência dupla – provei assim e foi memorável. Sinceramente, não sei dizer qual dos dois me agradou mais. 

O primeiro ato do menu é “criar” – o tradicional traz os embutidos da casa acompanhados por consomê de presunto cru na xícara. O que vem da horta oferece vegetais curados e fatiados – pera com especiarias, palmito da Serra da Graciosa, beterraba e consomê de legumes. Em seguida, uma seleção de cinco itens, que inclui três clássicos da casa. O célebre sushi ganha versão com cogumelo titã em vez da papada. O tartar de porco vira tartar de nabo. E o torresmo de pancetta com goiabada ressurge na forma de “torresmo” de queijo coalho. Talvez a seleção “colher” seja o ponto alto dos menus. Começa com um arranjo primoroso de couve, brócolis e flores, finalizado por consomê de vegetais ou de pé de porco. As milanesas são deliciosas, sequinhas e crocantes: porco versus cogumelo portobelo. Essa etapa se encerra com delicadíssimo cappellette, que pode ser recheado de abóbora, e servido com molho de cogumelos porcini, ou de porco, com molho de cabeça de porco. Ambos vêm com fonduta de queijo Pedra Branca. 

No último ato, porco San Zé, de criação do restaurante, assado inteiro, por oito horas em churrasqueira no salão. O prato mais concorrido da casa (e que inspirou a inauguração do restaurante) agora tem acompanhamentos variados a cada dia. Pode vir com tartar de banana, farofa de cebola, arroz com curcuma, couve... Torça para ser dia de mandioca cozida na manteiga, é mandioca jovem, do sítio, uma delícia. Na versão vegetal, vem com os mesmos complementos, porém em vez da carne, nhoque de batata-doce tostado na chapa... Para adoçar, salada de frutas e hortaliças, em preparos variados – frescas, fermentadas, em conserva, geleia, sorbet...E ainda um corneto de pamonha. O menu-degustação custa R$165 e o porco a San Zé, à la carte, R$69, por pessoa.

Sushi de cogumelos da Casa do Porco Foto: Mauro Holanda

No fim da degustação, notando a quantidade de vezes que murmurei “humnm”, pensei em lançar uma nova medida para a avaliação de restaurantes, a quantidade de “humms”. Pena que não tinha contado… Do lado de fora: 45 lugares na calçada – seis mesas (de 4) sob de guarda-sol e seis (de 2) sob o toldo – desativados com chuva.

Dica. Para fugir da fila, faça reserva no almoço durante a semana. Ou chegue fora de hora, depois das 14h30 até as 18h, o serviço é normal e o movimento, menor.

Serviço

Rua Araújo 124, tel. 32582578. Todos os dias, das 12h às 22h.

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Começa hoje uma série especial do Fica Aí. Vou indicar as melhores mesas em terraços, na calçada, a céu aberto ou debaixo de guarda-sol nos restaurantes de São Paulo. A ideia é oferecer um serviço para quem – de máscara e vacinado – já está se aventurando a sair e busca preferencialmente os locais ventilados, a melhor opção para comer e beber fora de casa. E como o negócio por aqui é a comida, só entram na lista os endereços que combinam ambiente aberto e boa mesa. 

Vista da área externa do restaurante A Casa do Porco Foto: Rogério Gomes

A seleção estreia com a Casa do Porco, e não poderia ser diferente. É o melhor restaurante da cidade atualmente, o mais premiado e o que oferece melhor relação entre qualidade e preço. E também porque puxou a fila das mesas ao ar livre autorizadas pela Prefeitura, pelo projeto Ocupa Rua, que hoje se estende por 121 ruas da cidade.

Tive ainda um motivo adicional para iniciar ali a série: provar o menu vegetariano, lançado na pandemia, quando o chef Jefferson Rueda se embrenhou pelo seu sítio, em São José do Rio Pardo, e passou a produzir boa parte dos legumes e verduras, orgânicos, servidos no restaurante. 

Quem é que vai à Casa do Porco para comer vegetais? Eu fui e recomendo. O menu vegetariano Da Roça para o Centro é espetacular. Jefferson Rueda está cada vez melhor e sua comida fica mais delicada a cada dia. O chef teve a ideia de espelhar o menu vegetariano e o tradicional. São idênticos, na sequência de atos e no visual dos pratos. A diferença é que um tem como base o porco e o outro, vegetais variados. A brincadeira fica mais interessante se você dividir a mesa com mais uma pessoa, que peça um menu diferente do seu e aceite compartilhar. Acho até que o restaurante deveria lançar essa experiência dupla – provei assim e foi memorável. Sinceramente, não sei dizer qual dos dois me agradou mais. 

O primeiro ato do menu é “criar” – o tradicional traz os embutidos da casa acompanhados por consomê de presunto cru na xícara. O que vem da horta oferece vegetais curados e fatiados – pera com especiarias, palmito da Serra da Graciosa, beterraba e consomê de legumes. Em seguida, uma seleção de cinco itens, que inclui três clássicos da casa. O célebre sushi ganha versão com cogumelo titã em vez da papada. O tartar de porco vira tartar de nabo. E o torresmo de pancetta com goiabada ressurge na forma de “torresmo” de queijo coalho. Talvez a seleção “colher” seja o ponto alto dos menus. Começa com um arranjo primoroso de couve, brócolis e flores, finalizado por consomê de vegetais ou de pé de porco. As milanesas são deliciosas, sequinhas e crocantes: porco versus cogumelo portobelo. Essa etapa se encerra com delicadíssimo cappellette, que pode ser recheado de abóbora, e servido com molho de cogumelos porcini, ou de porco, com molho de cabeça de porco. Ambos vêm com fonduta de queijo Pedra Branca. 

No último ato, porco San Zé, de criação do restaurante, assado inteiro, por oito horas em churrasqueira no salão. O prato mais concorrido da casa (e que inspirou a inauguração do restaurante) agora tem acompanhamentos variados a cada dia. Pode vir com tartar de banana, farofa de cebola, arroz com curcuma, couve... Torça para ser dia de mandioca cozida na manteiga, é mandioca jovem, do sítio, uma delícia. Na versão vegetal, vem com os mesmos complementos, porém em vez da carne, nhoque de batata-doce tostado na chapa... Para adoçar, salada de frutas e hortaliças, em preparos variados – frescas, fermentadas, em conserva, geleia, sorbet...E ainda um corneto de pamonha. O menu-degustação custa R$165 e o porco a San Zé, à la carte, R$69, por pessoa.

Sushi de cogumelos da Casa do Porco Foto: Mauro Holanda

No fim da degustação, notando a quantidade de vezes que murmurei “humnm”, pensei em lançar uma nova medida para a avaliação de restaurantes, a quantidade de “humms”. Pena que não tinha contado… Do lado de fora: 45 lugares na calçada – seis mesas (de 4) sob de guarda-sol e seis (de 2) sob o toldo – desativados com chuva.

Dica. Para fugir da fila, faça reserva no almoço durante a semana. Ou chegue fora de hora, depois das 14h30 até as 18h, o serviço é normal e o movimento, menor.

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Rua Araújo 124, tel. 32582578. Todos os dias, das 12h às 22h.

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