Há 56 anos, Hambúrguer do Seu Oswaldo faz sucesso com lanches sem 'penduricalhos'


Sem batata frita e milkshake, casa no bairro do Ipiranga serve hambúrgueres honestos e sem invencionices

Por Matheus Mans
Hambúrguer do Seu Oswaldo fica na R. Bom Pastor, 1659 Foto: VALERIA GONCALVEZ/ESTADAO

Entrar no Hambúrguer do Seu Oswaldo, lanchonete no bairro do Ipiranga, em São Paulo, é quase como embarcar em uma cápsula do tempo. Ainda que o local tenha ampliado em 2011, o clima é o mesmo de 1966, quando a casa abriu as suas portas pela primeira vez.

Tudo aqui busca pelo simples, sem complicações. Começa pelo espaço em si: nada de garçons perambulando pra cá e pra lá, equilibrando lanches e bebidas. Só existem duas mesas no local e os outros 40 lugares que ficam ao redor do balcão, em banquinhos. 

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O atendimento também segue o padrão de outrora: você chega e faz o pedido para um dos atendentes, que rabisca tudo em um papelzinho. Depois, na hora de pagar a conta, é só chamar o atendente, recapitular o pedido e pronto. Ele anota ali, na hora, o valor a ser pago. 

E nem pense que há espaço para comer batatas fritas ou tomar um milk-shake no Hambúrguer do Seu Oswaldo. Lá, quem manda é o lanche -- que pode ser de carne bovina, hot dog ou frango. Bebida? Suco de laranja, refrigerante na garrafa de vidro e refrescos.

Hambúrguer do Seu Oswaldo

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Tudo isso partiu da mente de Oswaldo Paolicchi. Na década de 1960, herdou uma fábrica de armários de banheiros que não ia bem das pernas. Começou a bolar um novo negócio até que percebeu que não havia hamburgueria no Ipiranga. Abriu a Good Dog, na Rua Bom Pastor. Só o nome não pegou -- os clientes preferiam chamar pelo nome do proprietário. 

Hambúrguer do Seu Oswaldo em 2007 Foto: Marcos Mendes/AE

Com sua receita própria de molho de tomate, que acaba se tornando o principal atrativo da casa, fez sucesso. Até sua morte, em 2008, orquestrava tudo ali e anotava os pedidos ele mesmo. Também era bom de conversa e, se a casa estivesse tranquila, gostava de papear. 

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Hoje, a essência de Oswaldo continua na forma como a filha, Marta, administra a casa. Ainda que raramente dê as caras na lanchonete, ela manteve o cardápio sem mudanças, assim como o atendimento. A maior ousadia foi a reforma de 2011, quando praticamente dobrou o espaço. No aniversário de 50 anos, também trouxe algumas novidades visuais.

E enquanto Marta não está ali no dia a dia, a filha de Oswaldo conta com alguns escudeiros fiéis. Manoel Gomes e Luiz Gomes estão ali há décadas e ajudam a fazer com que o ambiente esteja sempre em ordem, como se o próprio Seu Oswaldo estivesse por ali.

Mudanças pós-pandemia

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É Luiz, aliás, que contou empolgado sobre algumas das novidades da casa depois de ficar fechada por um período na pandemia. “Agora dá para pedir pelo WhatsApp”, confidencia o atendente. “Só que não entregamos. Tentamos por um tempo, mas não deu certo. O que dá pra fazer é pedir com antecedência e vir aqui apenas para retirar, sem precisar esperar”.

Preparação do X-Salada do Seu Oswaldo: na chapa e com molho de tomate 'secreto' Foto: VALERIA GONCALVEZ/ESTADAO

Além disso, o pagamento com cartão deixou de ser tabu. O Hambúrguer do Seu Oswaldo agora aceita cartão de débito. Bom aliado na hora de pagar pelo x-Salada (R$ 30), x-maionese (R$ 30) e o x-bacon (R$ 31,50) e pelos refrescos de uva ou laranja (R$ 6,20, copo pequeno), daquelas máquinas antigas que quase não encontramos mais por aí.

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Serviço

Onde: R. Bom Pastor, 1659. Seg. a sáb., 12h/22h (fecha dom.). Aceita apenas dinheiro e cartão de débito. 

Hambúrguer do Seu Oswaldo fica na R. Bom Pastor, 1659 Foto: VALERIA GONCALVEZ/ESTADAO

Entrar no Hambúrguer do Seu Oswaldo, lanchonete no bairro do Ipiranga, em São Paulo, é quase como embarcar em uma cápsula do tempo. Ainda que o local tenha ampliado em 2011, o clima é o mesmo de 1966, quando a casa abriu as suas portas pela primeira vez.

Tudo aqui busca pelo simples, sem complicações. Começa pelo espaço em si: nada de garçons perambulando pra cá e pra lá, equilibrando lanches e bebidas. Só existem duas mesas no local e os outros 40 lugares que ficam ao redor do balcão, em banquinhos. 

O atendimento também segue o padrão de outrora: você chega e faz o pedido para um dos atendentes, que rabisca tudo em um papelzinho. Depois, na hora de pagar a conta, é só chamar o atendente, recapitular o pedido e pronto. Ele anota ali, na hora, o valor a ser pago. 

E nem pense que há espaço para comer batatas fritas ou tomar um milk-shake no Hambúrguer do Seu Oswaldo. Lá, quem manda é o lanche -- que pode ser de carne bovina, hot dog ou frango. Bebida? Suco de laranja, refrigerante na garrafa de vidro e refrescos.

Hambúrguer do Seu Oswaldo

Tudo isso partiu da mente de Oswaldo Paolicchi. Na década de 1960, herdou uma fábrica de armários de banheiros que não ia bem das pernas. Começou a bolar um novo negócio até que percebeu que não havia hamburgueria no Ipiranga. Abriu a Good Dog, na Rua Bom Pastor. Só o nome não pegou -- os clientes preferiam chamar pelo nome do proprietário. 

Hambúrguer do Seu Oswaldo em 2007 Foto: Marcos Mendes/AE

Com sua receita própria de molho de tomate, que acaba se tornando o principal atrativo da casa, fez sucesso. Até sua morte, em 2008, orquestrava tudo ali e anotava os pedidos ele mesmo. Também era bom de conversa e, se a casa estivesse tranquila, gostava de papear. 

Hoje, a essência de Oswaldo continua na forma como a filha, Marta, administra a casa. Ainda que raramente dê as caras na lanchonete, ela manteve o cardápio sem mudanças, assim como o atendimento. A maior ousadia foi a reforma de 2011, quando praticamente dobrou o espaço. No aniversário de 50 anos, também trouxe algumas novidades visuais.

E enquanto Marta não está ali no dia a dia, a filha de Oswaldo conta com alguns escudeiros fiéis. Manoel Gomes e Luiz Gomes estão ali há décadas e ajudam a fazer com que o ambiente esteja sempre em ordem, como se o próprio Seu Oswaldo estivesse por ali.

Mudanças pós-pandemia

É Luiz, aliás, que contou empolgado sobre algumas das novidades da casa depois de ficar fechada por um período na pandemia. “Agora dá para pedir pelo WhatsApp”, confidencia o atendente. “Só que não entregamos. Tentamos por um tempo, mas não deu certo. O que dá pra fazer é pedir com antecedência e vir aqui apenas para retirar, sem precisar esperar”.

Preparação do X-Salada do Seu Oswaldo: na chapa e com molho de tomate 'secreto' Foto: VALERIA GONCALVEZ/ESTADAO

Além disso, o pagamento com cartão deixou de ser tabu. O Hambúrguer do Seu Oswaldo agora aceita cartão de débito. Bom aliado na hora de pagar pelo x-Salada (R$ 30), x-maionese (R$ 30) e o x-bacon (R$ 31,50) e pelos refrescos de uva ou laranja (R$ 6,20, copo pequeno), daquelas máquinas antigas que quase não encontramos mais por aí.

 

Serviço

Onde: R. Bom Pastor, 1659. Seg. a sáb., 12h/22h (fecha dom.). Aceita apenas dinheiro e cartão de débito. 

Hambúrguer do Seu Oswaldo fica na R. Bom Pastor, 1659 Foto: VALERIA GONCALVEZ/ESTADAO

Entrar no Hambúrguer do Seu Oswaldo, lanchonete no bairro do Ipiranga, em São Paulo, é quase como embarcar em uma cápsula do tempo. Ainda que o local tenha ampliado em 2011, o clima é o mesmo de 1966, quando a casa abriu as suas portas pela primeira vez.

Tudo aqui busca pelo simples, sem complicações. Começa pelo espaço em si: nada de garçons perambulando pra cá e pra lá, equilibrando lanches e bebidas. Só existem duas mesas no local e os outros 40 lugares que ficam ao redor do balcão, em banquinhos. 

O atendimento também segue o padrão de outrora: você chega e faz o pedido para um dos atendentes, que rabisca tudo em um papelzinho. Depois, na hora de pagar a conta, é só chamar o atendente, recapitular o pedido e pronto. Ele anota ali, na hora, o valor a ser pago. 

E nem pense que há espaço para comer batatas fritas ou tomar um milk-shake no Hambúrguer do Seu Oswaldo. Lá, quem manda é o lanche -- que pode ser de carne bovina, hot dog ou frango. Bebida? Suco de laranja, refrigerante na garrafa de vidro e refrescos.

Hambúrguer do Seu Oswaldo

Tudo isso partiu da mente de Oswaldo Paolicchi. Na década de 1960, herdou uma fábrica de armários de banheiros que não ia bem das pernas. Começou a bolar um novo negócio até que percebeu que não havia hamburgueria no Ipiranga. Abriu a Good Dog, na Rua Bom Pastor. Só o nome não pegou -- os clientes preferiam chamar pelo nome do proprietário. 

Hambúrguer do Seu Oswaldo em 2007 Foto: Marcos Mendes/AE

Com sua receita própria de molho de tomate, que acaba se tornando o principal atrativo da casa, fez sucesso. Até sua morte, em 2008, orquestrava tudo ali e anotava os pedidos ele mesmo. Também era bom de conversa e, se a casa estivesse tranquila, gostava de papear. 

Hoje, a essência de Oswaldo continua na forma como a filha, Marta, administra a casa. Ainda que raramente dê as caras na lanchonete, ela manteve o cardápio sem mudanças, assim como o atendimento. A maior ousadia foi a reforma de 2011, quando praticamente dobrou o espaço. No aniversário de 50 anos, também trouxe algumas novidades visuais.

E enquanto Marta não está ali no dia a dia, a filha de Oswaldo conta com alguns escudeiros fiéis. Manoel Gomes e Luiz Gomes estão ali há décadas e ajudam a fazer com que o ambiente esteja sempre em ordem, como se o próprio Seu Oswaldo estivesse por ali.

Mudanças pós-pandemia

É Luiz, aliás, que contou empolgado sobre algumas das novidades da casa depois de ficar fechada por um período na pandemia. “Agora dá para pedir pelo WhatsApp”, confidencia o atendente. “Só que não entregamos. Tentamos por um tempo, mas não deu certo. O que dá pra fazer é pedir com antecedência e vir aqui apenas para retirar, sem precisar esperar”.

Preparação do X-Salada do Seu Oswaldo: na chapa e com molho de tomate 'secreto' Foto: VALERIA GONCALVEZ/ESTADAO

Além disso, o pagamento com cartão deixou de ser tabu. O Hambúrguer do Seu Oswaldo agora aceita cartão de débito. Bom aliado na hora de pagar pelo x-Salada (R$ 30), x-maionese (R$ 30) e o x-bacon (R$ 31,50) e pelos refrescos de uva ou laranja (R$ 6,20, copo pequeno), daquelas máquinas antigas que quase não encontramos mais por aí.

 

Serviço

Onde: R. Bom Pastor, 1659. Seg. a sáb., 12h/22h (fecha dom.). Aceita apenas dinheiro e cartão de débito. 

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