Hirá, um izakaya à americana na Vila Madalena


O restaurante/bar japonês já virou moda em São Paulo

Por José Orenstein

Vamos ao ponto: o hiyashi chuka do Izakaya Hirá combina bem com o verão. O lámen frio servido em caldo levemente adocicado com fatias de pepino, kani (o falso, salsicha sabor caranguejo, mas, vá lá, funciona) e outras delicadezas por cima é o primeiro e bom motivo para conhecer o novo restaurante/bar de inspiração japonesa na Vila Madalena. Desconte a massa um pouco mais mole que o devido, é o prato que me faria voltar à casa.

Mas voltemos a um pouco antes do ponto: izakaya virou moda em São Paulo de uns anos para cá. No Japão, eles estão em todo lugar, em cada esquina, são o nosso boteco. Vai-se ao izakaya no fim do dia, depois do trabalho, para beber. Cerveja (sempre, e logo que se chega ao bar), depois saquê, sochu, uísque, etc. Enquanto o álcool tinge de vermelho os alvos rostos nipônicos, vão chegando os petiscos, pequenos pratos, para dividir.

 Hiyashi chuka, lámen frio, o melhor prato da casa. FOTOS: Felipe Rau/Estadão

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Fuma-se, fala-se alto. Não se serve sushi num izakaya. Para isso, há os restaurantes especializados em sushi – assim como há os que só servem lámen, ou só tempura, ou só tonkatsu, ou só yakitori, ou só udon, por aí vai. Um izakaya pode servir algumas dessas coisas, conforme a tradição em cada região, mas não é especializado em nenhuma delas – a ideia é beber, a comida é simples, embora praticamente nunca ruim. Se embebedar num ruidoso izakaya em Tóquio e depois trançar as pernas rumo ao metrô é das grandes experiências que se pode ter nesta vida, acho.

O Hirá tenta, em alguma medida, honrar essa tradição japonesa. Dá, sim, para se embebedar com algumas boas cervejas, saquês, sochus e coquetéis – e até trançar as pernas, porém ladeirão acima, rumo ao metrô Vila Madalena. No meio disso, come-se alguns petiscos do grande cardápio, que tem o mérito de não se render às obviedades de um público acostumado a salmão com azeite trufado e maçaricação geral.

Mas, no geral, falta certo apuro no preparo dos comestíveis: o nirá encharca na chapa com polvo fora do ponto; as frituras e seus molhos pesam um tanto, como o tori karaage (frango) e o tonkatsu (panceta à milanesa); as robatas, espetinhos na grelha, chegam tristonhas à mesa. Falta também delicadeza nos caldos em que se banham os lámens, atenção a detalhes: ao ponto da massa, ao ponto do ovo cozido que lhe acompanha.

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O clima do Hirá pouco tem dos calorosos izakayas japoneses, que, dada a falta de espaço nas ilhas do Japão, são mínimos e acabam aconchegantes. O Hirá, ao contrário, ocupa imóvel amplo e de alto pé-direito onde antes funcionava o restaurante AK – do qual herdou as lâmpadas de filamento incandescente que brotam feito mato nos restaurantes paulistanos.

De fato, a proposta do Hirá está mais para uma leitura ocidental do izakaya, tal como ela é feita nos Estados Unidos. Os gostosos pork buns, sanduíches de barriga de porco em pão chinês, com pepino e aioli, evidenciam a inspiração no Momofuku, casa de sucesso em Nova York. Sai o calor japonês, entra certa frieza made in USA. Talvez seja a pouquíssima idade do Hirá, mas falta-lhe ainda uma cara, personalidade.

 Pork bun. O pequeno sanduíche evidencia inspiração da casa no Momofuku, de Nova York.

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Mesmo assim, come-se lá um refrescante hyiashi chuka, um bom oniguiri, belisca-se um edamame. Numa mesa de amigos, dá para se divertir. E os preços são razoáveis.

O CHEF

O Izakaya Hirá tem no comando da cozinha Daniel Hirata, que foi por muito tempo chef-executivo do Mori Ohta, rodízio de sushi paulistano, e que teve passagem também pelo tradicional Sushiguen, antiga casa de sushi na Bela Vista.

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 O MELHOR E O PIOR

Prove

Hiyashi chuka, lámen servido frio, fresco, num bom dashi (caldo) é, entre o que pude provar, o melhor prato da casa.

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Hirá bun, feito com aquele pão cozido chinês, leva carne de porco, pepino e aioli. Muito bom.

Oniguiri. O simples bolinho de arroz fecha bem uma noite num izakaya.

Evite

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Robata de codorna. O espeto de ovo é desajustado no tempero por fora, e vem ressecado por dentro.

Tofu kimchi natô. A mistura de tofu, kimchi e nato (soja fermentada), não dá liga.

 Amplo. O Hirá ocupa o imóvel de pé-direito alto onde era o AK, na Vila Madalena

Estilo de cozinha: Japonesa, de boteco (não tem sushi), com algumas receitas coreanas.

Bom para: Ir com amigos, beber e petiscar, à noite ou no fim da tarde; bom também para um lámen rápido, solo ou em dupla.

Acústica: O pé-direito alto dissipa o barulho; a música pode ser alta, mas não chega a incomodar.

Vinho: Não tem carta, ainda. Taxa de rolha: R$ 45.

Cerveja: Além das manjadas Heineken e Stella (R$ 8), tem Coruja Viva (R$ 43), Jupiter 10 Lúpulos (double IPA, R$ 24,50), Jupiter Tanger (witbier, R$ 22,50) e J. Beer (american amber ale, R$ 22,50).

Água e café: Garrafinhas a R$ 5,50. Bom expresso Martins (R$ 5,50).

Preços: Entradas e petiscos, de R$ 4,50 a R$ 29; pratos (lámens), de R$ 27 a R$ 28; sobremesa (R$ 13).

Vou voltar? Sim, pela massa fria num dia quente.

SERVIÇO – HIRÁ IZAKAYA R. Fradique Coutinho, 1.240, Vila Madalena Tel.: 3034-3832 Horário de funcionamento: 12h/15h e 19h/24h (sex. até 1h; sáb., 12h30/16h e 19h/1h; dom., 12h30/16h e 19h/23h30) Não tem bicicletário.Ciclovia: Av. Pedroso de Morais (1 km) Não tem valet. Estacionamento ao lado

>> Veja a íntegra da edição de 14/1/2016

Vamos ao ponto: o hiyashi chuka do Izakaya Hirá combina bem com o verão. O lámen frio servido em caldo levemente adocicado com fatias de pepino, kani (o falso, salsicha sabor caranguejo, mas, vá lá, funciona) e outras delicadezas por cima é o primeiro e bom motivo para conhecer o novo restaurante/bar de inspiração japonesa na Vila Madalena. Desconte a massa um pouco mais mole que o devido, é o prato que me faria voltar à casa.

Mas voltemos a um pouco antes do ponto: izakaya virou moda em São Paulo de uns anos para cá. No Japão, eles estão em todo lugar, em cada esquina, são o nosso boteco. Vai-se ao izakaya no fim do dia, depois do trabalho, para beber. Cerveja (sempre, e logo que se chega ao bar), depois saquê, sochu, uísque, etc. Enquanto o álcool tinge de vermelho os alvos rostos nipônicos, vão chegando os petiscos, pequenos pratos, para dividir.

 Hiyashi chuka, lámen frio, o melhor prato da casa. FOTOS: Felipe Rau/Estadão

Fuma-se, fala-se alto. Não se serve sushi num izakaya. Para isso, há os restaurantes especializados em sushi – assim como há os que só servem lámen, ou só tempura, ou só tonkatsu, ou só yakitori, ou só udon, por aí vai. Um izakaya pode servir algumas dessas coisas, conforme a tradição em cada região, mas não é especializado em nenhuma delas – a ideia é beber, a comida é simples, embora praticamente nunca ruim. Se embebedar num ruidoso izakaya em Tóquio e depois trançar as pernas rumo ao metrô é das grandes experiências que se pode ter nesta vida, acho.

O Hirá tenta, em alguma medida, honrar essa tradição japonesa. Dá, sim, para se embebedar com algumas boas cervejas, saquês, sochus e coquetéis – e até trançar as pernas, porém ladeirão acima, rumo ao metrô Vila Madalena. No meio disso, come-se alguns petiscos do grande cardápio, que tem o mérito de não se render às obviedades de um público acostumado a salmão com azeite trufado e maçaricação geral.

Mas, no geral, falta certo apuro no preparo dos comestíveis: o nirá encharca na chapa com polvo fora do ponto; as frituras e seus molhos pesam um tanto, como o tori karaage (frango) e o tonkatsu (panceta à milanesa); as robatas, espetinhos na grelha, chegam tristonhas à mesa. Falta também delicadeza nos caldos em que se banham os lámens, atenção a detalhes: ao ponto da massa, ao ponto do ovo cozido que lhe acompanha.

O clima do Hirá pouco tem dos calorosos izakayas japoneses, que, dada a falta de espaço nas ilhas do Japão, são mínimos e acabam aconchegantes. O Hirá, ao contrário, ocupa imóvel amplo e de alto pé-direito onde antes funcionava o restaurante AK – do qual herdou as lâmpadas de filamento incandescente que brotam feito mato nos restaurantes paulistanos.

De fato, a proposta do Hirá está mais para uma leitura ocidental do izakaya, tal como ela é feita nos Estados Unidos. Os gostosos pork buns, sanduíches de barriga de porco em pão chinês, com pepino e aioli, evidenciam a inspiração no Momofuku, casa de sucesso em Nova York. Sai o calor japonês, entra certa frieza made in USA. Talvez seja a pouquíssima idade do Hirá, mas falta-lhe ainda uma cara, personalidade.

 Pork bun. O pequeno sanduíche evidencia inspiração da casa no Momofuku, de Nova York.

Mesmo assim, come-se lá um refrescante hyiashi chuka, um bom oniguiri, belisca-se um edamame. Numa mesa de amigos, dá para se divertir. E os preços são razoáveis.

O CHEF

O Izakaya Hirá tem no comando da cozinha Daniel Hirata, que foi por muito tempo chef-executivo do Mori Ohta, rodízio de sushi paulistano, e que teve passagem também pelo tradicional Sushiguen, antiga casa de sushi na Bela Vista.

 O MELHOR E O PIOR

Prove

Hiyashi chuka, lámen servido frio, fresco, num bom dashi (caldo) é, entre o que pude provar, o melhor prato da casa.

Hirá bun, feito com aquele pão cozido chinês, leva carne de porco, pepino e aioli. Muito bom.

Oniguiri. O simples bolinho de arroz fecha bem uma noite num izakaya.

Evite

Robata de codorna. O espeto de ovo é desajustado no tempero por fora, e vem ressecado por dentro.

Tofu kimchi natô. A mistura de tofu, kimchi e nato (soja fermentada), não dá liga.

 Amplo. O Hirá ocupa o imóvel de pé-direito alto onde era o AK, na Vila Madalena

Estilo de cozinha: Japonesa, de boteco (não tem sushi), com algumas receitas coreanas.

Bom para: Ir com amigos, beber e petiscar, à noite ou no fim da tarde; bom também para um lámen rápido, solo ou em dupla.

Acústica: O pé-direito alto dissipa o barulho; a música pode ser alta, mas não chega a incomodar.

Vinho: Não tem carta, ainda. Taxa de rolha: R$ 45.

Cerveja: Além das manjadas Heineken e Stella (R$ 8), tem Coruja Viva (R$ 43), Jupiter 10 Lúpulos (double IPA, R$ 24,50), Jupiter Tanger (witbier, R$ 22,50) e J. Beer (american amber ale, R$ 22,50).

Água e café: Garrafinhas a R$ 5,50. Bom expresso Martins (R$ 5,50).

Preços: Entradas e petiscos, de R$ 4,50 a R$ 29; pratos (lámens), de R$ 27 a R$ 28; sobremesa (R$ 13).

Vou voltar? Sim, pela massa fria num dia quente.

SERVIÇO – HIRÁ IZAKAYA R. Fradique Coutinho, 1.240, Vila Madalena Tel.: 3034-3832 Horário de funcionamento: 12h/15h e 19h/24h (sex. até 1h; sáb., 12h30/16h e 19h/1h; dom., 12h30/16h e 19h/23h30) Não tem bicicletário.Ciclovia: Av. Pedroso de Morais (1 km) Não tem valet. Estacionamento ao lado

>> Veja a íntegra da edição de 14/1/2016

Vamos ao ponto: o hiyashi chuka do Izakaya Hirá combina bem com o verão. O lámen frio servido em caldo levemente adocicado com fatias de pepino, kani (o falso, salsicha sabor caranguejo, mas, vá lá, funciona) e outras delicadezas por cima é o primeiro e bom motivo para conhecer o novo restaurante/bar de inspiração japonesa na Vila Madalena. Desconte a massa um pouco mais mole que o devido, é o prato que me faria voltar à casa.

Mas voltemos a um pouco antes do ponto: izakaya virou moda em São Paulo de uns anos para cá. No Japão, eles estão em todo lugar, em cada esquina, são o nosso boteco. Vai-se ao izakaya no fim do dia, depois do trabalho, para beber. Cerveja (sempre, e logo que se chega ao bar), depois saquê, sochu, uísque, etc. Enquanto o álcool tinge de vermelho os alvos rostos nipônicos, vão chegando os petiscos, pequenos pratos, para dividir.

 Hiyashi chuka, lámen frio, o melhor prato da casa. FOTOS: Felipe Rau/Estadão

Fuma-se, fala-se alto. Não se serve sushi num izakaya. Para isso, há os restaurantes especializados em sushi – assim como há os que só servem lámen, ou só tempura, ou só tonkatsu, ou só yakitori, ou só udon, por aí vai. Um izakaya pode servir algumas dessas coisas, conforme a tradição em cada região, mas não é especializado em nenhuma delas – a ideia é beber, a comida é simples, embora praticamente nunca ruim. Se embebedar num ruidoso izakaya em Tóquio e depois trançar as pernas rumo ao metrô é das grandes experiências que se pode ter nesta vida, acho.

O Hirá tenta, em alguma medida, honrar essa tradição japonesa. Dá, sim, para se embebedar com algumas boas cervejas, saquês, sochus e coquetéis – e até trançar as pernas, porém ladeirão acima, rumo ao metrô Vila Madalena. No meio disso, come-se alguns petiscos do grande cardápio, que tem o mérito de não se render às obviedades de um público acostumado a salmão com azeite trufado e maçaricação geral.

Mas, no geral, falta certo apuro no preparo dos comestíveis: o nirá encharca na chapa com polvo fora do ponto; as frituras e seus molhos pesam um tanto, como o tori karaage (frango) e o tonkatsu (panceta à milanesa); as robatas, espetinhos na grelha, chegam tristonhas à mesa. Falta também delicadeza nos caldos em que se banham os lámens, atenção a detalhes: ao ponto da massa, ao ponto do ovo cozido que lhe acompanha.

O clima do Hirá pouco tem dos calorosos izakayas japoneses, que, dada a falta de espaço nas ilhas do Japão, são mínimos e acabam aconchegantes. O Hirá, ao contrário, ocupa imóvel amplo e de alto pé-direito onde antes funcionava o restaurante AK – do qual herdou as lâmpadas de filamento incandescente que brotam feito mato nos restaurantes paulistanos.

De fato, a proposta do Hirá está mais para uma leitura ocidental do izakaya, tal como ela é feita nos Estados Unidos. Os gostosos pork buns, sanduíches de barriga de porco em pão chinês, com pepino e aioli, evidenciam a inspiração no Momofuku, casa de sucesso em Nova York. Sai o calor japonês, entra certa frieza made in USA. Talvez seja a pouquíssima idade do Hirá, mas falta-lhe ainda uma cara, personalidade.

 Pork bun. O pequeno sanduíche evidencia inspiração da casa no Momofuku, de Nova York.

Mesmo assim, come-se lá um refrescante hyiashi chuka, um bom oniguiri, belisca-se um edamame. Numa mesa de amigos, dá para se divertir. E os preços são razoáveis.

O CHEF

O Izakaya Hirá tem no comando da cozinha Daniel Hirata, que foi por muito tempo chef-executivo do Mori Ohta, rodízio de sushi paulistano, e que teve passagem também pelo tradicional Sushiguen, antiga casa de sushi na Bela Vista.

 O MELHOR E O PIOR

Prove

Hiyashi chuka, lámen servido frio, fresco, num bom dashi (caldo) é, entre o que pude provar, o melhor prato da casa.

Hirá bun, feito com aquele pão cozido chinês, leva carne de porco, pepino e aioli. Muito bom.

Oniguiri. O simples bolinho de arroz fecha bem uma noite num izakaya.

Evite

Robata de codorna. O espeto de ovo é desajustado no tempero por fora, e vem ressecado por dentro.

Tofu kimchi natô. A mistura de tofu, kimchi e nato (soja fermentada), não dá liga.

 Amplo. O Hirá ocupa o imóvel de pé-direito alto onde era o AK, na Vila Madalena

Estilo de cozinha: Japonesa, de boteco (não tem sushi), com algumas receitas coreanas.

Bom para: Ir com amigos, beber e petiscar, à noite ou no fim da tarde; bom também para um lámen rápido, solo ou em dupla.

Acústica: O pé-direito alto dissipa o barulho; a música pode ser alta, mas não chega a incomodar.

Vinho: Não tem carta, ainda. Taxa de rolha: R$ 45.

Cerveja: Além das manjadas Heineken e Stella (R$ 8), tem Coruja Viva (R$ 43), Jupiter 10 Lúpulos (double IPA, R$ 24,50), Jupiter Tanger (witbier, R$ 22,50) e J. Beer (american amber ale, R$ 22,50).

Água e café: Garrafinhas a R$ 5,50. Bom expresso Martins (R$ 5,50).

Preços: Entradas e petiscos, de R$ 4,50 a R$ 29; pratos (lámens), de R$ 27 a R$ 28; sobremesa (R$ 13).

Vou voltar? Sim, pela massa fria num dia quente.

SERVIÇO – HIRÁ IZAKAYA R. Fradique Coutinho, 1.240, Vila Madalena Tel.: 3034-3832 Horário de funcionamento: 12h/15h e 19h/24h (sex. até 1h; sáb., 12h30/16h e 19h/1h; dom., 12h30/16h e 19h/23h30) Não tem bicicletário.Ciclovia: Av. Pedroso de Morais (1 km) Não tem valet. Estacionamento ao lado

>> Veja a íntegra da edição de 14/1/2016

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