Hospedaria, na Mooca, faz comida de imigrante


Em seu novo restaurante, o chef Fellipe Zanuto foca a comida que cresceu comendo, em pratos como arroz de forno, torta de frango e pappardelle à bolonhesa; o ambiente mantém os traços industriais da construção original

Por Renata Mesquita

O restaurante Hospedaria – que abre na próxima terça, 29, na Mooca – traz novos ares ao bairro sem abandonar a sua, digamos assim, raiz fabril e, essencialmente, imigrante. 

Primeiro pelo visual, pós-industrial que, neste caso, talvez seja um dos únicos na cidade que de fato podemos chamar assim: o Hospedaria ocupa o espaço onde funcionou um galpão fabril. O pé-direito é superalto, a tubulação é aparente, as paredes cruas foram descascadas até a camada original. 

Conforto. O risoto paulista com porco, legumes, queijo e um ovo perfeito para finalizar Foto: Sergio Castro|Estadão
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Segundo, e mais importante, pela comida. Mooquense nascido e criado ali, Fellipe Zanuto, chef do restaurante e neto de imigrantes italianos, colocou suas lembranças de infância nos pratos. O couvert (R$ 9), uma tigela de molho de tomate encorpado, é acompanhado de pão quentinho da casa. O clássico frango à passarinho tem releitura: é marinado por 24 horas e empanado em farinha de milho. 

Há também risoto paulista (R$ 46), que na realidade é um arroz de forno. Fellipe, também dono d’A Pizza da Mooca, conta que só foi conhecer o verdadeiro risoto italiano, de arroz arbóreo, aos 19 anos. Este é feito com arroz agulhinha, pedaços de barriga de porco e frango, tutano para dar a cremosidade do original, encobertos por queijo meia cura derretido e um ovo, perfeito. O prato é finalizado no forno a lenha, assim como boa parte do cardápio – caso do pappardelle à bolonhesa (R$ 44) com bordas crocantes para serem mergulhadas no molho. 

Pappardelle. A passada final no forno dá o croque Foto: Sergio Castro|Estadão
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A carta de vinhos tem apenas rótulos brasileiros. Os drinques também estão lá, em quantidade e criatividade. La Merica (R$ 25), como foi batizada a releitura do manhattan feita com cachaça, é uma homenagem ao nome de um dos barcos que veio da Europa com imigrantes. 

Quem quiser completar o passeio pelo bairro (e tiver guardado espaço no estômago) pode dar uma passada na matriz da confeitaria Di Cunto, que fica em frente, e pedir um cannolo.

Ambiente. O galpão industrial se transformou em restaurante com pouca interferência. Foto: Sergio Castro|Estadão
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Couvert. Porção de molho de tomate com pão da casa ainda quentinho. Foto: Sergio Castro|Estadão

SERVIÇO

HOSPEDARIA

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R. Borges de Figueiredo, 82, Mooca Tel.:  2291-5629 Horário de funcionamento:12h/15h (sáb. e dom., até 17h; fecha seg.)

O restaurante Hospedaria – que abre na próxima terça, 29, na Mooca – traz novos ares ao bairro sem abandonar a sua, digamos assim, raiz fabril e, essencialmente, imigrante. 

Primeiro pelo visual, pós-industrial que, neste caso, talvez seja um dos únicos na cidade que de fato podemos chamar assim: o Hospedaria ocupa o espaço onde funcionou um galpão fabril. O pé-direito é superalto, a tubulação é aparente, as paredes cruas foram descascadas até a camada original. 

Conforto. O risoto paulista com porco, legumes, queijo e um ovo perfeito para finalizar Foto: Sergio Castro|Estadão

Segundo, e mais importante, pela comida. Mooquense nascido e criado ali, Fellipe Zanuto, chef do restaurante e neto de imigrantes italianos, colocou suas lembranças de infância nos pratos. O couvert (R$ 9), uma tigela de molho de tomate encorpado, é acompanhado de pão quentinho da casa. O clássico frango à passarinho tem releitura: é marinado por 24 horas e empanado em farinha de milho. 

Há também risoto paulista (R$ 46), que na realidade é um arroz de forno. Fellipe, também dono d’A Pizza da Mooca, conta que só foi conhecer o verdadeiro risoto italiano, de arroz arbóreo, aos 19 anos. Este é feito com arroz agulhinha, pedaços de barriga de porco e frango, tutano para dar a cremosidade do original, encobertos por queijo meia cura derretido e um ovo, perfeito. O prato é finalizado no forno a lenha, assim como boa parte do cardápio – caso do pappardelle à bolonhesa (R$ 44) com bordas crocantes para serem mergulhadas no molho. 

Pappardelle. A passada final no forno dá o croque Foto: Sergio Castro|Estadão

A carta de vinhos tem apenas rótulos brasileiros. Os drinques também estão lá, em quantidade e criatividade. La Merica (R$ 25), como foi batizada a releitura do manhattan feita com cachaça, é uma homenagem ao nome de um dos barcos que veio da Europa com imigrantes. 

Quem quiser completar o passeio pelo bairro (e tiver guardado espaço no estômago) pode dar uma passada na matriz da confeitaria Di Cunto, que fica em frente, e pedir um cannolo.

Ambiente. O galpão industrial se transformou em restaurante com pouca interferência. Foto: Sergio Castro|Estadão
Couvert. Porção de molho de tomate com pão da casa ainda quentinho. Foto: Sergio Castro|Estadão

SERVIÇO

HOSPEDARIA

R. Borges de Figueiredo, 82, Mooca Tel.:  2291-5629 Horário de funcionamento:12h/15h (sáb. e dom., até 17h; fecha seg.)

O restaurante Hospedaria – que abre na próxima terça, 29, na Mooca – traz novos ares ao bairro sem abandonar a sua, digamos assim, raiz fabril e, essencialmente, imigrante. 

Primeiro pelo visual, pós-industrial que, neste caso, talvez seja um dos únicos na cidade que de fato podemos chamar assim: o Hospedaria ocupa o espaço onde funcionou um galpão fabril. O pé-direito é superalto, a tubulação é aparente, as paredes cruas foram descascadas até a camada original. 

Conforto. O risoto paulista com porco, legumes, queijo e um ovo perfeito para finalizar Foto: Sergio Castro|Estadão

Segundo, e mais importante, pela comida. Mooquense nascido e criado ali, Fellipe Zanuto, chef do restaurante e neto de imigrantes italianos, colocou suas lembranças de infância nos pratos. O couvert (R$ 9), uma tigela de molho de tomate encorpado, é acompanhado de pão quentinho da casa. O clássico frango à passarinho tem releitura: é marinado por 24 horas e empanado em farinha de milho. 

Há também risoto paulista (R$ 46), que na realidade é um arroz de forno. Fellipe, também dono d’A Pizza da Mooca, conta que só foi conhecer o verdadeiro risoto italiano, de arroz arbóreo, aos 19 anos. Este é feito com arroz agulhinha, pedaços de barriga de porco e frango, tutano para dar a cremosidade do original, encobertos por queijo meia cura derretido e um ovo, perfeito. O prato é finalizado no forno a lenha, assim como boa parte do cardápio – caso do pappardelle à bolonhesa (R$ 44) com bordas crocantes para serem mergulhadas no molho. 

Pappardelle. A passada final no forno dá o croque Foto: Sergio Castro|Estadão

A carta de vinhos tem apenas rótulos brasileiros. Os drinques também estão lá, em quantidade e criatividade. La Merica (R$ 25), como foi batizada a releitura do manhattan feita com cachaça, é uma homenagem ao nome de um dos barcos que veio da Europa com imigrantes. 

Quem quiser completar o passeio pelo bairro (e tiver guardado espaço no estômago) pode dar uma passada na matriz da confeitaria Di Cunto, que fica em frente, e pedir um cannolo.

Ambiente. O galpão industrial se transformou em restaurante com pouca interferência. Foto: Sergio Castro|Estadão
Couvert. Porção de molho de tomate com pão da casa ainda quentinho. Foto: Sergio Castro|Estadão

SERVIÇO

HOSPEDARIA

R. Borges de Figueiredo, 82, Mooca Tel.:  2291-5629 Horário de funcionamento:12h/15h (sáb. e dom., até 17h; fecha seg.)

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