La Reina mira no simples


O restaurante da chef Renata Braune que começou como bar ganhou pratos descomplicados que acertam no sabor (o restaurante encerrou as atividades)

Por José Orenstein

Você, leitor, provavelmente não come fora pelo menos cinco vezes por semana. Mas acho que vai concordar comigo que queremos, à mesa, descomplicar. Se, por um lado, nas últimas duas décadas a coisa mudou muito, para o bem, na gastronomia nacional – ingredientes melhores, atualização técnica, formação de público –, por outro, nos anos recentes, deu uma saturada. Muita mistificação, modismo, firula, espuma. É um pêndulo, eu sei: as coisas vão e vêm, em vagas e vogas. Mas o negócio é que agora queremos o simples. Seja bem-vinda, desgourmetização, a casa é sua. 

O imperdível nhoque de mandioquinha com molho de queijo gorgonzola e carne de panela Foto: Felipe Rau|Estadão

O La Reina, em Pinheiros, tem esse espírito. O restaurante que inaugurou no ano passado como um bar, com pequenas porções e tira-gostos, agora encorpou o cardápio. E vai encontrando um rumo: serve comida superfresca, que parece caseira, mas que na verdade daria trabalho de ser feita em casa. Por isso vale sair para ir comer no La Reina.

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A história de quem comanda o negócio não por acaso tem a ver com esse jeito do La Reina. Renata Braune foi uma das primeiras chefs a ter reconhecimento na gastronomia nacional. Por quase duas décadas ela manejou as panelas do Chef Rouge, clássico paulistano. Lá, Braune reproduziu receituário tradicional da cuisine française, que aprendeu na escola Le Cordon Bleu, e refinou sua técnica. Hoje, no La Reina, com desassombro, serve croquetes, empadinhas, arroz de galinha e filé com alho. Faz o simples.

O cardápio remete à comida trivial brasileira de bar, com leve inclinação espanhola. Para começar, tem o croquete de carne com paio e as croquetas, de jamón serrano e de gorgonzola, infalíveis se lavados por goles de cerveja. A panelinha de bacalhau desfiado com grão-de-bico e cebola é ótima entrada que remete aos bons bocados ibéricos: quem nela fala mais alto são os ingredientes, sente-se o gosto e textura do peixe, do grão.

Entre os pratos principais, de novo a descomplicação: arrozes (lula, galinha, bacalhau), filés (à Oswaldo Aranha, com gorgonzola e à milanesa), massas, filé de frango, de peixe (tilápia), um galeto. É tudo bem-feito – pontos de cozimento são respeitados nos arrozes, carnes e massas, temperos nem demais nem de menos. Eu seria feliz comendo toda semana o nhoque de mandioquinha com molho de gorgonzola. Vem com uma carne de panela aninhada no meio da massa (cozida e frita). As sobremesas me pareceram menos caprichadas que a parte salgada do cardápio. Afora coisas como os churros com doce de leite, difíceis de serem ruins, nada muito tentador.

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Cozinha descomplicada. Arroz de lula vem no ponto, o arroz e a lula. Foto: Felipe Rau|Estadão

Quanto ao ambiente, falta alguma coisa – uma comida assim acolhedora pede salão mais caloroso, mais personalidade. No almoço, o jogo americano de papel estampa propaganda de cerveja (à noite toalhas de pano forram as mesas); nas paredes, veem-se fotos genéricas de paisagens da cidade e frases como “Cerveja é a prova de que Deus nos ama e nos quer ver felizes”, atribuída a Benjamin Franklin, ou “Diga-me o que comes e te direi quem és”, de Brillat-Savarin. Já a parede logo à entrada ostenta nomes aleatórios de itens do cardápio.

O serviço é gentil e atento. As coisas andam tão caras que me esforço bem para não perder as referências – acho que os preços aqui estão um pouquinho acima do que esperaria. Mas, no fim, saí feliz. O La Reina é um ótimo restaurante de bairro. 

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De bar a restaurante 

O La Reina abriu no ano passado como um bar com petiscos. Neste ano, ampliou o cardápio e quer ser mais restaurante. Tem como chef Renata Braune, uma das pioneiras da gastronomia no País, que passou 18 anos à frente do Chef Rouge, onde praticava a cozinha francesa clássica. Agora, propõe cardápio mais simples, caseiro.

O MELHOR E O PIOR

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PROVE O nhoque de mandioquinha. A massa é frita, faz croque, e é bem acompanhada pela carne de panela e o molho de gorgonzola. O arroz de lula. Nem mole nem cru: o arroz vem ao ponto. Ganha vida com o tomate e os anéis de lula bem cozidos. Os croquetes de carne e paio são ótimos, sequinhos.EVITE 

O peitinho de mulata. Nome politicamente incorreto para sobremesa de creme, chocolate e suspiro, incorreta: doce demais. O couvert. Vale mais centrar mira em entradas e petiscos.

Sem graça. O ambiente não é o forte da casa, falta aconchego Foto: Felipe Rau|Estadão
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Estilo de cozinha: variado, com sotaques brasileiro e espanhol caseiros.Bom para: um jantar reconfortante, em mesas menores; um bom almoço quando estiver na região. Acústica: é boa, ruído moderado.Vinho: carta curta e esperta, mas cara. Esperaria ali mais preços abaixo dos três dígitos do que acima, como é o caso. Taxa de rolha: R$ 40.Cerveja: três convencionais pilsen, Heineken, Kirin e Estrela Galicia. As Eisenbahn salvam a oferta. Mas, se tratando originalmente de um bar, a oferta deveria ser mais farta.Água e café: água de 300 ml a R$ 5; o expresso é Santa Mônica, bem tirado, a R$ 5,50.Preços: entradas e petiscos de R$ 25 a R$ 35; pratos de R$ 31 a R$ 45; sobremesas (R$ 18 a R$ 21).Vou voltar? Sim; se morasse ali perto, voltaria com frequência. 

SERVIÇO

La Reina 

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Rua Joaquim Antunes, 621, Pinheiros Tel.: 2366-0216 Horário de funcionamento: 12h/15h30 (qua. e qui. também 19h/23h30; sex. e sáb., 12h/17h e 19h/0h; dom., 12h/17h; fecha seg.) Não tem bicicletário (mas dá para usar o do vizinho, Frida e Mina). Ciclovia a 50 m. Não tem valet.* estabelecimento fechado

Você, leitor, provavelmente não come fora pelo menos cinco vezes por semana. Mas acho que vai concordar comigo que queremos, à mesa, descomplicar. Se, por um lado, nas últimas duas décadas a coisa mudou muito, para o bem, na gastronomia nacional – ingredientes melhores, atualização técnica, formação de público –, por outro, nos anos recentes, deu uma saturada. Muita mistificação, modismo, firula, espuma. É um pêndulo, eu sei: as coisas vão e vêm, em vagas e vogas. Mas o negócio é que agora queremos o simples. Seja bem-vinda, desgourmetização, a casa é sua. 

O imperdível nhoque de mandioquinha com molho de queijo gorgonzola e carne de panela Foto: Felipe Rau|Estadão

O La Reina, em Pinheiros, tem esse espírito. O restaurante que inaugurou no ano passado como um bar, com pequenas porções e tira-gostos, agora encorpou o cardápio. E vai encontrando um rumo: serve comida superfresca, que parece caseira, mas que na verdade daria trabalho de ser feita em casa. Por isso vale sair para ir comer no La Reina.

A história de quem comanda o negócio não por acaso tem a ver com esse jeito do La Reina. Renata Braune foi uma das primeiras chefs a ter reconhecimento na gastronomia nacional. Por quase duas décadas ela manejou as panelas do Chef Rouge, clássico paulistano. Lá, Braune reproduziu receituário tradicional da cuisine française, que aprendeu na escola Le Cordon Bleu, e refinou sua técnica. Hoje, no La Reina, com desassombro, serve croquetes, empadinhas, arroz de galinha e filé com alho. Faz o simples.

O cardápio remete à comida trivial brasileira de bar, com leve inclinação espanhola. Para começar, tem o croquete de carne com paio e as croquetas, de jamón serrano e de gorgonzola, infalíveis se lavados por goles de cerveja. A panelinha de bacalhau desfiado com grão-de-bico e cebola é ótima entrada que remete aos bons bocados ibéricos: quem nela fala mais alto são os ingredientes, sente-se o gosto e textura do peixe, do grão.

Entre os pratos principais, de novo a descomplicação: arrozes (lula, galinha, bacalhau), filés (à Oswaldo Aranha, com gorgonzola e à milanesa), massas, filé de frango, de peixe (tilápia), um galeto. É tudo bem-feito – pontos de cozimento são respeitados nos arrozes, carnes e massas, temperos nem demais nem de menos. Eu seria feliz comendo toda semana o nhoque de mandioquinha com molho de gorgonzola. Vem com uma carne de panela aninhada no meio da massa (cozida e frita). As sobremesas me pareceram menos caprichadas que a parte salgada do cardápio. Afora coisas como os churros com doce de leite, difíceis de serem ruins, nada muito tentador.

Cozinha descomplicada. Arroz de lula vem no ponto, o arroz e a lula. Foto: Felipe Rau|Estadão

Quanto ao ambiente, falta alguma coisa – uma comida assim acolhedora pede salão mais caloroso, mais personalidade. No almoço, o jogo americano de papel estampa propaganda de cerveja (à noite toalhas de pano forram as mesas); nas paredes, veem-se fotos genéricas de paisagens da cidade e frases como “Cerveja é a prova de que Deus nos ama e nos quer ver felizes”, atribuída a Benjamin Franklin, ou “Diga-me o que comes e te direi quem és”, de Brillat-Savarin. Já a parede logo à entrada ostenta nomes aleatórios de itens do cardápio.

O serviço é gentil e atento. As coisas andam tão caras que me esforço bem para não perder as referências – acho que os preços aqui estão um pouquinho acima do que esperaria. Mas, no fim, saí feliz. O La Reina é um ótimo restaurante de bairro. 

De bar a restaurante 

O La Reina abriu no ano passado como um bar com petiscos. Neste ano, ampliou o cardápio e quer ser mais restaurante. Tem como chef Renata Braune, uma das pioneiras da gastronomia no País, que passou 18 anos à frente do Chef Rouge, onde praticava a cozinha francesa clássica. Agora, propõe cardápio mais simples, caseiro.

O MELHOR E O PIOR

PROVE O nhoque de mandioquinha. A massa é frita, faz croque, e é bem acompanhada pela carne de panela e o molho de gorgonzola. O arroz de lula. Nem mole nem cru: o arroz vem ao ponto. Ganha vida com o tomate e os anéis de lula bem cozidos. Os croquetes de carne e paio são ótimos, sequinhos.EVITE 

O peitinho de mulata. Nome politicamente incorreto para sobremesa de creme, chocolate e suspiro, incorreta: doce demais. O couvert. Vale mais centrar mira em entradas e petiscos.

Sem graça. O ambiente não é o forte da casa, falta aconchego Foto: Felipe Rau|Estadão

Estilo de cozinha: variado, com sotaques brasileiro e espanhol caseiros.Bom para: um jantar reconfortante, em mesas menores; um bom almoço quando estiver na região. Acústica: é boa, ruído moderado.Vinho: carta curta e esperta, mas cara. Esperaria ali mais preços abaixo dos três dígitos do que acima, como é o caso. Taxa de rolha: R$ 40.Cerveja: três convencionais pilsen, Heineken, Kirin e Estrela Galicia. As Eisenbahn salvam a oferta. Mas, se tratando originalmente de um bar, a oferta deveria ser mais farta.Água e café: água de 300 ml a R$ 5; o expresso é Santa Mônica, bem tirado, a R$ 5,50.Preços: entradas e petiscos de R$ 25 a R$ 35; pratos de R$ 31 a R$ 45; sobremesas (R$ 18 a R$ 21).Vou voltar? Sim; se morasse ali perto, voltaria com frequência. 

SERVIÇO

La Reina 

Rua Joaquim Antunes, 621, Pinheiros Tel.: 2366-0216 Horário de funcionamento: 12h/15h30 (qua. e qui. também 19h/23h30; sex. e sáb., 12h/17h e 19h/0h; dom., 12h/17h; fecha seg.) Não tem bicicletário (mas dá para usar o do vizinho, Frida e Mina). Ciclovia a 50 m. Não tem valet.* estabelecimento fechado

Você, leitor, provavelmente não come fora pelo menos cinco vezes por semana. Mas acho que vai concordar comigo que queremos, à mesa, descomplicar. Se, por um lado, nas últimas duas décadas a coisa mudou muito, para o bem, na gastronomia nacional – ingredientes melhores, atualização técnica, formação de público –, por outro, nos anos recentes, deu uma saturada. Muita mistificação, modismo, firula, espuma. É um pêndulo, eu sei: as coisas vão e vêm, em vagas e vogas. Mas o negócio é que agora queremos o simples. Seja bem-vinda, desgourmetização, a casa é sua. 

O imperdível nhoque de mandioquinha com molho de queijo gorgonzola e carne de panela Foto: Felipe Rau|Estadão

O La Reina, em Pinheiros, tem esse espírito. O restaurante que inaugurou no ano passado como um bar, com pequenas porções e tira-gostos, agora encorpou o cardápio. E vai encontrando um rumo: serve comida superfresca, que parece caseira, mas que na verdade daria trabalho de ser feita em casa. Por isso vale sair para ir comer no La Reina.

A história de quem comanda o negócio não por acaso tem a ver com esse jeito do La Reina. Renata Braune foi uma das primeiras chefs a ter reconhecimento na gastronomia nacional. Por quase duas décadas ela manejou as panelas do Chef Rouge, clássico paulistano. Lá, Braune reproduziu receituário tradicional da cuisine française, que aprendeu na escola Le Cordon Bleu, e refinou sua técnica. Hoje, no La Reina, com desassombro, serve croquetes, empadinhas, arroz de galinha e filé com alho. Faz o simples.

O cardápio remete à comida trivial brasileira de bar, com leve inclinação espanhola. Para começar, tem o croquete de carne com paio e as croquetas, de jamón serrano e de gorgonzola, infalíveis se lavados por goles de cerveja. A panelinha de bacalhau desfiado com grão-de-bico e cebola é ótima entrada que remete aos bons bocados ibéricos: quem nela fala mais alto são os ingredientes, sente-se o gosto e textura do peixe, do grão.

Entre os pratos principais, de novo a descomplicação: arrozes (lula, galinha, bacalhau), filés (à Oswaldo Aranha, com gorgonzola e à milanesa), massas, filé de frango, de peixe (tilápia), um galeto. É tudo bem-feito – pontos de cozimento são respeitados nos arrozes, carnes e massas, temperos nem demais nem de menos. Eu seria feliz comendo toda semana o nhoque de mandioquinha com molho de gorgonzola. Vem com uma carne de panela aninhada no meio da massa (cozida e frita). As sobremesas me pareceram menos caprichadas que a parte salgada do cardápio. Afora coisas como os churros com doce de leite, difíceis de serem ruins, nada muito tentador.

Cozinha descomplicada. Arroz de lula vem no ponto, o arroz e a lula. Foto: Felipe Rau|Estadão

Quanto ao ambiente, falta alguma coisa – uma comida assim acolhedora pede salão mais caloroso, mais personalidade. No almoço, o jogo americano de papel estampa propaganda de cerveja (à noite toalhas de pano forram as mesas); nas paredes, veem-se fotos genéricas de paisagens da cidade e frases como “Cerveja é a prova de que Deus nos ama e nos quer ver felizes”, atribuída a Benjamin Franklin, ou “Diga-me o que comes e te direi quem és”, de Brillat-Savarin. Já a parede logo à entrada ostenta nomes aleatórios de itens do cardápio.

O serviço é gentil e atento. As coisas andam tão caras que me esforço bem para não perder as referências – acho que os preços aqui estão um pouquinho acima do que esperaria. Mas, no fim, saí feliz. O La Reina é um ótimo restaurante de bairro. 

De bar a restaurante 

O La Reina abriu no ano passado como um bar com petiscos. Neste ano, ampliou o cardápio e quer ser mais restaurante. Tem como chef Renata Braune, uma das pioneiras da gastronomia no País, que passou 18 anos à frente do Chef Rouge, onde praticava a cozinha francesa clássica. Agora, propõe cardápio mais simples, caseiro.

O MELHOR E O PIOR

PROVE O nhoque de mandioquinha. A massa é frita, faz croque, e é bem acompanhada pela carne de panela e o molho de gorgonzola. O arroz de lula. Nem mole nem cru: o arroz vem ao ponto. Ganha vida com o tomate e os anéis de lula bem cozidos. Os croquetes de carne e paio são ótimos, sequinhos.EVITE 

O peitinho de mulata. Nome politicamente incorreto para sobremesa de creme, chocolate e suspiro, incorreta: doce demais. O couvert. Vale mais centrar mira em entradas e petiscos.

Sem graça. O ambiente não é o forte da casa, falta aconchego Foto: Felipe Rau|Estadão

Estilo de cozinha: variado, com sotaques brasileiro e espanhol caseiros.Bom para: um jantar reconfortante, em mesas menores; um bom almoço quando estiver na região. Acústica: é boa, ruído moderado.Vinho: carta curta e esperta, mas cara. Esperaria ali mais preços abaixo dos três dígitos do que acima, como é o caso. Taxa de rolha: R$ 40.Cerveja: três convencionais pilsen, Heineken, Kirin e Estrela Galicia. As Eisenbahn salvam a oferta. Mas, se tratando originalmente de um bar, a oferta deveria ser mais farta.Água e café: água de 300 ml a R$ 5; o expresso é Santa Mônica, bem tirado, a R$ 5,50.Preços: entradas e petiscos de R$ 25 a R$ 35; pratos de R$ 31 a R$ 45; sobremesas (R$ 18 a R$ 21).Vou voltar? Sim; se morasse ali perto, voltaria com frequência. 

SERVIÇO

La Reina 

Rua Joaquim Antunes, 621, Pinheiros Tel.: 2366-0216 Horário de funcionamento: 12h/15h30 (qua. e qui. também 19h/23h30; sex. e sáb., 12h/17h e 19h/0h; dom., 12h/17h; fecha seg.) Não tem bicicletário (mas dá para usar o do vizinho, Frida e Mina). Ciclovia a 50 m. Não tem valet.* estabelecimento fechado

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