Tati Szeles não é marinheiro de primeira viagem. Esteve por oito anos à frente do Boa Bistrô e cozinhou ao lado de nomes como Renata Braune. Mas após mais de uma década comandando equipes noite a dentro, chegou à conclusão de que estava cansada de tudo, menos de cozinhar. Passou 15 dias em Nova York estudando formatos e comendo, e voltou a São Paulo com a convicção de abrir um negócio tão pequeno, que fosse só uma janela ou uma portinha sem balcão. + Onde beber uma boa cachaça+ As dez receitas mais lidas do Paladar em 2017
Nasceu assim, no fim deste ano, o Marcha e Sai, que tem 13 m² na rua Sabará, em Higienópolis. Não há mesas, só um banco na calçada para quem insiste em comer lá. (E são muitos, às vezes o banco é bem concorrido.) A ideia é que se compre e leve para casa. E isso não tem a ver com o nome. “Não é para o cliente marchar e sair, esse é um jargão de cozinha, que significa que o cozinheiro tem que ser ágil, e não o cliente”, explica Tati, que diz que o nome tem gerado confusão entre clientes.
É difícil acreditar que nos 7 m² que cabem à cozinha são apenas um fogão de quatro bocas, um forninho elétrico, Tati e uma ajudante três vezes por semana. De lá saem diariamente dois pratos a R$ 28 como o bobó de pupunha e a galinhada, além de saladas, como a de beterraba com queijo de cabra e ervas (R$ 14), um incrível cuscuz paulista (R$ 16), e sobremesas (R$ 12) como a panna cotta e a ganache de chocolate com-cumaru.
Tem ainda a chapada (R$ 8), um muffin de queijo que, ainda bem, deu errado. Foi reformado (levou um murro e foi oparar na frigideira) e virou uma massa disforme com muito queijo derretido, um dos hits da casa.
SERVIÇO
MARCHA E SAI
R. Sabará, 473, Higienópolis. Tel.: 95050-5107 Horário de funcionamento: 10h/18h (sáb., 10h/16h; fecha dom.)