Mayta traz espetáculo visual no prato, mas preço não se justifica


Restaurante do chef Jaime Pesaque é considerado um dos 50 melhores do mundo -- e o terceiro melhor de Lima, no Peru

Por Matheus Mans

Hoje, são três restaurantes que movimentam intensamente a cena gastronômica peruana em Lima: o Central, considerado o segundo melhor do mundo no 50 Best; o Maido, de comida nikkei; e o Mayta, comandado pelo chef Jaime Pesaque, em 32° na lista. E é este último que Paladar visitou na última semana, em um mergulho na gastronomia peruana.

A casa, que tem a proposta de fazer comida peruana contemporânea, impressiona logo na entrada. Ao contrário de várias das melhores casas do mundo (que comportam pouquíssimos clientes por vez), o Mayta é espaçoso, amplo, com muitos assentos. É fruto de uma mudança de endereço em 2019, quando Jaime decidiu expandir seu restaurante.

Ambiente do restaurante Mayta, no Peru Foto: Matheus Mans/Estadão
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Nesse período, pouco antes da pandemia, o chef teve que fazer mudanças drásticas no cardápio para acompanhar as mudanças dos clientes e, é claro, colocar a casa em um outro patamar. Deixou os pratos mais celebrados por ali, como o ceviche amazônico, uma entrada com corvina, pupunha, leite de tigre e pimenta (79 soles), e o Sartén de Pato (195 soles), um prato bem servido com magret, foie gras, ovo frito de pata e arroz bem temperado.

São pratos que já se tornaram clássicos contemporâneos da gastronomia peruana e que vão agradar aos mais variados paladares. Mas e aqueles pratos nem tão comentados?

Como foi a experiência no Mayta?

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Na visita feita pelo Paladar, foi interessante notar como há um cuidado absoluto com a apresentação da comida. O Pulpo Tostado (74 soles) chega à mesa pensando no minimalismo, com um belíssimo tentáculo de polvo com pouquíssimas distrações. As Berenjenas Ahumadas (55 soles) parece um prato saído de um restaurante brasileiro, com berinjelas, alho negro, tucupi, ervas e castanhas. Todos parecem feitos para tirar fotos.

Nos principais, há uma espécie de repetição visual -- também nas sobremesas -- com um excesso de muña, a tal “menta dos Andes”, que é salpicada em todo o prato. O Tallarines (72 soles) é um desses casos: a massa vem com ossobuco e lagostins, com muña para todos os lados, além de uma espécie de curry como molho. Parece que a muña é para tentar fazer com que o prato remeta ao Peru. Além disso, veio sobrando sal no paladar.

Não há dúvidas de que o Tallarines é um espetáculo visual Foto: Matheus Mans/Estadão
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O Lomo & Langostinos (89 soles) é um típico surf and turf, mistura de terra e mar, que é bem feito. Não é um espetáculo visual como o Tallarines, mas é bem menos impressionante no paladar -- a muña, aliás, reaparece aqui em uma simpática, mas deslocada batata frita servida à parte. É gostoso, mas falta complexidade. Ainda mais do arroz, que surge de surpresa no fundo do prato, e é muito apático. Ah, e de novo: ficou sobrando sal por aqui.

Talvez, na visita ao Mayta, seja melhor ir para os pratos com mais personalidade, que trazem elementos verdadeiramente peruanos e que devem surpreender de verdade na boca. É o caso do cuy confitado (99 soles, é o porquinho-da-índia andino que já falamos por aqui) ou do já citado Sartén de Pato. É caríssimo, mas dificilmente deve decepcionar.

O prato Lomo & Langostinos do Mayta Foto: Matheus Mans/Estadão
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Pra fechar, a sobremesa sugerida pela casa era o Tarta ou o Cacao (com mousse e nibs, bem parecido com o que foi servido no Morena). Acabamos optando pelo Tarta, que é uma tortinha quente de muña com sorvete de maracujá -- e, é claro, com muita muña salpicada. Foi o ponto alto do jantar, com a tortinha surpreendendo e bem harmonizada com o helado.

Vale a pena comer no Mayta?

O fato é que, depois disso tudo, há uma ponta de desapontamento com o 32° melhor restaurante do mundo -- ainda mais depois de comer no Al Toke Pez, que não promete nada e entrega tudo. A comida não é ruim, mas não é marcante, não é absolutamente criativa. Para tentar mostrar que é gastronomia peruana, aposta em alguns chavões que cansam, como a muña. O Peru é riquíssimo de sabores e não dá pra ver isso aqui.

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Sobremesa da casa também vem salpicada com muña Foto: Matheus Mans/Estadão

Além disso, o serviço é gelado e não deixa a experiência muito convidativa. Ainda que um dos garçons tenha vindo conversar em um bom português, os outros pareciam não se esforçar muito para explicar o conceito da casa, apresentar os pratos ou coisas do tipo. Era preciso parar a refeição e pesquisar quais eram os ingredientes ali no prato -- já que, outro erro, nem tudo estava identificado no menu da casa como parte desses pratos.

Vale a pena, de alguma forma, experimentar a comida do Mayta pela experiência e para conhecer essas interpretações do chef Jaime Pesaque (que não estava no restaurante no dia da visita). Mas há outras experiências melhores e mais baratas ali mesmo em Lima.

Hoje, são três restaurantes que movimentam intensamente a cena gastronômica peruana em Lima: o Central, considerado o segundo melhor do mundo no 50 Best; o Maido, de comida nikkei; e o Mayta, comandado pelo chef Jaime Pesaque, em 32° na lista. E é este último que Paladar visitou na última semana, em um mergulho na gastronomia peruana.

A casa, que tem a proposta de fazer comida peruana contemporânea, impressiona logo na entrada. Ao contrário de várias das melhores casas do mundo (que comportam pouquíssimos clientes por vez), o Mayta é espaçoso, amplo, com muitos assentos. É fruto de uma mudança de endereço em 2019, quando Jaime decidiu expandir seu restaurante.

Ambiente do restaurante Mayta, no Peru Foto: Matheus Mans/Estadão

Nesse período, pouco antes da pandemia, o chef teve que fazer mudanças drásticas no cardápio para acompanhar as mudanças dos clientes e, é claro, colocar a casa em um outro patamar. Deixou os pratos mais celebrados por ali, como o ceviche amazônico, uma entrada com corvina, pupunha, leite de tigre e pimenta (79 soles), e o Sartén de Pato (195 soles), um prato bem servido com magret, foie gras, ovo frito de pata e arroz bem temperado.

São pratos que já se tornaram clássicos contemporâneos da gastronomia peruana e que vão agradar aos mais variados paladares. Mas e aqueles pratos nem tão comentados?

Como foi a experiência no Mayta?

Na visita feita pelo Paladar, foi interessante notar como há um cuidado absoluto com a apresentação da comida. O Pulpo Tostado (74 soles) chega à mesa pensando no minimalismo, com um belíssimo tentáculo de polvo com pouquíssimas distrações. As Berenjenas Ahumadas (55 soles) parece um prato saído de um restaurante brasileiro, com berinjelas, alho negro, tucupi, ervas e castanhas. Todos parecem feitos para tirar fotos.

Nos principais, há uma espécie de repetição visual -- também nas sobremesas -- com um excesso de muña, a tal “menta dos Andes”, que é salpicada em todo o prato. O Tallarines (72 soles) é um desses casos: a massa vem com ossobuco e lagostins, com muña para todos os lados, além de uma espécie de curry como molho. Parece que a muña é para tentar fazer com que o prato remeta ao Peru. Além disso, veio sobrando sal no paladar.

Não há dúvidas de que o Tallarines é um espetáculo visual Foto: Matheus Mans/Estadão

O Lomo & Langostinos (89 soles) é um típico surf and turf, mistura de terra e mar, que é bem feito. Não é um espetáculo visual como o Tallarines, mas é bem menos impressionante no paladar -- a muña, aliás, reaparece aqui em uma simpática, mas deslocada batata frita servida à parte. É gostoso, mas falta complexidade. Ainda mais do arroz, que surge de surpresa no fundo do prato, e é muito apático. Ah, e de novo: ficou sobrando sal por aqui.

Talvez, na visita ao Mayta, seja melhor ir para os pratos com mais personalidade, que trazem elementos verdadeiramente peruanos e que devem surpreender de verdade na boca. É o caso do cuy confitado (99 soles, é o porquinho-da-índia andino que já falamos por aqui) ou do já citado Sartén de Pato. É caríssimo, mas dificilmente deve decepcionar.

O prato Lomo & Langostinos do Mayta Foto: Matheus Mans/Estadão

Pra fechar, a sobremesa sugerida pela casa era o Tarta ou o Cacao (com mousse e nibs, bem parecido com o que foi servido no Morena). Acabamos optando pelo Tarta, que é uma tortinha quente de muña com sorvete de maracujá -- e, é claro, com muita muña salpicada. Foi o ponto alto do jantar, com a tortinha surpreendendo e bem harmonizada com o helado.

Vale a pena comer no Mayta?

O fato é que, depois disso tudo, há uma ponta de desapontamento com o 32° melhor restaurante do mundo -- ainda mais depois de comer no Al Toke Pez, que não promete nada e entrega tudo. A comida não é ruim, mas não é marcante, não é absolutamente criativa. Para tentar mostrar que é gastronomia peruana, aposta em alguns chavões que cansam, como a muña. O Peru é riquíssimo de sabores e não dá pra ver isso aqui.

Sobremesa da casa também vem salpicada com muña Foto: Matheus Mans/Estadão

Além disso, o serviço é gelado e não deixa a experiência muito convidativa. Ainda que um dos garçons tenha vindo conversar em um bom português, os outros pareciam não se esforçar muito para explicar o conceito da casa, apresentar os pratos ou coisas do tipo. Era preciso parar a refeição e pesquisar quais eram os ingredientes ali no prato -- já que, outro erro, nem tudo estava identificado no menu da casa como parte desses pratos.

Vale a pena, de alguma forma, experimentar a comida do Mayta pela experiência e para conhecer essas interpretações do chef Jaime Pesaque (que não estava no restaurante no dia da visita). Mas há outras experiências melhores e mais baratas ali mesmo em Lima.

Hoje, são três restaurantes que movimentam intensamente a cena gastronômica peruana em Lima: o Central, considerado o segundo melhor do mundo no 50 Best; o Maido, de comida nikkei; e o Mayta, comandado pelo chef Jaime Pesaque, em 32° na lista. E é este último que Paladar visitou na última semana, em um mergulho na gastronomia peruana.

A casa, que tem a proposta de fazer comida peruana contemporânea, impressiona logo na entrada. Ao contrário de várias das melhores casas do mundo (que comportam pouquíssimos clientes por vez), o Mayta é espaçoso, amplo, com muitos assentos. É fruto de uma mudança de endereço em 2019, quando Jaime decidiu expandir seu restaurante.

Ambiente do restaurante Mayta, no Peru Foto: Matheus Mans/Estadão

Nesse período, pouco antes da pandemia, o chef teve que fazer mudanças drásticas no cardápio para acompanhar as mudanças dos clientes e, é claro, colocar a casa em um outro patamar. Deixou os pratos mais celebrados por ali, como o ceviche amazônico, uma entrada com corvina, pupunha, leite de tigre e pimenta (79 soles), e o Sartén de Pato (195 soles), um prato bem servido com magret, foie gras, ovo frito de pata e arroz bem temperado.

São pratos que já se tornaram clássicos contemporâneos da gastronomia peruana e que vão agradar aos mais variados paladares. Mas e aqueles pratos nem tão comentados?

Como foi a experiência no Mayta?

Na visita feita pelo Paladar, foi interessante notar como há um cuidado absoluto com a apresentação da comida. O Pulpo Tostado (74 soles) chega à mesa pensando no minimalismo, com um belíssimo tentáculo de polvo com pouquíssimas distrações. As Berenjenas Ahumadas (55 soles) parece um prato saído de um restaurante brasileiro, com berinjelas, alho negro, tucupi, ervas e castanhas. Todos parecem feitos para tirar fotos.

Nos principais, há uma espécie de repetição visual -- também nas sobremesas -- com um excesso de muña, a tal “menta dos Andes”, que é salpicada em todo o prato. O Tallarines (72 soles) é um desses casos: a massa vem com ossobuco e lagostins, com muña para todos os lados, além de uma espécie de curry como molho. Parece que a muña é para tentar fazer com que o prato remeta ao Peru. Além disso, veio sobrando sal no paladar.

Não há dúvidas de que o Tallarines é um espetáculo visual Foto: Matheus Mans/Estadão

O Lomo & Langostinos (89 soles) é um típico surf and turf, mistura de terra e mar, que é bem feito. Não é um espetáculo visual como o Tallarines, mas é bem menos impressionante no paladar -- a muña, aliás, reaparece aqui em uma simpática, mas deslocada batata frita servida à parte. É gostoso, mas falta complexidade. Ainda mais do arroz, que surge de surpresa no fundo do prato, e é muito apático. Ah, e de novo: ficou sobrando sal por aqui.

Talvez, na visita ao Mayta, seja melhor ir para os pratos com mais personalidade, que trazem elementos verdadeiramente peruanos e que devem surpreender de verdade na boca. É o caso do cuy confitado (99 soles, é o porquinho-da-índia andino que já falamos por aqui) ou do já citado Sartén de Pato. É caríssimo, mas dificilmente deve decepcionar.

O prato Lomo & Langostinos do Mayta Foto: Matheus Mans/Estadão

Pra fechar, a sobremesa sugerida pela casa era o Tarta ou o Cacao (com mousse e nibs, bem parecido com o que foi servido no Morena). Acabamos optando pelo Tarta, que é uma tortinha quente de muña com sorvete de maracujá -- e, é claro, com muita muña salpicada. Foi o ponto alto do jantar, com a tortinha surpreendendo e bem harmonizada com o helado.

Vale a pena comer no Mayta?

O fato é que, depois disso tudo, há uma ponta de desapontamento com o 32° melhor restaurante do mundo -- ainda mais depois de comer no Al Toke Pez, que não promete nada e entrega tudo. A comida não é ruim, mas não é marcante, não é absolutamente criativa. Para tentar mostrar que é gastronomia peruana, aposta em alguns chavões que cansam, como a muña. O Peru é riquíssimo de sabores e não dá pra ver isso aqui.

Sobremesa da casa também vem salpicada com muña Foto: Matheus Mans/Estadão

Além disso, o serviço é gelado e não deixa a experiência muito convidativa. Ainda que um dos garçons tenha vindo conversar em um bom português, os outros pareciam não se esforçar muito para explicar o conceito da casa, apresentar os pratos ou coisas do tipo. Era preciso parar a refeição e pesquisar quais eram os ingredientes ali no prato -- já que, outro erro, nem tudo estava identificado no menu da casa como parte desses pratos.

Vale a pena, de alguma forma, experimentar a comida do Mayta pela experiência e para conhecer essas interpretações do chef Jaime Pesaque (que não estava no restaurante no dia da visita). Mas há outras experiências melhores e mais baratas ali mesmo em Lima.

Hoje, são três restaurantes que movimentam intensamente a cena gastronômica peruana em Lima: o Central, considerado o segundo melhor do mundo no 50 Best; o Maido, de comida nikkei; e o Mayta, comandado pelo chef Jaime Pesaque, em 32° na lista. E é este último que Paladar visitou na última semana, em um mergulho na gastronomia peruana.

A casa, que tem a proposta de fazer comida peruana contemporânea, impressiona logo na entrada. Ao contrário de várias das melhores casas do mundo (que comportam pouquíssimos clientes por vez), o Mayta é espaçoso, amplo, com muitos assentos. É fruto de uma mudança de endereço em 2019, quando Jaime decidiu expandir seu restaurante.

Ambiente do restaurante Mayta, no Peru Foto: Matheus Mans/Estadão

Nesse período, pouco antes da pandemia, o chef teve que fazer mudanças drásticas no cardápio para acompanhar as mudanças dos clientes e, é claro, colocar a casa em um outro patamar. Deixou os pratos mais celebrados por ali, como o ceviche amazônico, uma entrada com corvina, pupunha, leite de tigre e pimenta (79 soles), e o Sartén de Pato (195 soles), um prato bem servido com magret, foie gras, ovo frito de pata e arroz bem temperado.

São pratos que já se tornaram clássicos contemporâneos da gastronomia peruana e que vão agradar aos mais variados paladares. Mas e aqueles pratos nem tão comentados?

Como foi a experiência no Mayta?

Na visita feita pelo Paladar, foi interessante notar como há um cuidado absoluto com a apresentação da comida. O Pulpo Tostado (74 soles) chega à mesa pensando no minimalismo, com um belíssimo tentáculo de polvo com pouquíssimas distrações. As Berenjenas Ahumadas (55 soles) parece um prato saído de um restaurante brasileiro, com berinjelas, alho negro, tucupi, ervas e castanhas. Todos parecem feitos para tirar fotos.

Nos principais, há uma espécie de repetição visual -- também nas sobremesas -- com um excesso de muña, a tal “menta dos Andes”, que é salpicada em todo o prato. O Tallarines (72 soles) é um desses casos: a massa vem com ossobuco e lagostins, com muña para todos os lados, além de uma espécie de curry como molho. Parece que a muña é para tentar fazer com que o prato remeta ao Peru. Além disso, veio sobrando sal no paladar.

Não há dúvidas de que o Tallarines é um espetáculo visual Foto: Matheus Mans/Estadão

O Lomo & Langostinos (89 soles) é um típico surf and turf, mistura de terra e mar, que é bem feito. Não é um espetáculo visual como o Tallarines, mas é bem menos impressionante no paladar -- a muña, aliás, reaparece aqui em uma simpática, mas deslocada batata frita servida à parte. É gostoso, mas falta complexidade. Ainda mais do arroz, que surge de surpresa no fundo do prato, e é muito apático. Ah, e de novo: ficou sobrando sal por aqui.

Talvez, na visita ao Mayta, seja melhor ir para os pratos com mais personalidade, que trazem elementos verdadeiramente peruanos e que devem surpreender de verdade na boca. É o caso do cuy confitado (99 soles, é o porquinho-da-índia andino que já falamos por aqui) ou do já citado Sartén de Pato. É caríssimo, mas dificilmente deve decepcionar.

O prato Lomo & Langostinos do Mayta Foto: Matheus Mans/Estadão

Pra fechar, a sobremesa sugerida pela casa era o Tarta ou o Cacao (com mousse e nibs, bem parecido com o que foi servido no Morena). Acabamos optando pelo Tarta, que é uma tortinha quente de muña com sorvete de maracujá -- e, é claro, com muita muña salpicada. Foi o ponto alto do jantar, com a tortinha surpreendendo e bem harmonizada com o helado.

Vale a pena comer no Mayta?

O fato é que, depois disso tudo, há uma ponta de desapontamento com o 32° melhor restaurante do mundo -- ainda mais depois de comer no Al Toke Pez, que não promete nada e entrega tudo. A comida não é ruim, mas não é marcante, não é absolutamente criativa. Para tentar mostrar que é gastronomia peruana, aposta em alguns chavões que cansam, como a muña. O Peru é riquíssimo de sabores e não dá pra ver isso aqui.

Sobremesa da casa também vem salpicada com muña Foto: Matheus Mans/Estadão

Além disso, o serviço é gelado e não deixa a experiência muito convidativa. Ainda que um dos garçons tenha vindo conversar em um bom português, os outros pareciam não se esforçar muito para explicar o conceito da casa, apresentar os pratos ou coisas do tipo. Era preciso parar a refeição e pesquisar quais eram os ingredientes ali no prato -- já que, outro erro, nem tudo estava identificado no menu da casa como parte desses pratos.

Vale a pena, de alguma forma, experimentar a comida do Mayta pela experiência e para conhecer essas interpretações do chef Jaime Pesaque (que não estava no restaurante no dia da visita). Mas há outras experiências melhores e mais baratas ali mesmo em Lima.

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