Melhor restaurante do Brasil celebra o aniversário de São Paulo


No centro da cidade, A Casa do Porco realizou jantar antológico com chefs espanhóis

Por Fernanda Meneguetti

Não é de hoje que A Casa do Porco faz a própria celebração do aniversário de São Paulo. Mal tinha nascido, em janeiro de 2016, Janaína e Jefferson, na altura os Ruedas, serviram ramen madrugada adentro e embalaram uma balada na Love Story.

Desta vez, não houve boate, mas cinco dias de samba e comilança que culminaram no 8º Porco Mundi. A dona da festa? Janaína Cecília Torres. O Rueda ficou na tatuagem, com o sócio, com os filhos e no sítio de orgânicos que hoje é referência para cozinheiros mundo afora.

Contudo, é seu lado onça, puramente janaínico, que comanda as celebrações do melhor restaurante do Brasil e 12º do planeta. O jantar com flamenco ao vivo foi uma provinha: “Minha avó era de Granada, na Espanha. Começa ali a minha história como cozinheira e trazer tanto chef que admiro para o Centro, que é onde nasci, cresci e faço questão de morar e defender, é uma honra”.

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No Sítio Rueda, Jefferson serve canjiquinha com porco, creme de urtiga e salada de pancs ao espanhol Diego Guerrero Foto: ROGERIO GOMES

Para chegar ao concorridíssimo evento que começou na noite de ontem, 24 de janeiro, não houve só muito mise en place. Os convidados, Diego Guerrero (DSTAgE, Madri), Juanjo López (La Tasquita de Enfrente, Madri), Paco Méndez (Come, Barcelona) e Vicky Sevilla (Arrels, Valência) descobriram moqueca no Bar da Dona Onça, fizeram degustação n’A Casa do Porco, tomaram café da manhã com pão de queijo, requeijão e mortadela no Sítio São Francisco (onde são criados os porcos), comeram canjiquinha, cuscuz paulista e churrasco no Sítio Rueda.

Tomaram Cachaça da Lage geladinha e caipirinha ao som de samba em tudo o que foi canto, mas se emocionaram especialmente com a bateria da Vai-Vai na feijoada de Janaína no Edifício Renata. Incentivado pelos batuques e pelo acolhimento, Diego até achou uma brecha para tatuar a palavra axé antes de voltar para a Espanha.

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Como tudo na construção dessa grife da cozinha brasileira – a saber, A Casa do Porco – há verdade. A maior parte dos insumos é produzida por eles e eles têm, sim, orgulho de mostrá-los in loco.

Com batuque da Vai-Vai e cantoria de Nanana da Mangueira, a Dona Onça faz feijoada para os espanhóis Foto: ROGERIO GOMES

Jana, por sua vez, não faz tipo: é embaixadora da vizinhança do restaurante e não esconde que terá o próprio autoral por ali num futuro não muito distante. Vai em ensaio e desfila na Vai-Vai. Tampouco se incomoda em obrigar Jefferson (que apesar da timidez até dá uma palhinha de cantoria quando está na roça) a entrar nas rodas das suas festas.

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É dessas aquarianas porretas que nasceu em pleno carnaval e não tem medo de expor suas crenças, receitas e sentimentos: “O Porco Mundi é sobre celebrar. Não existe cozinheiro que não se interesse pela comida que come, que serve e que não goste de dar felicidade às pessoas. Isso faz a gente se entender em qualquer língua, em qualquer lugar, porque é essa a nossa paixão”.

Falando em felicidade, a Dona Onça decidiu que precisava espalhá-la um tiquinho a mais e, na véspera do evento, serviu suas duas marcas registradas: a sopa de cebola do sítio e a famosa galinhada aos espanhóis.

Em seu apartamento, Janaína serve sua famosa sopa de cebola aos chefs espanhóis e outros amigos Foto: ROGERIO GOMES
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Que fique registrado: as primeiras duas edições do Porco Mundi tiveram apenas um cozinheiro (o catalão Pere Planagumà e o equatoriano Maurício Acuña). A terceira trouxe cinco argentinos. Gigantes, a quarta e a quinta juntaram 30 chefs do Brasil. Na sequência, o tema foi Peru, Colômbia e América Latina, com 19 convidados de sete países.

A nona edição voltou a celebrar o aniversário e o centro paulistano. Com sangria, cachaça e champanhe, deixou claro que A Casa do Porco dá assunto mesmo – e que o Porco Mundi não é um jantar, é um festival etílico-gastronômico.

Não é de hoje que A Casa do Porco faz a própria celebração do aniversário de São Paulo. Mal tinha nascido, em janeiro de 2016, Janaína e Jefferson, na altura os Ruedas, serviram ramen madrugada adentro e embalaram uma balada na Love Story.

Desta vez, não houve boate, mas cinco dias de samba e comilança que culminaram no 8º Porco Mundi. A dona da festa? Janaína Cecília Torres. O Rueda ficou na tatuagem, com o sócio, com os filhos e no sítio de orgânicos que hoje é referência para cozinheiros mundo afora.

Contudo, é seu lado onça, puramente janaínico, que comanda as celebrações do melhor restaurante do Brasil e 12º do planeta. O jantar com flamenco ao vivo foi uma provinha: “Minha avó era de Granada, na Espanha. Começa ali a minha história como cozinheira e trazer tanto chef que admiro para o Centro, que é onde nasci, cresci e faço questão de morar e defender, é uma honra”.

No Sítio Rueda, Jefferson serve canjiquinha com porco, creme de urtiga e salada de pancs ao espanhol Diego Guerrero Foto: ROGERIO GOMES

Para chegar ao concorridíssimo evento que começou na noite de ontem, 24 de janeiro, não houve só muito mise en place. Os convidados, Diego Guerrero (DSTAgE, Madri), Juanjo López (La Tasquita de Enfrente, Madri), Paco Méndez (Come, Barcelona) e Vicky Sevilla (Arrels, Valência) descobriram moqueca no Bar da Dona Onça, fizeram degustação n’A Casa do Porco, tomaram café da manhã com pão de queijo, requeijão e mortadela no Sítio São Francisco (onde são criados os porcos), comeram canjiquinha, cuscuz paulista e churrasco no Sítio Rueda.

Tomaram Cachaça da Lage geladinha e caipirinha ao som de samba em tudo o que foi canto, mas se emocionaram especialmente com a bateria da Vai-Vai na feijoada de Janaína no Edifício Renata. Incentivado pelos batuques e pelo acolhimento, Diego até achou uma brecha para tatuar a palavra axé antes de voltar para a Espanha.

Como tudo na construção dessa grife da cozinha brasileira – a saber, A Casa do Porco – há verdade. A maior parte dos insumos é produzida por eles e eles têm, sim, orgulho de mostrá-los in loco.

Com batuque da Vai-Vai e cantoria de Nanana da Mangueira, a Dona Onça faz feijoada para os espanhóis Foto: ROGERIO GOMES

Jana, por sua vez, não faz tipo: é embaixadora da vizinhança do restaurante e não esconde que terá o próprio autoral por ali num futuro não muito distante. Vai em ensaio e desfila na Vai-Vai. Tampouco se incomoda em obrigar Jefferson (que apesar da timidez até dá uma palhinha de cantoria quando está na roça) a entrar nas rodas das suas festas.

É dessas aquarianas porretas que nasceu em pleno carnaval e não tem medo de expor suas crenças, receitas e sentimentos: “O Porco Mundi é sobre celebrar. Não existe cozinheiro que não se interesse pela comida que come, que serve e que não goste de dar felicidade às pessoas. Isso faz a gente se entender em qualquer língua, em qualquer lugar, porque é essa a nossa paixão”.

Falando em felicidade, a Dona Onça decidiu que precisava espalhá-la um tiquinho a mais e, na véspera do evento, serviu suas duas marcas registradas: a sopa de cebola do sítio e a famosa galinhada aos espanhóis.

Em seu apartamento, Janaína serve sua famosa sopa de cebola aos chefs espanhóis e outros amigos Foto: ROGERIO GOMES

Que fique registrado: as primeiras duas edições do Porco Mundi tiveram apenas um cozinheiro (o catalão Pere Planagumà e o equatoriano Maurício Acuña). A terceira trouxe cinco argentinos. Gigantes, a quarta e a quinta juntaram 30 chefs do Brasil. Na sequência, o tema foi Peru, Colômbia e América Latina, com 19 convidados de sete países.

A nona edição voltou a celebrar o aniversário e o centro paulistano. Com sangria, cachaça e champanhe, deixou claro que A Casa do Porco dá assunto mesmo – e que o Porco Mundi não é um jantar, é um festival etílico-gastronômico.

Não é de hoje que A Casa do Porco faz a própria celebração do aniversário de São Paulo. Mal tinha nascido, em janeiro de 2016, Janaína e Jefferson, na altura os Ruedas, serviram ramen madrugada adentro e embalaram uma balada na Love Story.

Desta vez, não houve boate, mas cinco dias de samba e comilança que culminaram no 8º Porco Mundi. A dona da festa? Janaína Cecília Torres. O Rueda ficou na tatuagem, com o sócio, com os filhos e no sítio de orgânicos que hoje é referência para cozinheiros mundo afora.

Contudo, é seu lado onça, puramente janaínico, que comanda as celebrações do melhor restaurante do Brasil e 12º do planeta. O jantar com flamenco ao vivo foi uma provinha: “Minha avó era de Granada, na Espanha. Começa ali a minha história como cozinheira e trazer tanto chef que admiro para o Centro, que é onde nasci, cresci e faço questão de morar e defender, é uma honra”.

No Sítio Rueda, Jefferson serve canjiquinha com porco, creme de urtiga e salada de pancs ao espanhol Diego Guerrero Foto: ROGERIO GOMES

Para chegar ao concorridíssimo evento que começou na noite de ontem, 24 de janeiro, não houve só muito mise en place. Os convidados, Diego Guerrero (DSTAgE, Madri), Juanjo López (La Tasquita de Enfrente, Madri), Paco Méndez (Come, Barcelona) e Vicky Sevilla (Arrels, Valência) descobriram moqueca no Bar da Dona Onça, fizeram degustação n’A Casa do Porco, tomaram café da manhã com pão de queijo, requeijão e mortadela no Sítio São Francisco (onde são criados os porcos), comeram canjiquinha, cuscuz paulista e churrasco no Sítio Rueda.

Tomaram Cachaça da Lage geladinha e caipirinha ao som de samba em tudo o que foi canto, mas se emocionaram especialmente com a bateria da Vai-Vai na feijoada de Janaína no Edifício Renata. Incentivado pelos batuques e pelo acolhimento, Diego até achou uma brecha para tatuar a palavra axé antes de voltar para a Espanha.

Como tudo na construção dessa grife da cozinha brasileira – a saber, A Casa do Porco – há verdade. A maior parte dos insumos é produzida por eles e eles têm, sim, orgulho de mostrá-los in loco.

Com batuque da Vai-Vai e cantoria de Nanana da Mangueira, a Dona Onça faz feijoada para os espanhóis Foto: ROGERIO GOMES

Jana, por sua vez, não faz tipo: é embaixadora da vizinhança do restaurante e não esconde que terá o próprio autoral por ali num futuro não muito distante. Vai em ensaio e desfila na Vai-Vai. Tampouco se incomoda em obrigar Jefferson (que apesar da timidez até dá uma palhinha de cantoria quando está na roça) a entrar nas rodas das suas festas.

É dessas aquarianas porretas que nasceu em pleno carnaval e não tem medo de expor suas crenças, receitas e sentimentos: “O Porco Mundi é sobre celebrar. Não existe cozinheiro que não se interesse pela comida que come, que serve e que não goste de dar felicidade às pessoas. Isso faz a gente se entender em qualquer língua, em qualquer lugar, porque é essa a nossa paixão”.

Falando em felicidade, a Dona Onça decidiu que precisava espalhá-la um tiquinho a mais e, na véspera do evento, serviu suas duas marcas registradas: a sopa de cebola do sítio e a famosa galinhada aos espanhóis.

Em seu apartamento, Janaína serve sua famosa sopa de cebola aos chefs espanhóis e outros amigos Foto: ROGERIO GOMES

Que fique registrado: as primeiras duas edições do Porco Mundi tiveram apenas um cozinheiro (o catalão Pere Planagumà e o equatoriano Maurício Acuña). A terceira trouxe cinco argentinos. Gigantes, a quarta e a quinta juntaram 30 chefs do Brasil. Na sequência, o tema foi Peru, Colômbia e América Latina, com 19 convidados de sete países.

A nona edição voltou a celebrar o aniversário e o centro paulistano. Com sangria, cachaça e champanhe, deixou claro que A Casa do Porco dá assunto mesmo – e que o Porco Mundi não é um jantar, é um festival etílico-gastronômico.

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