Novidades do ano do Guia Michelin, Tuju e Oro ganham 2 estrelas


Divulgada nesta segunda (7), quarta edição do prestigioso guia francês Michelin avalia casas de São Paulo e Rio com estrelas; nenhuma, no entanto, é agraciada com três estrelas, a cotação máxima

Por Redação Paladar

* Confira a edição 2019 do Guia Michelin

Após três edições mantendo apenas o restaurante D.O.M., do chef Alex Atala, na categoria duas estrelas, o prestigioso guia francês Michelin alçou outras duas casas ao mesmo patamar: o Oro, do Rio, e o Tuju, de São Paulo. A quarta edição do guia, que avalia endereços em São Paulo e no Rio de Janeiro, foi divulgada na noite desta segunda-feira (7), no Hotel Unique, em São Paulo, em festa que contou com a nata da gastronomia nacional, acompanhada de perto pelo Paladar. Não há, até hoje, no entanto, nenhum restaurante do País avaliado com a cotação máxima, de três estrelas.

O Tuju, aberto há apenas quatro anos pelo chef Ivan Ralston, detinha uma estrela desde 2015, quando o guia chegou ao País. De forte acento contemporâneo, serve apenas menu-degustação, tanto no almoço quanto no jantar, com foco no trabalho realizado por Ivan e sua equipe com produtores de várias partes do País. Desde o ano passado, o chef passou a trabalhar os ingredientes de forma sazonal, criando menus de acordo com a estação do ano.

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Chefs das casas premiadas com duas estrelas, Alex Atala (abaixado à esq.), ao lado do carioca Felipe Bronze e, atrás de Felipe, de pé, o chef Ivan Ralston (Tuju) Foto: Alex Silva|Estadão

No evento, visivelmente emocionado, Ivan Ralston se disse muito surpreso com a promoção de uma para duas estrelas. “Para mim, é um reconhecimento. Mas a gente está trabalhando bem para isso. Isso é a realização de um sonho”, disse ele ao Paladar.

+ Um guia dos melhores izakayas de São Paulo

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Já o Oro, de Felipe Bronze, entrou para o guia com uma estrela em 2015, saiu em 2016 e voltou no ano passado. Tudo isso graças a uma repaginação que o chef e apresentador fez em seu restaurante, tanto de espaço (com novo endereço) quanto de conceito. Agora, o foco é a brasa, presente em uma parrilla, um yakitori japonês e um forno de carvão.

+ Confira a galeria com as 19 casas estreladas de São Paulo e Rio+ Conheça os 100 melhores pratos de SP 2017/18

Os estrelados do Michelin 2018 em São Paulo e no Rio

1 | 11

Oro - Rio de Janeiro

Foto: Tiago Rangel
2 | 11

Dalva e Dito - São Paulo

Foto: Codo Meletti/Estadão
3 | 11

Fasano - São Paulo

Foto: Reprodução
4 | 11

Kan Suke - São Paulo

Foto: Codo Meletti/Estadão
5 | 11

Kinoshita - São Paulo

Foto: Jo Takahashi
6 | 11

Maní - São Paulo

Foto: Roberto Seba/Estadão
7 | 11

Ryo - São Paulo

Foto: Daniel Teixeira/ Estadão
8 | 11

Tangará - São Paulo

Foto: Nilton Fukuda/Estadão
9 | 11

Lasai - Rio de Janeiro

Foto: Leonardo Wen
10 | 11

Mee - Rio de Janeiro

Foto: Vrebel Filmes
11 | 11

Olympe - Rio de Janeiro

Foto: Leonardo Wen
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À reportagem, Bronze disse que achava que estava mais para perder a estrela do que para ganhar outra. Quando viu que não foi mantido na lista de uma estrela, ficou nervoso, antes de ser anunciado como duas estrelas. “Estou muito feliz, muito surpreso. Mas acho que tenho o melhor time do mundo. Minha mulher, Cecília, acorda e vai dormir pensando no Oro.”

Desde 2015, o Michelin envia inspetores estrangeiros para visitar anonimamente as casas, seguindo os critérios de avaliação usados nos outros 28 países onde circula a publicação: qualidade dos produtos, técnicas de preparo, harmonia dos sabores, personalidade e regularidade da cozinha. Na América Latina, o Brasil é o único País contemplado pelo Michelin.

Do menu de outono do Tuju, torta de tupinambo com pasta de yuzu Foto: Nilton Fukuda|Estadão
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Entre os endereços de São Paulo com uma estrela, entraram para o time o japonês Ryo (de Edson Yamashita) e o Tangará (de menu assinado por Jean-Georges Vongerichten), que fazem companhia a casas como Maní (da chef Helena Rizzo) e Jun Sakamoto (do sushiman de mesmo nome). Foi também mantida uma estrela do Tête-à-Tête, mas a casa anunciou o fechamento do imóvel dos Jardins no começo deste ano.

O chef Rodrigo Oliveira, que viu mantida sua estrela do Esquina Mocotó, acha legal ter mais casas com duas estrelas, mas disse que há uma injustiça do Michelin com endereços como o Tordesilhas, que não figura entre os estrelados (está na lista Bib Gourmand). "Será que eles não entendem o Tordesilhas?" Questionada, a chef Mara Salles, do Tordesilhas, disse que ouviu colegas falarem algumas vezes no evento que sua casa sofre injustiça e afirmou que, "no fundo, me sinto injustiçada, sim."

Entre os restaurantes cariocas premiados com uma estrela, apenas o Laguiole, que fica no MAM do Rio de Janeiro, e o Eleven (que fechou) deixaram a lista. Não houve nenhuma inclusão. Foram mantidos o Lasai (de Rafael Costa e Silva), o Mee (de Kazuo Harada) e o Olympe (de Thomas Troisgros).

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Chefs de casas com uma estrela, como Helena Rizzo (Maní), Rodrigo Oliveira (Esquina Mocotó), Thomas Troisgros (Olympe) E Rafa Costa e Silva (Lasai) Foto: Alex Silva|Estadão

Na categoria Bib Gourmand, dos restaurantes mais informais com bons preços, São Paulo viu quatro casas entrarem para a lista: Bio (aberto por Alex Atala no Itaim Bibi), Fitó (da cearense Cafira Foz, em Pinheiros), Petí Panamericana (parceria de Victor Dimitrow com a escola de artes Panamericana) e Piccolo (do chef Marcelo Laskani, versão mais informal do italiano Più, que também é Bib Gourmand). O Piccolo, inclusive, promete filial no shopping Iguatemi para outubro, no espaço onde funcionava o America.

Além desses, saíram da lista o Bona (em Pinheiros) e o Miya (que fechou). Com isso, a capital paulista tem 25 restaurantes Bib Gourmand, como o Tanit. Para o chef Oscar Bosch, a grande façanha do Tanit não é ganhar estrela, mas seguir com clientes. "Só de manter aberto o restaurante nessa fase atual do País, já é incrível. E o Bib Gourmand é perfeito para o nosso estilo." 

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No Rio, não houve nenhuma inclusão Bib Gourmand, mas saíram da lista o Entretapas e o Gurumê, restando oito casas no guia atual.

Salão do Oro, do chef Felipe Bronze, no Rio Foto: Tomás Rangel

OS ESTRELADOS

DUAS ESTRELAS

São Paulo  D.O.M. (Alex Atala) Tuju (Ivan Ralston) 

Rio de Janeiro Oro (Felipe Bronze)

Do Maní, banana caiçara com farinha d’água, edamame e caldo de peixe Foto: Roberto Seba

UMA ESTRELA

São Paulo  Dalva e Dito (Alex Atala e Elton Júnior)  Esquina Mocotó (Rodrigo Oliveira) Fasano (Luca Gozzani)  Huto (Fábio Honda) Jun Sakamoto (Jun Sakamoto) Kan Suke (Egashira Keisuke) Kinoshita (Satoshi Kaneko) Kosushi (George Koshoji)  Maní (Helena Rizzo) Picchi (Pier Paolo Picchi) Ryo (Edson Yamashita) - nova entrada Tangará (Jean-Georges Vongerichten) - nova entrada Tête à Tête (Gabriel Matteuzzi e Guilherme Vinha) 

Rio de Janeiro  Lasai (Rafael Costa e Silva) Mee (Kazuo Harada) Olympe (Thomas Troisgros)

Prato do Fitó, de Cafira Foz, que entrou para o guia como Bib Gourmand Foto: Codo Meletti|Estadão

CATEGORIA BIB GOURMAND

São Paulo  Antonietta  Arturito Le Bife  Bio - nova entrada Bistrot de Paris Brasserie Victória  A Casa do Porco  Casa Santo Antônio  Ecully  Fitó - nova entrada Jiquitaia Manioca  Mimo  Mocotó Niaya  La Peruana Petí  Petí Panamericana - nova entrada Piccolo - nova entrada Più  Tanit  Tartar & Co  TonTon Tordesilhas  Zena Caffè 

Rio de Janeiro  Artigiano  Bottega del Vino Lima Restobar  Miam Miam  Oui Oui Pomodorino  Restô Rio  Riso Bistrô 

/Colaboraram Ana Paula Boni, Laíssa Barros, Matheus Prado, Patrícia Ferraz e Renata Mesquita

* Confira a edição 2019 do Guia Michelin

Após três edições mantendo apenas o restaurante D.O.M., do chef Alex Atala, na categoria duas estrelas, o prestigioso guia francês Michelin alçou outras duas casas ao mesmo patamar: o Oro, do Rio, e o Tuju, de São Paulo. A quarta edição do guia, que avalia endereços em São Paulo e no Rio de Janeiro, foi divulgada na noite desta segunda-feira (7), no Hotel Unique, em São Paulo, em festa que contou com a nata da gastronomia nacional, acompanhada de perto pelo Paladar. Não há, até hoje, no entanto, nenhum restaurante do País avaliado com a cotação máxima, de três estrelas.

O Tuju, aberto há apenas quatro anos pelo chef Ivan Ralston, detinha uma estrela desde 2015, quando o guia chegou ao País. De forte acento contemporâneo, serve apenas menu-degustação, tanto no almoço quanto no jantar, com foco no trabalho realizado por Ivan e sua equipe com produtores de várias partes do País. Desde o ano passado, o chef passou a trabalhar os ingredientes de forma sazonal, criando menus de acordo com a estação do ano.

Chefs das casas premiadas com duas estrelas, Alex Atala (abaixado à esq.), ao lado do carioca Felipe Bronze e, atrás de Felipe, de pé, o chef Ivan Ralston (Tuju) Foto: Alex Silva|Estadão

No evento, visivelmente emocionado, Ivan Ralston se disse muito surpreso com a promoção de uma para duas estrelas. “Para mim, é um reconhecimento. Mas a gente está trabalhando bem para isso. Isso é a realização de um sonho”, disse ele ao Paladar.

+ Um guia dos melhores izakayas de São Paulo

Já o Oro, de Felipe Bronze, entrou para o guia com uma estrela em 2015, saiu em 2016 e voltou no ano passado. Tudo isso graças a uma repaginação que o chef e apresentador fez em seu restaurante, tanto de espaço (com novo endereço) quanto de conceito. Agora, o foco é a brasa, presente em uma parrilla, um yakitori japonês e um forno de carvão.

+ Confira a galeria com as 19 casas estreladas de São Paulo e Rio+ Conheça os 100 melhores pratos de SP 2017/18

Os estrelados do Michelin 2018 em São Paulo e no Rio

1 | 11

Oro - Rio de Janeiro

Foto: Tiago Rangel
2 | 11

Dalva e Dito - São Paulo

Foto: Codo Meletti/Estadão
3 | 11

Fasano - São Paulo

Foto: Reprodução
4 | 11

Kan Suke - São Paulo

Foto: Codo Meletti/Estadão
5 | 11

Kinoshita - São Paulo

Foto: Jo Takahashi
6 | 11

Maní - São Paulo

Foto: Roberto Seba/Estadão
7 | 11

Ryo - São Paulo

Foto: Daniel Teixeira/ Estadão
8 | 11

Tangará - São Paulo

Foto: Nilton Fukuda/Estadão
9 | 11

Lasai - Rio de Janeiro

Foto: Leonardo Wen
10 | 11

Mee - Rio de Janeiro

Foto: Vrebel Filmes
11 | 11

Olympe - Rio de Janeiro

Foto: Leonardo Wen

À reportagem, Bronze disse que achava que estava mais para perder a estrela do que para ganhar outra. Quando viu que não foi mantido na lista de uma estrela, ficou nervoso, antes de ser anunciado como duas estrelas. “Estou muito feliz, muito surpreso. Mas acho que tenho o melhor time do mundo. Minha mulher, Cecília, acorda e vai dormir pensando no Oro.”

Desde 2015, o Michelin envia inspetores estrangeiros para visitar anonimamente as casas, seguindo os critérios de avaliação usados nos outros 28 países onde circula a publicação: qualidade dos produtos, técnicas de preparo, harmonia dos sabores, personalidade e regularidade da cozinha. Na América Latina, o Brasil é o único País contemplado pelo Michelin.

Do menu de outono do Tuju, torta de tupinambo com pasta de yuzu Foto: Nilton Fukuda|Estadão

Entre os endereços de São Paulo com uma estrela, entraram para o time o japonês Ryo (de Edson Yamashita) e o Tangará (de menu assinado por Jean-Georges Vongerichten), que fazem companhia a casas como Maní (da chef Helena Rizzo) e Jun Sakamoto (do sushiman de mesmo nome). Foi também mantida uma estrela do Tête-à-Tête, mas a casa anunciou o fechamento do imóvel dos Jardins no começo deste ano.

O chef Rodrigo Oliveira, que viu mantida sua estrela do Esquina Mocotó, acha legal ter mais casas com duas estrelas, mas disse que há uma injustiça do Michelin com endereços como o Tordesilhas, que não figura entre os estrelados (está na lista Bib Gourmand). "Será que eles não entendem o Tordesilhas?" Questionada, a chef Mara Salles, do Tordesilhas, disse que ouviu colegas falarem algumas vezes no evento que sua casa sofre injustiça e afirmou que, "no fundo, me sinto injustiçada, sim."

Entre os restaurantes cariocas premiados com uma estrela, apenas o Laguiole, que fica no MAM do Rio de Janeiro, e o Eleven (que fechou) deixaram a lista. Não houve nenhuma inclusão. Foram mantidos o Lasai (de Rafael Costa e Silva), o Mee (de Kazuo Harada) e o Olympe (de Thomas Troisgros).

Chefs de casas com uma estrela, como Helena Rizzo (Maní), Rodrigo Oliveira (Esquina Mocotó), Thomas Troisgros (Olympe) E Rafa Costa e Silva (Lasai) Foto: Alex Silva|Estadão

Na categoria Bib Gourmand, dos restaurantes mais informais com bons preços, São Paulo viu quatro casas entrarem para a lista: Bio (aberto por Alex Atala no Itaim Bibi), Fitó (da cearense Cafira Foz, em Pinheiros), Petí Panamericana (parceria de Victor Dimitrow com a escola de artes Panamericana) e Piccolo (do chef Marcelo Laskani, versão mais informal do italiano Più, que também é Bib Gourmand). O Piccolo, inclusive, promete filial no shopping Iguatemi para outubro, no espaço onde funcionava o America.

Além desses, saíram da lista o Bona (em Pinheiros) e o Miya (que fechou). Com isso, a capital paulista tem 25 restaurantes Bib Gourmand, como o Tanit. Para o chef Oscar Bosch, a grande façanha do Tanit não é ganhar estrela, mas seguir com clientes. "Só de manter aberto o restaurante nessa fase atual do País, já é incrível. E o Bib Gourmand é perfeito para o nosso estilo." 

No Rio, não houve nenhuma inclusão Bib Gourmand, mas saíram da lista o Entretapas e o Gurumê, restando oito casas no guia atual.

Salão do Oro, do chef Felipe Bronze, no Rio Foto: Tomás Rangel

OS ESTRELADOS

DUAS ESTRELAS

São Paulo  D.O.M. (Alex Atala) Tuju (Ivan Ralston) 

Rio de Janeiro Oro (Felipe Bronze)

Do Maní, banana caiçara com farinha d’água, edamame e caldo de peixe Foto: Roberto Seba

UMA ESTRELA

São Paulo  Dalva e Dito (Alex Atala e Elton Júnior)  Esquina Mocotó (Rodrigo Oliveira) Fasano (Luca Gozzani)  Huto (Fábio Honda) Jun Sakamoto (Jun Sakamoto) Kan Suke (Egashira Keisuke) Kinoshita (Satoshi Kaneko) Kosushi (George Koshoji)  Maní (Helena Rizzo) Picchi (Pier Paolo Picchi) Ryo (Edson Yamashita) - nova entrada Tangará (Jean-Georges Vongerichten) - nova entrada Tête à Tête (Gabriel Matteuzzi e Guilherme Vinha) 

Rio de Janeiro  Lasai (Rafael Costa e Silva) Mee (Kazuo Harada) Olympe (Thomas Troisgros)

Prato do Fitó, de Cafira Foz, que entrou para o guia como Bib Gourmand Foto: Codo Meletti|Estadão

CATEGORIA BIB GOURMAND

São Paulo  Antonietta  Arturito Le Bife  Bio - nova entrada Bistrot de Paris Brasserie Victória  A Casa do Porco  Casa Santo Antônio  Ecully  Fitó - nova entrada Jiquitaia Manioca  Mimo  Mocotó Niaya  La Peruana Petí  Petí Panamericana - nova entrada Piccolo - nova entrada Più  Tanit  Tartar & Co  TonTon Tordesilhas  Zena Caffè 

Rio de Janeiro  Artigiano  Bottega del Vino Lima Restobar  Miam Miam  Oui Oui Pomodorino  Restô Rio  Riso Bistrô 

/Colaboraram Ana Paula Boni, Laíssa Barros, Matheus Prado, Patrícia Ferraz e Renata Mesquita

* Confira a edição 2019 do Guia Michelin

Após três edições mantendo apenas o restaurante D.O.M., do chef Alex Atala, na categoria duas estrelas, o prestigioso guia francês Michelin alçou outras duas casas ao mesmo patamar: o Oro, do Rio, e o Tuju, de São Paulo. A quarta edição do guia, que avalia endereços em São Paulo e no Rio de Janeiro, foi divulgada na noite desta segunda-feira (7), no Hotel Unique, em São Paulo, em festa que contou com a nata da gastronomia nacional, acompanhada de perto pelo Paladar. Não há, até hoje, no entanto, nenhum restaurante do País avaliado com a cotação máxima, de três estrelas.

O Tuju, aberto há apenas quatro anos pelo chef Ivan Ralston, detinha uma estrela desde 2015, quando o guia chegou ao País. De forte acento contemporâneo, serve apenas menu-degustação, tanto no almoço quanto no jantar, com foco no trabalho realizado por Ivan e sua equipe com produtores de várias partes do País. Desde o ano passado, o chef passou a trabalhar os ingredientes de forma sazonal, criando menus de acordo com a estação do ano.

Chefs das casas premiadas com duas estrelas, Alex Atala (abaixado à esq.), ao lado do carioca Felipe Bronze e, atrás de Felipe, de pé, o chef Ivan Ralston (Tuju) Foto: Alex Silva|Estadão

No evento, visivelmente emocionado, Ivan Ralston se disse muito surpreso com a promoção de uma para duas estrelas. “Para mim, é um reconhecimento. Mas a gente está trabalhando bem para isso. Isso é a realização de um sonho”, disse ele ao Paladar.

+ Um guia dos melhores izakayas de São Paulo

Já o Oro, de Felipe Bronze, entrou para o guia com uma estrela em 2015, saiu em 2016 e voltou no ano passado. Tudo isso graças a uma repaginação que o chef e apresentador fez em seu restaurante, tanto de espaço (com novo endereço) quanto de conceito. Agora, o foco é a brasa, presente em uma parrilla, um yakitori japonês e um forno de carvão.

+ Confira a galeria com as 19 casas estreladas de São Paulo e Rio+ Conheça os 100 melhores pratos de SP 2017/18

Os estrelados do Michelin 2018 em São Paulo e no Rio

1 | 11

Oro - Rio de Janeiro

Foto: Tiago Rangel
2 | 11

Dalva e Dito - São Paulo

Foto: Codo Meletti/Estadão
3 | 11

Fasano - São Paulo

Foto: Reprodução
4 | 11

Kan Suke - São Paulo

Foto: Codo Meletti/Estadão
5 | 11

Kinoshita - São Paulo

Foto: Jo Takahashi
6 | 11

Maní - São Paulo

Foto: Roberto Seba/Estadão
7 | 11

Ryo - São Paulo

Foto: Daniel Teixeira/ Estadão
8 | 11

Tangará - São Paulo

Foto: Nilton Fukuda/Estadão
9 | 11

Lasai - Rio de Janeiro

Foto: Leonardo Wen
10 | 11

Mee - Rio de Janeiro

Foto: Vrebel Filmes
11 | 11

Olympe - Rio de Janeiro

Foto: Leonardo Wen

À reportagem, Bronze disse que achava que estava mais para perder a estrela do que para ganhar outra. Quando viu que não foi mantido na lista de uma estrela, ficou nervoso, antes de ser anunciado como duas estrelas. “Estou muito feliz, muito surpreso. Mas acho que tenho o melhor time do mundo. Minha mulher, Cecília, acorda e vai dormir pensando no Oro.”

Desde 2015, o Michelin envia inspetores estrangeiros para visitar anonimamente as casas, seguindo os critérios de avaliação usados nos outros 28 países onde circula a publicação: qualidade dos produtos, técnicas de preparo, harmonia dos sabores, personalidade e regularidade da cozinha. Na América Latina, o Brasil é o único País contemplado pelo Michelin.

Do menu de outono do Tuju, torta de tupinambo com pasta de yuzu Foto: Nilton Fukuda|Estadão

Entre os endereços de São Paulo com uma estrela, entraram para o time o japonês Ryo (de Edson Yamashita) e o Tangará (de menu assinado por Jean-Georges Vongerichten), que fazem companhia a casas como Maní (da chef Helena Rizzo) e Jun Sakamoto (do sushiman de mesmo nome). Foi também mantida uma estrela do Tête-à-Tête, mas a casa anunciou o fechamento do imóvel dos Jardins no começo deste ano.

O chef Rodrigo Oliveira, que viu mantida sua estrela do Esquina Mocotó, acha legal ter mais casas com duas estrelas, mas disse que há uma injustiça do Michelin com endereços como o Tordesilhas, que não figura entre os estrelados (está na lista Bib Gourmand). "Será que eles não entendem o Tordesilhas?" Questionada, a chef Mara Salles, do Tordesilhas, disse que ouviu colegas falarem algumas vezes no evento que sua casa sofre injustiça e afirmou que, "no fundo, me sinto injustiçada, sim."

Entre os restaurantes cariocas premiados com uma estrela, apenas o Laguiole, que fica no MAM do Rio de Janeiro, e o Eleven (que fechou) deixaram a lista. Não houve nenhuma inclusão. Foram mantidos o Lasai (de Rafael Costa e Silva), o Mee (de Kazuo Harada) e o Olympe (de Thomas Troisgros).

Chefs de casas com uma estrela, como Helena Rizzo (Maní), Rodrigo Oliveira (Esquina Mocotó), Thomas Troisgros (Olympe) E Rafa Costa e Silva (Lasai) Foto: Alex Silva|Estadão

Na categoria Bib Gourmand, dos restaurantes mais informais com bons preços, São Paulo viu quatro casas entrarem para a lista: Bio (aberto por Alex Atala no Itaim Bibi), Fitó (da cearense Cafira Foz, em Pinheiros), Petí Panamericana (parceria de Victor Dimitrow com a escola de artes Panamericana) e Piccolo (do chef Marcelo Laskani, versão mais informal do italiano Più, que também é Bib Gourmand). O Piccolo, inclusive, promete filial no shopping Iguatemi para outubro, no espaço onde funcionava o America.

Além desses, saíram da lista o Bona (em Pinheiros) e o Miya (que fechou). Com isso, a capital paulista tem 25 restaurantes Bib Gourmand, como o Tanit. Para o chef Oscar Bosch, a grande façanha do Tanit não é ganhar estrela, mas seguir com clientes. "Só de manter aberto o restaurante nessa fase atual do País, já é incrível. E o Bib Gourmand é perfeito para o nosso estilo." 

No Rio, não houve nenhuma inclusão Bib Gourmand, mas saíram da lista o Entretapas e o Gurumê, restando oito casas no guia atual.

Salão do Oro, do chef Felipe Bronze, no Rio Foto: Tomás Rangel

OS ESTRELADOS

DUAS ESTRELAS

São Paulo  D.O.M. (Alex Atala) Tuju (Ivan Ralston) 

Rio de Janeiro Oro (Felipe Bronze)

Do Maní, banana caiçara com farinha d’água, edamame e caldo de peixe Foto: Roberto Seba

UMA ESTRELA

São Paulo  Dalva e Dito (Alex Atala e Elton Júnior)  Esquina Mocotó (Rodrigo Oliveira) Fasano (Luca Gozzani)  Huto (Fábio Honda) Jun Sakamoto (Jun Sakamoto) Kan Suke (Egashira Keisuke) Kinoshita (Satoshi Kaneko) Kosushi (George Koshoji)  Maní (Helena Rizzo) Picchi (Pier Paolo Picchi) Ryo (Edson Yamashita) - nova entrada Tangará (Jean-Georges Vongerichten) - nova entrada Tête à Tête (Gabriel Matteuzzi e Guilherme Vinha) 

Rio de Janeiro  Lasai (Rafael Costa e Silva) Mee (Kazuo Harada) Olympe (Thomas Troisgros)

Prato do Fitó, de Cafira Foz, que entrou para o guia como Bib Gourmand Foto: Codo Meletti|Estadão

CATEGORIA BIB GOURMAND

São Paulo  Antonietta  Arturito Le Bife  Bio - nova entrada Bistrot de Paris Brasserie Victória  A Casa do Porco  Casa Santo Antônio  Ecully  Fitó - nova entrada Jiquitaia Manioca  Mimo  Mocotó Niaya  La Peruana Petí  Petí Panamericana - nova entrada Piccolo - nova entrada Più  Tanit  Tartar & Co  TonTon Tordesilhas  Zena Caffè 

Rio de Janeiro  Artigiano  Bottega del Vino Lima Restobar  Miam Miam  Oui Oui Pomodorino  Restô Rio  Riso Bistrô 

/Colaboraram Ana Paula Boni, Laíssa Barros, Matheus Prado, Patrícia Ferraz e Renata Mesquita

* Confira a edição 2019 do Guia Michelin

Após três edições mantendo apenas o restaurante D.O.M., do chef Alex Atala, na categoria duas estrelas, o prestigioso guia francês Michelin alçou outras duas casas ao mesmo patamar: o Oro, do Rio, e o Tuju, de São Paulo. A quarta edição do guia, que avalia endereços em São Paulo e no Rio de Janeiro, foi divulgada na noite desta segunda-feira (7), no Hotel Unique, em São Paulo, em festa que contou com a nata da gastronomia nacional, acompanhada de perto pelo Paladar. Não há, até hoje, no entanto, nenhum restaurante do País avaliado com a cotação máxima, de três estrelas.

O Tuju, aberto há apenas quatro anos pelo chef Ivan Ralston, detinha uma estrela desde 2015, quando o guia chegou ao País. De forte acento contemporâneo, serve apenas menu-degustação, tanto no almoço quanto no jantar, com foco no trabalho realizado por Ivan e sua equipe com produtores de várias partes do País. Desde o ano passado, o chef passou a trabalhar os ingredientes de forma sazonal, criando menus de acordo com a estação do ano.

Chefs das casas premiadas com duas estrelas, Alex Atala (abaixado à esq.), ao lado do carioca Felipe Bronze e, atrás de Felipe, de pé, o chef Ivan Ralston (Tuju) Foto: Alex Silva|Estadão

No evento, visivelmente emocionado, Ivan Ralston se disse muito surpreso com a promoção de uma para duas estrelas. “Para mim, é um reconhecimento. Mas a gente está trabalhando bem para isso. Isso é a realização de um sonho”, disse ele ao Paladar.

+ Um guia dos melhores izakayas de São Paulo

Já o Oro, de Felipe Bronze, entrou para o guia com uma estrela em 2015, saiu em 2016 e voltou no ano passado. Tudo isso graças a uma repaginação que o chef e apresentador fez em seu restaurante, tanto de espaço (com novo endereço) quanto de conceito. Agora, o foco é a brasa, presente em uma parrilla, um yakitori japonês e um forno de carvão.

+ Confira a galeria com as 19 casas estreladas de São Paulo e Rio+ Conheça os 100 melhores pratos de SP 2017/18

Os estrelados do Michelin 2018 em São Paulo e no Rio

1 | 11

Oro - Rio de Janeiro

Foto: Tiago Rangel
2 | 11

Dalva e Dito - São Paulo

Foto: Codo Meletti/Estadão
3 | 11

Fasano - São Paulo

Foto: Reprodução
4 | 11

Kan Suke - São Paulo

Foto: Codo Meletti/Estadão
5 | 11

Kinoshita - São Paulo

Foto: Jo Takahashi
6 | 11

Maní - São Paulo

Foto: Roberto Seba/Estadão
7 | 11

Ryo - São Paulo

Foto: Daniel Teixeira/ Estadão
8 | 11

Tangará - São Paulo

Foto: Nilton Fukuda/Estadão
9 | 11

Lasai - Rio de Janeiro

Foto: Leonardo Wen
10 | 11

Mee - Rio de Janeiro

Foto: Vrebel Filmes
11 | 11

Olympe - Rio de Janeiro

Foto: Leonardo Wen

À reportagem, Bronze disse que achava que estava mais para perder a estrela do que para ganhar outra. Quando viu que não foi mantido na lista de uma estrela, ficou nervoso, antes de ser anunciado como duas estrelas. “Estou muito feliz, muito surpreso. Mas acho que tenho o melhor time do mundo. Minha mulher, Cecília, acorda e vai dormir pensando no Oro.”

Desde 2015, o Michelin envia inspetores estrangeiros para visitar anonimamente as casas, seguindo os critérios de avaliação usados nos outros 28 países onde circula a publicação: qualidade dos produtos, técnicas de preparo, harmonia dos sabores, personalidade e regularidade da cozinha. Na América Latina, o Brasil é o único País contemplado pelo Michelin.

Do menu de outono do Tuju, torta de tupinambo com pasta de yuzu Foto: Nilton Fukuda|Estadão

Entre os endereços de São Paulo com uma estrela, entraram para o time o japonês Ryo (de Edson Yamashita) e o Tangará (de menu assinado por Jean-Georges Vongerichten), que fazem companhia a casas como Maní (da chef Helena Rizzo) e Jun Sakamoto (do sushiman de mesmo nome). Foi também mantida uma estrela do Tête-à-Tête, mas a casa anunciou o fechamento do imóvel dos Jardins no começo deste ano.

O chef Rodrigo Oliveira, que viu mantida sua estrela do Esquina Mocotó, acha legal ter mais casas com duas estrelas, mas disse que há uma injustiça do Michelin com endereços como o Tordesilhas, que não figura entre os estrelados (está na lista Bib Gourmand). "Será que eles não entendem o Tordesilhas?" Questionada, a chef Mara Salles, do Tordesilhas, disse que ouviu colegas falarem algumas vezes no evento que sua casa sofre injustiça e afirmou que, "no fundo, me sinto injustiçada, sim."

Entre os restaurantes cariocas premiados com uma estrela, apenas o Laguiole, que fica no MAM do Rio de Janeiro, e o Eleven (que fechou) deixaram a lista. Não houve nenhuma inclusão. Foram mantidos o Lasai (de Rafael Costa e Silva), o Mee (de Kazuo Harada) e o Olympe (de Thomas Troisgros).

Chefs de casas com uma estrela, como Helena Rizzo (Maní), Rodrigo Oliveira (Esquina Mocotó), Thomas Troisgros (Olympe) E Rafa Costa e Silva (Lasai) Foto: Alex Silva|Estadão

Na categoria Bib Gourmand, dos restaurantes mais informais com bons preços, São Paulo viu quatro casas entrarem para a lista: Bio (aberto por Alex Atala no Itaim Bibi), Fitó (da cearense Cafira Foz, em Pinheiros), Petí Panamericana (parceria de Victor Dimitrow com a escola de artes Panamericana) e Piccolo (do chef Marcelo Laskani, versão mais informal do italiano Più, que também é Bib Gourmand). O Piccolo, inclusive, promete filial no shopping Iguatemi para outubro, no espaço onde funcionava o America.

Além desses, saíram da lista o Bona (em Pinheiros) e o Miya (que fechou). Com isso, a capital paulista tem 25 restaurantes Bib Gourmand, como o Tanit. Para o chef Oscar Bosch, a grande façanha do Tanit não é ganhar estrela, mas seguir com clientes. "Só de manter aberto o restaurante nessa fase atual do País, já é incrível. E o Bib Gourmand é perfeito para o nosso estilo." 

No Rio, não houve nenhuma inclusão Bib Gourmand, mas saíram da lista o Entretapas e o Gurumê, restando oito casas no guia atual.

Salão do Oro, do chef Felipe Bronze, no Rio Foto: Tomás Rangel

OS ESTRELADOS

DUAS ESTRELAS

São Paulo  D.O.M. (Alex Atala) Tuju (Ivan Ralston) 

Rio de Janeiro Oro (Felipe Bronze)

Do Maní, banana caiçara com farinha d’água, edamame e caldo de peixe Foto: Roberto Seba

UMA ESTRELA

São Paulo  Dalva e Dito (Alex Atala e Elton Júnior)  Esquina Mocotó (Rodrigo Oliveira) Fasano (Luca Gozzani)  Huto (Fábio Honda) Jun Sakamoto (Jun Sakamoto) Kan Suke (Egashira Keisuke) Kinoshita (Satoshi Kaneko) Kosushi (George Koshoji)  Maní (Helena Rizzo) Picchi (Pier Paolo Picchi) Ryo (Edson Yamashita) - nova entrada Tangará (Jean-Georges Vongerichten) - nova entrada Tête à Tête (Gabriel Matteuzzi e Guilherme Vinha) 

Rio de Janeiro  Lasai (Rafael Costa e Silva) Mee (Kazuo Harada) Olympe (Thomas Troisgros)

Prato do Fitó, de Cafira Foz, que entrou para o guia como Bib Gourmand Foto: Codo Meletti|Estadão

CATEGORIA BIB GOURMAND

São Paulo  Antonietta  Arturito Le Bife  Bio - nova entrada Bistrot de Paris Brasserie Victória  A Casa do Porco  Casa Santo Antônio  Ecully  Fitó - nova entrada Jiquitaia Manioca  Mimo  Mocotó Niaya  La Peruana Petí  Petí Panamericana - nova entrada Piccolo - nova entrada Più  Tanit  Tartar & Co  TonTon Tordesilhas  Zena Caffè 

Rio de Janeiro  Artigiano  Bottega del Vino Lima Restobar  Miam Miam  Oui Oui Pomodorino  Restô Rio  Riso Bistrô 

/Colaboraram Ana Paula Boni, Laíssa Barros, Matheus Prado, Patrícia Ferraz e Renata Mesquita

* Confira a edição 2019 do Guia Michelin

Após três edições mantendo apenas o restaurante D.O.M., do chef Alex Atala, na categoria duas estrelas, o prestigioso guia francês Michelin alçou outras duas casas ao mesmo patamar: o Oro, do Rio, e o Tuju, de São Paulo. A quarta edição do guia, que avalia endereços em São Paulo e no Rio de Janeiro, foi divulgada na noite desta segunda-feira (7), no Hotel Unique, em São Paulo, em festa que contou com a nata da gastronomia nacional, acompanhada de perto pelo Paladar. Não há, até hoje, no entanto, nenhum restaurante do País avaliado com a cotação máxima, de três estrelas.

O Tuju, aberto há apenas quatro anos pelo chef Ivan Ralston, detinha uma estrela desde 2015, quando o guia chegou ao País. De forte acento contemporâneo, serve apenas menu-degustação, tanto no almoço quanto no jantar, com foco no trabalho realizado por Ivan e sua equipe com produtores de várias partes do País. Desde o ano passado, o chef passou a trabalhar os ingredientes de forma sazonal, criando menus de acordo com a estação do ano.

Chefs das casas premiadas com duas estrelas, Alex Atala (abaixado à esq.), ao lado do carioca Felipe Bronze e, atrás de Felipe, de pé, o chef Ivan Ralston (Tuju) Foto: Alex Silva|Estadão

No evento, visivelmente emocionado, Ivan Ralston se disse muito surpreso com a promoção de uma para duas estrelas. “Para mim, é um reconhecimento. Mas a gente está trabalhando bem para isso. Isso é a realização de um sonho”, disse ele ao Paladar.

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Já o Oro, de Felipe Bronze, entrou para o guia com uma estrela em 2015, saiu em 2016 e voltou no ano passado. Tudo isso graças a uma repaginação que o chef e apresentador fez em seu restaurante, tanto de espaço (com novo endereço) quanto de conceito. Agora, o foco é a brasa, presente em uma parrilla, um yakitori japonês e um forno de carvão.

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Os estrelados do Michelin 2018 em São Paulo e no Rio

1 | 11

Oro - Rio de Janeiro

Foto: Tiago Rangel
2 | 11

Dalva e Dito - São Paulo

Foto: Codo Meletti/Estadão
3 | 11

Fasano - São Paulo

Foto: Reprodução
4 | 11

Kan Suke - São Paulo

Foto: Codo Meletti/Estadão
5 | 11

Kinoshita - São Paulo

Foto: Jo Takahashi
6 | 11

Maní - São Paulo

Foto: Roberto Seba/Estadão
7 | 11

Ryo - São Paulo

Foto: Daniel Teixeira/ Estadão
8 | 11

Tangará - São Paulo

Foto: Nilton Fukuda/Estadão
9 | 11

Lasai - Rio de Janeiro

Foto: Leonardo Wen
10 | 11

Mee - Rio de Janeiro

Foto: Vrebel Filmes
11 | 11

Olympe - Rio de Janeiro

Foto: Leonardo Wen

À reportagem, Bronze disse que achava que estava mais para perder a estrela do que para ganhar outra. Quando viu que não foi mantido na lista de uma estrela, ficou nervoso, antes de ser anunciado como duas estrelas. “Estou muito feliz, muito surpreso. Mas acho que tenho o melhor time do mundo. Minha mulher, Cecília, acorda e vai dormir pensando no Oro.”

Desde 2015, o Michelin envia inspetores estrangeiros para visitar anonimamente as casas, seguindo os critérios de avaliação usados nos outros 28 países onde circula a publicação: qualidade dos produtos, técnicas de preparo, harmonia dos sabores, personalidade e regularidade da cozinha. Na América Latina, o Brasil é o único País contemplado pelo Michelin.

Do menu de outono do Tuju, torta de tupinambo com pasta de yuzu Foto: Nilton Fukuda|Estadão

Entre os endereços de São Paulo com uma estrela, entraram para o time o japonês Ryo (de Edson Yamashita) e o Tangará (de menu assinado por Jean-Georges Vongerichten), que fazem companhia a casas como Maní (da chef Helena Rizzo) e Jun Sakamoto (do sushiman de mesmo nome). Foi também mantida uma estrela do Tête-à-Tête, mas a casa anunciou o fechamento do imóvel dos Jardins no começo deste ano.

O chef Rodrigo Oliveira, que viu mantida sua estrela do Esquina Mocotó, acha legal ter mais casas com duas estrelas, mas disse que há uma injustiça do Michelin com endereços como o Tordesilhas, que não figura entre os estrelados (está na lista Bib Gourmand). "Será que eles não entendem o Tordesilhas?" Questionada, a chef Mara Salles, do Tordesilhas, disse que ouviu colegas falarem algumas vezes no evento que sua casa sofre injustiça e afirmou que, "no fundo, me sinto injustiçada, sim."

Entre os restaurantes cariocas premiados com uma estrela, apenas o Laguiole, que fica no MAM do Rio de Janeiro, e o Eleven (que fechou) deixaram a lista. Não houve nenhuma inclusão. Foram mantidos o Lasai (de Rafael Costa e Silva), o Mee (de Kazuo Harada) e o Olympe (de Thomas Troisgros).

Chefs de casas com uma estrela, como Helena Rizzo (Maní), Rodrigo Oliveira (Esquina Mocotó), Thomas Troisgros (Olympe) E Rafa Costa e Silva (Lasai) Foto: Alex Silva|Estadão

Na categoria Bib Gourmand, dos restaurantes mais informais com bons preços, São Paulo viu quatro casas entrarem para a lista: Bio (aberto por Alex Atala no Itaim Bibi), Fitó (da cearense Cafira Foz, em Pinheiros), Petí Panamericana (parceria de Victor Dimitrow com a escola de artes Panamericana) e Piccolo (do chef Marcelo Laskani, versão mais informal do italiano Più, que também é Bib Gourmand). O Piccolo, inclusive, promete filial no shopping Iguatemi para outubro, no espaço onde funcionava o America.

Além desses, saíram da lista o Bona (em Pinheiros) e o Miya (que fechou). Com isso, a capital paulista tem 25 restaurantes Bib Gourmand, como o Tanit. Para o chef Oscar Bosch, a grande façanha do Tanit não é ganhar estrela, mas seguir com clientes. "Só de manter aberto o restaurante nessa fase atual do País, já é incrível. E o Bib Gourmand é perfeito para o nosso estilo." 

No Rio, não houve nenhuma inclusão Bib Gourmand, mas saíram da lista o Entretapas e o Gurumê, restando oito casas no guia atual.

Salão do Oro, do chef Felipe Bronze, no Rio Foto: Tomás Rangel

OS ESTRELADOS

DUAS ESTRELAS

São Paulo  D.O.M. (Alex Atala) Tuju (Ivan Ralston) 

Rio de Janeiro Oro (Felipe Bronze)

Do Maní, banana caiçara com farinha d’água, edamame e caldo de peixe Foto: Roberto Seba

UMA ESTRELA

São Paulo  Dalva e Dito (Alex Atala e Elton Júnior)  Esquina Mocotó (Rodrigo Oliveira) Fasano (Luca Gozzani)  Huto (Fábio Honda) Jun Sakamoto (Jun Sakamoto) Kan Suke (Egashira Keisuke) Kinoshita (Satoshi Kaneko) Kosushi (George Koshoji)  Maní (Helena Rizzo) Picchi (Pier Paolo Picchi) Ryo (Edson Yamashita) - nova entrada Tangará (Jean-Georges Vongerichten) - nova entrada Tête à Tête (Gabriel Matteuzzi e Guilherme Vinha) 

Rio de Janeiro  Lasai (Rafael Costa e Silva) Mee (Kazuo Harada) Olympe (Thomas Troisgros)

Prato do Fitó, de Cafira Foz, que entrou para o guia como Bib Gourmand Foto: Codo Meletti|Estadão

CATEGORIA BIB GOURMAND

São Paulo  Antonietta  Arturito Le Bife  Bio - nova entrada Bistrot de Paris Brasserie Victória  A Casa do Porco  Casa Santo Antônio  Ecully  Fitó - nova entrada Jiquitaia Manioca  Mimo  Mocotó Niaya  La Peruana Petí  Petí Panamericana - nova entrada Piccolo - nova entrada Più  Tanit  Tartar & Co  TonTon Tordesilhas  Zena Caffè 

Rio de Janeiro  Artigiano  Bottega del Vino Lima Restobar  Miam Miam  Oui Oui Pomodorino  Restô Rio  Riso Bistrô 

/Colaboraram Ana Paula Boni, Laíssa Barros, Matheus Prado, Patrícia Ferraz e Renata Mesquita

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