Novo Cepa, no Tatuapé, tem cozinha autoral e de produto


Boa novidade gastronômica na zona leste paulistana, a casa é encabeçada pelo casal Lucas Dante e Gabrielli Fleming

Por Patrícia Ferraz

A inauguração de uma casa promissora fora do circuito gastronômico tradicional é sempre uma boa notícia. Ainda que aos poucos, chefs de boa formação, preocupados com a procedência dos ingredientes e dedicados à técnica, já apostam em restaurantes em bairros mais afastados, como a Mooca, que vive uma grande fase. O Cepa, no Tatuapé, é o mais novo exemplo. 

A localização foi escolhida a dedo. O chef, Lucas Dante, e a mulher dele, a sommelière Gabrielli Fleming, moram no Tatuapé. O outro sócio, o confeiteiro e padeiro Marcelo Escañuela (ex-artista gráfico) comprou a ideia. O que o Cepa quer é ser um restaurante de bairro. 

O chef Lucas Dante e a sommelière Gabrielli Fleming, do Cepa. Foto: Felipe Rau/Estadão
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Lucas trabalhou na Osteria del Pettirosso, do romano Marco Renzetti, e na Hospedaria, de Fellipe Zanuto, na Mooca, e foi ali que notou que boa parte da clientela vinha do Tatuapé, bairro com oferta incipiente de comida mais gastronômica. Resolveu apostar.

A cozinha do Cepa é autoral e de produto. Oscila entre o frescor dos legumes e peixes e fermentação, cura e defumação de carnes. Tudo é feito na casa: conservas, compotas, picles, curados e embutidos que maturam numa câmara de cura instalada nos fundos da cozinha e compõem uma tábua – lardo, guanciale, coppa e pancetta, servidos com pão de fermentação natural.

Tábua de embutidos. Foto: Felipe Rau/Estadão
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O cardápio não é extenso, mas tem opções interessantes, bem executadas e com bons preços. Para começar, escabeche de mexilhões, cozidos ao vapor, temperados com cebola, cenoura e erva-doce com um toque de vinagre de Jerez no molho. 

Entre os principais, denver steak de angus com feijão branco puxado no Jerez e finalizado por farofa de pão da casa. A maciez e o ponto perfeito de cocção não são por acaso: a carne é preparada em três tempos. Primeiro é selada, descansa por cinco minutos, vai para a grelha de novo por mais dois minutos de cada lado, descansa e volta para a grelha pela terceira vez, para formar a crosta. Chega impecável à mesa.

Burrata com beterraba, vinagrete de mel e farofa de pão. Foto: Felipe Rau/Estadão
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Os peixes têm boa presença no cardápio e variam conforme a oferta – o serra foi servido com mexilhões, molho suave de tomate e purê de couve-flor. Mas as preparações também vão mudar conforme o dia.  As sobremesas são à base de frutas e levam pouco açúcar. A pera ao vinho chega em versão particular, as miniperas são cozidas em calda de baunilha e vêm escoltadas por uma gelatina de espumante, bem suave. O bolo de chocolate, delicadíssimo, tem cereja fresca no topo. 

Os vinhos são escolhidos por Gabrielli, que também trabalhou na Osteria del Petirosso e na Hospedaria – mas para fazer a carta se inspirou no trabalho do Jardim dos Vinhos Vivos, na Vila Madalena. O foco da carta do Cepa são vinhos de pequenos produtores – nem sempre de bom preço. O caminho é longo, mas o programa vale.

Peixe do dia servido com mexilhões e purê de couve-flor. Foto: Felipe Rau/Estadão
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SERVIÇO

Cepa R. Antonio Camardo, 895, Tatuapé Telefone: 2096-0687 Horário de funcionamento: 12h/15h e 19h/22h30 (6ª, até 23h; sáb., 12h/16h e 19h/23h; dom., 12h/16h)

A inauguração de uma casa promissora fora do circuito gastronômico tradicional é sempre uma boa notícia. Ainda que aos poucos, chefs de boa formação, preocupados com a procedência dos ingredientes e dedicados à técnica, já apostam em restaurantes em bairros mais afastados, como a Mooca, que vive uma grande fase. O Cepa, no Tatuapé, é o mais novo exemplo. 

A localização foi escolhida a dedo. O chef, Lucas Dante, e a mulher dele, a sommelière Gabrielli Fleming, moram no Tatuapé. O outro sócio, o confeiteiro e padeiro Marcelo Escañuela (ex-artista gráfico) comprou a ideia. O que o Cepa quer é ser um restaurante de bairro. 

O chef Lucas Dante e a sommelière Gabrielli Fleming, do Cepa. Foto: Felipe Rau/Estadão

Lucas trabalhou na Osteria del Pettirosso, do romano Marco Renzetti, e na Hospedaria, de Fellipe Zanuto, na Mooca, e foi ali que notou que boa parte da clientela vinha do Tatuapé, bairro com oferta incipiente de comida mais gastronômica. Resolveu apostar.

A cozinha do Cepa é autoral e de produto. Oscila entre o frescor dos legumes e peixes e fermentação, cura e defumação de carnes. Tudo é feito na casa: conservas, compotas, picles, curados e embutidos que maturam numa câmara de cura instalada nos fundos da cozinha e compõem uma tábua – lardo, guanciale, coppa e pancetta, servidos com pão de fermentação natural.

Tábua de embutidos. Foto: Felipe Rau/Estadão

O cardápio não é extenso, mas tem opções interessantes, bem executadas e com bons preços. Para começar, escabeche de mexilhões, cozidos ao vapor, temperados com cebola, cenoura e erva-doce com um toque de vinagre de Jerez no molho. 

Entre os principais, denver steak de angus com feijão branco puxado no Jerez e finalizado por farofa de pão da casa. A maciez e o ponto perfeito de cocção não são por acaso: a carne é preparada em três tempos. Primeiro é selada, descansa por cinco minutos, vai para a grelha de novo por mais dois minutos de cada lado, descansa e volta para a grelha pela terceira vez, para formar a crosta. Chega impecável à mesa.

Burrata com beterraba, vinagrete de mel e farofa de pão. Foto: Felipe Rau/Estadão

Os peixes têm boa presença no cardápio e variam conforme a oferta – o serra foi servido com mexilhões, molho suave de tomate e purê de couve-flor. Mas as preparações também vão mudar conforme o dia.  As sobremesas são à base de frutas e levam pouco açúcar. A pera ao vinho chega em versão particular, as miniperas são cozidas em calda de baunilha e vêm escoltadas por uma gelatina de espumante, bem suave. O bolo de chocolate, delicadíssimo, tem cereja fresca no topo. 

Os vinhos são escolhidos por Gabrielli, que também trabalhou na Osteria del Petirosso e na Hospedaria – mas para fazer a carta se inspirou no trabalho do Jardim dos Vinhos Vivos, na Vila Madalena. O foco da carta do Cepa são vinhos de pequenos produtores – nem sempre de bom preço. O caminho é longo, mas o programa vale.

Peixe do dia servido com mexilhões e purê de couve-flor. Foto: Felipe Rau/Estadão

SERVIÇO

Cepa R. Antonio Camardo, 895, Tatuapé Telefone: 2096-0687 Horário de funcionamento: 12h/15h e 19h/22h30 (6ª, até 23h; sáb., 12h/16h e 19h/23h; dom., 12h/16h)

A inauguração de uma casa promissora fora do circuito gastronômico tradicional é sempre uma boa notícia. Ainda que aos poucos, chefs de boa formação, preocupados com a procedência dos ingredientes e dedicados à técnica, já apostam em restaurantes em bairros mais afastados, como a Mooca, que vive uma grande fase. O Cepa, no Tatuapé, é o mais novo exemplo. 

A localização foi escolhida a dedo. O chef, Lucas Dante, e a mulher dele, a sommelière Gabrielli Fleming, moram no Tatuapé. O outro sócio, o confeiteiro e padeiro Marcelo Escañuela (ex-artista gráfico) comprou a ideia. O que o Cepa quer é ser um restaurante de bairro. 

O chef Lucas Dante e a sommelière Gabrielli Fleming, do Cepa. Foto: Felipe Rau/Estadão

Lucas trabalhou na Osteria del Pettirosso, do romano Marco Renzetti, e na Hospedaria, de Fellipe Zanuto, na Mooca, e foi ali que notou que boa parte da clientela vinha do Tatuapé, bairro com oferta incipiente de comida mais gastronômica. Resolveu apostar.

A cozinha do Cepa é autoral e de produto. Oscila entre o frescor dos legumes e peixes e fermentação, cura e defumação de carnes. Tudo é feito na casa: conservas, compotas, picles, curados e embutidos que maturam numa câmara de cura instalada nos fundos da cozinha e compõem uma tábua – lardo, guanciale, coppa e pancetta, servidos com pão de fermentação natural.

Tábua de embutidos. Foto: Felipe Rau/Estadão

O cardápio não é extenso, mas tem opções interessantes, bem executadas e com bons preços. Para começar, escabeche de mexilhões, cozidos ao vapor, temperados com cebola, cenoura e erva-doce com um toque de vinagre de Jerez no molho. 

Entre os principais, denver steak de angus com feijão branco puxado no Jerez e finalizado por farofa de pão da casa. A maciez e o ponto perfeito de cocção não são por acaso: a carne é preparada em três tempos. Primeiro é selada, descansa por cinco minutos, vai para a grelha de novo por mais dois minutos de cada lado, descansa e volta para a grelha pela terceira vez, para formar a crosta. Chega impecável à mesa.

Burrata com beterraba, vinagrete de mel e farofa de pão. Foto: Felipe Rau/Estadão

Os peixes têm boa presença no cardápio e variam conforme a oferta – o serra foi servido com mexilhões, molho suave de tomate e purê de couve-flor. Mas as preparações também vão mudar conforme o dia.  As sobremesas são à base de frutas e levam pouco açúcar. A pera ao vinho chega em versão particular, as miniperas são cozidas em calda de baunilha e vêm escoltadas por uma gelatina de espumante, bem suave. O bolo de chocolate, delicadíssimo, tem cereja fresca no topo. 

Os vinhos são escolhidos por Gabrielli, que também trabalhou na Osteria del Petirosso e na Hospedaria – mas para fazer a carta se inspirou no trabalho do Jardim dos Vinhos Vivos, na Vila Madalena. O foco da carta do Cepa são vinhos de pequenos produtores – nem sempre de bom preço. O caminho é longo, mas o programa vale.

Peixe do dia servido com mexilhões e purê de couve-flor. Foto: Felipe Rau/Estadão

SERVIÇO

Cepa R. Antonio Camardo, 895, Tatuapé Telefone: 2096-0687 Horário de funcionamento: 12h/15h e 19h/22h30 (6ª, até 23h; sáb., 12h/16h e 19h/23h; dom., 12h/16h)

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