O bar do barman que não queria ter um bar


Alexandre D’Agostino, que por quase 18 anos foi o responsável pelos drinques do Spot, inaugura bar na Oscar Freire

Por Isabelle Moreira Lima
Atualização:

A proposta é modesta: são apenas 17 metros quadrados, só coquetéis na carta, somente às quintas-feiras. Mas ainda assim, há algo de mágico no novo bar da Apothek, de Alexandre D’Agostino, que por quase 18 anos foi o responsável pelos drinques do Spot.

E pensar que nem bar ele queria abrir. Quando saiu do restaurante, sua ideia era produzir coquetéis engarrafados – o que de fato D’Agostino fez. Há menos de dois meses, lançou sua linha de Negronis e outros drinques, como o boulevardier e o old fashioned. Acontece que, embora os drinques não sejam produzidos em São Paulo, mas em uma cervejaria no interior, era necessário ter na cidade um QG, um escritório e uma sala de provas.

O espaço de 17 metros quadrados abre apenas às quintas-feiras Foto: Márcio Fernandes|Estadão
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Foi justamente essa sala de provas que fez o bartender morder a língua e que acabou por virar um “speak easy anunciado”. (Por mais absurda a ideia, faz sentido: o lugar é minúsculo, escondido no subterrâneo de uma galeria, nem se vê a porta na parede preta, mas há um discreto neon onde se lê Apothek Cocktails & Co.)

Ainda não tem cardápio - e por enquanto, nada para comer -, apenas uma página de opções, com preços que vão de R$ 25 a R$ 35, e inclui drinques como o Sazerac, um primo do old fashioned que leva uísque Rye e Peychauds bitters (R$ 30); e o Martinez, feito com Genever, vermute, licor de marrasquino, bitter de laranja e casca de laranja (R$ 30). Mas, é claro, qualquer coquetel clássico pode virar realidade, contanto que a matéria-prima esteja disponível naquele dia na casa.

“Não tenho contrato com marcas, o que eu quero, justamente, é conseguir mostrar coisas diferentes, ter vários rótulos de destilados e novidades garimpadas”, diz o bartender. Na visita do Paladar, uma cereja curtida em Cointreau foi uma dessas novidades. Um Bourbon com uma infusão de gordura de bacon, outra.

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Atrás do balcão, D’Agostino conta com um ajudante por semana, geralmente ex-colegas do Spot. À frente dele, três bancos altos e um mais baixo ladeia o bar. Traduzindo: não espere ficar sentado à noite inteira “relaxando”. A luz é baixa, mas a música é alta (e boa).

As garrafinhas que levam o nome do bar Foto: Márcio Fernandes|Estadão

Você também não sairá de barriga cheia; não há cozinha e o bartender e seus sócios ainda estão estudando que tipo de petiscos poderão oferecer. Mas, se o seu coração for tomado pela coquetelaria local, você poderá levar para casa uma das garrafinhas que levam o nome do bar. No primeiro lote, que ainda está há venda, são seis: o Negroni clássico, feito com gin, vermute e amaro, um tanto doce, porém redondo; o Negroni Burlesque, em que é adicionado o licor de Marrasquino, para os paladares ainda mais chegados à doçura; o Negroni Jerez, o mais equilibrado e elegante de todos, em que o vermute rosso é substituído pelo branco e que recebe uma dose extra de Jerez;o Negroni Saccharum, feito com cachaça no lugar de gim e amaro Lucano, que tem notas mais vegetais e é mais escuro, para os fãs de caipirinha que querem tentar algo diferente; o Boulevardieur, que segue a receita clássica com Bourbon, vermute e amaro; e o Old Fashioned, feito com Bourbon, bitters e açúcar demerara. Todas as garrafas rendem quatro doses e custam R$ 72, com exceção do Old Fashioned, que custa R$ 81. O próximo lote, em produção agora, deve incluir novas receitas.

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SERVIÇO

Apothek R. Oscar Freire, 2.221, Pinheiros. Tel.: 94505-9122. Funcionamento: Qui., 19h/1h.

A proposta é modesta: são apenas 17 metros quadrados, só coquetéis na carta, somente às quintas-feiras. Mas ainda assim, há algo de mágico no novo bar da Apothek, de Alexandre D’Agostino, que por quase 18 anos foi o responsável pelos drinques do Spot.

E pensar que nem bar ele queria abrir. Quando saiu do restaurante, sua ideia era produzir coquetéis engarrafados – o que de fato D’Agostino fez. Há menos de dois meses, lançou sua linha de Negronis e outros drinques, como o boulevardier e o old fashioned. Acontece que, embora os drinques não sejam produzidos em São Paulo, mas em uma cervejaria no interior, era necessário ter na cidade um QG, um escritório e uma sala de provas.

O espaço de 17 metros quadrados abre apenas às quintas-feiras Foto: Márcio Fernandes|Estadão

Foi justamente essa sala de provas que fez o bartender morder a língua e que acabou por virar um “speak easy anunciado”. (Por mais absurda a ideia, faz sentido: o lugar é minúsculo, escondido no subterrâneo de uma galeria, nem se vê a porta na parede preta, mas há um discreto neon onde se lê Apothek Cocktails & Co.)

Ainda não tem cardápio - e por enquanto, nada para comer -, apenas uma página de opções, com preços que vão de R$ 25 a R$ 35, e inclui drinques como o Sazerac, um primo do old fashioned que leva uísque Rye e Peychauds bitters (R$ 30); e o Martinez, feito com Genever, vermute, licor de marrasquino, bitter de laranja e casca de laranja (R$ 30). Mas, é claro, qualquer coquetel clássico pode virar realidade, contanto que a matéria-prima esteja disponível naquele dia na casa.

“Não tenho contrato com marcas, o que eu quero, justamente, é conseguir mostrar coisas diferentes, ter vários rótulos de destilados e novidades garimpadas”, diz o bartender. Na visita do Paladar, uma cereja curtida em Cointreau foi uma dessas novidades. Um Bourbon com uma infusão de gordura de bacon, outra.

Atrás do balcão, D’Agostino conta com um ajudante por semana, geralmente ex-colegas do Spot. À frente dele, três bancos altos e um mais baixo ladeia o bar. Traduzindo: não espere ficar sentado à noite inteira “relaxando”. A luz é baixa, mas a música é alta (e boa).

As garrafinhas que levam o nome do bar Foto: Márcio Fernandes|Estadão

Você também não sairá de barriga cheia; não há cozinha e o bartender e seus sócios ainda estão estudando que tipo de petiscos poderão oferecer. Mas, se o seu coração for tomado pela coquetelaria local, você poderá levar para casa uma das garrafinhas que levam o nome do bar. No primeiro lote, que ainda está há venda, são seis: o Negroni clássico, feito com gin, vermute e amaro, um tanto doce, porém redondo; o Negroni Burlesque, em que é adicionado o licor de Marrasquino, para os paladares ainda mais chegados à doçura; o Negroni Jerez, o mais equilibrado e elegante de todos, em que o vermute rosso é substituído pelo branco e que recebe uma dose extra de Jerez;o Negroni Saccharum, feito com cachaça no lugar de gim e amaro Lucano, que tem notas mais vegetais e é mais escuro, para os fãs de caipirinha que querem tentar algo diferente; o Boulevardieur, que segue a receita clássica com Bourbon, vermute e amaro; e o Old Fashioned, feito com Bourbon, bitters e açúcar demerara. Todas as garrafas rendem quatro doses e custam R$ 72, com exceção do Old Fashioned, que custa R$ 81. O próximo lote, em produção agora, deve incluir novas receitas.

SERVIÇO

Apothek R. Oscar Freire, 2.221, Pinheiros. Tel.: 94505-9122. Funcionamento: Qui., 19h/1h.

A proposta é modesta: são apenas 17 metros quadrados, só coquetéis na carta, somente às quintas-feiras. Mas ainda assim, há algo de mágico no novo bar da Apothek, de Alexandre D’Agostino, que por quase 18 anos foi o responsável pelos drinques do Spot.

E pensar que nem bar ele queria abrir. Quando saiu do restaurante, sua ideia era produzir coquetéis engarrafados – o que de fato D’Agostino fez. Há menos de dois meses, lançou sua linha de Negronis e outros drinques, como o boulevardier e o old fashioned. Acontece que, embora os drinques não sejam produzidos em São Paulo, mas em uma cervejaria no interior, era necessário ter na cidade um QG, um escritório e uma sala de provas.

O espaço de 17 metros quadrados abre apenas às quintas-feiras Foto: Márcio Fernandes|Estadão

Foi justamente essa sala de provas que fez o bartender morder a língua e que acabou por virar um “speak easy anunciado”. (Por mais absurda a ideia, faz sentido: o lugar é minúsculo, escondido no subterrâneo de uma galeria, nem se vê a porta na parede preta, mas há um discreto neon onde se lê Apothek Cocktails & Co.)

Ainda não tem cardápio - e por enquanto, nada para comer -, apenas uma página de opções, com preços que vão de R$ 25 a R$ 35, e inclui drinques como o Sazerac, um primo do old fashioned que leva uísque Rye e Peychauds bitters (R$ 30); e o Martinez, feito com Genever, vermute, licor de marrasquino, bitter de laranja e casca de laranja (R$ 30). Mas, é claro, qualquer coquetel clássico pode virar realidade, contanto que a matéria-prima esteja disponível naquele dia na casa.

“Não tenho contrato com marcas, o que eu quero, justamente, é conseguir mostrar coisas diferentes, ter vários rótulos de destilados e novidades garimpadas”, diz o bartender. Na visita do Paladar, uma cereja curtida em Cointreau foi uma dessas novidades. Um Bourbon com uma infusão de gordura de bacon, outra.

Atrás do balcão, D’Agostino conta com um ajudante por semana, geralmente ex-colegas do Spot. À frente dele, três bancos altos e um mais baixo ladeia o bar. Traduzindo: não espere ficar sentado à noite inteira “relaxando”. A luz é baixa, mas a música é alta (e boa).

As garrafinhas que levam o nome do bar Foto: Márcio Fernandes|Estadão

Você também não sairá de barriga cheia; não há cozinha e o bartender e seus sócios ainda estão estudando que tipo de petiscos poderão oferecer. Mas, se o seu coração for tomado pela coquetelaria local, você poderá levar para casa uma das garrafinhas que levam o nome do bar. No primeiro lote, que ainda está há venda, são seis: o Negroni clássico, feito com gin, vermute e amaro, um tanto doce, porém redondo; o Negroni Burlesque, em que é adicionado o licor de Marrasquino, para os paladares ainda mais chegados à doçura; o Negroni Jerez, o mais equilibrado e elegante de todos, em que o vermute rosso é substituído pelo branco e que recebe uma dose extra de Jerez;o Negroni Saccharum, feito com cachaça no lugar de gim e amaro Lucano, que tem notas mais vegetais e é mais escuro, para os fãs de caipirinha que querem tentar algo diferente; o Boulevardieur, que segue a receita clássica com Bourbon, vermute e amaro; e o Old Fashioned, feito com Bourbon, bitters e açúcar demerara. Todas as garrafas rendem quatro doses e custam R$ 72, com exceção do Old Fashioned, que custa R$ 81. O próximo lote, em produção agora, deve incluir novas receitas.

SERVIÇO

Apothek R. Oscar Freire, 2.221, Pinheiros. Tel.: 94505-9122. Funcionamento: Qui., 19h/1h.

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