O que tem de bom para comer nos restaurantes do Rio de Janeiro


Cidade está cheia de novidades gastronômicas, de quiosque do Fasano a café da manhã de Roberta Sudbrack, além de mais paulistas invadindo a praia

Por Patrícia Ferraz

Do Rio de Janeiro

De tempos em tempos, o Paladar pega a ponte aérea e vai ao Rio de Janeiro conferir as novidades. Dessa vez, a programação foi intensa motivada por casas recém-inauguradas, chefs novos em restaurantes antigos, troca de pratos... Havia muita coisa para ver e provar. 

O Rio de Janeiro está cheio de novidades gastronômicas, entre eleas o Marea, quiosque de praia do Fasano Foto: Tomás Rangel
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Novinhos em folha, há dois restaurantes de porte: o Arp, no  Hotel Arpoador, com cardápio assinado por Roberta Sudbrack, e o Sal Grosso, empreitada carioca do chef Henrique Fogaça, aberta na primeira quinzena de março. Mais no começo do ano, a grife Fasano inaugurou um quiosque na praia, onde serve petiscos, pratos para dividir e drinques, ao estilo do grupo mas com preços moderados -- de quebra, os frequentadores contam com serviço de cadeira, esteira na areia.

O chef Pedro de Artagão, abriu há semanas também o Al Fresco, no Shopping Rio Design Leblon, lugar de massa artesanal servida em ambiente descontraído. O Massa , de Pedro Siqueira, incorprou a pizzaria Ella no mesmo endereço.

E os chefs dos três restaurantes de cozinha autoral contemporânea de porte na cidade - Oro, Oteque e Lasai -  estão em constante ebulição, abastecendo os menus-degustação com pratos criativos que mesclam técnicas, texturas, cores e sabores.

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Quer um motivo para ir ao Rio? Paladar oferece vários.

Alto estilo até na areia

Fasano acaba de inaugurar um quiosque na praia e de lançar novos pratos no Gero e Al Mare, assinados por italianos recém-chegados

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A inauguração de um quiosque com a grife Fasano é um marco. Quase em frente ao hotel, na Avenida Vieira Souto, o quiosque Marea abriu há pouco mais de um mês e virou programa pós-praia para ver o pôr do sol. Tem ostra vendida por unidade (R$ 9) e dá para ficar só nos pastéis de queijo taleggio ou de camarão (R$ 14 a unidade).

Marea. Novo quiosque de praia da grife Fasano em Ipanema Foto: Tomás Rangel

Mas se a fome pedir mais, não hesite, tem vários pratos para compartilhar com preços moderados: a paella valenciana para três pessoas (R$ 148); os mexilhões ao vinho branco (R$ 128); o arroz de pato (R$ 110). O balcão de drinques é forte. Procure as mesas com vista para a praia. 

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Longe da areia, as duas outras casas do grupo têm novos chefs, ambos vindos da Itália, e cardápios à la carte. O chef Luigi Moressa, que inaugurou o Gero em São Paulo há 15 anos e a filial carioca há 11 anos, está de volta depois de um tempo na Itália. Ele já mexeu no cardápio e pôs, entre as novidades, um espetacular lombo suíno cozido em baixa temperatura e assado, servido com o próprio molho; mostarda l’ancienne e endívias caramelizadas. 

O novo chef do Fasano Al Mare, o restaurante do hotel, é o florentino Nicola Fedeli, que chegou há seis meses e trabalha para incluir novidades sem mudar a culinária italiana sofisticada do restaurante, que já tem onze anos e foca nas massas e nos peixes e frutos do mar servidos à la carte.

Fasano Al Mare. Ravióli de arraia entre as novidades Foto: Lipe Borges
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Fedeli está imprimindo sua marca com pratos como ravióli de arraia e molho alla puttanesca (suavizado pelo caldo de peixe) e com a impecável cavaquinha grelhada com pappa al pomodoro – se tiver que escolher um único prato no Al Mare (o que seria uma pena), vá de cavaquinha.

Marea. Av. Viera Souto, 0, Posto 8, IpanemaGero. R. Aníbal de Mendonça, 157, IpanemaFasano Al Mare. Av. Vieira Souto, 80, Ipanema

Duas vezes Sudbrack

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Com novas casas Roberta Sudbrack quer ser simples

Panelinha de vieras do novo ARP, hotel boutique com menu assinado pela chef Roberta Sudbrack Foto: Samuel Antonini

Roberta Sudbrack tem duas casas novas no Rio, a mais recente é a ARP, inaugurada no hotel butique Arpoador, onde o serviço começa com o café da manhã à base de pães artesanais, queijos e embutidos brasileiros, para tomar no terraço olhando o mar. O menu ali é enxuto, tem sanduíches, pratos e pedidas para compartilhar, como a tábua com coalhada, picles de minicenoura, rabanete, peixe defumado e pão da casa (R$ 34). Mas é no SUD, o pássaro verde, aberto há oito meses no Jardim Botânico, onde a chef pode ser vista.

Ambiente aconchegante do Sud, o pássaro verde, restaurante no Jardim Botânico da chef Roberta Sudbrack Foto: Dom Diego

Ela trocou o menu-degustação pela comida brasileira à la carte feita com simplicidade, em panelinhas de ferro que vão ao forno a lenha e saem fumegantes com ovos fritos servidos com bottarga brasileira e pão da casa (R$ 48). Roberta faz sempre algum quiabo, desta vez ele é defumado e servido com lardo artesanal e broa de milho esfarelada, uma delícia (R$ 49). O cardápio é tentador e os preços são amenos.

Arp. R. Francisco Otaviano, 177, ArpoadorSud. R. Visc. de Carandaí, 35, Jardim Botânico

Para celebrar

Lasai, Oteque e Oro são altamente gastronômicos: caros, só abrem à noite, só servem menu-degustação. E vivem cheios

Lasai A cozinha é autoral, moderna e orgânica. E o chef Rafa Costa e Silva está sempre inventando moda com os produtos da horta própria e os da feira orgânica para compor os dois menus-degustação da casa. As verduras são as estrelas e dominam o menu, dos aperitivos aos principais, e só abrem espaço para proteínas animais, do mar e da terra, no finzinho da refeição. O menu Festival tem oito aperitivos, duas entradas – entre elas o alho-poró com tutano e cogumelos (foto) –, dois pratos e duas sobremesas (R$ 345) e o menu Não me conte histórias inclui quatro aperitivos, uma entrada, um prato e uma sobremesa. A refeição é uma viagem deliciosa (R$ 295).R. Conde de Irajá, 191, Botafogo. (21) 3449-1854

Oteque Não se vai lá todo dia – a visita à casa de Alberto Landgraf, que acaba de completar um ano, e vive cheia, é programa especial, para datas especiais. O lugar é moderno, descontraído, tem a melhor acústica de um restaurante no Rio de Janeiro e comida altamente elaborada. São pequenos pratos, que mesclam texturas, cores e sabores, servidos em sequência. A degustação com nove serviços (R$ 345, sem bebida) varia. Pode incluir picles de sardinha com brioche e foie gras; cebola assada com ouriço e creme de mexilhão; berinjela, barriga de porco curada por 60 dias e creme de castanha de caju; e o olho de cão, com creme de anchovas e peixe defumado. Imperdível.R. Conde de Irajá, 581, Botafogo

Ambiente do restaurante Oteque, comandado por Alberto Landgraf Foto: Rubens Kato

Oro Único duas-estrelas Michelin no Rio, o Oro é concorridíssimo: não tem cardápio à la carte, só duas opções de menu-degustação, o Afetividade, que tem 12 snacks, um prato, e sobremesa (R$ 335 por pessoa); e o Criatividade (R$ 435 por pessoa), 12 snacks, quatro pratos e uma sobremesa. A brasa é a alma do restaurante gastronômico de Felipe Bronze e da mulher dele Cecilia Aldaz, sommelière e chef de sala – tudo o que chega à mesa passa por ela em alguma fase da preparação. A refeição começa animada com snacks, que incluem itens memoráveis, como o crocante de arroz negro com vieira, caqui e avelã; e o minissanduíche de barriga de porco com kimchi de abacaxi. Entre os principais, o ravióli de batata-doce, missô e pupunha dá show de delicadeza.Av. Gen. San Martin, 889, Leblon

Ravióli de batata-doce, missô e pupunha: prato do restaurante Oro Foto: Tomás Rangel

De mansinho, os paulistas vão invadindo a praia

O Sal Grosso, de Fogaça, acaba de desembarcar e o Ino, do grupo Piú, chegou há meses e já faz sucesso

● Sal Grosso É a casa carioca do chef Henrique Fogaça, dono do Sal e do Cão Véio, em São Paulo, e que ficou famoso como o jurado tatuado e durão do MasterChef. O restaurante abriu há duas semanas no BarraShopping. Rústico e amplo, o lugar é focado nas carnes preparadas na parrilla – são 15 opções com preços que variam de R$ 86 (o bife de chorizo) a R$ 279 (corte dry-aged). O menu tem muitos pratos para compartilhar então o negócio é ir em grupo.Av. das Américas, 4.666, 2° andar, Barra da Tijuca

Na casa carioca do chef Henrique Fogaça, o foco são as carnes assadas na parrilla Foto: Alt Tasty

Ino Instalado num casarão de Botafogo, o Ino, empreitada carioca de Marcelo Laskani e Maurício Cavalcanti, mantém a pegada das casas paulistanas da dupla, o Più e o Più Piccolo: cozinha italiana autoral e contemporânea. E já fez fama na cidade. Tem cannelloni de cordeiro com espinafre e grana padano (R$ 56), tortelli recheado de pernil de vitelo com sugo de porcino fresco e ar de parmegiano com tartufo (R$ 64) e massas mais simples, como o espaguete ao cacio e pepe (R$ 59).R. Conde de Irajá, 115, Botafogo

Pasta artesanal

Despretensiosas e descoladas com foco nas massas

Massa Lugar simpático, com mais mesas no terraço do que no salão, é a trattoria do chef Pedro Siqueira e que agora reúne no mesmo endereço a pizzaria Ella. Ou seja, dá para pedir pizza também no almoço. Na entrada, vá de nhoque de arroz frito com queijo Canastra (R$ 21, foto); outra boa pedida é o sanduíche de milanesa de frango e rúcula, servido com aïoli de limão e grana padano (R$ 27).R. Dias Ferreira, 617, Leblon

Nhoque de arroz frito, uma das receitas da Massa Trattoria Foto: Bárbara Lopes

Al Fresco Abriu há pouco no Rio Design Leblon com ambiente descontraído, pé-direito alto, um belo terraço e massas artesanais. É a primeira investida de Pedro de Artagão na Itália (ele já tem o gastronômico Irajá Gastrô e o Formidable Bistrô, entre outros). As massas frescas e as de grano duro são feitas na casa, com farinha italiana (preços de R$ 58 a R$ 82). O menu tem ainda alguns grelhados.Av. Ataulfo de Paiva, 270, Leblon

Comandado por Pedro de Artagão, o restaurante Al Fresco dedica-se às receitas italianas Foto: Alexander Landau

Do Rio de Janeiro

De tempos em tempos, o Paladar pega a ponte aérea e vai ao Rio de Janeiro conferir as novidades. Dessa vez, a programação foi intensa motivada por casas recém-inauguradas, chefs novos em restaurantes antigos, troca de pratos... Havia muita coisa para ver e provar. 

O Rio de Janeiro está cheio de novidades gastronômicas, entre eleas o Marea, quiosque de praia do Fasano Foto: Tomás Rangel

Novinhos em folha, há dois restaurantes de porte: o Arp, no  Hotel Arpoador, com cardápio assinado por Roberta Sudbrack, e o Sal Grosso, empreitada carioca do chef Henrique Fogaça, aberta na primeira quinzena de março. Mais no começo do ano, a grife Fasano inaugurou um quiosque na praia, onde serve petiscos, pratos para dividir e drinques, ao estilo do grupo mas com preços moderados -- de quebra, os frequentadores contam com serviço de cadeira, esteira na areia.

O chef Pedro de Artagão, abriu há semanas também o Al Fresco, no Shopping Rio Design Leblon, lugar de massa artesanal servida em ambiente descontraído. O Massa , de Pedro Siqueira, incorprou a pizzaria Ella no mesmo endereço.

E os chefs dos três restaurantes de cozinha autoral contemporânea de porte na cidade - Oro, Oteque e Lasai -  estão em constante ebulição, abastecendo os menus-degustação com pratos criativos que mesclam técnicas, texturas, cores e sabores.

Quer um motivo para ir ao Rio? Paladar oferece vários.

Alto estilo até na areia

Fasano acaba de inaugurar um quiosque na praia e de lançar novos pratos no Gero e Al Mare, assinados por italianos recém-chegados

A inauguração de um quiosque com a grife Fasano é um marco. Quase em frente ao hotel, na Avenida Vieira Souto, o quiosque Marea abriu há pouco mais de um mês e virou programa pós-praia para ver o pôr do sol. Tem ostra vendida por unidade (R$ 9) e dá para ficar só nos pastéis de queijo taleggio ou de camarão (R$ 14 a unidade).

Marea. Novo quiosque de praia da grife Fasano em Ipanema Foto: Tomás Rangel

Mas se a fome pedir mais, não hesite, tem vários pratos para compartilhar com preços moderados: a paella valenciana para três pessoas (R$ 148); os mexilhões ao vinho branco (R$ 128); o arroz de pato (R$ 110). O balcão de drinques é forte. Procure as mesas com vista para a praia. 

Longe da areia, as duas outras casas do grupo têm novos chefs, ambos vindos da Itália, e cardápios à la carte. O chef Luigi Moressa, que inaugurou o Gero em São Paulo há 15 anos e a filial carioca há 11 anos, está de volta depois de um tempo na Itália. Ele já mexeu no cardápio e pôs, entre as novidades, um espetacular lombo suíno cozido em baixa temperatura e assado, servido com o próprio molho; mostarda l’ancienne e endívias caramelizadas. 

O novo chef do Fasano Al Mare, o restaurante do hotel, é o florentino Nicola Fedeli, que chegou há seis meses e trabalha para incluir novidades sem mudar a culinária italiana sofisticada do restaurante, que já tem onze anos e foca nas massas e nos peixes e frutos do mar servidos à la carte.

Fasano Al Mare. Ravióli de arraia entre as novidades Foto: Lipe Borges

Fedeli está imprimindo sua marca com pratos como ravióli de arraia e molho alla puttanesca (suavizado pelo caldo de peixe) e com a impecável cavaquinha grelhada com pappa al pomodoro – se tiver que escolher um único prato no Al Mare (o que seria uma pena), vá de cavaquinha.

Marea. Av. Viera Souto, 0, Posto 8, IpanemaGero. R. Aníbal de Mendonça, 157, IpanemaFasano Al Mare. Av. Vieira Souto, 80, Ipanema

Duas vezes Sudbrack

Com novas casas Roberta Sudbrack quer ser simples

Panelinha de vieras do novo ARP, hotel boutique com menu assinado pela chef Roberta Sudbrack Foto: Samuel Antonini

Roberta Sudbrack tem duas casas novas no Rio, a mais recente é a ARP, inaugurada no hotel butique Arpoador, onde o serviço começa com o café da manhã à base de pães artesanais, queijos e embutidos brasileiros, para tomar no terraço olhando o mar. O menu ali é enxuto, tem sanduíches, pratos e pedidas para compartilhar, como a tábua com coalhada, picles de minicenoura, rabanete, peixe defumado e pão da casa (R$ 34). Mas é no SUD, o pássaro verde, aberto há oito meses no Jardim Botânico, onde a chef pode ser vista.

Ambiente aconchegante do Sud, o pássaro verde, restaurante no Jardim Botânico da chef Roberta Sudbrack Foto: Dom Diego

Ela trocou o menu-degustação pela comida brasileira à la carte feita com simplicidade, em panelinhas de ferro que vão ao forno a lenha e saem fumegantes com ovos fritos servidos com bottarga brasileira e pão da casa (R$ 48). Roberta faz sempre algum quiabo, desta vez ele é defumado e servido com lardo artesanal e broa de milho esfarelada, uma delícia (R$ 49). O cardápio é tentador e os preços são amenos.

Arp. R. Francisco Otaviano, 177, ArpoadorSud. R. Visc. de Carandaí, 35, Jardim Botânico

Para celebrar

Lasai, Oteque e Oro são altamente gastronômicos: caros, só abrem à noite, só servem menu-degustação. E vivem cheios

Lasai A cozinha é autoral, moderna e orgânica. E o chef Rafa Costa e Silva está sempre inventando moda com os produtos da horta própria e os da feira orgânica para compor os dois menus-degustação da casa. As verduras são as estrelas e dominam o menu, dos aperitivos aos principais, e só abrem espaço para proteínas animais, do mar e da terra, no finzinho da refeição. O menu Festival tem oito aperitivos, duas entradas – entre elas o alho-poró com tutano e cogumelos (foto) –, dois pratos e duas sobremesas (R$ 345) e o menu Não me conte histórias inclui quatro aperitivos, uma entrada, um prato e uma sobremesa. A refeição é uma viagem deliciosa (R$ 295).R. Conde de Irajá, 191, Botafogo. (21) 3449-1854

Oteque Não se vai lá todo dia – a visita à casa de Alberto Landgraf, que acaba de completar um ano, e vive cheia, é programa especial, para datas especiais. O lugar é moderno, descontraído, tem a melhor acústica de um restaurante no Rio de Janeiro e comida altamente elaborada. São pequenos pratos, que mesclam texturas, cores e sabores, servidos em sequência. A degustação com nove serviços (R$ 345, sem bebida) varia. Pode incluir picles de sardinha com brioche e foie gras; cebola assada com ouriço e creme de mexilhão; berinjela, barriga de porco curada por 60 dias e creme de castanha de caju; e o olho de cão, com creme de anchovas e peixe defumado. Imperdível.R. Conde de Irajá, 581, Botafogo

Ambiente do restaurante Oteque, comandado por Alberto Landgraf Foto: Rubens Kato

Oro Único duas-estrelas Michelin no Rio, o Oro é concorridíssimo: não tem cardápio à la carte, só duas opções de menu-degustação, o Afetividade, que tem 12 snacks, um prato, e sobremesa (R$ 335 por pessoa); e o Criatividade (R$ 435 por pessoa), 12 snacks, quatro pratos e uma sobremesa. A brasa é a alma do restaurante gastronômico de Felipe Bronze e da mulher dele Cecilia Aldaz, sommelière e chef de sala – tudo o que chega à mesa passa por ela em alguma fase da preparação. A refeição começa animada com snacks, que incluem itens memoráveis, como o crocante de arroz negro com vieira, caqui e avelã; e o minissanduíche de barriga de porco com kimchi de abacaxi. Entre os principais, o ravióli de batata-doce, missô e pupunha dá show de delicadeza.Av. Gen. San Martin, 889, Leblon

Ravióli de batata-doce, missô e pupunha: prato do restaurante Oro Foto: Tomás Rangel

De mansinho, os paulistas vão invadindo a praia

O Sal Grosso, de Fogaça, acaba de desembarcar e o Ino, do grupo Piú, chegou há meses e já faz sucesso

● Sal Grosso É a casa carioca do chef Henrique Fogaça, dono do Sal e do Cão Véio, em São Paulo, e que ficou famoso como o jurado tatuado e durão do MasterChef. O restaurante abriu há duas semanas no BarraShopping. Rústico e amplo, o lugar é focado nas carnes preparadas na parrilla – são 15 opções com preços que variam de R$ 86 (o bife de chorizo) a R$ 279 (corte dry-aged). O menu tem muitos pratos para compartilhar então o negócio é ir em grupo.Av. das Américas, 4.666, 2° andar, Barra da Tijuca

Na casa carioca do chef Henrique Fogaça, o foco são as carnes assadas na parrilla Foto: Alt Tasty

Ino Instalado num casarão de Botafogo, o Ino, empreitada carioca de Marcelo Laskani e Maurício Cavalcanti, mantém a pegada das casas paulistanas da dupla, o Più e o Più Piccolo: cozinha italiana autoral e contemporânea. E já fez fama na cidade. Tem cannelloni de cordeiro com espinafre e grana padano (R$ 56), tortelli recheado de pernil de vitelo com sugo de porcino fresco e ar de parmegiano com tartufo (R$ 64) e massas mais simples, como o espaguete ao cacio e pepe (R$ 59).R. Conde de Irajá, 115, Botafogo

Pasta artesanal

Despretensiosas e descoladas com foco nas massas

Massa Lugar simpático, com mais mesas no terraço do que no salão, é a trattoria do chef Pedro Siqueira e que agora reúne no mesmo endereço a pizzaria Ella. Ou seja, dá para pedir pizza também no almoço. Na entrada, vá de nhoque de arroz frito com queijo Canastra (R$ 21, foto); outra boa pedida é o sanduíche de milanesa de frango e rúcula, servido com aïoli de limão e grana padano (R$ 27).R. Dias Ferreira, 617, Leblon

Nhoque de arroz frito, uma das receitas da Massa Trattoria Foto: Bárbara Lopes

Al Fresco Abriu há pouco no Rio Design Leblon com ambiente descontraído, pé-direito alto, um belo terraço e massas artesanais. É a primeira investida de Pedro de Artagão na Itália (ele já tem o gastronômico Irajá Gastrô e o Formidable Bistrô, entre outros). As massas frescas e as de grano duro são feitas na casa, com farinha italiana (preços de R$ 58 a R$ 82). O menu tem ainda alguns grelhados.Av. Ataulfo de Paiva, 270, Leblon

Comandado por Pedro de Artagão, o restaurante Al Fresco dedica-se às receitas italianas Foto: Alexander Landau

Do Rio de Janeiro

De tempos em tempos, o Paladar pega a ponte aérea e vai ao Rio de Janeiro conferir as novidades. Dessa vez, a programação foi intensa motivada por casas recém-inauguradas, chefs novos em restaurantes antigos, troca de pratos... Havia muita coisa para ver e provar. 

O Rio de Janeiro está cheio de novidades gastronômicas, entre eleas o Marea, quiosque de praia do Fasano Foto: Tomás Rangel

Novinhos em folha, há dois restaurantes de porte: o Arp, no  Hotel Arpoador, com cardápio assinado por Roberta Sudbrack, e o Sal Grosso, empreitada carioca do chef Henrique Fogaça, aberta na primeira quinzena de março. Mais no começo do ano, a grife Fasano inaugurou um quiosque na praia, onde serve petiscos, pratos para dividir e drinques, ao estilo do grupo mas com preços moderados -- de quebra, os frequentadores contam com serviço de cadeira, esteira na areia.

O chef Pedro de Artagão, abriu há semanas também o Al Fresco, no Shopping Rio Design Leblon, lugar de massa artesanal servida em ambiente descontraído. O Massa , de Pedro Siqueira, incorprou a pizzaria Ella no mesmo endereço.

E os chefs dos três restaurantes de cozinha autoral contemporânea de porte na cidade - Oro, Oteque e Lasai -  estão em constante ebulição, abastecendo os menus-degustação com pratos criativos que mesclam técnicas, texturas, cores e sabores.

Quer um motivo para ir ao Rio? Paladar oferece vários.

Alto estilo até na areia

Fasano acaba de inaugurar um quiosque na praia e de lançar novos pratos no Gero e Al Mare, assinados por italianos recém-chegados

A inauguração de um quiosque com a grife Fasano é um marco. Quase em frente ao hotel, na Avenida Vieira Souto, o quiosque Marea abriu há pouco mais de um mês e virou programa pós-praia para ver o pôr do sol. Tem ostra vendida por unidade (R$ 9) e dá para ficar só nos pastéis de queijo taleggio ou de camarão (R$ 14 a unidade).

Marea. Novo quiosque de praia da grife Fasano em Ipanema Foto: Tomás Rangel

Mas se a fome pedir mais, não hesite, tem vários pratos para compartilhar com preços moderados: a paella valenciana para três pessoas (R$ 148); os mexilhões ao vinho branco (R$ 128); o arroz de pato (R$ 110). O balcão de drinques é forte. Procure as mesas com vista para a praia. 

Longe da areia, as duas outras casas do grupo têm novos chefs, ambos vindos da Itália, e cardápios à la carte. O chef Luigi Moressa, que inaugurou o Gero em São Paulo há 15 anos e a filial carioca há 11 anos, está de volta depois de um tempo na Itália. Ele já mexeu no cardápio e pôs, entre as novidades, um espetacular lombo suíno cozido em baixa temperatura e assado, servido com o próprio molho; mostarda l’ancienne e endívias caramelizadas. 

O novo chef do Fasano Al Mare, o restaurante do hotel, é o florentino Nicola Fedeli, que chegou há seis meses e trabalha para incluir novidades sem mudar a culinária italiana sofisticada do restaurante, que já tem onze anos e foca nas massas e nos peixes e frutos do mar servidos à la carte.

Fasano Al Mare. Ravióli de arraia entre as novidades Foto: Lipe Borges

Fedeli está imprimindo sua marca com pratos como ravióli de arraia e molho alla puttanesca (suavizado pelo caldo de peixe) e com a impecável cavaquinha grelhada com pappa al pomodoro – se tiver que escolher um único prato no Al Mare (o que seria uma pena), vá de cavaquinha.

Marea. Av. Viera Souto, 0, Posto 8, IpanemaGero. R. Aníbal de Mendonça, 157, IpanemaFasano Al Mare. Av. Vieira Souto, 80, Ipanema

Duas vezes Sudbrack

Com novas casas Roberta Sudbrack quer ser simples

Panelinha de vieras do novo ARP, hotel boutique com menu assinado pela chef Roberta Sudbrack Foto: Samuel Antonini

Roberta Sudbrack tem duas casas novas no Rio, a mais recente é a ARP, inaugurada no hotel butique Arpoador, onde o serviço começa com o café da manhã à base de pães artesanais, queijos e embutidos brasileiros, para tomar no terraço olhando o mar. O menu ali é enxuto, tem sanduíches, pratos e pedidas para compartilhar, como a tábua com coalhada, picles de minicenoura, rabanete, peixe defumado e pão da casa (R$ 34). Mas é no SUD, o pássaro verde, aberto há oito meses no Jardim Botânico, onde a chef pode ser vista.

Ambiente aconchegante do Sud, o pássaro verde, restaurante no Jardim Botânico da chef Roberta Sudbrack Foto: Dom Diego

Ela trocou o menu-degustação pela comida brasileira à la carte feita com simplicidade, em panelinhas de ferro que vão ao forno a lenha e saem fumegantes com ovos fritos servidos com bottarga brasileira e pão da casa (R$ 48). Roberta faz sempre algum quiabo, desta vez ele é defumado e servido com lardo artesanal e broa de milho esfarelada, uma delícia (R$ 49). O cardápio é tentador e os preços são amenos.

Arp. R. Francisco Otaviano, 177, ArpoadorSud. R. Visc. de Carandaí, 35, Jardim Botânico

Para celebrar

Lasai, Oteque e Oro são altamente gastronômicos: caros, só abrem à noite, só servem menu-degustação. E vivem cheios

Lasai A cozinha é autoral, moderna e orgânica. E o chef Rafa Costa e Silva está sempre inventando moda com os produtos da horta própria e os da feira orgânica para compor os dois menus-degustação da casa. As verduras são as estrelas e dominam o menu, dos aperitivos aos principais, e só abrem espaço para proteínas animais, do mar e da terra, no finzinho da refeição. O menu Festival tem oito aperitivos, duas entradas – entre elas o alho-poró com tutano e cogumelos (foto) –, dois pratos e duas sobremesas (R$ 345) e o menu Não me conte histórias inclui quatro aperitivos, uma entrada, um prato e uma sobremesa. A refeição é uma viagem deliciosa (R$ 295).R. Conde de Irajá, 191, Botafogo. (21) 3449-1854

Oteque Não se vai lá todo dia – a visita à casa de Alberto Landgraf, que acaba de completar um ano, e vive cheia, é programa especial, para datas especiais. O lugar é moderno, descontraído, tem a melhor acústica de um restaurante no Rio de Janeiro e comida altamente elaborada. São pequenos pratos, que mesclam texturas, cores e sabores, servidos em sequência. A degustação com nove serviços (R$ 345, sem bebida) varia. Pode incluir picles de sardinha com brioche e foie gras; cebola assada com ouriço e creme de mexilhão; berinjela, barriga de porco curada por 60 dias e creme de castanha de caju; e o olho de cão, com creme de anchovas e peixe defumado. Imperdível.R. Conde de Irajá, 581, Botafogo

Ambiente do restaurante Oteque, comandado por Alberto Landgraf Foto: Rubens Kato

Oro Único duas-estrelas Michelin no Rio, o Oro é concorridíssimo: não tem cardápio à la carte, só duas opções de menu-degustação, o Afetividade, que tem 12 snacks, um prato, e sobremesa (R$ 335 por pessoa); e o Criatividade (R$ 435 por pessoa), 12 snacks, quatro pratos e uma sobremesa. A brasa é a alma do restaurante gastronômico de Felipe Bronze e da mulher dele Cecilia Aldaz, sommelière e chef de sala – tudo o que chega à mesa passa por ela em alguma fase da preparação. A refeição começa animada com snacks, que incluem itens memoráveis, como o crocante de arroz negro com vieira, caqui e avelã; e o minissanduíche de barriga de porco com kimchi de abacaxi. Entre os principais, o ravióli de batata-doce, missô e pupunha dá show de delicadeza.Av. Gen. San Martin, 889, Leblon

Ravióli de batata-doce, missô e pupunha: prato do restaurante Oro Foto: Tomás Rangel

De mansinho, os paulistas vão invadindo a praia

O Sal Grosso, de Fogaça, acaba de desembarcar e o Ino, do grupo Piú, chegou há meses e já faz sucesso

● Sal Grosso É a casa carioca do chef Henrique Fogaça, dono do Sal e do Cão Véio, em São Paulo, e que ficou famoso como o jurado tatuado e durão do MasterChef. O restaurante abriu há duas semanas no BarraShopping. Rústico e amplo, o lugar é focado nas carnes preparadas na parrilla – são 15 opções com preços que variam de R$ 86 (o bife de chorizo) a R$ 279 (corte dry-aged). O menu tem muitos pratos para compartilhar então o negócio é ir em grupo.Av. das Américas, 4.666, 2° andar, Barra da Tijuca

Na casa carioca do chef Henrique Fogaça, o foco são as carnes assadas na parrilla Foto: Alt Tasty

Ino Instalado num casarão de Botafogo, o Ino, empreitada carioca de Marcelo Laskani e Maurício Cavalcanti, mantém a pegada das casas paulistanas da dupla, o Più e o Più Piccolo: cozinha italiana autoral e contemporânea. E já fez fama na cidade. Tem cannelloni de cordeiro com espinafre e grana padano (R$ 56), tortelli recheado de pernil de vitelo com sugo de porcino fresco e ar de parmegiano com tartufo (R$ 64) e massas mais simples, como o espaguete ao cacio e pepe (R$ 59).R. Conde de Irajá, 115, Botafogo

Pasta artesanal

Despretensiosas e descoladas com foco nas massas

Massa Lugar simpático, com mais mesas no terraço do que no salão, é a trattoria do chef Pedro Siqueira e que agora reúne no mesmo endereço a pizzaria Ella. Ou seja, dá para pedir pizza também no almoço. Na entrada, vá de nhoque de arroz frito com queijo Canastra (R$ 21, foto); outra boa pedida é o sanduíche de milanesa de frango e rúcula, servido com aïoli de limão e grana padano (R$ 27).R. Dias Ferreira, 617, Leblon

Nhoque de arroz frito, uma das receitas da Massa Trattoria Foto: Bárbara Lopes

Al Fresco Abriu há pouco no Rio Design Leblon com ambiente descontraído, pé-direito alto, um belo terraço e massas artesanais. É a primeira investida de Pedro de Artagão na Itália (ele já tem o gastronômico Irajá Gastrô e o Formidable Bistrô, entre outros). As massas frescas e as de grano duro são feitas na casa, com farinha italiana (preços de R$ 58 a R$ 82). O menu tem ainda alguns grelhados.Av. Ataulfo de Paiva, 270, Leblon

Comandado por Pedro de Artagão, o restaurante Al Fresco dedica-se às receitas italianas Foto: Alexander Landau

Do Rio de Janeiro

De tempos em tempos, o Paladar pega a ponte aérea e vai ao Rio de Janeiro conferir as novidades. Dessa vez, a programação foi intensa motivada por casas recém-inauguradas, chefs novos em restaurantes antigos, troca de pratos... Havia muita coisa para ver e provar. 

O Rio de Janeiro está cheio de novidades gastronômicas, entre eleas o Marea, quiosque de praia do Fasano Foto: Tomás Rangel

Novinhos em folha, há dois restaurantes de porte: o Arp, no  Hotel Arpoador, com cardápio assinado por Roberta Sudbrack, e o Sal Grosso, empreitada carioca do chef Henrique Fogaça, aberta na primeira quinzena de março. Mais no começo do ano, a grife Fasano inaugurou um quiosque na praia, onde serve petiscos, pratos para dividir e drinques, ao estilo do grupo mas com preços moderados -- de quebra, os frequentadores contam com serviço de cadeira, esteira na areia.

O chef Pedro de Artagão, abriu há semanas também o Al Fresco, no Shopping Rio Design Leblon, lugar de massa artesanal servida em ambiente descontraído. O Massa , de Pedro Siqueira, incorprou a pizzaria Ella no mesmo endereço.

E os chefs dos três restaurantes de cozinha autoral contemporânea de porte na cidade - Oro, Oteque e Lasai -  estão em constante ebulição, abastecendo os menus-degustação com pratos criativos que mesclam técnicas, texturas, cores e sabores.

Quer um motivo para ir ao Rio? Paladar oferece vários.

Alto estilo até na areia

Fasano acaba de inaugurar um quiosque na praia e de lançar novos pratos no Gero e Al Mare, assinados por italianos recém-chegados

A inauguração de um quiosque com a grife Fasano é um marco. Quase em frente ao hotel, na Avenida Vieira Souto, o quiosque Marea abriu há pouco mais de um mês e virou programa pós-praia para ver o pôr do sol. Tem ostra vendida por unidade (R$ 9) e dá para ficar só nos pastéis de queijo taleggio ou de camarão (R$ 14 a unidade).

Marea. Novo quiosque de praia da grife Fasano em Ipanema Foto: Tomás Rangel

Mas se a fome pedir mais, não hesite, tem vários pratos para compartilhar com preços moderados: a paella valenciana para três pessoas (R$ 148); os mexilhões ao vinho branco (R$ 128); o arroz de pato (R$ 110). O balcão de drinques é forte. Procure as mesas com vista para a praia. 

Longe da areia, as duas outras casas do grupo têm novos chefs, ambos vindos da Itália, e cardápios à la carte. O chef Luigi Moressa, que inaugurou o Gero em São Paulo há 15 anos e a filial carioca há 11 anos, está de volta depois de um tempo na Itália. Ele já mexeu no cardápio e pôs, entre as novidades, um espetacular lombo suíno cozido em baixa temperatura e assado, servido com o próprio molho; mostarda l’ancienne e endívias caramelizadas. 

O novo chef do Fasano Al Mare, o restaurante do hotel, é o florentino Nicola Fedeli, que chegou há seis meses e trabalha para incluir novidades sem mudar a culinária italiana sofisticada do restaurante, que já tem onze anos e foca nas massas e nos peixes e frutos do mar servidos à la carte.

Fasano Al Mare. Ravióli de arraia entre as novidades Foto: Lipe Borges

Fedeli está imprimindo sua marca com pratos como ravióli de arraia e molho alla puttanesca (suavizado pelo caldo de peixe) e com a impecável cavaquinha grelhada com pappa al pomodoro – se tiver que escolher um único prato no Al Mare (o que seria uma pena), vá de cavaquinha.

Marea. Av. Viera Souto, 0, Posto 8, IpanemaGero. R. Aníbal de Mendonça, 157, IpanemaFasano Al Mare. Av. Vieira Souto, 80, Ipanema

Duas vezes Sudbrack

Com novas casas Roberta Sudbrack quer ser simples

Panelinha de vieras do novo ARP, hotel boutique com menu assinado pela chef Roberta Sudbrack Foto: Samuel Antonini

Roberta Sudbrack tem duas casas novas no Rio, a mais recente é a ARP, inaugurada no hotel butique Arpoador, onde o serviço começa com o café da manhã à base de pães artesanais, queijos e embutidos brasileiros, para tomar no terraço olhando o mar. O menu ali é enxuto, tem sanduíches, pratos e pedidas para compartilhar, como a tábua com coalhada, picles de minicenoura, rabanete, peixe defumado e pão da casa (R$ 34). Mas é no SUD, o pássaro verde, aberto há oito meses no Jardim Botânico, onde a chef pode ser vista.

Ambiente aconchegante do Sud, o pássaro verde, restaurante no Jardim Botânico da chef Roberta Sudbrack Foto: Dom Diego

Ela trocou o menu-degustação pela comida brasileira à la carte feita com simplicidade, em panelinhas de ferro que vão ao forno a lenha e saem fumegantes com ovos fritos servidos com bottarga brasileira e pão da casa (R$ 48). Roberta faz sempre algum quiabo, desta vez ele é defumado e servido com lardo artesanal e broa de milho esfarelada, uma delícia (R$ 49). O cardápio é tentador e os preços são amenos.

Arp. R. Francisco Otaviano, 177, ArpoadorSud. R. Visc. de Carandaí, 35, Jardim Botânico

Para celebrar

Lasai, Oteque e Oro são altamente gastronômicos: caros, só abrem à noite, só servem menu-degustação. E vivem cheios

Lasai A cozinha é autoral, moderna e orgânica. E o chef Rafa Costa e Silva está sempre inventando moda com os produtos da horta própria e os da feira orgânica para compor os dois menus-degustação da casa. As verduras são as estrelas e dominam o menu, dos aperitivos aos principais, e só abrem espaço para proteínas animais, do mar e da terra, no finzinho da refeição. O menu Festival tem oito aperitivos, duas entradas – entre elas o alho-poró com tutano e cogumelos (foto) –, dois pratos e duas sobremesas (R$ 345) e o menu Não me conte histórias inclui quatro aperitivos, uma entrada, um prato e uma sobremesa. A refeição é uma viagem deliciosa (R$ 295).R. Conde de Irajá, 191, Botafogo. (21) 3449-1854

Oteque Não se vai lá todo dia – a visita à casa de Alberto Landgraf, que acaba de completar um ano, e vive cheia, é programa especial, para datas especiais. O lugar é moderno, descontraído, tem a melhor acústica de um restaurante no Rio de Janeiro e comida altamente elaborada. São pequenos pratos, que mesclam texturas, cores e sabores, servidos em sequência. A degustação com nove serviços (R$ 345, sem bebida) varia. Pode incluir picles de sardinha com brioche e foie gras; cebola assada com ouriço e creme de mexilhão; berinjela, barriga de porco curada por 60 dias e creme de castanha de caju; e o olho de cão, com creme de anchovas e peixe defumado. Imperdível.R. Conde de Irajá, 581, Botafogo

Ambiente do restaurante Oteque, comandado por Alberto Landgraf Foto: Rubens Kato

Oro Único duas-estrelas Michelin no Rio, o Oro é concorridíssimo: não tem cardápio à la carte, só duas opções de menu-degustação, o Afetividade, que tem 12 snacks, um prato, e sobremesa (R$ 335 por pessoa); e o Criatividade (R$ 435 por pessoa), 12 snacks, quatro pratos e uma sobremesa. A brasa é a alma do restaurante gastronômico de Felipe Bronze e da mulher dele Cecilia Aldaz, sommelière e chef de sala – tudo o que chega à mesa passa por ela em alguma fase da preparação. A refeição começa animada com snacks, que incluem itens memoráveis, como o crocante de arroz negro com vieira, caqui e avelã; e o minissanduíche de barriga de porco com kimchi de abacaxi. Entre os principais, o ravióli de batata-doce, missô e pupunha dá show de delicadeza.Av. Gen. San Martin, 889, Leblon

Ravióli de batata-doce, missô e pupunha: prato do restaurante Oro Foto: Tomás Rangel

De mansinho, os paulistas vão invadindo a praia

O Sal Grosso, de Fogaça, acaba de desembarcar e o Ino, do grupo Piú, chegou há meses e já faz sucesso

● Sal Grosso É a casa carioca do chef Henrique Fogaça, dono do Sal e do Cão Véio, em São Paulo, e que ficou famoso como o jurado tatuado e durão do MasterChef. O restaurante abriu há duas semanas no BarraShopping. Rústico e amplo, o lugar é focado nas carnes preparadas na parrilla – são 15 opções com preços que variam de R$ 86 (o bife de chorizo) a R$ 279 (corte dry-aged). O menu tem muitos pratos para compartilhar então o negócio é ir em grupo.Av. das Américas, 4.666, 2° andar, Barra da Tijuca

Na casa carioca do chef Henrique Fogaça, o foco são as carnes assadas na parrilla Foto: Alt Tasty

Ino Instalado num casarão de Botafogo, o Ino, empreitada carioca de Marcelo Laskani e Maurício Cavalcanti, mantém a pegada das casas paulistanas da dupla, o Più e o Più Piccolo: cozinha italiana autoral e contemporânea. E já fez fama na cidade. Tem cannelloni de cordeiro com espinafre e grana padano (R$ 56), tortelli recheado de pernil de vitelo com sugo de porcino fresco e ar de parmegiano com tartufo (R$ 64) e massas mais simples, como o espaguete ao cacio e pepe (R$ 59).R. Conde de Irajá, 115, Botafogo

Pasta artesanal

Despretensiosas e descoladas com foco nas massas

Massa Lugar simpático, com mais mesas no terraço do que no salão, é a trattoria do chef Pedro Siqueira e que agora reúne no mesmo endereço a pizzaria Ella. Ou seja, dá para pedir pizza também no almoço. Na entrada, vá de nhoque de arroz frito com queijo Canastra (R$ 21, foto); outra boa pedida é o sanduíche de milanesa de frango e rúcula, servido com aïoli de limão e grana padano (R$ 27).R. Dias Ferreira, 617, Leblon

Nhoque de arroz frito, uma das receitas da Massa Trattoria Foto: Bárbara Lopes

Al Fresco Abriu há pouco no Rio Design Leblon com ambiente descontraído, pé-direito alto, um belo terraço e massas artesanais. É a primeira investida de Pedro de Artagão na Itália (ele já tem o gastronômico Irajá Gastrô e o Formidable Bistrô, entre outros). As massas frescas e as de grano duro são feitas na casa, com farinha italiana (preços de R$ 58 a R$ 82). O menu tem ainda alguns grelhados.Av. Ataulfo de Paiva, 270, Leblon

Comandado por Pedro de Artagão, o restaurante Al Fresco dedica-se às receitas italianas Foto: Alexander Landau

Do Rio de Janeiro

De tempos em tempos, o Paladar pega a ponte aérea e vai ao Rio de Janeiro conferir as novidades. Dessa vez, a programação foi intensa motivada por casas recém-inauguradas, chefs novos em restaurantes antigos, troca de pratos... Havia muita coisa para ver e provar. 

O Rio de Janeiro está cheio de novidades gastronômicas, entre eleas o Marea, quiosque de praia do Fasano Foto: Tomás Rangel

Novinhos em folha, há dois restaurantes de porte: o Arp, no  Hotel Arpoador, com cardápio assinado por Roberta Sudbrack, e o Sal Grosso, empreitada carioca do chef Henrique Fogaça, aberta na primeira quinzena de março. Mais no começo do ano, a grife Fasano inaugurou um quiosque na praia, onde serve petiscos, pratos para dividir e drinques, ao estilo do grupo mas com preços moderados -- de quebra, os frequentadores contam com serviço de cadeira, esteira na areia.

O chef Pedro de Artagão, abriu há semanas também o Al Fresco, no Shopping Rio Design Leblon, lugar de massa artesanal servida em ambiente descontraído. O Massa , de Pedro Siqueira, incorprou a pizzaria Ella no mesmo endereço.

E os chefs dos três restaurantes de cozinha autoral contemporânea de porte na cidade - Oro, Oteque e Lasai -  estão em constante ebulição, abastecendo os menus-degustação com pratos criativos que mesclam técnicas, texturas, cores e sabores.

Quer um motivo para ir ao Rio? Paladar oferece vários.

Alto estilo até na areia

Fasano acaba de inaugurar um quiosque na praia e de lançar novos pratos no Gero e Al Mare, assinados por italianos recém-chegados

A inauguração de um quiosque com a grife Fasano é um marco. Quase em frente ao hotel, na Avenida Vieira Souto, o quiosque Marea abriu há pouco mais de um mês e virou programa pós-praia para ver o pôr do sol. Tem ostra vendida por unidade (R$ 9) e dá para ficar só nos pastéis de queijo taleggio ou de camarão (R$ 14 a unidade).

Marea. Novo quiosque de praia da grife Fasano em Ipanema Foto: Tomás Rangel

Mas se a fome pedir mais, não hesite, tem vários pratos para compartilhar com preços moderados: a paella valenciana para três pessoas (R$ 148); os mexilhões ao vinho branco (R$ 128); o arroz de pato (R$ 110). O balcão de drinques é forte. Procure as mesas com vista para a praia. 

Longe da areia, as duas outras casas do grupo têm novos chefs, ambos vindos da Itália, e cardápios à la carte. O chef Luigi Moressa, que inaugurou o Gero em São Paulo há 15 anos e a filial carioca há 11 anos, está de volta depois de um tempo na Itália. Ele já mexeu no cardápio e pôs, entre as novidades, um espetacular lombo suíno cozido em baixa temperatura e assado, servido com o próprio molho; mostarda l’ancienne e endívias caramelizadas. 

O novo chef do Fasano Al Mare, o restaurante do hotel, é o florentino Nicola Fedeli, que chegou há seis meses e trabalha para incluir novidades sem mudar a culinária italiana sofisticada do restaurante, que já tem onze anos e foca nas massas e nos peixes e frutos do mar servidos à la carte.

Fasano Al Mare. Ravióli de arraia entre as novidades Foto: Lipe Borges

Fedeli está imprimindo sua marca com pratos como ravióli de arraia e molho alla puttanesca (suavizado pelo caldo de peixe) e com a impecável cavaquinha grelhada com pappa al pomodoro – se tiver que escolher um único prato no Al Mare (o que seria uma pena), vá de cavaquinha.

Marea. Av. Viera Souto, 0, Posto 8, IpanemaGero. R. Aníbal de Mendonça, 157, IpanemaFasano Al Mare. Av. Vieira Souto, 80, Ipanema

Duas vezes Sudbrack

Com novas casas Roberta Sudbrack quer ser simples

Panelinha de vieras do novo ARP, hotel boutique com menu assinado pela chef Roberta Sudbrack Foto: Samuel Antonini

Roberta Sudbrack tem duas casas novas no Rio, a mais recente é a ARP, inaugurada no hotel butique Arpoador, onde o serviço começa com o café da manhã à base de pães artesanais, queijos e embutidos brasileiros, para tomar no terraço olhando o mar. O menu ali é enxuto, tem sanduíches, pratos e pedidas para compartilhar, como a tábua com coalhada, picles de minicenoura, rabanete, peixe defumado e pão da casa (R$ 34). Mas é no SUD, o pássaro verde, aberto há oito meses no Jardim Botânico, onde a chef pode ser vista.

Ambiente aconchegante do Sud, o pássaro verde, restaurante no Jardim Botânico da chef Roberta Sudbrack Foto: Dom Diego

Ela trocou o menu-degustação pela comida brasileira à la carte feita com simplicidade, em panelinhas de ferro que vão ao forno a lenha e saem fumegantes com ovos fritos servidos com bottarga brasileira e pão da casa (R$ 48). Roberta faz sempre algum quiabo, desta vez ele é defumado e servido com lardo artesanal e broa de milho esfarelada, uma delícia (R$ 49). O cardápio é tentador e os preços são amenos.

Arp. R. Francisco Otaviano, 177, ArpoadorSud. R. Visc. de Carandaí, 35, Jardim Botânico

Para celebrar

Lasai, Oteque e Oro são altamente gastronômicos: caros, só abrem à noite, só servem menu-degustação. E vivem cheios

Lasai A cozinha é autoral, moderna e orgânica. E o chef Rafa Costa e Silva está sempre inventando moda com os produtos da horta própria e os da feira orgânica para compor os dois menus-degustação da casa. As verduras são as estrelas e dominam o menu, dos aperitivos aos principais, e só abrem espaço para proteínas animais, do mar e da terra, no finzinho da refeição. O menu Festival tem oito aperitivos, duas entradas – entre elas o alho-poró com tutano e cogumelos (foto) –, dois pratos e duas sobremesas (R$ 345) e o menu Não me conte histórias inclui quatro aperitivos, uma entrada, um prato e uma sobremesa. A refeição é uma viagem deliciosa (R$ 295).R. Conde de Irajá, 191, Botafogo. (21) 3449-1854

Oteque Não se vai lá todo dia – a visita à casa de Alberto Landgraf, que acaba de completar um ano, e vive cheia, é programa especial, para datas especiais. O lugar é moderno, descontraído, tem a melhor acústica de um restaurante no Rio de Janeiro e comida altamente elaborada. São pequenos pratos, que mesclam texturas, cores e sabores, servidos em sequência. A degustação com nove serviços (R$ 345, sem bebida) varia. Pode incluir picles de sardinha com brioche e foie gras; cebola assada com ouriço e creme de mexilhão; berinjela, barriga de porco curada por 60 dias e creme de castanha de caju; e o olho de cão, com creme de anchovas e peixe defumado. Imperdível.R. Conde de Irajá, 581, Botafogo

Ambiente do restaurante Oteque, comandado por Alberto Landgraf Foto: Rubens Kato

Oro Único duas-estrelas Michelin no Rio, o Oro é concorridíssimo: não tem cardápio à la carte, só duas opções de menu-degustação, o Afetividade, que tem 12 snacks, um prato, e sobremesa (R$ 335 por pessoa); e o Criatividade (R$ 435 por pessoa), 12 snacks, quatro pratos e uma sobremesa. A brasa é a alma do restaurante gastronômico de Felipe Bronze e da mulher dele Cecilia Aldaz, sommelière e chef de sala – tudo o que chega à mesa passa por ela em alguma fase da preparação. A refeição começa animada com snacks, que incluem itens memoráveis, como o crocante de arroz negro com vieira, caqui e avelã; e o minissanduíche de barriga de porco com kimchi de abacaxi. Entre os principais, o ravióli de batata-doce, missô e pupunha dá show de delicadeza.Av. Gen. San Martin, 889, Leblon

Ravióli de batata-doce, missô e pupunha: prato do restaurante Oro Foto: Tomás Rangel

De mansinho, os paulistas vão invadindo a praia

O Sal Grosso, de Fogaça, acaba de desembarcar e o Ino, do grupo Piú, chegou há meses e já faz sucesso

● Sal Grosso É a casa carioca do chef Henrique Fogaça, dono do Sal e do Cão Véio, em São Paulo, e que ficou famoso como o jurado tatuado e durão do MasterChef. O restaurante abriu há duas semanas no BarraShopping. Rústico e amplo, o lugar é focado nas carnes preparadas na parrilla – são 15 opções com preços que variam de R$ 86 (o bife de chorizo) a R$ 279 (corte dry-aged). O menu tem muitos pratos para compartilhar então o negócio é ir em grupo.Av. das Américas, 4.666, 2° andar, Barra da Tijuca

Na casa carioca do chef Henrique Fogaça, o foco são as carnes assadas na parrilla Foto: Alt Tasty

Ino Instalado num casarão de Botafogo, o Ino, empreitada carioca de Marcelo Laskani e Maurício Cavalcanti, mantém a pegada das casas paulistanas da dupla, o Più e o Più Piccolo: cozinha italiana autoral e contemporânea. E já fez fama na cidade. Tem cannelloni de cordeiro com espinafre e grana padano (R$ 56), tortelli recheado de pernil de vitelo com sugo de porcino fresco e ar de parmegiano com tartufo (R$ 64) e massas mais simples, como o espaguete ao cacio e pepe (R$ 59).R. Conde de Irajá, 115, Botafogo

Pasta artesanal

Despretensiosas e descoladas com foco nas massas

Massa Lugar simpático, com mais mesas no terraço do que no salão, é a trattoria do chef Pedro Siqueira e que agora reúne no mesmo endereço a pizzaria Ella. Ou seja, dá para pedir pizza também no almoço. Na entrada, vá de nhoque de arroz frito com queijo Canastra (R$ 21, foto); outra boa pedida é o sanduíche de milanesa de frango e rúcula, servido com aïoli de limão e grana padano (R$ 27).R. Dias Ferreira, 617, Leblon

Nhoque de arroz frito, uma das receitas da Massa Trattoria Foto: Bárbara Lopes

Al Fresco Abriu há pouco no Rio Design Leblon com ambiente descontraído, pé-direito alto, um belo terraço e massas artesanais. É a primeira investida de Pedro de Artagão na Itália (ele já tem o gastronômico Irajá Gastrô e o Formidable Bistrô, entre outros). As massas frescas e as de grano duro são feitas na casa, com farinha italiana (preços de R$ 58 a R$ 82). O menu tem ainda alguns grelhados.Av. Ataulfo de Paiva, 270, Leblon

Comandado por Pedro de Artagão, o restaurante Al Fresco dedica-se às receitas italianas Foto: Alexander Landau

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